concursos, exposições, curiosidades... sobre arte
escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

MAM São Paulo anuncia programação com novos cursos para fevereiro e março

 
Obra de Andrey Bogush no Museu Finlandês de Fotografia em Helsinki

MAM São Paulo anuncia programação com novos cursos 

para fevereiro e março

Programação aborda assuntos como direito para o setor cultural, gestão de acervos museológicos, fotografia e técnicas fundamentais de cerâmica, dentre outros

Nos meses de fevereiro e março, o Museu de Arte Moderna de São Paulo oferece sete cursos ministrados por profissionais das áreas de história e crítica da arte, legislação, fotografia, urbanismo e artes visuais. Indicados para um público amplo, os cursos têm inscrições abertas no site do MAM (mam.org.br/curso/). Participantes do programa Amigo MAM têm 20% de desconto; estudantes, professores e aposentados têm 10%.

Apresentado em modelo híbrido pela professora Olívia Bonan, o curso Direito para o setor cultural oferece noções aprofundadas sobre temas jurídicos fundamentais ao setor cultural, tais como direitos autorais e direitos de personalidade. Durante os encontros, os participantes aprenderão por meio de casos cotidianos, decisões judiciais, oficinas práticas e dicas de leitura. O objetivo é habilitar os profissionais e demais interessados a lidar com questões jurídicas complexas relacionadas à cultura e arte.

Oficina de Fotoperformance, curso presencial com os educadores Ivan Padovani Marcelo Amorim, explora propostas que abordam as intersecções entre fotografia, performance e arquitetura. Dividido em cinco encontros, o programa é permeado pelo compartilhamento de referências e textos, com o objetivo central de orientar a produção de um novo trabalho por cada participante. A oficina se destina a qualquer pessoa envolvida nas áreas de artes visuais e artes do corpo.

Na Oficina presencial de cerâmica: técnicas fundamentais, a professora Juliana Miyasaka convida aqueles que desejam explorar a cerâmica, independentemente da experiência anterior. Em sete aulas práticas, os alunos aprenderão os conceitos básicos e as técnicas fundamentais da modelagem manual em cerâmica para criar peças únicas e ricas em expressão pessoal.

Das opções de cursos 100% online, Arte Moderna e a Moda na Fotografia, do professor Brunno Almeida Maia, mergulha na fotografia de moda para uma compreensão da arte do vestir. Serão apresentados e analisados os diálogos — seus pontos de semelhança e diferença — entre as artes modernistas e contemporâneas e a história e linguagens dos principais fotógrafos de moda.

Em Gestão de Acervos Museológicos, a professora Juliana Monteiro traz como objetivo a introdução dos participantes ao funcionamento do ciclo básico da informação relacionada aos acervos museológicos. Em outras palavras, a proposta é discutir as duas principais áreas de processamento dos acervos museológicos: a documentação e o compartilhamento de dados online, através de catálogos digitais e projetos GLAM Wiki, iniciativas colaborativas entre instituições de memória e a comunidade que contribui para a Wikipédia e projetos relacionados.

Ministrado pela educadora Ana Paula Simioni, o curso Mulheres Artistas no Modernismo propõe uma reflexão sobre a presença e contribuição das artistas mulheres em algumas experiências modernistas internacionais, notadamente na França e no Brasil. Para participar do curso é necessário ter mais de 18 anos, mas não é exigido amplos conhecimentos em história da arte.

Encerra a programação do bimestre o curso  Arte Afro-Brasileira: Estéticas e Poéticas do Sagrado. Ministrado pelo professor Alexandre Bispo, o curso propõe uma exploração profunda da arte afro-brasileira, destacando sua conexão intrínseca com o universo religioso e estético africano. Sem seguir uma ordem cronológica, as aulas abordam temas como memória, corpo, ritos sociais, morte, alimentação e intolerância religiosa.

