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escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

http://maregina-arte.blogspot.com/

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

oficina presencial “As Polaroides (In)Visíveis e o Descondicionamento do Olhar” TOM LISBOA - MON - Curitiba

 




MON oferece oficina presencial com Tom Lisboa

O Museu Oscar Niemeyer (MON) realiza, na próxima quarta-feira (8/12), a oficina “As Polaroides (In)Visíveis e o Descondicionamento do Olhar” com o fotógrafo e artista visual Tom Lisboa. A ação é presencial e acontece no Espaço de Oficinas do MON, com vagas limitadas.


Além de artista, Tom é professor de cinema e fotografia, curador independente e está radicado em Curitiba desde 1987. É um dos 20 artistas que expõem obras na exposição “Afinidades”, em cartaz na Sala 7 do MON. A oficina propõe uma reflexão sobre a descoberta de um espaço a partir da atenção aos detalhes e exercício de consciência.


Para participar, basta preencher o formulário disponível em bit.ly/OficinaTomLisboa. Para mais informações, basta entrar em contato pelo e-mail educativo@mon.org.br ou pelo telefone 41- 3350-4448. A ação é gratuita e indicada para pessoas acima de 16 anos.


SOBRE O MON

O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura do Paraná. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com mais de 9 mil peças, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, sendo 17 mil metros quadrados de área para exposições, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina. Os principais patrocinadores da instituição, empresas que acreditam no papel transformador da arte e da cultura, são: Copel, Sanepar, Grupo Volvo América Latina, Vivo, Grupo Focus e Moinho Anaconda.

 

Serviço

Oficina presencial “As Polaróides (In)Visíveis e o Descondicionamento do Olhar”

Com o fotógrafo e artista visual Tom Lisboa

8 de dezembro, às 14h

Espaço de Oficinas


Museu Oscar Niemeyer

Rua Marechal Hermes, 999

www.museuoscarniemeyer.org.br

exposição Tekoa Xy “A terra de Tupã” – Xadalu Tupã Jekupé - Centro Cultural Inclusartiz - RJ

 


IMPORTANTE NOME DA ARTE URBANA GAÚCHA, XADALU INAUGURA SUA PRIMEIRA EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL NO RIO, NO CENTRO CULTURAL INCLUSARTIZ

Em cartaz a partir de 9 de dezembro, Tekoa Xy “A terra de Tupã” traz cerca de 20 obras de toda a carreira do artista e marca também a abertura oficial da programação expositiva da nova sede do instituto, na Gamboa



Um dos principais nomes da arte urbana do Rio Grande do Sul, o artista Xadalu Tupã Jekupé inaugura no dia 9 de dezembro a sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro. Uma seleção de aproximadamente 20 obras de todas as fases de sua trajetória tomará as paredes do segundo piso da nova sede do Instituto Inclusartiz, um enorme casarão centenário na Praça da Harmonia, na Gamboa.


“É uma grande honra receber o artista Xadalu Tupã Jekupé na nova sede do Instituto Inclusartiz, cuja vocação é ser um espaço experimental de arte e educação, com as portas sempre abertas para diálogos”, celebra Frances Reynolds, fundadora do instituto.


Intitulada “Tekoa Xy ‘A terra de Tupã’”, a mostra com curadoria de Aldones Nino marca também a abertura oficial da programação expositiva do novo espaço, que, em julho deste ano, recebeu o próprio Xadalu para uma residência artística de um mês.


“Fico muito entusiasmado em abrir a casa com essa exposição porque ela fala do tempo, do espaço e da memória, dos povos originários que viveram e ainda vivem no Brasil. É também uma forma de colocar em pauta esse espaço onde a casa é localizada, um bairro colonial que abriga o Morro da Providência, a primeira favela do Rio de Janeiro. E o que também me traz imensa alegria é saber que a comunidade está sempre presente, como esteve durante a produção da exposição, mostrando que a arte pode sempre ligar pessoas”, afirma Xadalu.   

