concursos, exposições, curiosidades... sobre arte
escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

http://maregina-arte.blogspot.com/

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Nada como um dia depois do outro - MACC - Camínas - SP

 


O Museu de Arte Contemporânea de Campinas "José Pancetti" - MACC - e o Museu de Artes Visuais da Unicamp - MAV - convidam para a abertura da exposição Nada como um dia depois de outro que celebra suas duas efemérides: os 60 anos do MACC e o início das comemorações pelos 60 anos da Unicamp.

O evento acontecerá no dia 04.10.25 às 11h nas Salas 1, 2 e 3 do MACC que está localizado na Av. Benjamin Constant, 1633 - Centro - Campinas.

A exposição Nada como um dia depois de outro é fruto de uma parceria entre o Museu de Arte Contemporânea de Campinas "José Pancetti" e o Museu de Artes Visuais da Universidade Estadual de Campinas. Como sublinha a Profa. Dra. Sylvia Furegatti, Pró-Reitora da Unicamp, a mostra reafirma a importância de uma política de aproximação entre a universidade e seus interlocutores locais, parceria da qual têm nascido projetos de grande valor. Para Flavia Lodi, Chefe de Setor do MACC, a celebração conjunta abre as portas para que o público possa conhecer e reviver os trabalhos de artistas de Campinas, do Brasil e do exterior, sempre presentes em seus acervos. 

A curadoria é do Prof. Dr. Gabriel Zacarias, diretor do MAV, e resulta de um processo coletivo envolvendo alunos de pós-graduação da Unicamp. Tomou-se como ponto de partida a história do MACC e as relações com o acervo do MAV, para em seguida construir um conjunto de conceitos que permitisse articular as temporalidades atravessadas por essas coleções.  
Segundo o curador, a exposição estrutura-se em 5 núcleos, cada um orientado por um termo chave: Linguagens, Cotidianos, Redes, Corpos, Ecologias.  "À época em que o MACC foi fundado a arte passava do abstrato ao conceitual, da linguagem universal à obra como texto, e a noção de sistemas de linguagem impregnava as ciências humanas. Os movimentos sociais davam uma guinada inédita em direção à transformação da vida cotidiana, impulso para os movimentos de 1968 e para a contracultura dos anos 1970. Dali emergia a centralidade do corpo como alvo da política, um tema que não cessou de se revisitar desde então, ganhando novo peso nos debates atuais. O surgimento de uma consciência ecológica também data do período e é hoje um tema incontornável em qualquer reflexão sobre o presente. Ao longo de todos esses anos, a arte foi resultado de redes de relações, determinada por migrações e fluxos, organizada por grupos e coletivos, revelando um mundo já profundamente conectado muito antes do digital. 
De cada um desses termos parte uma constelação de sentidos que tece relações entre diferentes trabalhos e períodos. Espera-se fazer emergir uma exposição na qual os acervos confluem e os tempos se comunicam, revelando uma história aberta que se constrói como a passagem dos dias."

Exposição: Nada como um dia depois de outro 
 Abertura: 04.10.25 às 11h nas Salas 1, 2 e 3 do MACC
Período Expositivo: 04.10.25 à 12.02.26
Local: Av. Benjamin Constant, 1633 - térreo - Centro - Campinas - SP - CEP: 13010-142
ENTRADA GRATUITA
Fone: (19) 2515-7095 -  cultura.macc@ campinas.sp.gov.br 
Aberto ao público: de terça à sexta-feira das 9h às 18h - aos sábados das 10h às 16h
Fechado aos domingos e feriados
Acesse: campinas.sp.gov.br/macc - Instagram: @mac_campinas

Felipe Scandelari apresenta releituras de grandes obras da história da arte em sua série Renascimento - Curitiba - PR

Artista curitibano Felipe Scandelari apresenta releituras de grandes obras da história da arte em sua série Renascimento

 

 

Felipe Scandelari é um artista de destaque no circuito artístico curitibano, com suas pinturas figurativas, através da técnica clássica do óleo. Em sua série de quadros, RenascimentoScandelari cria releituras com base nos grandes mestres. Nascido em Curitiba, em 1981, onde vive e trabalha, formou-se Bacharel em Pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná no ano de 2006. Atualmente, é representado pela Sève Art Galeria, com sede em Curitiba.

