concursos, exposições, curiosidades... sobre arte
escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

http://maregina-arte.blogspot.com/

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

oficina Meios de impressão: lambe-lambe - Instituto Tomie Ohtake

oficina
Meios de impressão: lambe-lambe


DOMINGO 19.OUT 15H


lambe-lambe é uma manifestação da arte urbana que une criação gráfica, intervenção no espaço público e comunicação visual. A oficina com Amanza Alves (MAM Educativo) propõe uma experimentação a partir dessa prática no contexto da exposição Aqui—lá: MAM São Paulo encontra Instituto Tomie Ohtake.

Atividade presencial e gratuita para crianças e seus acompanhantes de todas as idades. Inscrições no local com 30 minutos de antecedência.

 
saiba mais

Instituto Tomie Ohtake · Rua Dos Coropes, 88 — Pinheiros · São Paulo, SP 05426-010 · Brasil

exposição AQUI-LÁ -MAM São Paulo encontra Instituto Tomie Ohtake

Em parceria com o MAM Educativo

oficina
Meios de impressão: lambe-lambe


DOMINGO 19.OUT 15H


lambe-lambe é uma manifestação da arte urbana que une criação gráfica, intervenção no espaço público e comunicação visual. A oficina com Amanza Alves (MAM Educativo) propõe uma experimentação a partir dessa prática no contexto da exposição Aqui—lá: MAM São Paulo encontra Instituto Tomie Ohtake.

Atividade presencial e gratuita para crianças e seus acompanhantes de todas as idades. Inscrições no local com 30 minutos de antecedência.

 
saiba mais
SOBRE A EXPOSIÇÃO

Aqui—lá

MAM São Paulo encontra Instituto Tomie Ohtake


Obras do acervo do MAM São Paulo sobre identidades e culturas em movimento foram reunidas nessa mostra coletiva que articula as ideias do filósofo Édouard Glissant sobre o “aqui” e o “lá”. A curadoria é de Ana Roman, Cauê Alves, Gabriela Gotoda e Paulo Miyada.
visite até 2.NOV
saiba mais: https://www.institutotomieohtake.org.br/exposicoes/mam-sao-paulo-encontra-instituto-tomie-ohtake-aqui-la/

Instituto Tomie Ohtake · R. Coropé, 88 · Pinheiros · São Paulo, SP 05426010 · Brasil
Aberto de terça a domingo, das 11h às 19h 

Professor da UFSCar é Fotógrafo de Astronomia do Ano pelo Royal Observatory Greenwich

 


(Imagem: Marcelo Adorna Fernandes)



Professor da UFSCar é Fotógrafo de Astronomia do Ano pelo Royal Observatory Greenwich


Imagem da Nebulosa Eta Carina, capturada em São Carlos, é a única fotografia brasileira escolhida para livro do observatório inglês


O professor Marcelo Adorna Fernandes, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva (DEBE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), foi reconhecido como Fotógrafo de Astronomia do Ano pelo Royal Observatory Greenwich, na Inglaterra. Sua imagem da Nebulosa Eta Carina, capturada em São Carlos, foi a única fotografia brasileira selecionada entre as 5.882 inscritas, de 68 países, no concurso internacional ZW Optics Astronomy Photographer of the Year, o mais prestigiado do gênero no mundo.


A fotografia integra o livro "Astronomy Photographer of the Year 2025", publicação anual do Royal Observatory Greenwich que reúne as 140 melhores imagens astronômicas do planeta, em categorias que vão de paisagens celestes a registros de planetas, nebulosas e galáxias distantes. As imagens selecionadas também estão em exibição desde setembro no Museu Marítimo Nacional, em Londres, espaço dedicado às exposições do Royal Museums Greenwich.