Nascido em Alegrete, no Rio Grande do Sul, o artista é descendente dos indígenas que historicamente habitavam as margens do Rio IbirapuitãComprometido com a defesa da causa, da cultura e das narrativas de seu povo, despontou em 2004 ao espalhar adesivos com um rosto ilustrado de um índio sorridente nas ruas de Porto Alegre. Dali em diante passou a usar elementos da serigrafia, pintura, fotografia e objetos para abordar em forma de arte urbana o tensionamento entre a cultura indígena e ocidental nas cidades.


“Essa exposição é o reflexo de todo o ato colonial, dessas tentativas de extermínio e apagamento dos povos originários. Ela faz um contraponto, reivindica, questiona e enfrenta, mostrando que a comunidade está viva, continuará viva e estará sempre presente”, revela o artista, que apresenta na exposição um repertório de linguagens múltiplas, incluindo pinturas, instalações e vídeos.


"Os trabalhos aqui reunidos, localizam-se em uma encruzilhada ontológica, pois refletem um amálgama entre a descoberta de si, realizada a partir do desdobramento de sua ancestralidade Guarani, e a elaboração de trabalhos artísticos que extrapolam a subjetividade ao posicionar-se criticamente diante das políticas de apagamentos e catequização que marcam a história da nação, forjada à revelia de grande parte da população", completa o curador Aldones Nino.


SOBRE O ARTISTA

 

Xadalu Tupã Jekupé é um artista mestiço que usa elementos da serigrafia, pintura, fotografia e objetos para abordar em forma de arte urbana o tensionamento entre a cultura indígena e ocidental nas cidades.

 

Sua obra, resultado das vivências nas aldeias e das conversas com sábios em volta da fogueira, tornou-se um dos recursos mais potentes das artes visuais contra o apagamento da cultura indígena no Rio Grande do Sul.

 

O diálogo e a integração com a comunidade Guarani Mbyá permitiram ao artista o resgate e reconhecimento da própria ancestralidade. Nascido em Alegrete, Xadalu tem origem ligada aos indígenas que historicamente habitavam as margens do Rio Ibirapuitã.

 

As águas que banharam sua infância carregam a história de Guaranis Mbyá, Charruas, Minuanos, Jaros e Mbones — assim como dos bisavós e trisavós do artista. De etnia desconhecida, eles eram parte de um fragmento indígena que resistia em casas de barro e capim à beira do Ibirapuitã, dedicando-se à pesca e vivendo ao redor do fogo mesmo depois do extermínio das aldeias da região.

 

A revelação de seu nome espiritual guarani, Tupã Jukupé, em batismo Nhemongarai (ritual de nomeação), pelo centenário cacique Karai Tataendy Ocã, é parte da reconexão de Xadalu com sua ancestralidade indígena.

 

Como escreveu o cacique geral Mburuvixá Tenondé Cirilo Karai: "Xadalu Tupã Jekupé é guarani, pois ele sente e vive no mundo guarani e tem seu espírito guarani. Não é por acaso que isso aconteceu, ele é um ser especial, foi nosso Deus Nhanderu que mandou ele, pois existem guerreiros enviados pelos deuses para salvar o seu povo, e o nosso Deus mandou Xadalu para salvar a história do povo Guarani Mbya através da arte".

 

Nas palavras de Paulo Herkenhoff, "Xadalu não fica à espera por mudanças na sociedade, mas busca agenciar sua potência para agir na escala individual". O renomado curador também afirma que "a arte de Xadalu não vai mudar o mundo, mas pode alterar nosso olhar sobre as coisas".

 

Em 2020, sua obra "Atenção Área Indígena" foi transformada em bandeira e hasteada na cúpula do Museu de Arte do Rio. Meses depois, venceu o Prêmio Aliança Francesa com a obra "Invasão Colonial: Meu Corpo Nosso Território", que o levou a uma residência artística na França (2021).