Confira a programação completa:

DIREITO PARA O SETOR CULTURALcom Olívia Bonan
Curso híbrido (as três primeiras aulas serão online, por videoconferência; a quarta e última aula ocorrerá presencialmente, na sede do MAM São Paulo)
Contempla certificado no final
28 de fevereiro, 6, 13 e 20 de março, quartas-feiras, das 18h30 às 20h30
4 encontros | Investimento: R$ 320, 00
Público: interessados em geral

Programação
Encontro 1 | Direitos autorais

  1. O que é direito autoral e o que ele protege?
  2. Quem é considerado aut@r?
  3. Preciso registrar minha obra?
  4. Direitos patrimoniais e direitos morais
  5. Contratos – licença e cessão
  6. Quando posso utilizar uma obra sem autorização?
  7. Domínio público
  8. “Limitações e exceções” – acessibilidade, citação, “pequeno trecho”, obra em local público, usos educativos etc.
  9. E se não sei quem é o autor? – “obras órfãs” e busca diligente
  10. Boas práticas para:
  11. Digitalização de acervos
  12. Solicitações de acesso a obras e documentos
  13. Venda de produtos

Encontro 2 | Direitos de personalidade

  1. O que são os direitos de personalidade? – uso de imagem, voz e demais características pessoais
  2. Regras e escala de risco no uso não autorizado
  3. Casos judiciais
  4. Boas práticas no registro da imagem do público

Encontro 3 | Questões jurídicas em exposições

*participação de Renata Ferreira (BSA Advogados - atendimento ao MAM São Paulo). A professora e a convidada tratarão de aspectos práticos dos conceitos jurídicos apresentados nas duas primeiras aulas a partir de um caso fictício de exposição de artes visuais, abordando questões como:

  1. Quais são as diferenças entre autor, titular e proprietário/colecionador?
  2. Quais contratos são mais necessários?
  3. Como lidar com prestadores de serviços criativos? – curadores, fotógrafos, tradutores, designers etc. Como funciona o empréstimo de obras com instituições culturais e colecionadores?
  4. Como obter autorizações de direitos autorais? – artista, herdeiros, AUTVIS, coletivos, inventários.
  5. Como lidar com arte indígena?
  6. Como fazer a classificação indicativa?
  7. Como saber se preciso obter a autorização de uso de imagem de visitantes?
  8. Boas práticas para:
  9. Uso das obras em material de divulgação
  10. Alinhamento pré-abertura
  11. Registros fotográficos da exposição

Encontro 4 | Workshop de dúvidas

*participações de Mei Lian Jou (BSA Advogados - atendimento ao Instituto Tomie Ohtake) e Mariana Luvizutti (MASP).

As convidadas são advogadas atuantes no setor cultural e de museus e contarão à turma um pouco de sua experiência e situações interessantes vividas na profissão. A partir desse diálogo, haverá resolução de dúvidas, discussão de casos e conteúdos adicionais de acordo com as necessidades apresentadas pela turma, em formulário circulado durante o decorrer do curso.

Sobre a professora:
Olívia Bonan é graduada em Direito e pós-graduada em Gestão de Projetos Culturais, ambos pela USP. Especializou-se em direitos autorais por meio de experiências acadêmicas na Yale Law School (EUA), Peking University (China) e Universidade Nova de Lisboa (Portugal), tendo pesquisado na pós-graduação sobre direitos autorais e digitalização de acervos de museus. Advogada associada e coordenadora da equipe de Instituições e Projetos Culturais do Borges Sales e Alem Advogados. Pelo BSA, foi responsável pelo setor Jurídico do MAM São Paulo durante 5 anos. Antes disso, atuou na assessoria jurídica de organizações do entretenimento e da mídia, com passagem pelo setor Jurídico do Google Brasil. Coautora do Plano de Internet das Coisas (IoT) do governo brasileiro e do estudo “Building a National IoT Plan: Policy Recommendations and the Case of Brazil”, publicado pela Columbia University. Membro do International Council of Museums – ICOM.

OFICINA PRESENCIAL DE CERÂMICA: TÉCNICAS FUNDAMENTAIScom Juliana Miyasaka
Curso presencial
Contempla certificado no final
20, 27 de fevereiro, 5, 12, 19 e 26 de março e 02 de abril, terças-feiras, das 18h30 às 21h30
7 encontros | Investimento: R$ 560,00
Público: interessados em geral

Materiais necessários
Cada participante deve providenciar um pacote de argila (10kg), adequada para queima a 1240°C. A argila pode ser adquirida diretamente com a professora ou em lojas específicas

Programação
Aula 1 – Fundamentos teóricos e confecção de peças na primeira técnica básica
Apresentação de alguns tipos de argila, preparação delas para uso, etapas da transformação da argila até que se torne cerâmica.