 

Seu processo criativo parte de referências renascentistas, que funcionam como ponto de partida para composições contemporâneas. A fotografia integra a etapa inicial: familiares, amigos ou imagens coletadas online assumem o lugar dos personagens históricos que podem ser apreciados na série Renascimento. O uso de múltiplas referências e o “enxerto” de imagens criam diálogos entre culturas e tempos distintos. Muitas vezes, personagens de diferentes obras são combinados, produzindo encontros inéditos e reinterpretando narrativas clássicas em chave contemporânea. Não se trata apenas de releitura, mas de um verdadeiro “renascimento” de imagens que ganham novos sentidos.

 

“Deuses, entes naturais e cores. O artista brinca com o criador ao efetuar uma desconstrução do imaginário renascentista. Manipula os mitos com muita liberdade, de forma lúdica. Diverte-se com deuses e heróis: nas suas pinturas, eles trocam de sexo (em sua Vênus, a Deusa vira um Deus), ou se travestem em personagens reais no cotidiano do artista: esposa, filhos, amigos e pessoas aleatórias (...). Outras vezes, salta de uma pintura para outra. Mistura personagens, imaginando um diálogo possível entre eles, e cria outra imagem: Nada Mais Importa empresta o anjo de Michelangelo e o diabo de Bartolomé Bermejo, ambientados em uma paisagem de Jan Van Eyck”, afirma a crítica de arte Maria José Justino.

 

Segundo Justino, as informações que o artista nos dá não resolvem o mistério, na medida em que provocam ambiguidades. As imagens nascem de outras imagens. “Cabe ao espectador buscar, inventar, encontrar sentidos, como nas antigas narrativas. Scandelari deixa a critério do espectador interpretar as imagens tal como as entende. Cada recorte é um fato; somados, criam inquietudes envoltas em um clima enigmático. Deixa florescer o dionisíaco”, complementa a crítica de arte.

 

Ainda sobre o processo criativo, após reunir suas referências, Scandelari transfere o desenho para a tela com lápis grafite e inicia a pintura, em sua maioria realizada a óleo, por vezes combinada com acrílica, aplicadas em camadas. Em alguns momentos, lixa a superfície para suavizar o relevo, alcançando acabamento refinado. O processo alterna entre pincéis largos e finíssimos, equilibrando gesto expressivo e a precisão nos detalhes. Uma curiosidade é que ele é daltônico e, por isso, enfrenta desafios cromáticos singulares — o rosa-claro percebido como branco, os verdes confundidos com marrons —, especialmente ao representar a pele.

 

 

Sobre Felipe Scandelari

 

Nasceu em 1981 em Curitiba, Paraná, onde vive e trabalha. Formou-se Bacharel em Pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná no ano de 2006. O artista participou de diversas exposições individuais. Entre elas destacam-se: Mythologia na Caixa Cultural Curitiba; Desenhos de Felipe Scandelari no Museu Casa Andrade Muricy; e a exposição individual Felipe Scandelari da Bolsa Produção da Fundação Cultural de Curitiba no Museu da Fotografia do Solar do Barão.

 

Participou também das exposições coletivas: Belas 75 – Caminhos da Arte Paranaense no Museu Municipal de Arte de Curitiba; Queermuseu: cartografias da diferença na arte Brasileira no Santander Cultural de Porto Alegre, RS; 70 anos da Escola de Música e Belas Artes do Paraná no Museu Paranaense; 6ª. Bienal de Curitiba: Além da Crise na Casa Andrade Muricy; O Estado da Arte - 40 Anos da Arte Contemporânea no Paraná no Museu Oscar Niemeyer, Trilhas do Desejo, A Arte Visual Brasileira – Rumos Itaú Cultural no Paço das Artes do Rio de Janeiro e no Instituto Itaú Cultural de São Paulo, SP.