 

Exposição: Tekoa Xy “A terra de Tupã” – Xadalu Tupã Jekupé

Centro Cultural Inclusartiz: 

Abertura: 9 de dezembro, das 17h às 21h (até fevereiro de 2022, data a confirmar)

Visitação: Sexta, sábado e domingo: 11h às 18h

Entrada franca

 

fonte: 

FACTORIA COMUNICAÇÃO

www.factoriacomunicacao.com


instalação site specific FLORAS - Rejane Cantoni - CCBB - RJ

 

 
 

Centro Cultural Banco do Brasil apresenta Floras, uma instalação site specific, composta de 50 animações geradas por processos algorítmicos que tem como tema formas orgânicas de grande impacto visual e voltagem cromática.

 

Ambientada no Foyer do CCBB Rio de Janeiro a obra é da artista Rejane Cantoni, uma das artistas brasileiras com mais inserções internacionais em mostras de arte eletrônica e digital.


 


Exposição: de 01 de dezembro de 2021 a 24 de janeiro de 2022

CCBB RJ  


A partir de quarta-feira, dia 01 de dezembro o público que visitar o CCBB Rio de Janeiro irá encontrar no foyer da Instituição um jardim sensorial feito de luz, uma paisagem virtual, samambaias, flores e folhas digitais movidas pelo vento, tempestades, pássaros e tudo o mais que a imaginação possibilitar perceber.


Da artista Rejane Cantoni, uma das artistas brasileiras com mais inserções internacionais em mostras de arte eletrônica e digital, FLORAS é uma instalação site specific, desenhada para refletir sobre Natureza e Tecnologia Blockchain, cryptoart e NFTs.

 

Floras é composta por cerca de 50 animações geradas por processos algorítmicos analógicos e digitais, únicos e exclusivos. A série, um conjunto abstrato de reverberações factrais, explora formas orgânicas de grande impacto visual e força cromática. 

FLORAS é uma instalação site specific – produzida especialmente para ambientar a entrada do CCBB RJ e funciona como um jogo: seu estado inicial determina sua evolução.


 

O programa digital atualiza a visualização da obra por meio de duas regras combinatórias: atração e repulsão. A função dessas regras é reconfigurar continuamente o todo, a partir da interação entre as partes, o que significa que a instalação está em constante transformação. O mesmo espectador pode retornar a ela infinitas vezes, e ela nunca será a mesma. 

 

Em FLORAS o público também é convidado a contribuir para a evolução da obra. A possibilidade de interação ocorre através do perfil do projeto @nft_floras, no Instagram. Quando o visitante dá um “like” em um dos vídeos do perfil, o programa interpreta o “like” e, como resultado, novos vídeos serão gerados considerando  essa informação.

 


 

“O “jardim de luz” de Rejane Cantoni é antes de tudo um corpo mutante, que a cada interação faz nascer uma nova expressão pictórica, uma nova forma de simulacro da natureza, de esplendor vegetal, que dá ao “interator”– o agente externo – a capacidade da criação de um universo pessoal, que nasce de gestos simples e cotidianos, como os likes ou downloads que podem ser marcados dentro das infinitas possibilidades do suporte NFT, num jogo de distanciamento x imersão que é o leit-motiv do trabalho. A artista assim, propõe um tratado sobre as variantes do acaso como forma de expressão”, diz Byron Mendes, curador da mostra que fica no CCBB RJ até 24 de janeiro de 2022.  

A artista Rejane Cantoni vem desbravando ao longo de sua trajetória, uma profunda investigação artística sobre a aplicabilidade de novas tecnologias na expansão da percepção daquilo que pode ser absorvida como expressão visual nas artes.  Seus trabalhos sempre tiveram uma âncora na possibilidade de interação com o público em instalações táteis, físicas e digitais. Usando um repertório tecnológico experimental e amplo, de grande apelo imagético e sensorial, a artista mantém na sua fatura um componente pictórico que de certa maneira é a ponte mais perene de relação entre a criação artística e as pessoas, angariando empatia imediata a seu trabalho.


