concursos, exposições, curiosidades... sobre arte
escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

http://maregina-arte.blogspot.com/

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Exposição Luz com Trevas recebe xamã Davi Kopenawa - BNDES _ RJ


Na quinta-feira (19/4), o Espaço Cultural BNDES e a Rosa Melo Produções Artísticas convidam o público carioca a participar de uma conversa aberta com o xamã Davi Kopenawa Yanomami. A diálogo acontece das 15h às 18h e  integra a programação da exposição do artista visual, poeta e músico Cabelo, Luz com Trevas, com curadoria da crítica de arte Lisette Lagnado.

Porta-voz dos índios Yanomami do Brasil, Kopenawa nasceu por volta de 1956, em Marakana, extremo norte do Amazonas, e testemunhou a invasão do território Yanomami por garimpeiros em busca de ouro. Para impedir a extinção do seu povo, engajou-se em uma luta que percorreu o mundo, sendo reconhecido como um dos maiores defensores da Amazônia e de seus primeiros habitantes. É coautor do livro “A Queda do Céu, Palavras de um Xamã Yanomami” (Companhia das letras, 2015) e fundador da Associação Hutukara, que representa a maioria dos Yanomami no Brasil.

No encontro, Kopenawa, Cabelo e Lagnado conversam com o público sobre “xapiri, entidades e espíritos; entendendo que a floresta é o mundo, e a interrelação incontornável entre natureza e cidade,  contextualizando a energia poética que Cabelo traz na exposição, e a transversalidade com a imanência dos xapiri”, explica a curadora. Na cultura indígena, xapiris são xamãs ou “pessoas-espírito”.

A EXPOSIÇÃO

“Luz com Trevas” é um rap de Cabelo, produzido por Kassin e Nave, e integra o disco Cabelo Cobra Coral, já em fase de gravação. O universo poético da música deflagrou propostas de ações coletivas e a produção de pequenos filmes e objetos como “ovos-bomba”. Segundo Lagnado, “o ovo-bomba retoma a teoria do não-objeto de Ferreira Gullar. Quando manipulado por artista e participantes, funciona como um coquetel Molotov, um bólide que atravessa a atmosfera de um espaço qualquer e instaura um ritmo novo, um compromisso com a potência da poesia. Luz com Trevas pode ser definida como uma anti-exposição.” 

Durante a abertura da mostra foi lançada uma publicação bilíngue e ilustrada, contendo um pequeno ensaio de Lagnado e um glossário dos termos recorrentes que vêm acompanhando Cabelo ao longo de duas décadas. A curadora, responsável pelo convite feito a Cabelo em 1996 para participar da antológica mostra “Antarctica Artes com a Folha” (Pavilhão Manoel da Nóbrega, Parque Ibirapuera), traça linhas de discussão com suas referências e homenagens: David Medalla, Hélio Oiticica, Rogério Sganzerla, Tarsila do Amaral e Tunga, entre outros. 

O ARTISTA

Em 1997, Cabelo foi um dos artistas brasileiros na Documenta X (com curadoria de Catherine David), prestigiada exposição internacional organizada a cada cinco anos na cidade de Kassel (Alemanha). Entre outras coletivas, destacam-se a Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2009), a Bienal de São Paulo (2004) e “How Latitudes Become Forms: Art in a Global Age” (Walker Art Center, Minneapolis, EUA, 2003).

Em muitas de suas obras, Cabelo utiliza a música, seja ela improvisada com um microfone ou com uma banda no palco de um teatro, transformando em raps poemas de Baudelaire ou Gerardo Melo Mourão. Também faz trilhas sonoras que integram instalações, como em Caixa Preta, com Paulo Vivacqua, misturando funks proibidões com as vozes de Glauber Rocha e Hélio Oiticica. Como compositor, tem músicas gravadas por Cidade Negra, Monobloco, Osvaldo Pereira, Ney Matogrosso e Pedro Luis e a Parede, entre outros. “Luz com Trevas” entre outras poderão ser ouvidas no site do artista: http://www.cabelo.etc.br/disco/ 
A exposição Luz com Trevas fica aberta até o dia 11/5. Todas as atividades do Espaço Cultural BNDES têm entrada franca.