 

Foi contemplado com a Bolsa Produção Lei de Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba e com o Prêmio Museu de Arte de Cascavel.

 

Possui obras em diversos acervos públicos como o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro; Escola de Musica e Belas Artes do Paraná; Museu de Arte de Cascavel, Paraná; Paço Municipal de Santo André, São Paulo; Pinacoteca Municipal de Piracicaba, São Paulo; Museu Galeria Graça Landeira, Belém do Pará, além de outras coleções particulares.

 

Sobre a Sève Art Galeria

 

Criada em 2022 em Curitiba pelas arquitetas Helena e Letícia Rolim de Moura, a galeria tem como missão valorizar artistas nacionais vivos, consolidar a presença da arte no cotidiano e ampliar sua inserção em projetos residenciais e corporativos, além também de coleções particulares.

 

Serviço:

 

Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 1547 - Batel, Curitiba – PR

https://www.instagram.com/seveartgaleria/

+55 41 99126-1955

Elisa Stecca e Willy Biondani encerram “Tangências/Alumbramento” com performance no MIS - SP

image.png

 Elisa Stecca e Willy Biondani encerram “Tangências/Alumbramento” com performance no MIS

Ação performática marca o encerramento da mostra imersiva e multissensorial que transformou o museu em um território de encantamento e arrebatamento pela beleza e o desconhecido

Após uma trajetória de intensa visitação e repercussão no MIS – Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, a instalação Tangências/Alumbramento, de Elisa Stecca e Willy Biondani, chega ao fim com uma ação performática neste sábado, 11 de outubro. A proposta encerra o percurso iniciado em julho, quando os artistas transformaram a sala Maureen Bisilliat em um ambiente de experimentação estética e sensorial sobre o diálogo entre arte e natureza.

A mostra ocupou 260 m² do museu com obras têxteis translúcidas, esculturas em vidro soprado, fotoanimações projetadas. Em percurso curvilíneo e contínuo, sem cantos ou limites definidos, o visitante foi convidado a vivenciar um estado de imersão e silêncio, guiado pela trilha  sonora especialmente composta por Cid Campos e pela consultoria de arquitetura de Carlos Warchavchik. Nesse universo de transparências e reflexos, a exposição explorou a natureza como linguagem poética, combinando fluidez, luz e matéria em diálogo com a biodiversidade brasileira e com o arrebatamento pela beleza e o desconhecido, registrado na carta de Pero Vaz de Caminha.

O encerramento celebra esse mesmo espírito de transbordamento. Sob orientação de Marisa Lambert, as artistas Fetú, Jenniffer Aquino, Rafaela Tonela e Rosa Morena — integrantes do Curso de Dança e da Pós-Graduação em Artes da Cena do Instituto de Artes da Unicamp — realizam uma performance de improvisação inspirada nas formas e movimentos da natureza. A ação, que utiliza a própria ambientação sonora da instalação, propõe novas relações entre corpo, som e espaço, integrando-se às obras e ao público como um último gesto de encantamento e alumbramento. Serão duas apresentações, às 15h e às 16h30, com duração aproximada de 17 minutos cada, sujeitas à lotação da sala.

A performance encerra também um ciclo de desdobramentos do projeto, que incluiu o lançamento de uma caixa de imagens e catálogo em edição limitada, concebida como extensão material da experiência expositiva. Entre o sonho e o concreto, Tangências/Alumbramento reafirma o poder da arte de despertar sentidos, expandir fronteiras e renovar o olhar sobre a natureza e o tempo.

image.png


Serviço

Encerramento da exposição com performance – “Tangências/Alumbramento”

Artistas: Elisa Stecca e Willy Biondani

Participação: Fetú, Jenniffer Aquino, Rafaela Tonela e Rosa Morena

Orientação: Marisa Lambert

Ambientação sonora: Cid Campos

Data: sábado, 11 de outubro de 2025, às 15h e às 16h30

Local: MIS – Museu da Imagem e do Som

Endereço: Av. Europa, 158 – Jardim Europa, São Paulo, SP

Lugares sujeitos à lotação da sala