“Desenhar e instalar uma obra site specific não é uma tarefa simples. Você tem que estudar muito. Pesquisar as particularidades da instituição que o convida; fazer muitas perguntas e responder algumas delas: Onde? Qual a história do CCBB RJ? Como é a arquitetura? Como é a luz ambiente? Durante quanto tempo a obra permanece instalada? Quem irá interagir? Qual é o público (do centro do Rio, de arte)? Qual o tema? Qual a relevância social da proposta? Qual é a equipe? Qual a verba disponível?

 

Em FLORAS a curadoria propôs convidar o público do CCBB RJ a experimentar e refletir sobre Natureza, Tecnologia Blockchain, cryptoart. A relação Natureza-Tecnologia é um problema chave e trendy e a possibilidade de trata-lo no contexto do CCBB RJ, para todos os visitantes do museu, me pareceu um desafio sedutor, sobretudo quando consideramos a história e a arquitetura do edifício,” diz Rejane Cantoni


“Rejane Cantoni trabalha também com o binômio luz/reflexo, em instalações site specific que absorvem o vocabulário plástico erigido a partir das experiências cinéticas fundadoras. A artista, há vários anos, transita de forma fluída entre fenomenologias analógicas, em ambientações cromáticas imersivas e o universo proto-cyber que deu base para o advento dos NFTs. Neste sentido, toda sua produção seminal, pautada na inovação e na relação tecnológica como suporte, confluiu para as séries em formato NFTs que vem desenvolvendo”, complementa o curador da mostra.

 

A Instalação Floras é produto do projeto Realidade Ampliada, patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura - Lei do ISS." 

 

Rejane Cantoni (São Paulo) trabalha com instalações interativas, site specific, em grande escala. Convidada por instituições a criar obras em várias cidades em todo o mundo desenvolve instalações inovadoras que oferecem mediações viscerais sobre como os indivíduos percebem e se comunicam com os espaços que habitam. Os resultados ­— a experiência física, fotografias e vídeo documentação das instalações — muitas vezes se concentram no corpo e como ele é conectado, geralmente revelam novos caminhos para a experiência conectada, novos modos de compreensão dos fenômenos naturais e novas maneiras de fazer arte. Expôs em inúmeras instituições de arte em todo o mundo:

Ars Electronica (Linz, Berlim, Cidade do México), The Creators Project (Nova York, São Paulo), Festivais Glow e STRP (Eindhoven), Espacio Fundación Telefônica (Buenos Aires) do Festival de Arte Contemporânea de Copenhague (Copenhague), FILE Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte, São Luís), Zeebrastraat (Ghent), Mois Multi (Québec), Trienal Internacional de New Media Art 2014 (Pequim), Ruhrtriennale 2014 (Duisberg), Ásia Cultural Center / ACC (Gwangju), WONDERSPACES (San Diego, Scottsdale), WAVELENGHT (Shenzhen, Shanghai, Beijing, Chengdu). Em 2014, recebeu o prêmio Itaú Cultural por VOZ, em 2010 os prêmios VIDA 13.2 por FALA e menção especial do Prix Ars Electronica para TÚNEL.


SOBRE O CCBB

 

O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro ocupa o histórico nº 66 da Rua Primeiro de Março, no centro da cidade, prédio de linhas neoclássicas que, no passado, esteve ligado às finanças e aos negócios.

 

No final da década de 1980, resgatando o valor simbólico e arquitetônico do prédio, o Banco do Brasil decidiu pela sua preservação ao transformá-lo em um centro cultural. O projeto de adaptação preservou o requinte das colunas, dos ornamentos, do mármore que sobe do foyer pelas escadarias e retrabalhou a cúpula sobre a rotunda.