Fernandes é paleontólogo e há 40 anos se dedica à Astronomia amadora e à divulgação científica. O interesse pelo cosmos surgiu ainda na adolescência, quando, em Araraquara, ajudou a fundar o Grupo de Astrônomos Amadores (Gama) e foi o primeiro observador da região a identificar o cometa Halley, em 1985. Ao longo de sua vida, foi um disseminador da Astronomia, realizando exposições e observações em praças públicas, com auxílio de telescópios para divulgar essa ciência. Hoje, é também colaborador do Observatório Astronômico da UFSCar. "Sempre gostei de olhar para o céu e compartilhar esse olhar. A Astronomia é uma das ciências mais inclusivas, porque desperta curiosidade e fascínio em qualquer pessoa que se permita observar o universo", afirma.


Os registros são feitos a partir de seu observatório amador, batizado de Kronos, no quintal de sua casa, em São Carlos. O espaço, de cerca de nove metros quadrados e telhado retrátil, abriga diferentes telescópios - entre eles um newtoniano de 250 milímetros de diâmetro, construído pelo próprio docente - usados na captura de imagens de "Céu Profundo", que revelam luzes emitidas há milhares ou milhões de anos.


O nome, inspirado em Kronos, o deus do tempo na mitologia grega, faz alusão a essa viagem temporal: "Como paleontólogo sou um estudioso do passado, buscando fósseis. Observar o céu também é descortinar o passado, pois a luz que chega aos nossos olhos hoje viajou muito tempo pelo espaço - são, de certa forma, fótons fósseis", explica o professor.


Nos últimos dois anos, Fernandes vem se dedicando à astrofotografia, com resultados que chamaram a atenção de astrônomos amadores e profissionais em diferentes países. Além da imagem premiada pela Royal Observatory Greenwich, sua fotografia da Nebulosa Cabeça de Golfinho foi publicada nas Efemérides Astronômicas do Observatório do Valongo 2025, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Para o docente, o reconhecimento internacional reforça o papel inspirador da ciência e da curiosidade. "A mensagem que gostaria de deixar é: olhem para o céu. Mesmo com recursos simples, é possível aprender, se encantar e compreender melhor o nosso lugar no universo", conclui.

Marcelo Adorna Fernandes (Foto: Divulgação)

(Imagem: Marcelo Adorna Fernandes)

O professor Marcelo Adorna Fernandes, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva (DEBE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), foi reconhecido como Fotógrafo de Astronomia do Ano pelo Royal Observatory Greenwich, na Inglaterra. Sua imagem da Nebulosa Eta Carina, capturada em São Carlos, foi a única fotografia brasileira selecionada entre as 5.882 inscritas, de 68 países, no concurso internacional ZW Optics Astronomy Photographer of the Year, o mais prestigiado do gênero no mundo.


A fotografia integra o livro "Astronomy Photographer of the Year 2025", publicação anual do Royal Observatory Greenwich que reúne as 140 melhores imagens astronômicas do planeta, em categorias que vão de paisagens celestes a registros de planetas, nebulosas e galáxias distantes. As imagens selecionadas também estão em exibição desde setembro no Museu Marítimo Nacional, em Londres, espaço dedicado às exposições do Royal Museums Greenwich.


Fernandes é paleontólogo e há 40 anos se dedica à Astronomia amadora e à divulgação científica. O interesse pelo cosmos surgiu ainda na adolescência, quando, em Araraquara, ajudou a fundar o Grupo de Astrônomos Amadores (Gama) e foi o primeiro observador da região a identificar o cometa Halley, em 1985. Ao longo de sua vida, foi um disseminador da Astronomia, realizando exposições e observações em praças públicas, com auxílio de telescópios para divulgar essa ciência. Hoje, é também colaborador do Observatório Astronômico da UFSCar. "Sempre gostei de olhar para o céu e compartilhar esse olhar. A Astronomia é uma das ciências mais inclusivas, porque desperta curiosidade e fascínio em qualquer pessoa que se permita observar o universo", afirma.