SERVIÇO
Xapiri, entidades e espíritos –  conversa aberta ao público com Davi Kopenawa Yanomami, Cabelo e Lisette Lagnado
Quando:  quinta 19/4, das 15h às 18h
Classificação etária: livre

Luz com Trevas – exposição do artista Cabelo
Visitação (entrada franca): até 11/5/ (seg. a sex., exceto feriados, das 10h às 19h)
Onde: Espaço Cultural BNDES (av. Chile, 100, Centro, Rio de Janeiro. Próximo ao metrô Carioca)
Classificação etária: livre
Agendamentos educativos: educativoluzcomtrevas@gmail.com

Edital Seleção Atelier Livre - PoA - RS



O edital tem por finalidade a seleção de projetos na área de artes visuais a serem realizados junto à Coordenação de Artes Plásticas/Atelier Livre da Secretaria da Cultura de Porto Alegre, nas áreas de: cerâmica, gravura, escultura, desenho, pintura, história e teoria da arte, performance, fotografia, vídeo, instalação, intervenção, design e outros.
Os projetos apresentados deverão prever a execução de cursos e atividades abertas à comunidade, coerentes com a proposta pedagógica apresentada, tais como: aulas abertas, seminários, exposições, intervenções, ações colaborativas, performances e outros, devendo considerar as seguintes características:
O Atelier Livre dispõe de ateliers equipados nas áreas de escultura, cerâmica, litografia, serigrafia, gravura em metal e xilogravura. Além disso, estão disponíveis ateliers de pintura e desenho e sala multiuso com equipamento multimídia.
Outras áreas do Centro Municipal de Cultura que podem ser integradas às propostas previstas no projeto: saguão do Centro Municipal de Cultura, jardim interno do Atelier Livre, Espaço Alternativo, Sala X, Sala Álvaro Moreira, Biblioteca Municipal Josué Guimarães, estacionamento e áreas adjacentes.
Público alvo: adultos a partir de 16 anos, com ou sem experiência artística prévia.
Serão selecionados de quinze a vinte projetos para serem executados entre julho de 2018 e dezembro de 2019.
CRONOGRAMA
– Inscrições: até 4 de maio/2018, via online
– Taxa de inscrição: não
– Apoio Financeiro: R$ 10.000 para projetos de oito meses e R$ 5.000 para projetos de quatro meses.

– Regulamento + Ficha de Inscrição: http://bit.ly/2pTichW

Mozart Guerra - SP Arte


 
 


Realismo e fantasia na obra de Mozart Guerra
 
 
Representado pela Sergio Gonçalves Galeria, o escultor pernambucano radicado há 25 anos em Paris expõe na SP-Arte 2018 entre 11 e 15 de abril


De volta ao Brasil para a 14ª edição da SP-ARTE, o escultor pernambucano Mozart Guerra retorna ao evento após um intervalo de cinco anos – sua última participação ocorreu em 2012. Entre 11 e 15 de Abril, o artista, radicado em Paris, apresentará seus novos trabalhos no Pavilhão da Bienal.
Em relação à obra de Mozart, impossível passar em frente a um trabalho esculpido por ele e não permanecer com os olhos fixos por um bom tempo. Há sempre uma imagem forte carregada por uma mensagem intrigante, uma crítica. E tem sido assim desde que ele começou a se dedicar à escultura.

Numa primeira fase de sua trajetória, os trabalhos eram marcados pela criação de corpos humanos opulentos, os quais ganhavam características realistas por meio da seleção das cores da pele a do molde da expressão dos personagens.

De 2004 para cá, sua identidade como escultor passou por uma transformação. “Atualmente, ocorre o inverso. As formas são realistas, mas estão cobertas por um tratamento pictórico imaginário e com um grafismo que distância essa forma da realidade”, explica Mozart, acrescentando que, hoje, o molde de animais se impõe em seu trabalho. “Em ambas as fases eu associo sempre realismo e fantasia”.
A técnica e os materiais que ele utiliza são praticamente os mesmos: poliestireno (isopor) ou a espuma de poliuretano expansiva para dar a forma. O que mudou foi a maneira de cobrir o trabalho. Saiu o papel pintado e entraram as cordas coloridas. “São uma nova ‘pele’ que recobrem as minhas esculturas até hoje”, diz. 
Como caracterizar o trabalho de Mozart? Ele próprio responde: “Realizo um trabalho inevitavelmente contemporâneo quando dou uma forma de expressão a matérias criadas para outras finalidades. Não se trata de um trabalho de reciclagem, mas de, como se diz em francês, do détournement do material.”
E é exatamente dentro desse conceito de subversão que podem ser enquadrados os trabalhos que Mozart preparou para a SP-Arte 2108. “Será uma irônica montagem sobre a relação ambígua que o ser humano exerce com a natureza. Ao mesmo tempo em que ele a admira, ele a destrói. O jogo de dardos ao alvo será um símbolo frequente nas peças. Uma certa leveza que não esconde o senso critico que tento transmitir”, conta.  
Cada uma das obras que estarão na feira foi trabalhada em seu ateliê, em Paris, cidade em que vive há mais de duas décadas e onde começou a dar seus primeiros passos como escultor. Mozart é pernambucano e tem, em sua bagagem, formação como arquiteto, em Recife. Nesta época também fazia cenários e adereços para teatro.