 

Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o Centro Cultural Banco do Brasil conta com mais de 30 anos de história e celebra mais de 50 milhões de visitas ao longo de sua jornada. O CCBB é um marco da revitalização do centro histórico da cidade do Rio de Janeiro e mantém uma programação plural, regular, acessível e de qualidade. Agente fomentador da arte e da cultura brasileira segue em compromisso permanente com a formação de plateias, incentivando o público a prestigiar o novo e promovendo, também, nomes da arte mundial.

 

O prédio possui uma área construída de 19.243m². O CCBB ocupa este espaço com diversas atrações culturais, como música, teatro, cinema e exposições. Além disso, possui Biblioteca, além de abrigar o Arquivo Histórico e o Museu Banco


Serviço:

Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro

De 01 de dezembro de 2021 a 24 de janeiro de 2022

De quarta a segunda de 9h às 20h. A entrada do público é permitida apenas com apresentação do comprovação de vacinação contra a COVID-19 e uso de máscara.

Rua Primeiro de Março, 66 – Centro, RJ (21) 3808-2020


www.bb.com.br/cultura


www.twitter.com/ccbb_rj/

www.facebook.com/ccbb.rj


Entrada gratuita


fonte:

exposição MAR - Luiz Martins - Galeria Base - SP


 

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Luiz Martins


 MAR


‘encontro das águas de Yemonjá, zeladora de segredos, teorias e histórias, faz emergir a série e a exposição do artista Luiz Martins’ APL

 

Galeria BASE, encerra sua agenda expositiva de 2021 com “MAR”, do artista multimídia Luiz Martins, composta por duas séries: “Vestígios Primários” com trabalhos em técnica de têmpera acrílica e “Mar”, composta por obras inéditas, criadas em nanquim e aguada, em um conjunto de 25 desenhos e pinturas que atestam o comprometimento do artista com questões de sustentabilidade e preservação ambiental. A curadoria é de Ana Paula Lopes.

Segundo conceito elaborado pela curadora, “a exposição MAR, na Galeria Base em São Paulo, reúne uma produção que explora uma materialidade pictórica na técnica do desenho e da pintura, compostos por uma rugosidade e um gradil de formas, onde as cores transitam pelo ocre e nas escalas de preto e cinza, que dilatam conceitos etnográficos, antropológicos e políticos de um território marítimo, constituídos por uma fatura linguística e matérica, que são explorados pelo artista.”

Dividida em duas partes, a mostra exibe no piso térreo “Vestígios Primários” onde obras com utilização de cores nas quais muitas delas resultam de uma técnica autoral - de têmpera acrílica sobre papel de algodão para alcançar a paleta pictórica pretendida - onde o artista marca a superfície do papel em alusão às cicatrizes deixadas nas peles dos escravos dando origem a formas rupestres. “Luiz une suas origens – negra e indígena – o resultado é um conjunto potente com acabamento refinado e uma técnica única”, explica Daniel Maranhão.

Predominam os tons terrosos, porém cores vivas, como amarelo e vermelho, completam a unidade. Trata-se de “Um conjunto de tons de ocre e cor, que se desenvolve a partir de uma simultaneidade entre antropologia e a etnografia rupestre, delineado por uma grafia circular, que tenciona uma aspereza e secura de um cerrado, como se fossem gravuras em rochas”, explica Ana Paula Lopes

No andar superior, tem-se a série ‘Mar’ que surge após longo período de gestação criativa. “Mar” nasce em 2016 quando Luiz Martins começa a coletar materiais lançados à praia pelo mar em suas caminhadas pela Praia do Sonho. Conchas, pedra, corais e tantos outros materiais orgânicos são levados ao ateliê e dão início à construção de desenhos “como se assim devolvesse ao mar aquilo que foi lançado por ele”, complementa Maranhão.