Os registros são feitos a partir de seu observatório amador, batizado de Kronos, no quintal de sua casa, em São Carlos. O espaço, de cerca de nove metros quadrados e telhado retrátil, abriga diferentes telescópios - entre eles um newtoniano de 250 milímetros de diâmetro, construído pelo próprio docente - usados na captura de imagens de "Céu Profundo", que revelam luzes emitidas há milhares ou milhões de anos.


O nome, inspirado em Kronos, o deus do tempo na mitologia grega, faz alusão a essa viagem temporal: "Como paleontólogo sou um estudioso do passado, buscando fósseis. Observar o céu também é descortinar o passado, pois a luz que chega aos nossos olhos hoje viajou muito tempo pelo espaço - são, de certa forma, fótons fósseis", explica o professor.


Nos últimos dois anos, Fernandes vem se dedicando à astrofotografia, com resultados que chamaram a atenção de astrônomos amadores e profissionais em diferentes países. Além da imagem premiada pela Royal Observatory Greenwich, sua fotografia da Nebulosa Cabeça de Golfinho foi publicada nas Efemérides Astronômicas do Observatório do Valongo 2025, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Para o docente, o reconhecimento internacional reforça o papel inspirador da ciência e da curiosidade. "A mensagem que gostaria de deixar é: olhem para o céu. Mesmo com recursos simples, é possível aprender, se encantar e compreender melhor o nosso lugar no universo", conclui.

Marcelo Adorna Fernandes (Foto: Divulgação)

Exposição “África, Expressões Artísticas de um Continente” - Memorial da Imigração Japonesa - Assaí – PR

 


Museu Oscar Niemeyer leva coleção de arte africana a Assaí

Um recorte da exposição “África, Expressões Artísticas de um Continente”, realizada pelo Museu Oscar Niemeyer (MON), estará aberto ao público a partir do dia 21 de outubro no Memorial da Imigração Japonesa, em Assaí, no norte do Paraná. Com curadoria de Renato Araújo da Silva, a mostra reúne aproximadamente 30 obras.

 

“A iniciativa faz parte da política cultural do Paraná de promover e incentivar a democratização da arte e da cultura, levando o acervo para fora da instituição”, comenta a diretora-presidente do Museu, Juliana Vosnika. “Tal iniciativa está totalmente alinhada com a proposta do MON de se tornar cada vez mais acessível a todos os públicos”.

 

O MON é o maior museu de arte da América Latina, com um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura do Paraná. Com sua natural vocação para artes visuais, arquitetura e design, conta com coleções asiática e africana.

 

A exposição é um recorte da doação de aproximadamente 2 mil obras de arte africana, fruto de uma parceria entre o Museu Oscar Niemeyer e a Coleção Ivani e Jorge Yunes (CIJY), de São Paulo. Desde 2021, a coleção passou a pertencer ao Estado do Paraná.

 

O MON foi o museu escolhido para abrigar a doação por suas condições técnicas, sua capacidade de gestão e pela credibilidade da instituição. Outras grandes coleções foram doadas ao Museu Oscar Niemeyer nos últimos anos pelos mesmos motivos, como mais de quatro mil obras do artista Poty Lazzarotto, em 2022, e cerca de três mil obras de arte asiática, em 2018.

 

“Por tudo isso, recentemente o acervo do MON quintuplicou de tamanho e conta hoje com mais de 14 mil peças, o que o consolida como um dos mais importantes da América do Sul”, explica Juliana.

 

Mostra africana

A exposição “África, Expressões Artísticas de um Continente”, realizada pelo Museu Oscar Niemeyer, pode ser vista na Sala 4 do MON, em Curitiba. Um recorte chega agora de maneira itinerante a Assaí.

 

Segundo o curador da mostra, Renato Araújo da Silva, as obras doadas ao MON foram adquiridas ao longo de mais de 50 anos pelo casal Ivani e Jorge Yunes, detentores de uma das maiores coleções de arte do Brasil.