Confecção de peças usando a técnica japonesa chamada tebineri (ou pinch pot), que é a técnica básica e principal, a partir da qual é possível desenvolver peças utilitárias ou decorativas, em diversas formas e é ótima para sensibilização do tato e conhecimento da argila e seu potencial.

Aula 2 – Finalização das peças feitas na primeira aula e tipos de acabamento
Apresentação de tipos de acabamento, colagem de partes e decorações usando engobes (que são argilas coloridas, e como prepará-los) – mishimo, sgraffito e pintura simples – para finalização das peças feitas na primeira aula.

Aula 3 – Técnica de acordelado
Apresentação da técnica de cordelado e confecção de peça usando esta técnica.

Aula 4 – Técnica de placa
Apresentação da técnica de placa e confecção de peça usando esta técnica.

Aula 5 – Técnica de ocagem
Apresentação da técnica de ocagem e início de modelagem de peça para finalização usando esta técnica.

Aula 6 – Técnica de ocagem
Finalização da peça feita na aula anterior, através de técnica de ocagem.

Aula 7 – Esmaltação
Preparação das primeiras peças confeccionadas no curso, após estas terem passado já pela primeira queima (chamada de biscoito, a 1000°C).
Acabamento final, impermeabilização de áreas que não receberão esmalte e esmaltação para que passem pela última queima, a 1240°C.

Sobre a professora:
Juliana Miyasaka é formada em Marketing e Design, com MBA em Arte Educação. Ceramista desde 2007, ministra aulas e workshops de cerâmica desde 2012, para crianças e adultos. Atualmente, ministra aulas no Colégio Oshiman, no programa PIAPI e em seu atelier.

ARTE MODERNA E A MODA NA FOTOGRAFIA, com Brunno Almeida Maia
Curso on-line (ao vivo via plataforma de conferência e aulas gravadas disponibilizadas por tempo determinado)
Contempla certificado no final
22 e 29 de fevereiro, 7 e 14 de março, quintas-feiras, das 19h30 às 21h
4 encontros | Investimento: R$ 320,00
Público: interessados em geral

Programação
Aula 1 – Conceitos e noções da teoria da imagem de moda
- Breve história da fotografia
- As noções de imagem, imaginário e imaginação na tradição filosófica
- A moda como arte: imagens de desejo, sonho e utopia
- Entre o temporal e intemporal: a metafísica da moda nas imagens de Irving Penn

Aula 2 – A fotografia na moda
- A teatralidade das imagens de moda em Barão Adolf de Meyer
- A arte do retrato e a moda: Condessa Castiglione e Richard Avedon
- O modernismo e a depuração das formas em Hoyningen-Huene

Aula 3 – As vanguardas modernistas na fotografia de moda
- A moda cita a Grécia Clássica: as fotografias de Steichen e os trabalhos de Madeleine Vionnet e da bailarina Isadora Duncan
- O dadaísmo e o surrealismo em Man Ray, Horst P. Horst e Cecil Beaton
- A arte do movimento no futurismo e nas imagens de Moda de Martin Munkácsi

Aula 4 – Pós-modernismo e a fotografia de moda
- O fragmentário e o pós-modernismo em Guy Bourdin
- A pop art e op art na fotografia de moda
- O sex appeal do inorgânico de Walter Benjamin e o fetichismo freudiano em Helmut Newton
- “Problemas de gêneros”: as imagens de Deborah Turbeville, Bruce Weber e Herbs Ritts, e diálogos com Julia Kristeva e Judith Butler

Sobre o professor:
Brunno Almeida Maia é doutorando em Arquitetura e Urbanismo na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP), desenvolvendo pesquisa sobre Moda e arquitetura. Possui mestrado em Filosofia, Ciências Humanas e Teoria de Moda pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Além disso, atuou como curador da exposição "Ema e a Moda no século XX: as roupas e a caligrafia dos gestos" na Casa Museu Ema Klabin e do Ciclo de Conferências "A atualidade de Marcel Proust (1871-1922)" no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP. Também é professor convidado em diversas instituições, incluindo a Universidade de São Paulo (USP), a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), o Istituto Europeo di Design (IED) e o Centro Universitário Belas Artes. Atualmente, está trabalhando em seu próximo livro intitulado "Tempos de exceção: ensaios sobre o contemporâneo", que será publicado pela Editora Cosmos (no prelo).