“Não tenho formação artística acadêmica. Aprendi a esculpir no dia a dia. Gosto muito do espontâneo e do minucioso na arte popular latino-americana e do refinamento e precisão da arte asiática”. Ele mantém um elo com suas raízes brasileiras.  “Nada nacionalista, nem ufanista. Mas, sim, um apego à arte popular, à historia do país e à arte moderna e contemporânea”.

Mozart começou a expor, sem galerias, em feiras de arte que divulgavam artistas de forma independente em Paris, como a “Marché d'Art Contemporain de la Bastille” e “MAC 2000” – nesta última recebeu o "Prix du Publique". Depois disso, começou a trabalhar com várias galerias na França, Luxemburgo, Itália, Portugal, Canadá, Holanda, Áustria, Suíça, Espanha e Costa Rica. Atualmente, é representado pela Sergio Gonçalves Galeria, que mantém bases no Rio de Janeiro e em São Paulo.

O artista também contabiliza participações em feiras as mais renomadas, comoSCOPE Basel, na Suíça, Art Paris", no Grand Palais, e "Art Elysées", no Champs- Elysées, e representou o Brasil na exposição Latitudes Terres d'Amazonie", que aconteceu no Hotel de Ville de Paris, em 2007, e a parceria de três anos com o renomado designer japonês Yasumichi Morita em trabalhos realizados em Hong Kong, Tóquio e Osaka. Em novembro 2012, recebeu o prêmio "Coup de Coeur du Jury" do "Salon National des Artistes Animaliers", na França.
Para conhecer a obra completa de Mozart Guerra, visite www.mozartguerra.com

SP-ARTE 2018
Quando: 
11 a 15 de abril
Onde: Pavilhão da Bienal – Parque do Ibirapuera
Visite o site:  www.sergiogoncalvesgaleria.com


“Alvo Yanomami”- 2017
Espuma expansiva, cordas e dardo
.57 x .25 x .30

“Cabeça Yanomami” - 2017
Espuma expansiva, cordas e aço inoxidável
.52 x .25 x .25


“Primata Novo Rico” – 2018
Espuma expansiva, cordas e alfinetes
.57 x .25 x .20

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Entre Construção e Apropriação – Antonio Dias, Geraldo de Barros e Rubens Gerchman

SESC EM SÃO PAULO APRESENTA A EXPOSIÇÃO
“ENTRE CONSTRUÇÃO E APROPRIAÇÃO – ANTONIO DIAS, GERALDO DE BARROS E RUBENS GERCHMAN NOS ANOS 60”,
NA UNIDADE PINHEIROS

 
Com curadoria de João Bandeira, exposição conta com 60 obras concebidas entre 1960 e 1967

Abertura 5 de abril, às 20h
Visitação de 6 de abril a 3 de junho de 2018

Sesc Pinheiros recebe a exposição “Entre Construção e Apropriação – Antonio Dias, Geraldo de Barros e Rubens Gerchman nos anos 60”, com curadoria de João Bandeira. A mostra reúne 60 obras dos três artistas, concebidas entre 1960 e 1967, no Espaço Expositivo da unidade (2º andar), aberto de terça a domingo e feriados, com visitação gratuita.

O projeto aborda similaridades entre as obras de Dias, Barros e Gerchman, produzidas nesse intervalo de sete anos, passando por aspectos estéticos, políticos e sociais. “A compreensão desse parentesco tem por base o modo bastante particular com que os três artistas desdobraram princípios das poéticas construtivas desenvolvidas no país na década anterior (de que Geraldo foi um destacado praticante, e Antonio e Gerchman são herdeiros declarados), operando ao mesmo tempo com a apropriação da iconografia da cultura de massas que já então invadia o cotidiano da vida urbana. Tudo disso abarcado por distorções (como a deformação da figura humana) e montagens que denotam um impulso de atualização frente aos contextos artísticos então emergentes e podem ainda ser relacionadas à vida política brasileira no período”, afirma o curador.

Como destaca Bandeira, os três artistas participaram da mostra Nova Objetividade Brasileira (no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1967), que tem sempre um merecido lugar de destaque, quando se fala da arte produzida no Brasil na década de 60. Reunindo artistas provenientes de linhagens conflitantes, como Concretismo e Neoconcretismo, além de jovens identificados com tendências mais amplas, entre elas a denominada Nova Figuração, o conjunto daquela exposição deixava claro também o influxo da Pop Art norte americana, semelhante ao que vinha ocorrendo em diversas outras partes do mundo.

Entretanto, continua o curador, a famosa mostra é a culminação de mudanças profundas que aconteciam no meio artístico do país desde o começo dos anos 1960, envolvendo diversos fatores e atores. Sob a pressão do contexto político turbulento daqueles anos – já antes do Golpe militar de 64 e agravado com a repressão desencadeada pelo novo governo – uma intensa movimentação na área artística incluiu importantes mostras individuais e eventos coletivos, que deram espaço a uma disposição renovada à experimentação.