Segundo Luiz Martins, ao falar sobre os novos trabalhos, comenta: “Série de desenhos na qual faço uma representação dos fragmentos encontrados em caminhadas pelas areias em busca de entender a potencialidade desses elementos deixados pelos mares em longo de sua trajetória, elementos que para mim representam força, energia e fluidos de ligação entre vida contemporânea e ancestralidade”.

Esses novos desenhos e pinturas não mostram o óbvio; não são registros de verde e azul, que vem à mente quando se pensa em mar. Ao revés, são imagens em branco e preto, com nuances de cinza. As técnicas escolhidas pelo artista - nanquim e aguada– acrescidas por alguns artifícios como sopro mecânico, mostram-se como fundamentais e precisas para que Luiz Martins alcance o resultado pictórico final por ele explorado.

Mar de Luiz Martins, de águas profundas, quase equiparadas às do oceano, que amalgama uma pluralidade de conceitos e poéticas, expressando outras imagéticas que não associamos quando nos referimos ao mar.” Ana Paula Lopes

 

O artista – Luiz Martins (Machacalis, MG)

Luiz Martins tem origem indígena pelo lado paterno, sendo filho de mãe negra. Conviveu com os índios de sua tribo, os Maxacalis até os 17 anos, quando se mudou para São Paulo, para cursar a Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Expôs pela primeira vez em 1996, na Fundação Cásper Líbero, com curadoria do Professor Walter Zanini. A partir de então, integrou diversas mostras individuais e coletivas no Brasil e no exterior como Polônia, Lituânia, Dinamarca, Itália, Portugal, Áustria e Japão. Desde 2008 mantém ateliê fixo na cidade de Viena, com o artista venezuelano Gustavo Mendez. Atualmente conta com 3 livros publicados e suas obras fazem parte de Coleções importantes, como a do MAC USP.

 

 

Exposição: "MAR"

Artista: Luiz Martins

Curadoria: Ana Paula Lopes

Coordenação Artística: Daniel Maranhão

Coordenação Administrativa: Leonardo Servolo e Cássia Saad

Coordenação Técnica: Marina da Silva

Montagem e expografia: Harpia Design e Produções

Abertura: 11 de dezembro – sábado - das 12:00 às 17:00

Período: de 13 de dezembro de 2021 a 05 de fevereiro de 2022

Horário: de terça a sexta-feira, das 11hs às 19hs; sábado, das 11hs às 15hs.

Local: Galeria Base

Endereço: Al Franca 1030, Jardim Paulista || 01422-002 | São Paulo, SP

Telefone: (11) 3062 6230 || WhatsApp (11) 98327 9775 / (11) 98116 6261

E-mail: contato@galeriabase.com.br

Site:  http://www.galeriabase.com

Facebook: https://www.facebook.com/galeriabase

Instagram: https://www.instagram.com/galeriabase/


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Oficinas artísticas marcam os últimos dias da I edição do festival Vibra

 

Oficinas artísticas marcam os últimos dias da I edição do festival Vibra


A I edição da Virada Inclusiva Brasileira, Vibra, será encerrada nesta terça-feira (7), mas até lá o público poderá acompanhar diversas atividades gratuitas e online, disponíveis no canal do festival no YouTube (https://bit.ly/3EmcZnP). Nestes últimos dois dias, as oficinas artísticas dominam a programação, com masterclass às 10h, 11h30 e 17h.  Com produção de Liliana Tavares, da Com Acessibilidade Comunicacional, e Germana Pereira, da Tangram Cultural, o Vibra é um festival que chega para fortalecer o protagonismo das pessoas com deficiência nas diversas linguagens artísticas. Assim, artistas surdos, cegos, com paralisia cerebral e com síndrome de Down farão parte ativamente da programação, não apenas como espectadores, mas como protagonistas

 

Nos últimos dois dias, às 10h, Kilma Coutinho (PE) ministra a oficina “Expressar em forma de desenho”, com uma turma na segunda-feira, e outra turma na terça.  A oficina tem como objetivo incentivar os participantes a perceber o desenho como forma de expressão e representação sobre o que vê, sente e imagina. Na atividade, a artista compartilha sua vivência na prática do desenho livre, dá noções de materiais, caminhos para criação, observação de obras e conversa sobre o desenho como canal de comunicação e expressão no contexto da criação artística na cultura surda.