ARTE AFRO-BRASILEIRA: ESTÉTICAS E POÉTICAS DO SAGRADO, com Alexandre Bispo
Curso on-line (ao vivo via plataforma de conferência e aulas gravadas disponibilizadas por tempo determinado)
Contempla certificado no final
27 de março, 3, 10, 17, 24 de abril e 8 de maio, quartas-feiras, das 19h às 21h
6 encontros | Investimento: R$ 480,00
Público: interessados em geral

Programação
Aula 1 - O negro como tema
Esta aula destaca imagens de pessoas e grupos negros no Brasil desde o século XVII, explorando representações de mulheres, crianças, festas religiosas e objetos rituais. A análise desse repertório iconográfico visa proporcionar uma compreensão visual crucial para interpretar obras contemporâneas.

Aula 2 – Morte, mortos e morrer
Explorando obras que dialogam com o universo das religiões afro-brasileiras, esta aula destaca o artista Arthur Leandro e seu anúncio peculiar de morte. O enfoque inclui noções como axexê, mukondo, egun, vumbi, entre outras, e examina como artistas contemporâneos respondem criticamente a temas como chacinas, violência estatal e direito ao funeral.

Aula 3 - Belas Artes Negras
Estabelecendo a distinção entre a eficácia simbólica da arte, utilizada em rituais para alterar destinos ou curar, e o aspecto contemplativo da tradição ocidental, esta aula exibe imagens de obras rituais e práticas artísticas contemporâneas. A questão central é se o rito na arte contemporânea possui poder curativo.

Aula 4 - Mães negras: uma expressão do sagrado
Explorando a figura central da mãe negra ao longo da história brasileira, esta aula aborda o culto à mãe negra em São Paulo, surgido na república velha. Destaca também a presença da Mãe Preta na fotografia de Vincenzo Pastore e na obra de artistas contemporâneos como Rosana Paulino, Renata Felinto, Sidney Amaral, entre outros.

Aula 5 - Esculturas e escultores: uma longa tradição
Focando na importância da escultura negra em ritos de passagem, altares e assentamentos religiosos, esta aula destaca escultores como Rubem Valentim, Mestre Didi, Emanoel Araújo, Carybé, entre outros, que encontram inspiração no universo do candomblé.

Aula 6 – A arte e a religião: inspirações protestantes
Explorando a interseção entre repertórios sagrados afro-brasileiros e influências do cristianismo protestante, esta aula destaca artistas contemporâneos como Ventura Profana, Maxwell Alexandre e Priscila Rezende, analisando como suas obras transitam entre os domínios artístico e religioso, atualizando as discussões sobre o sagrado afro-brasileiro ao longo do tempo.

Sobre o professor
Alexandre Bispo é antropólogo, crítico e curador independente.

GESTÃO DE ACERVOS MUSEOLÓGICOScom Juliana Monteiro
Curso on-line (ao vivo via plataforma de conferência e aulas gravadas disponibilizadas por tempo determinado)
Contempla certificado no final
5, 7, 12 e 14 de março, terças e quintas-feiras, das 10h às 12h
4 encontros | Investimento: R$ 320,00
Público: interessados em geral

Programação
Aula 1 – O que é documentação de acervos museológicos?
- Documentação: um termo, muitas interpretações
- A noção de acervo museológico
- A noção de objeto museológico como documento

Aula 2 – Política de gestão de acervo
- Funções de uma política de gestão de acervo
- Formatos possíveis de uma política de gestão de acervo
- Métodos possíveis para construção de uma política de gestão de acervo
- A questão do acesso no contexto da política de gestão de acervo