Filiar o que eles fizeram diretamente à arte Pop seria uma simplificação equivocada. Lançando mão do legado construtivo recente e simultaneamente apropriando-se dos novos procedimentos e questões em pauta naquele momento, Antonio Dias, Geraldo de Barros e Rubens Gerchman estabeleceram então poéticas com características muito próprias. Mas que, ainda assim, podem ser aproximadas em detalhe, graças à habilidade com que lidam em suas obras com algumas das principais forças em ação no meio de arte ao longo dos anos 60, e que, embora de maneira nem sempre tão integrada, comparecem em parte significativa da produção que reivindicou uma nova vanguarda da arte realizada no país”, completa Bandeira.

Dentre as 60 obras da exposição que concentram esse leque de questões, podem ser citadas: O sorriso (1964), O autor procura se esconder na confusão (1966), Emblema para uma esquadrilha assassina (1967) de Antonio Dias;  Seeing Each Other (1964), O fumante (1966), Homem mulher (1966), de Geraldo de Barros e Futebol (1965), As professorinhas (1966), Caixa & Cultura (1967), de Rubens Gerchman.

SOBRE OS ARTISTAS

ANTONIO DIAS (Campina Grande, PB, 1944)
Radicou-se no Rio de Janeiro em fins dos anos 1950. Na capital, frequenta aulas de Oswaldo Goeldi no ateliê de gravura da Escola Nacional de Belas Artes e passa a trabalhar como desenhista de arquitetura e artista gráfico, colaborando com publicações como a revista Senhor. Teve suas primeiras exposições individuais na galeriaSobradinho (1962) e na galeria Relevo (1964), esta com apresentação do crítico francês Pierre Restany. Nessa época, associado pela crítica às tendências da chamada Nova Figuração, reúne-se a artistas como Rubens Gerchman e Carlos Vergara, ao lado de quem participou de coletivas importantes como Opinião 65. No mesmo ano, participou da 4a Bienal de Paris e de outras exposições no exterior, começando a estabelecer sua carreira entre o Brasil e outros países. Em 1967, integrou a mostra Nova Objetividade Brasileira no MAM-RJ, e no final dessa década instalou-se em Milão, onde se aproximou de artistas e críticos ligados à Arte Povera. A essa altura, sua produção já havia assumido extrema sobriedade plástica nas mais diversas modalidades, como, entre outras, filmes e instalações. Desde então, Antonio vem desenvolvendo uma movimentada carreira internacional, projetando-se também como um dos principais nomes da arte contemporânea no Brasil, onde, desde 2010, voltou a residir e continua a trabalhar.

GERALDO DE BARROS (Chavantes, SP, 1923 - São Paulo, SP, 1998)
Iniciou sua carreira dedicando-se à gravura e à pintura de corte expressionista. Em inícios dos anos 1950, destacou-se como um dos pioneiros da fotografia e da pintura geométrico-abstratas e integrou o grupo Ruptura, que desenvolveu a arte concreta no país, baseada em ritmos de alinhamento, progressão e polaridade, seguindo a “lógica interna de desenvolvimento e construção”, definida pelo artista suíço Max Bill. A partir de 1954, atua como designer de móveis na Unilabor, empresa organizada em São Paulo no regime de comunidade operária. Passa a trabalhar também com design gráfico e comunicação visual. Em 1964, fundou a empresa de móveis Hobjeto e retornou à pintura. Nessa nova safra de trabalhos, mostrados um ano mais tarde na galeria Atrium, apropriava-se literalmente de elementos da cultura de massa, ao pintar sobre cartazes de publicidade. Em 1966, associou-se a Wesley Duke Lee, Nelson Leirner e outros para criar o Grupo Rex, misto de galeria e irreverente coletivo de artistas e, no ano seguinte, participou da Nova Objetividade Brasileira no MAM-RJ. Na década de 70, continua a desenvolver uma série de pinturas sobre outdoors publicitários e nos anos 80 e 90 passa a fazer quadros-objeto modulares, construídos com chapas de fórmica, e retorna ao trabalho com fotografia, reprocessando negativos de seu arquivo pessoal.