 

“Com a exposição no MON de objetos de heranças culturais tão distintas, encontramos aqui um importante ponto em comum: dentro do Museu, são elevados a uma mesma plataforma artística, igualando a arte africana ao patamar da arte mundial”, diz. “Eis uma maneira de honrar a ancestralidade visual do passado e de abrir os novos plantios, rotas e perspectivas dessa arte no futuro”, comenta Renato.

 

As obras que fazem parte da coleção têm origem em países como Costa do Marfim, Mali, Nigéria, Camarões, Gabão, Angola, República Democrática do Congo e Moçambique, entre outros.

 

Renato Araújo da Silva é historiador em Filosofia pela Universidade de São Paulo e coautor, entre outros trabalhos publicados, do livro “África em Artes”. Curador e pesquisador, atuou no Museu Afro e realizou outras exposições em museus, como o de Arte Sacra de São Paulo.

 

A incorporação da coleção de arte africana fez parte de um processo de consolidação do marco referencial do MON, que estabelece como diferencial da instituição prioritariamente colecionar arte paranaense e brasileira e expandir seu olhar não eurocêntrico para a arte latino-americana, asiática e africana.

 

SOBRE O MON

O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

 

Serviço

Exposição “África, Expressões Artísticas de um Continente”

Abertura: 21/10/2025, às 11h

Período expositivo: até 25/1/2026

Local: Memorial da Imigração Japonesa (Rua Presidente Kennedy, 480, Assaí – PR)

 

Realização do Museu Oscar Niemeyer (MON)

www.museuoscarniemeyer.org.br

Caixa Cultural Belém recebe exposição inédita do coletivo MAHKU

Caixa Cultural Belém recebe exposição inédita do coletivo MAHKU

Mostra, que coincide com circuito da COP30 e com a semana do Círio de Nazaré, reúne um conjunto de aproximadamente 30 obras, em sua maioria inéditas, do coletivo MAHKU, que direciona a venda de suas telas para a aquisição de terras ao redor das aldeias Huni Kuin

A força espiritual e a política da arte do MAHKU (Movimento dos Artistas Huni Kuin) - coletivo de artistas indígenas originários da Terra Kaxinawá do Rio Jordão, no Acre - é tema da mostra “Espíritos da Floresta: MAHKU”, que acontece até o dia 25 de janeiro de 2026, na CAIXA Cultural Belém. Com curadoria e expografia de Aline Ambrósio, a exposição reúne um conjunto de aproximadamente 30 obras, em sua maioria inéditas.

A exposição - que também é uma realização de Aline Ambrósio, conta com patrocínio da CAIXA Econômica Federal e do Governo Federal - nasce da escuta da floresta como sujeito vivo e de seus espíritos como mestres e parentes. Segundo a curadora, "Não estamos fora da Terra: somos a própria Terra. Em sua travessia entre tempos e mundos, a exposição convida o público à florestania - o direito de pertencer à floresta - e a floresticidade - a condição de viver em comunhão profunda com ela. Ao apresentar pinturas inéditas, que traduzem em imagens os cantos sagrados huni meka, o coletivo MAHKU reafirma não só a dimensão espiritual de sua produção, mas principalmente, a luta concreta pela reconquista de territórios ao redor das aldeias Huni Kuin, garantindo a preservação da floresta e de seus saberes ancestrais."

A produção do MAHKU é inseparável da luta pela preservação da floresta e dos territórios indígenas. Suas obras revivem narrativas míticas, ao mesmo tempo em que denunciam as ameaças do desmatamento, as disputas territoriais e a perda da biodiversidade. O lema “vende tela, compra tela” traduz a força dessa prática: as pinturas são ato político, instrumento de resistência cultural e reconquista territorial. O coletivo direciona a venda de suas telas para a aquisição de terras ao redor das aldeias Huni Kuin, assegurando a proteção da floresta e de seu povo. 