Aula 3 – Colocando a política em prática: normativas de documentação
- Normas de procedimentos – SPECTRUM 4.0
- Normas de estrutura de dados – Categorias de Informação do CIDOC
- Terminologia – exemplos diversos

Aula 4 – Colocando a política em prática: compartilhando acervos na web
- Catálogo online: formatos e possibilidades
- Licenças Creative Commons para acervos museológicos
- Projetos GLAM Wiki

Sobre a professora:
Juliana Monteiro é museóloga formada pela UFBA, especialista em gestão pública pela FESPSP e mestra em Ciência da Informação pela ECA-USP. Trabalhou em instituições como Museu da Energia de São Paulo, Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico da então Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e Museu da Imigração. É professora do curso técnico de Museologia da ETEC Parque da Juventude desde 2010. Atualmente, é diretora no Brasil da empresa Sistemas do Futuro, especializada em desenvolvimento de bancos de dados para coleções culturais. Também presta consultorias independentes em projetos de documentação. Foi membra da diretoria do capítulo brasileiro do Creative Commons entre 2019 e 2021 e colaboradora em diferentes frentes da campanha Art+Feminism entre 2018 e 2023.

MULHERES ARTISTAS NO MODERNISMOcom Ana Paula Simioni
Curso on-line (ao vivo via plataforma de conferência e aulas gravadas disponibilizadas por tempo determinado)
Contempla certificado no final
11, 18, 25 de março e 1º de abril, segunda-feira, das 19h às 21h
4 encontros | Investimento: R$ 320,00
Público: interessados em geral

Programação
Aula 1 - Os gêneros do modernismo: mulheres impressionistas
A primeira aula discutirá o modo com que as imagens associadas aos artistas modernos (tais como o “gênio”, o “revolucionário”) são generificadas. Abordaremos em especial a figura do flâneur e o modo com que as artistas mulheres atuantes no último quartel do século 19 lidaram com tais questões.

Aula 2 - Nus: territórios da vanguarda
A segunda aula abordará o modo com que algumas mulheres artistas procuraram se inserir nas vanguardas francesas a partir de um tem caro à arte moderna: as representações dos nus. Trata-se de entender como elas passaram de objetos da representação a sujeitos dos mesmos.

Aula 3 - Mulheres artistas em outros centros: modernistas brasileiras
Nesta aula propõe-se uma reflexão sobre o caso particular do Brasil, em que duas figuras femininas lograram uma consagração ímpar: Anita Malfatti, vista como a introdutora do modernismo no país, e Tarsila do Amaral, figura central na década de 1920. Ambas assinalam modos de consagração generificados.

Aula 4 - Modernismos expandidos: mulheres e artes decorativas em tempos modernistas
A partir do caso de Regina Gomide Graz, introdutora das artes modernistas têxteis no Brasil, a quarta aula abordará o modo com que diversas artistas mulheres dedicaram-se às artes decorativas, em especial as artes têxteis, nos circuitos modernistas internacionais. Nesse sentido, elas promoveram uma crítica às hierarquias tradicionais da história da arte e ampliaram o próprio conceito de “articidade” em suas épocas.

Sobre a professora:
Ana Paula Cavalcanti Simioni é professora no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. Desde 2000, dedica-se à pesquisa das relações entre arte e gênero, especialmente no contexto brasileiro. Destacam-se entre suas publicações: "Profissão Artista: Pintoras e Escultoras Acadêmicas Brasileiras" (SP: EDUSP/FAPESP, 2019) e "Mulheres Modernistas: Estratégias de Consagração na Arte Brasileira" (SP: EDUSP/FAPESP, 2022). Foi curadora das exposições "Mulheres Artistas: As Pioneiras" na Pinacoteca Artística do Estado de São Paulo em 2015 e "Transbordar: Transgressões do Bordado na Arte" no SESC Pinheiros em 2020-2021. Além disso, atuou como curadora associada da exposição "Tornar-se ORLAN" no SESC Paulista de setembro de 2023 a janeiro de 2024

OFICINA DE FOTOPERFORMANCE, com Ivan Padovani e Marcelo Amorim
Curso presencial
Contempla certificado no final
16, 23, 30 de março, 6 e 13 de abril, sábados, das 10h às 13h
5 encontros | Investimento: R$ 400,00
Público: interessados em geral

Programação
Aula 1 - Registro de performances históricas
- Dada a natureza efêmera da performance, discutiremos sua institucionalização, historização e comercialização e a relação com a fotografia.
- Exploração de referências históricas.
- Enfoque em artistas como Vito Acconci, Gina Pane e Joseph Beuys.