RUBENS GERCHMAN (Rio de Janeiro, RJ, 1942 - São Paulo, SP, 2008)
Frequentou, entre 1957 e 1961, o Liceu de Artes e Ofícios e também a Escola Nacional de Belas Artes, onde estudou com Adir Botelho, então assistente de Oswaldo Goeldi. Desde o final da década de 50 até meados da seguinte, trabalhou com programação visual em revistas de variedades, como Sétimo Céu e Manchete. Suas primeiras exposições individuais realizaram-se em 1964, na galeria Vila Rica, e um ano mais tarde, na galeria Relevo, com obras voltadas a temáticas urbanas, principalmente as de multidões em contextos de habitação, trabalho ou lazer, utilizando muitas vezes a fotografia como veículo para suas imagens e objetos encontrados para construir
assemblagens. Integrou a mostra Opinião 65 no MAM-RJ, e, em 1966, foi um dos participantes do happening-exposição Pare, na galeria G4. Com Antonio Dias, Hélio Oiticica, Anna Maria Maiolino e outros, assinou a Declaração de Princípios Básicos da Vanguarda (1967), participando ainda da Nova Objetividade Brasileira, no MAM-RJ. Entre 1968 e 72, reside nos EUA, desenvolvendo trabalhos tridimensionais. Retorna no ano seguinte ao Brasil, onde concluiu seu filme Triunfo Hermético. A partir de 1975, assumiu no Rio a direção da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e seguiu dedicando-se a trabalhos em pintura com base em imagens populares e cenas da vida cotidiana das metrópoles.

SOBRE O CURADOR

JOÃO BANDEIRA (nasceu no Rio de Janeiro e vive em São Paulo.)
Estudou música e artes visuais, graduou-se e pós-graduou-se em Letras pela Universidade de São Paulo. Escritor, crítico e curador, foi Coordenador de Artes Visuais e membro do Conselho Curador do programa de exposições do Centro Maria Antonia da USP, em São Paulo (2005 a 2016). Atualmente é Coordenador do Espaço das Artes da ECA-USP. Autor e organizador de diversos livros, como Rente (Ateliê Editorial, 1997), Arte Concreta Paulista – Documentos (Cosac Naify, 2002), Memória do Brasil, de Evgen Bavcar (org. com Elida Tessler, Cosac Naify, 2003), Arte Contemporânea Brasileira – Diálogos e Conversas (org. com Sônia Salzstein, USP/ICC, 2011) e Quem Quando Queira (Cosac Naify, 2015), foi também editor do Caderno SP Arte (SP Arte/OESP, 2006) e da Revista SP Arte (SP Arte/Cosac Naify, 2007). Escreveu textos para catálogos de exposição de artistas como Waltercio Caldas, Regina Silveira, Iole de Freitas, Fernanda Gomes, Jac Leirner, Paulo Monteiro, David Batchelor e Bruno Dunley. Foi curador de exposições coletivas como Concreta ’56 – A Raiz da Forma (com Lorenzo Mammì, MAM-SP, 2006), Poesia Concreta – o projeto verbivocovisual (Instituto Tomie Ohtake e Palácio das Artes, 2007) e individuais de, entre outros, Evgen Bavcar (Itaú Cultural, 2003), Maurício Nogueira Lima (Maria Antonia, 2008), Geraldo de Barros (Sesc Pinheiros, 2009), Nuno Ramos, Cildo Meireles (ambas no Maria Antonia, 2013), Lina Bo Bardi (com Ana Avelar, Sesc Pompeia, 2014) e Décio Pignatari (Galeria Millan, 2017).

PROGRAMAÇÃO INTEGRADA
Em abril, três atividades ocorrem em diálogo com a exposição: Entre Construção e Apropriação, palestra com o curador João Bandeira e o convidado José Augusto Ribeiro, em 14/4, e a Visita especial à exposição, com Renata S’antanna, em 19/4 e o projeto Instruções para partir, com Tiago Luz, de 21 a 29/4. Em maio e junho, novas programações serão divulgadas em www.sescsp.org.br .

PALESTRA ENTRE CONSTRUÇÃO E APROPRIAÇÃO
Com João Bandeira e José Augusto Ribeiro, mediação de Ana Roman

Dia 14 de abril de 2018. Sábado, das 16h às 18h
Local: Sala de Oficinas (2º andar)
Retirada de ingressos a partir das 14h, na data do evento, na bilheteria do Sesc Pinheiros
Grátis
Livre para todos os públicos
Nessa palestra serão tratadas questões relacionadas às obras expostas na exposição Entre Construção e Apropriação - Antonio Dias, Geraldo De Barros, Rubens Gerchman nos anos 60.
Com destaque para aspectos como o ambiente político turbulento no Brasil antes do tomada do poder pelos militares em 1964 e o subsequente endurecimento do novo governo, com a censura aos meios de comunicação e à produção artística (não apenas nas artes plásticas, mas também, nos livros, no teatro, no cinema, na música popular), além da violência no âmbito das lutas políticas; o crescimento exponencial da circulação dos produtos da cultura de massas no período e suas conexões com as mudanças de costumes, especialmente entre a população de jovens das grandes cidades; a herança do ideário e da produção da arte concreta e neoconcreta e sua permanência no meio de arte brasileiro, simultaneamente à difusão mundial da Pop Art norte-americana, entre outros aspectos a serem abordados também quanto a seus desdobramentos nos dias atuais, que ampliam a relevância da exposição apresentada ao público.