O núcleo principal da mostra é formado por pinturas sobre tela em grandes e médios formatos, mas a exposição se expande para além das paredes da galeria com a realização de um mural em grande formato - 30m x 4m - que será pintado pelos artistas integrantes do coletivo MAHKU na fachada da CAIXA Cultural Belém. A obra pública que será concebida integra à mostra como gesto de ampliação e diálogo, dissolvendo fronteiras entre arte e cidade; tradição e contemporaneidade; espiritualidade e ação política, ao mesmo tempo em que convida o público a experimentar a força e a presença da floresta no cotidiano urbano.

A expografia, também assinada por Aline Ambrósio, valoriza a dimensão imersiva das obras, concebendo a galeria como um espaço de atravessamento espiritual, onde pintura, canto, medicinas e a presença da floresta se entrelaçam. O painel central, sinuoso e em formato de jiboia, remete ao povo Huni Kuin, conhecido como povo-jiboia. “A narrativa curatorial e a expografia se entrelaçam e são conduzidas por Yube, a jiboia mítica do povo Huni Kuin. Guardiã do nixi pae (ayahuasca), mestra dos grafismos (kene) e a mais importante xamã, Yube atravessa terra e água; corpo e espírito; tempo e sonho. É dela que emanam os padrões visuais que sustentam a vida e a arte do povo jiboia (povo huni kuin), inspirando pinturas corporais, cerâmicas, tecelagem, jóias, arquiteturas e as telas do MAHKU. A exposição convida a colocar corpo e espírito em escuta ativa, a ver com os olhos da jiboia e a sentir a Terra como parte de si, pois nós não estamos na floresta: nós somos a floresta”, explica Ambrósio. 

A exposição coincide com a COP30 e com a semana do Círio de Nazaré, maior evento religioso da Amazônia, que mobiliza fé, espiritualidade e multidões em Belém. Nesse contexto, a mostra estabelece um diálogo profundo entre tradições espirituais: “as obras do MAHKU são mais do que pinturas - são presenças vivas, manifestações da própria fala dos espíritos da floresta. Não por acaso, MAHKU significa espírito. Enquanto a COP30 transforma Belém em palco de debates globais sobre clima, território e futuro da Terra, o Círio mobiliza a fé e a espiritualidade de milhões de devotos em celebração. O MAHKU se insere nesse contexto como uma voz direta da floresta: suas obras transmitem os cantos que evocam equilíbrio, cura e preservação, reforçando a urgência de ouvir os povos originários na construção de soluções para a crise climática”, pontua Aline Ambrósio.

Sobre o coletivo

O MAHKU - Movimento dos Artistas Huni Kuin é um coletivo de artistas indígenas originários da Terra Indígena Kaxinawá do Rio Jordão, no Acre. Suas obras traduzem visualmente os cantos sagrados huni meka, transformando a oralidade em pintura e estabelecendo diálogos entre mundos. O coletivo já realizou exposições em instituições como MASP, Pinacoteca de São Paulo, Fondation Cartier (Paris), além de ter participado da 60ª Bienal de Veneza, consolidando-se como uma das vozes mais potentes da arte indígena contemporânea no cenário global.

Sobre a curadora

Aline Ambrósio é curadora, expógrafa, pesquisadora e produtora cultural. Indígena Tupi-Guarani e mestranda pela FAU-USP, possui sólida formação em Arquitetura, Urbanismo e Design, além de especializações em Produção de Exposições e Sustentabilidade. Com nove anos de experiência em pesquisa apoiada por instituições como USP, CAPES e CNPq, dedica-se à curadoria, expografia e à crítica de arte, com ênfase em arte contemporânea, natureza, ancestralidade e decolonialidade. É professora de pós-graduação em Museologia, Expografia e Cenografia (PUC Minas) e atua como curadora independente, com projetos realizados em instituições como Pinacoteca de São Paulo, CCBB, IMS, Museu Oscar Niemeyer, SESC-SP e Museu Nacional da República. Entre suas exposições recentes estão “Despertar à Terra” (Salão de Abril, 2025), “Kapewe Pukêní: Huni Kuin Atravessando Mundos” (Manaus, 2024), “Interespécies: Cruzando Mundos” (13ª Mostra 3M de Arte, 2024) e “Botanica Tirannica", de Giselle Beiguelman  (SESC SP, 2023).