Aula 2 - Atualização e reperformance: crítica das reencenações de performances históricas em museus
Exercício: criar uma performance histórica fictícia.
- Discussão sobre a atualização da performance.
- Análise crítica de casos como "7 Easy Pieces" de Marina Abramovic e o conceito de "Reperformance".

Aula 3 - O potencial de uma fotoperformance
Exercício: planejamento de uma fotoperformance pessoal por meio de storyboards e apresentação das propostas e discussão em grupo.
- Identificação das características essenciais de uma fotoperformance.
- Elaboração e planejamento de uma fotoperformance pessoal, incluindo o desenvolvimento de produção com equipes, roteiros e estrutura.

Aula 4 - Criação de uma fotoperformance pessoal
Convidada: Celina Portella

Aula 5 - Apresentação dos resultados de fotoperformance pessoal

Sobre os professores:
Ivan Padovani é formado em Administração pela FAAP e Pós-Graduado em Fotografia pela mesma instituição e leciona na Escola Panamericana de Arte. Padovani recorre principalmente ao uso de fotografias, esculturas, vídeos e instalações para criar metáforas sobre a condição do indivíduo em meio ao ambiente contemporâneo, seja em seus aspectos físicos e arquitetônicos, seja em relação às dimensões mais íntimas e psicológicas. A construção do olhar, os processos mentais de apreensão, os mecanismos de defesa, a intersubjetividade e as relações espaciais e temporais ativadas pelo contexto em que vivemos são questões recorrentes em sua produção.

Marcelo Amorim é um artista e curador independente goiano radicado em São Paulo. Entre 2009 e 2016 dirigiu o Ateliê397 e, desde 2013, é diretor do Fonte, onde cria e organiza residências artísticas, exposições, debates e cursos relacionados à arte contemporânea. Paralelamente, também atua como orientador do grupo Hermes Artes Visuais. Amorim realizou exposições individuais no MARP, Ribeirão Preto (2019), Sem Título, Fortaleza (2018), Zipper Galeria, São Paulo (2016), Paço das Artes, São Paulo (2014); Galeria Jaqueline Martins, São Paulo (2012), Galeria Oscar Cruz, São Paulo (2010) e Centro Cultural São Paulo, São Paulo (2008).

Sobre o MAM São Paulo
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx e Haruyoshi Ono para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.

Serviço
Museu de Arte Moderna de São Paulo
Cursos de fevereiro e março no MAM
Inscrições disponíveis pelo site https://mam.org.br/curso/

Quem integrar o programa de fidelidade Amigo MAM tem 20% de desconto. Estudantes, professores e aposentados têm 10%.

Dúvidas: cursos@mam.org.br | WhatsApp: 11 99774 3987


Telefone: (11) 5085-1300
Acesso para pessoas com deficiência
Restaurante/café
Ar-condicionado

www.mam.org.br/

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www.twitter.com/MAMoficial

www.facebook.com/MAMoficial

fonte: a4&holofote comunicação

exposição RIZOMA - Rodrigo Sassi - MAM SP projeto Parede


Detalhe das peças da obra “Rizoma” (2024), de Rodrigo Sassi. Foto: Ding Musa.

 MAM São Paulo apresenta obra inédita de Rodrigo Sassi no Projeto Parede

Em Rizoma, Rodrigo Sassi traz referências do muralismo modernista brasileiro, com desdobramentos de uma nova pesquisa que foge dos padrões já conhecidos do conjunto de sua obra

Em 29 de fevereiro, o Museu de Arte Moderna de São Paulo abre a edição de 2024 do Projeto Parede com uma obra inédita do artista Rodrigo Sassi. O trabalho intitulado Rizoma ocupará o corredor que liga a recepção do museu à Sala Milú Villela - que na ocasião da abertura, estará com a exposição George Love: além do tempo em cartaz.