José Augusto Ribeiro, mestre em Teoria, História e Crítica de Arte pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e atualmente trabalha como curador de artes visuais do Centro Cultural São Paulo (CCSP).

Ana Carolina Roman Rodrigues, formada em Geografia pela Universidade de São Paulo, desenvolvendo pesquisa em nível de mestrado nas áreas de Geografia, Arte Pública e territorialidades.

VISITA ESPECIAL À EXPOSIÇÃO
Com Renata S’antanna
Dia 19 de abril de 2018. Quinta, das 20h às 21h30
Local: Espaço expositivo (2º andar)
Grátis
Inscrições no local com 30 min de antecedência
Livre para todos os públicos

O Sesc Pinheiros propõe visitas à exposição, acompanhadas de pesquisadores, ampliando o repertório do público e o acesso às obras a partir do olhar de especialistas em diversas áreas.

Para essa edição, convidamos Renata S’antanna , responsável pelo material educativo da mostra , arte educadora formada em Artes Plásticas na FAAP e mestre em Artes Visuais pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Desde 1989, trabalha como educadora no Museu de Arte Contemporânea da USP.

INSTRUÇÕES PARA PARTIR
Com Tiago Luz
Dia 21 a 29/4. Sábados e domingo, das 14h às 17h
Local: Espaço expositivo (2º andar)
Grátis
Inscrições no local com 30 min de antecedência
Livre para todos os públicos

Instruções para partir é uma ação que propõe uma experiência de sensibilização do participante que, através da mediação de um livroguia, é convidado a criar a sua própria dramaturgia do olhar numa deriva através da exposição “Entre Construção e Apropriação - Antonio Dias, Geraldo de Barros, Rubens Gerchman nos anos 60”.
Cada participante é convidado a executar missões individuais de sensibilização de si mesmo, do espaço e dos seus observadores.

SERVIÇO

ENTRE CONSTRUÇÃO E APROPRIAÇÃO – ANTONIO DIAS, GERALDO DE BARROS E RUBENS GERCHMAN  NOS ANOS 60
Curadoria João Bandeira
Imagens: https://goo.gl/ybZJbD

Abertura
5 de abril de 2018. Quinta, às 20h

Visitação
De 6 de abril a 3 de junho de 2018. Terça a sábado, 10h30 às 21h30. Domingo e feriado, 10h30 às 18h30
Local: 
Espaço Expositivo (2º andar)
Visitação gratuita
Livre para todos os públicos

SESC PINHEIROS

Endereço: Rua Paes Leme, 195.
Bilheteria: Terça a sábado das 10h às 21h. Domingos e feriados das 10h às 18h.
Tel.: 11 3095.9400.

Estacionamento com manobrista: Terça a sexta, das 7h às 21h30; Sábado, das 10h às 21h30; domingo e feriado, das 10h às 18h30. Taxas / veículos e motos: Credenciados plenos no Sesc: R$ 12 nas três primeiras horas e R$ 2 a cada hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 18,00 nas três primeiras horas e R$ 3 a cada hora adicional.

Transporte Público: Metrô Faria Lima – 500m / Estação Pinheiros – 800m

28º Festival de Inverno de Garanhuns


A Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco – Secult-PE e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco – Fundarpe tornam público as inscrições para o 28º Festival de Inverno de Garanhuns – FIG 2018, que tem por objeto a seleção de propostas para compor a programação cultural do Festival, a realizar-se na 2ª quinzena de julho de 2018 com a finalidade prioritária de promover atividades de fruição e difusão nas áreas das Artes e da Cultura.
A programação cultural do FIG 2018 abrangerá shows, cortejos, performances, intervenções, recitais, concertos, vivências criativas, espetáculos, desfiles, exposições, mostras, ações de patrimônio cultural e outras atividades artístico-culturais.
Poderão participar do edital: pessoa física maior de dezoito anos, estabelecida ou domiciliada no Estado de Pernambuco, em outros Estados da Federação ou no Distrito Federal, com comprovada atuação na atividade artístico-cultural há pelo menos seis meses; pessoa jurídica de direito privado, de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos, sediada no Estado de Pernambuco, em outros Estados da Federação ou no Distrito Federal, que no ato de sua inscrição deverá comprovar pleno funcionamento, por, no mínimo seis meses.
CRONOGRAMA
– Inscrições: até 10 de abril/2018, via Correios
– Taxa de inscrição: não
– Premiação: sim
.– Edital + Formulários de Inscrição: http://bit.ly/2GZeDyD