Serviço
Espíritos da Floresta: MAHKU”

Curadoria e Expografia: Aline Ambrósio

Período de visitação: até o dia 25 de janeiro de 2026

Local: Caixa Cultural Belém | Av. Mal. Hermes, S/N – Armazém 6 – Umarizal, Belém/PA

Horário de funcionamento: terça a sábado, das 11h às 22h; domingo e feriado, das 12h às 22h

Entrada gratuita

Realização: Aline Ambrósio Produção LTDA

Patrocínio: CAIXA Econômica Federal e Governo Federal

exposição “Fluxos – o Japão e a água" - Japan House São Paulo (JHSP)

 

A relação do Japão com a água é tema de exposição na Japan House São Paulo

Sendo um país insular, as águas do Japão são compostas por inúmeros rios e lagos. A água, que não apenas sustenta a vida cotidiana, mas também exerce grande influência sobre a economia, a tradição, a ciência e tecnologia, bem como o desenvolvimento da espiritualidade das pessoas, é tema na mostra "Fluxos - o Japão e a água", em cartaz de 21 de outubro a 1º de fevereiro de 2026, com entrada gratuita


São Paulo, outubro de 2025 – No Japão, a água é compreendida como fonte de vida e nutrição essencial para a natureza, mas é também indispensável para a formação da sociedade e da espiritualidade do país. A Japan House São Paulo (JHSP) destaca esse elemento na exposição “Fluxos – o Japão e a água” apresentando-o a partir de diferentes perspectivas: seu desenvolvimento junto com a economia e infraestrutura das cidades e do meio ambiente; seus avanços tecnológicos e aprimoramento de sua qualidade e abastecimento; sua importância para a espiritualidade e tradições japonesas; sua influência por meio da arte. 

Com curadoria de Natasha Barzaghi Geenen, também Diretora Cultural da instituição, a exposição traz o movimento centrífugo das águas para a expografia, que convida o público a explorar um ambiente de formas arredondadas com texturas e iluminação que parecem deixar o segundo andar da JHSP submerso. A mostra segue em cartaz, com entrada gratuita, de 21 de outubro até 1º de fevereiro de 2026. 

Pela perspectiva da infraestrutura, a mostra destaca o Canal Subterrâneo de Escoamento da Área Metropolitana de Tóquio, considerado a maior edificação de desvio subterrâneo de inundações do mundo. O canal foi projetado para auxiliar parte da cidade durante as estações chuvosas e em casos de tufões, armazenando temporariamente a água excedente para posterior bombeamento abaixo do nível do solo ao invés de transbordar. 

Informações sobre a composição das águas do Japão e seus altos valores nutritivos, além da biodiversidade e minerais nelas encontrados, também ganham espaço nas seções informativas da mostra, com menção especial às suas águas termais, cada uma com características e propriedades distintas. 

Outra abordagem são os  festivais e rituais que têm a água como elemento central: o Uchimizu (quando os japoneses espalham água pelos jardins e ruas como forma de higienizar os espaços, mas também cumprindo uma função ritualística e contemplativa), Temizu e Mizugori (rituais de purificação realizados, geralmente, na entrada de templos e santuários no Japão, em que as pessoas lavam mãos e boca em água corrente com a ajuda de uma concha hishaku), Takigyō (treinamento budista milenar que consiste em meditar embaixo  de uma cachoeira para purificar e fortalecer corpo e mente), Mikumari Jinja (santuário xintoísta ligado à divindade da água, que simboliza a distribuição e o compartilhamento desse recurso), e o festival Okinami Tairyō, realizado anualmente na cidade de Anamizu, na província de Ishikawa, onde os moradores rezam por segurança no mar e por sorte na temporada de pesca. 