O Projeto Parede acontece há quase três décadas no MAM São Paulo, com artistas sendo convidados a criar obras que dialoguem com o espaço.

Rizoma é uma instalação a qual o artista se refere como um “não mural”. A obra, inspirada em murais modernistas, é composta por relevos de alvenaria fixados sobre a parede do museu e, conectados uns aos outros, atingem uma escala que conflita com o recuo disponível para sua visualização, de certa forma indo contra propósitos e características de sua própria referência.

Para isso, Rodrigo Sassi idealizou uma nova pesquisa, propondo-se a realizar um trabalho diferente do que já é conhecido de sua produção, pensando nas especificidades do espaço onde ele será montado. “Esta é uma proposta que foge dos padrões do meu trabalho, que deixa um caminho em aberto para novos desdobramentos, inclusive”, ele comenta.

A obra é composta por peças de alvenaria extraídas de fôrmas feitas com madeiras reaproveitadas do descarte da construção civil. Em decorrência da utilização de moldes para a tiragem das peças, conforme o visitante for andando pelo corredor, irá perceber um padrão que se repete em sua composição, ditando um ritmo que é constantemente quebrado ao longo do percurso. Aos olhares mais atentos, são percebidas características de sua manufatura e processo artesanal, vestígios do uso das fôrmas, pequenas diferenças de cores entre as peças, rastros de processo como riscos e marcações deixados pelo próprio artista durante seu fazer.

Para esta instalação, Rodrigo Sassi agrega referências arquitetônicas muralistas à sua poética e prática de trabalho. O artista traz a ideia de azulejos de Bulcão que têm continuações, apesar de serem diferentes um do outro, onde até nas rupturas existem composições que funcionam entre si. O projeto é desdobramento de uma intervenção que o artista realizou no o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto (MG), instituição que é parceira do MAM nesta mostra.

Curador-chefe do MAM São Paulo, Cauê Alves pontua, em texto que acompanha o trabalho, que para esta obra Sassi fez uma espécie de atualização de noções sobre o barroco, mas pensando a partir de uma perspectiva da arte contemporânea, em diálogo com os modernistas.

“É justamente do cruzamento entre arte moderna e arte colonial que seu trabalho se desenvolveu. Com referências aos painéis de Burle Marx e de Athos Bulcão, típicos da arquitetura moderna de Rino Levi e Oscar Niemeyer, o artista também explora contradições do projeto moderno. Entre elas está a ênfase no trabalho operário, sempre pouco valorizado, mas fundamental para qualquer construção. Por isso, o artista produz artesanalmente módulos de concreto usando técnicas tradicionais”, escreve o curador.

Sobre o artista
Rodrigo Sassi nasceu em 1981 na cidade de São Paulo, local onde vive e trabalha. Na adolescência se interessou pelo grafite, prática que o levou a cursar Artes Visuais na FAAP durante os anos de 2001 a 2006. Neste período de formação e experimentação, o trabalho de pintura, até então desenvolvido nas ruas, se desdobra tecnicamente para outras mídias, assumindo a Intervenção Urbana como sua principal linha de pensamento e atuação artística.

No decorrer de sua trajetória, as referências urbanas de Rodrigo Sassi se mesclam com interesses voltados para a arquitetura e construção civil, bem como no modo de vida das pessoas e como elas se relacionam, moldam seu entorno e se adaptam ao ambiente em que vivem. 

Sua obra, dedicada principalmente ao tridimensional, se apropria de materiais encontrados na cidade, aos quais, anula suas funcionalidades, explora suas memórias, reformula conceitos e transforma suas características físicas ao ponto de total abstração do objeto - metáfora para a dinâmica e, muitas vezes, desorientadas transformações das cidades e da própria sociedade.

Sassi vem participando com seu trabalho de exposições individuais e coletivas em museus e galerias, tanto no Brasil quanto no exterior. Integra coleções públicas em instituições como a do MAR, MAB, Museu da Inconfidência, FAMA, Museu Nacional da República, entre outros. Já participou de importantes residências artísticas como a Cité internationale des arts de Paris, Sculpture Space em NY e CAMPO Garzon, no Uruguai. Também possui esculturas públicas permanentes na cidade de São Paulo.