terça-feira, 3 de abril de 2018

Seminário Império dos Sonhos | Rosa Lléo e Gloria Crystal - PoA - RS

convite-e-mail-rosa (1)https://bit.ly/2pMjvQp

exposição Rio Azul - Beatriz Milhazes - Londres





Beatriz Milhazes, Sonho Tropical, 2017

White Cube 


Beatriz Milhazes
Rio Azul

Tuesday 17 April 2018
6 – 8pm
Bermondsey, London 




ALSO SHOWING

Inside the White Cube
Léon Wuidar

SPECIAL PERFORMANCES

Marcia Milhazes
Dance Company
GUARDE – ME

Wednesday 18 April, 7pm
Thursday 19 April, 7pm
Saturday 21 April, 2pm
Sunday 22 April, 2pm

 

OPENING TIMES

18 April – 1 July 2018
Tuesday to Saturday
10am – 6pm
Sunday 12 – 6pm

144 - 152 Bermondsey St
London SE1 3TQ

exposição do artista português Nuno Sousa Vieira

                 Resultado de imagem para instituto camões




“Instruções para pensarmos juntos” reúne livros e lança projeto mais recente de Nuno, produzido em colaboração com a editora brasileira IKREK

Em parceria com a SP-Arte, Consulado Geral de Portugal abre exposição do artista português Nuno Sousa Vieira

No dia 10 de abril, o Consulado Geral de Portugal em São Paulo inaugura a primeira exposição individual no Brasil do artista português Nuno Sousa Vieira, “Instruções para pensarmos juntos”. A mostra é gratuita e ficará em cartaz até 28 de abril, de segunda a sábado, fazendo parte do calendário prévio do Experimenta Portugal ’18.

O evento irá celebrar também a presença portuguesa na SP-Arte e é resultado de uma parceria entre o Consulado Geral, a feira de arte, a editora brasileira de publicações de artista IKREK e a Câmara Portuguesa. No dia 10, além da inauguração da mostra do artista, ocorrerá o lançamento de sua mais recente publicação, “Declaração governada, declaração verificada, declaração simples” (2018), editada pela IKREK.

Nuno Sousa Vieira estará ainda presente no setor solo da SP-Arte com a galeria brasileira Karla Osório, assim como os artistas portugueses Horácio Frutuoso e Henrique Pavão, representados, respectivamente, pelas galerias Balcony e Uma Lulik, ambas de Lisboa. Também integram a feira as galerias portuguesas Kubik e Filomena Soares.

Exposição
A mostra “Instruções para pensarmos juntos” é composta por livros de artista produzidos por Nuno nos últimos dez anos e inclui, entre outras publicações, as obras inéditas “Alfabeto I, II, III” (2018) e “Declaração governada, declaração verificada, declaração simples” (2018).  Os desenhos originais dessa última publicação estarão expostos no Consulado Geral.

Com seus livros, o artista buscará transportar o espectador ao espaço de seu ateliê. Construídos a partir de ações simples de dobra, espelhamento, repetição, rotação e frotagem, as publicações não escondem o processo de transformação de distintos materiais. Segundo Nuno, o suporte livro tem a particularidade de exibir o “avesso do desenho, aquilo que nunca vemos”, e é exatamente disso que ele tira partido.

O livro traz também o aspecto tátil e o ato de manusear, de folhear, que permitem a quem o toca perceber detalhes relativos ao peso, a dureza, a textura e a fragilidade do material. “Instruções para pensarmos juntos” é, portanto, um convite a uma construção coletiva a partir de ações e gestos simples.


Serviço - Instruções para pensarmos juntos (Nuno Sousa Vieira)
Abertura: 10 de abril de 2018, das 19h às 22h
Visitação: 11 a 28 de abril, das 10h às 18h (menos aos domingos)
Entrada: Gratuita
Realização: Consulado Geral de Portugal em São Paulo - Cônsul Geral Paulo Lourenço
Curadoria: Isabella Lenzi


Sobre Nuno Sousa Vieira
Nasceu em Leiria, Portugal em 1971. Doutor em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, atualmente vive e trabalha entre Leiria e Lisboa.  Na sua prática artística recorre a diferentes estratégias de produção e de exibição do seu trabalho com o intuito de perceber como é que a mesma obra poderá ser recebida em diferentes geografias e contextos e como um mesmo procedimento poderá ser causador da diferença. Se destaca por exposições em locais como a Fundação Portuguesas das Comunicações, Pavilhão Branco e Museu do Chiado, além de cidades europeias como Dusseldorf (Alemanha) e Sevilha (Espanha)

Sobre o Consulado Geral de Portugal
A exposição “Instruções para pensarmos juntos” inscreve-se na numerosa programação cultural animada pelo Consulado Geral nos últimos anos. Por meio de uma série de exposições de arte, sessões de cinema, concertos musicais, palestras e outras ações, a entidade busca promover o estreitamento do intercâmbio de arte e cultura entre os dois países, apresentando ao público paulista um Portugal mais amplo e contemporâneo.