Como pontos focais, a curadora selecionou três obras de arte que evidenciam essa relação profunda da sociedade japonesa com a água. A primeira e mais antiga delas é uma gravura no estilo ukiyo-e ("imagem do mundo flutuante", em japonês) feita pelo artista Hiroshige Utagawa em 1857 como parte de uma série de 119 gravuras que retratam cenários da capital Edo, atual cidade de Tóquio. O estilo ficou conhecido por representar temas cotidianos, paisagens e atores de teatro Kabuki a partir de impressões feitas em blocos de madeira esculpida. A xilogravura apresentada nesta exposição pertence ao acervo do Instituto Moreira Salles (IMS) e mostra o lago Kawaguchi, próximo ao templo Zenkoji, muito utilizado para travessias de barco na época. 

Já a artista contemporânea Tomoko Sauvage apresenta a obra “Buloklok”, instalação que retoma a ideia de uma clepsidra - relógio de água considerado o instrumento de cronometragem mais antigo do mundo -, cujos padrões sonoros lembram a respiração de seres vivos. Esculturas com formatos semelhantes a conchas e búzios estão submersos em um grande aquário com água e um motor estimula a formação de bolhas, cujos movimentos são captados por hidrofone e expandidos sonoramente por alto-falantes. A obra reflete sobre a fluidez da temporalidade, empírica e íntima, assim como todos os seres vivos possuem diferentes frequências respiratórias, ritmos e ordens de respiração. Criada inicialmente por Sauvage em 2022, a instalação de 2025 foi pensada especialmente para a mostra na JHSP. 

A terceira obra em destaque é a instalação “Sans room”, da artista Shiori Watanabe, que desenvolveu um ecossistema artificial de circulação microbiana por meio da água. O projeto apresenta uma estufa hidropônica de cultivo de arroz, conectada a tanques de água por meio de tubos em uma sala com iluminação de cultivo ultravioleta, trazendo uma reflexão sobre espaços isolados, considerados vazios, mas que concentram vida em seus interiores.  

“Concebemos essa exposição justamente pensando que os debates sobre o uso consciente de recursos naturais estariam ainda mais em pauta no momento da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) em novembro. Nossa ideia é estender essas discussões, apresentando hábitos e soluções que o Japão tem encontrado para gerenciar recursos hídricos há anos. Além de muito conteúdo informativo, as obras de arte ocupam o centro da exposição e reforçam com poesia o simbolismo e importância da água. A própria expografia foi pensada a partir do movimento do pingo de água ressoando.  Esperamos que esta mostra seja um convite à reflexão e à contemplação”, comenta a curadora Natasha. 

Ao longo de todo o período expositivo, a JHSP ainda promoverá palestras, seminários e oficinas ligados às temáticas abordadas na mostra. A exposição integra o programa JHSP Acessível, que oferece recursos táteis, audiodescrição, vídeos em Libras e conteúdo em Japonês, Inglês e Espanhol para proporcionar mais acessibilidade aos visitantes.  