 

Às 11h30, também nos dois dias, a arte-educadora Gabi Severien (PE) conduz, de forma lúdica, a oficina “Boneca Abayomi”. A masterclass começa com uma contação de história sobre a criadora da Boneca Abayomi, Lena Martins, e no final os participantes são convidados a confeccionarem a boneca de pano que foi apresentada na história. Ao vivo, a artista conversa sobre sua vivência no campo da contação de histórias educativas e tira dúvidas sobre como fazer a boneca.


Finalizando as oficinas, Felipe Monteiro (RJ) ministra, das 17h às 19h, a masterclass “Musicalização Acessível”. Na atividade, Felipe compartilha saberes, por meio de exemplos práticos, sobre como o processo de musicalização torna-se igualitário e possível para as pessoas com deficiência visual (cegas e com baixa visão) graças ao auxílio da audiodescrição. 


Para saber mais sobre a programação do Vibra, uma iniciativa financiada pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura-PE), do Governo de Pernambuco, criada para evidenciar a arte produzida por pessoas com deficiência e promover uma reflexão em torno da produção de uma arte por e para todos, acompanhe: @vibra.viradainclusivabr


Toda a programação assíncrona do Vibra conta com o auxílio das três acessibilidades, que são: audiodescrição, língua brasileira de sinais (Libra) e legenda para surdos e ensurdecidos (LSE).



 

Mais Vibra

Durante os últimos dias do evento, também ficam disponíveis no canal duas exposições fotográficas: ‘Um Outro Olhar’, da ONG Deficiente Eficiente, em parceria com a UNICAP e organizado por Renata Victor e Carolina Monteiro; e ‘Por Contato’, fruto do trabalho desenvolvido pelo grupo FotoLibras, que visa diminuir as barreiras comunicacionais entre surdos e ouvintes.

O público também poderá assistir às obras disponíveis na mostra audiovisual do festival, realizadas ou protagonizadas por pessoas com deficiência. Assim, os filmes da sessão ‘Assim Vivemos’ são: “Mona” (SP, 2018, 6 min), dirigido por Lucca Messer; “Meu nome é Daniel” (RJ, 2018, 83 min), com direção de Daniel Gonçalves; “O Artista e a Força do Pensamento” (SP, 2021, 94 min), com direção assinada por Elder Fraga.


Já na sessão ‘Prêmio Serviço de Acessibilidade VerOuvindo’, as obras pernambucanas: “EthxôNandudya (PE, 2021, 10 min), com direção coletiva; “Inabitável” (PE, 2020, 20 min), com Enock Carvalho e Matheus Farias na direção; e “Mini Miss” (PE, 2018, 15 min), de Rachel Daisy Ellis. A sessão ‘Viradinha’ apresenta a série completa “Bia Desenha”, pernambucana, com 13 episódios de 26 min cada. A direção é assinada por Kalor Pacheco e Neco Tabosa.



 

SERVIÇO: Vibra – Virada Inclusiva Brasileira

Quando: De 03 a 07 de dezembro de 2021

Como: Performances artísticas e bate-papos (sexta, sábado e domingo, iniciando às 10h, 15h, 18h e 20h; oficinas (segunda e terça, iniciando às 10h, 14h e 17h)

Onde: https://www.youtube.com/channel/UCHeqN91qRRwnY6kD1eCnYvg

Quanto: 100% gratuito

Acessibilidade: Tradução em Libras, audiodescrição e LSE nas atividades assíncronas.

Mais informações: @vibra.viradainclusivabr

A programação completa do Festival Vibra – Virada Inclusiva Brasileira está no link da bio do Instagram oficial do evento @vibra.viradainclusivabr