Sobre o Experimenta Portugal ’18
Em sua quarta edição, o Experimenta Portugal oferecerá um extenso calendário de eventos durante os meses de maio e junho deste ano, recheado das mais diversas expressões e criações artísticas, musicais e culturais, em diferentes espaços, ícones da cidade de São Paulo, ilustrando o momento único de conexão e colaboração que São Paulo/Brasil e Portugal estão hoje a viver.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Mostra Crônicas de Papel - Gustavo Prata


                
Cartografia Central                              Golias

A exposição do artista Gustavo Prata inaugura dia 14 de abril na SUB Galeria, em São Paulo, com entrada gratuita

O artista paulistano Gustavo Prata convida o público para uma jornada pela evolução de crenças, mitos e símbolos de diversas sociedades, representados em obras surrealistas e de humor ácido. A mostra Crônicas de Papel, que será inaugurada dia 14 de abril, na SUB Galeria, em São Paulo, reúne 22 obras, sendo 19 delas inéditas, que vão desde assemblage, composição com objetos tridimensionais, até variações de técnicas de colagem. O caráter provocativo das criações visa fazer com que o público questione conceitos éticos e morais enraizados na cultura ocidental.

Por meio da criação de paisagens oníricas construídas em diversas camadas, Prata leva o observador a questionar mais profundamente a sociedade atual conforme adentra a sua obra. Nas obras, símbolos e mitos cultuados por séculos como modelos ideais convivem com ícones passageiros e figuras ordinárias da sociedade contemporânea. Imagens construídas para solidificar valores morais e éticos são satirizadas em contraste com artigos cotidianos, como luminosos de rua, bens de consumo e ídolos atuais. “Acredito que é importante buscar na história da humanidade, principalmente na mitologia, elementos que contribuem para a reflexão acerca de valores individuais e coletivos e como os adaptamos às diferentes épocas”, explica Prata.

Essa é a primeira exposição individual do artista que tem como característica um criticismo sarcástico percebido em diversas obras que embalam elementos banais ou provocativos em uma estética similar a da publicidade que cria o belo, o perfeito, o ideal. "As obras do Gustavo são como espelhos viajantes no tempo. Resgatam recortes e fragmentos de civilizações antigas e faz o público refletir sobre as peças  e elementos da realidade atual. Seus universos são ironicamente democráticos e combinam conceitos de uma civilização milenar com ícones de uma cultura contemporânea quase descartável", diz Mariana Schwarz, curadora da mostra.

Serviço
Exposição Crônicas de Papel
De quarta a domingo das 16h às 23h
Entrada gratuita

Sobre Gustavo Prata: Gustavo Prata, 31, estreia a oitava exposição da sua carreira, primeira individual. Por meio do estudo de mitos e rituais de diferentes culturas e épocas, até a cultura de massa, Prata se apropria de diferentes imagens e objetos para ressignificá-los e conceber uma mitologia contemporânea. Nascido e residindo em São Paulo, formou-se em Comunicação Social (ESPM – SP), fez pós-graduação em Design Gráfico (Miami Ad School – SP), cursou História da Arte (Enforex – Barcelona) e frequentou cursos livres de arte no Ateliê 397, Instituto Tomie Ohtake, Mube, RED Studios, entre outros.

Exposições anteriores:

2017
·   Um Recorte da Fotografia Brasileira - Galeria de Pintura Brasileira - Curadoria Valu Oria
·   Homo Faber - 2nd House - Curadoria Mariana Schwarz

2016
·  Chez Moi - Curadoria Clotilde Roviralta
·  Projeto 48 horas - Produção Intensiva (2a edição)
·  Proces/sos Cri/ativos -  Ex/periência - Ricardo Camargo Galeria/ Wesley Duke Lee Art Institute

2015
·  Projeto 48 horas - Produção Intensiva (1a edição) - Sub Galeria
·  Coisas de Menines - Curadoria Silvana Viestel

Sobre a SUB Galeria: SUB é um espaço destinado a abrigar e fomentar a produção de múltiplas linguagens artísticas e, ao mesmo tempo, estimular e construir espaço de convivência, trocas e interações entre artistas.
Fundado em 2014, o espaço de arte e cultura SUB vem desenvolvendo e apoiando diversos projetos artísticos como: exposições mensais, oficinas, intercâmbios, residências, imersões, feiras de arte, entre outras experiências multidisciplinares que buscam explorar novas linguagens contemporâneas e projetos inovadores.