 

Serviço: 

Exposição “Fluxos – o Japão e a água” 
Período: 21 de outubro de 2025 a 1° de fevereiro de 2026 
Local: Japan House São Paulo, térreo – Av. Paulista, 52 - São Paulo/SP 
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h. 
Entrada gratuita. Reservas online antecipadas (opcionais) no site

Sobre a Japan House São Paulo (JHSP): 

A Japan House é uma iniciativa internacional com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre a cultura japonesa da atualidade e divulgar políticas governamentais. Inaugurada em 30 de abril de 2017, a Japan House São Paulo foi a primeira a abrir suas portas, seguida pelas unidades de Londres e Los Angeles. Estabelecida como um dos principais pontos de interesse da celebrada Avenida Paulista, a JHSP destaca em sua fachada proposta pelo arquiteto Kengo Kuma, a arte japonesa do encaixe usando a madeira Hinoki. Desde 2017, a instituição promoveu mais de 50 exposições e cerca de mil eventos em áreas como arquitetura, tecnologia, gastronomia, moda e arte, para os quais recebeu mais de 3,5 milhões de visitantes. A oferta digital da instituição foi impulsionada e diversificada durante a Pandemia de Covid-19, atingindo mais de sete milhões de pessoas em 2020. No mesmo ano, expandiu geograficamente suas atividades para outros estados brasileiros e países da América Latina. A JHSP é certificada pelo LEED na categoria Platinum, o mais alto nível de sustentabilidade de edificações. 

Confira as mídias sociais da Japan House São Paulo:  
Site: https://www.japanhousesp.com.br  
Instagram: https://www.instagram.com/japanhousesp  
X: https://www.x.com/japanhousesp  
YouTube: https://www.youtube.com/japanhousesp  
Facebook: https://www.facebook.com/japanhousesp  
LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/japanhousesp 

Paço das Artes inaugura “Auê de parede”, ocupação coletiva de artistas independentes


 

A partir do dia 17 de outubro, púbico confere a mostra que traz mais de 100 trabalhos que representam e fortalecem a produção autoral contemporânea. Entrada gratuita.


No ano em que completa 55 anos de atividades, o Paço das Artes, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, continua a celebração da data com a inauguração de uma exposição inédita. Com abertura no dia 17 de outubro, às 17h, “Auê de parede” é resultado de chamamento para artistas interessados em participar de uma mostra coletiva no espaço expositivo da instituição. Mais de cem trabalhos foram selecionados para integrar o projeto – a lista completa de participantes pode ser conferida no site: pacodasartes.org.br.

 

A iniciativa visa promover diálogos com diferentes vozes e práticas, valorizando a produção autoral contemporânea e fortalecendo a experiência coletiva numa estrutura institucional sem hierarquias. “Em meio a um sistema repleto de interesses e subjetividades, aqui o que importa é a manifestação genuína, longe das amarras do mercado”, diz Renato De Cara, curador do Paço das Artes. A criação da identidade visual e o projeto gráfico de “Auê de parede” é da designer Nina Lins, bacharela em Artes Visuais pela ECA-USP, artista e diretora de arte da revista celeste. 


O Paço das Artes é um importante espaço para a nova cena da arte contemporânea brasileira, valorizando a qualidade, a pluralidade e a especificidade das produções artísticas e curatoriais emergentes, atento às diversidades de identidades e territórios e suas contribuições críticas.

Considerando a festividade de aniversário da instituição, a proposta é expor, em especial, obras que celebrem o encontro e a vida de modo amplo e irrestrito. 

 

A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, e Paço das Artes, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, ProAC e Promac.

O Paço das Artes tem patrocínio institucional da B3, Vivo, Valid, Kapitalo Investimentos, Goldman Sachs, Goodstorage, Sabesp e TozziniFreire Advogados e apoio institucional das empresas Unisys, Unipar, Volkswagen, Grupo Comolatti, Colégio Albert Sabin, PWC, TCL SEMP, Telium e Kaspersky.

Ocupação coletiva | “Auê de parede”

Abertura: 17.10, das 17h às 21h

Data: até 23.11.2025

Horário: terça a sábado, das 11h às 19h; domingos e feriados, das 12h às 18h

Local: Paço das Artes – Rua Dr. Albuquerque Lins, 1345 - Higienópolis - São Paulo/SP

Ingresso: gratuito

Imprensa MIS

Tel: +55 11 2117-4777