Sobre o MAM São Paulo 
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, peças de teatro, sessões de filmes  e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.

Serviço:
Rodrigo Sassi: Rizoma
Curadoria: Cauê Alves
Abertura: 29 de fevereiro, quinta-feira, às 19h
Período expositivo: 29 de fevereiro a 01 de setembro de 2024
Local: Projeto Parede, Museu de Arte Moderna de São Paulo

Museu de Arte Moderna de São Paulo
Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - acesso pelos portões 1 e 3)
Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)
Ingressos: R$30,00 inteira e R$15,00 meia-entrada. Aos domingos, a entrada é gratuita e o visitante pode contribuir com o valor que quiser. Para ingressos antecipados, acesse mam.org.br/visite

*Meia-entrada para estudantes, com identificação; jovens de baixa renda e idosos (+60). Gratuidade para crianças menores de 10 anos; pessoas com deficiência e acompanhante; professores e diretores da rede pública estadual e municipal de São Paulo, com identificação; amigos e alunos do MAM; funcionários das empresas parceiras e museus; membros do ICOM, AICA e ABCA, com identificação; funcionários da SPTuris e funcionários da Secretaria Municipal de Cultura.

Telefone: (11) 5085-1300
Acesso para pessoas com deficiência
Restaurante/café
Ar-condicionado

Mais informações:
MAM São Paulo

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fonte:
a4&holofote comunicação (MAM São Paulo)

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

“Cores de São Paulo” - Rafa Rojas - exposição fotográfica - MIS - SP

 

Fotografia da série "Cores de São Paulo", do fotógrafo Rafa Rojas

No dia 07 de fevereiro, o MIS inaugura a temporada de 2024 do projeto Nova Fotografia, com a série “Cores de São Paulo”, realizada pelo fotógrafo Rafa Rojas. A obra explora uma nova visão da cinza São Paulo, buscando uma fuga nas cores da arquitetura da cidade. Com entrada gratuita, a exposição fica em cartaz até 17 de março.

 

Nova Fotografia é um projeto anual do MIS – instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo – que seleciona, através de convocatória aberta ao público, seis novos fotógrafos para uma exposição individual no museu. A seleção fica a cargo do Núcleo de Programação, com supervisão e coordenação da curadoria geral do MIS. São selecionadas séries fotográficas inéditas, de profissionais que se destacam por sua originalidade técnica e estética. Após o período em exposição, as séries escolhidas passam a integrar o acervo do MIS. 

 

Cores de São Paulo” é uma série do gênero fotografia de rua, caracterizada pelo registro do espaço urbano. Nela, Rafa Rojas, que tem como influências os filmes de Wes Anderson e a obra fotográfica The Americans, de Robert Frank, compartilha suas percepções e encontra poesia na geometria do dia a dia da metrópole. Seu olhar fotográfico consegue registrar a cidade de São Paulo, por muitos considerada cinzenta, frenética e caótica, sob uma perspectiva que destaca as cores vivas presentes no seu cotidiano.

Fotografia da série "Cores de São Paulo", do fotógrafo Rafa Rojas

Sobre o artista

Rafa Rojas (Santo André, SP, 1989) é fotógrafo e editor. Em 2021, publicou o livro Underground Stories; em 2022, cocriou a revista Imagem Vertigem; em 2023, foi editor do livro Minhocão de cima a baixo, e também editor e curador da revista Imagem Vertigem #2. Participou das exposições Mirares – Longevidade e Mirares – Fotografia urbana, 2021 e 2023, respectivamente. Suas fotografias apareceram em periódicos como LensCultureNOICE MagazineStreet Photography MagazinePhotoVogueThe Avenue MagazineBROAD MagazineReset ChileRevista Ampolleta Roja, além de outras publicações e exposições brasileiras. 

 

Serviço | Nova Fotografia 2024 – “Cores de São Paulo”

Local: Museu da Imagem e do Som (MIS) | Espaço Maureen Bisilliat (Expositivo térreo) 

Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo

Abertura: 07.02, das 19h às 22h (evento aberto ao público)

Período: de 07.02 a 17.03

Ingresso: gratuito  

Classificação: livre