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escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Livro sobre Adilson Santos revela surpresas do seu bunker de arte



A arte do pintor Adilson Santos tem uma história singular que é dividida em duas fases de produção e ganha destaque agora no livro “O EXERCÍCIO LIVRE DA MEMÓRIA – desenhos e pinturas de Adilson Santos”, coordenado por Irene Santino e com produção executiva de Renata Rocha, Publisher da produtora “Brasil Comunicare”. O patrocínio é da CAIXA Econômica Federal e Governo Federal, com lançamento dia 18 de dezembro, às 19 horas, na CAIXA Cultural Salvador.
 A publicação mostra como primeira fase da produção o período dos anos 1960, época de ebulição cultural no país, quando Adilson sai de Poções, a pequena cidade do sudoeste baiano onde nasceu, e mesmo sem cursar escolas especializadas pinta, desenha e faz exposições em centros de destaque do país e também no exterior. Surpreendeu pela qualidade, pois com um trabalho bem definido ele se alinhava com o estilo “Nova Figuração” que se consolidou no Brasil naquela época. Foi a base do sucesso que veio a seguir.
A segunda fase começa bem depois, a partir dos anos 1980, e é cheia de curiosidades. Embora não seja o conteúdo exclusivo, esta fase se torna o grande destaque da publicação organizada pela pesquisadora e museóloga Irene Soares Santino. Ela diz que o livro “O EXERCÍCIO LIVRE DA MEMÓRIA” é um registro de uma trajetória artística. “Esta trajetória está presente nas centenas de desenhos e dezenas de pinturas selecionadas para compor a visão bem ampla, que faz um mergulho no tempo.” Avalia. É um livro bilíngüe, em português e inglês, que investe num conceito que pode ser definido como o esforço de reunir um surpreendente tesouro em pinturas e desenhos no atelier e na casa onde mora com a família. Os rostos desses familiares queridos, com suas emoções, servem de modelo para grande parte das obras.
Para organizar o livro, Irene Santino que se debruçou sobre o projeto editorial, começa a explorar os arquivos e as gavetas, junto o artista. E logo percebe que cada vez mais cresce a dificuldade em selecionar tantas pinturas e tantos desenhos, segundo contou. Encantada, Irene considera que foi um privilegio ser convidada por Adilson para realizar o sonho dele em fazer este livro. “Os desenhos de Adilson são como jóias preciosas antes, só acessíveis aos amigos”, diz a pesquisadora no texto preparado para a edição. “Difícil foi selecionar 500 exemplares dentre tantos, criados durante a sua trajetória artística. Uns são rabiscos e traços que traduzem as primeiras idéias, prenúncio de obras mais elaboradas onde figuram personagens reais ou imaginárias de alto valor artístico” continuou.

Na Galeria Quirino
A surpresa e os elogios de Irene têm mais sentido ainda se considerar que ao retornar à região sudoeste da Bahia, e morar em Vitória da Conquista, onde a pesquisadora desenvolveu a pesquisa, Adilson Santos criava uma ligeira impressão de se afastar do circuito principal de arte, mesmo estando numa cidade com mais de 300 mil habitantes. Afinal, desde que estreara no mercado, quase três décadas antes, o artista já fizera exposições em galerias do chamado primeiro escalão.  Uma delas a lendária “Galeria Quirino”, de Salvador, que era uma das mais conceituadas do país e recebia artista como o tapeceiro Genaro de Carvalho..
É o saldo de uma época em que o prestigio do artista só fazia aumentar, principalmente quando se muda para o Rio de Janeiro em 1969 e amplia a produção. Após a mudança para o Rio, e entre os anos 1970 e inicio da década de 1980, as obras de Adilson Santos tiveram agendas confirmadas em individuais e coletivas em importantes galerias brasileiras, como a “Irlandini”, “Mini Gallery”, “Galeria Voltaico”, ”Galeria Marte 21”, “Galeria Masson” e “Way Galeria de Arte” entre outras. Expôs em São Paulo na “Galeria Grossman” e na “A Galeria”.

Alemanha e Canadá
Também em Brasília, participou do “3º Salão de Arte Moderna” e em Niterói na “Semana Euclidiana”. Em Recife, outra capital de destaque no circuito de artes na época, o artista fez uma individual, na “Galeria Picasso”. Mais destaque ainda, entre 1980 e 1982, quando trabalhos do artista são levados para o exterior, incluindo participação na mostra “Hannover Messe'80”, em Hannover, na Alemanha, e na “Semaine de l'Art Brésilien”, em Montreal, no Canadá, em 1982.
Além das exposições no Brasil e no exterior, serviam de parâmetro para o destaque na avaliação do artista outros fatos. Como os críticos de prestigio no país endossando elogios a Adilson Santos. O escritor Jorge Amado, o autor brasileiro mais traduzido para o exterior, dedicou comentários especiais ao trabalho do artista. E Adilson cada vez mais sendo conhecido por um trabalho especial. Ficou sendo chamado como o artista do mistério e incluído entre os mais renomados pintores baianos de sua época, mesmo morando fora. As obras deles sendo incluídas em coleções particulares no Brasil e também no exterior, em países como Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, China e Japão.
No conhecimento da trajetória, detalhes especiais que fazem a diferença como a opção de pintar com uma técnica sutil de usar a ponta do pincel. Ela ajuda a criar rostos que traduzem os sentimentos da mulher, com destaque para as mensagens dos olhos bem definidas. O artista costuma contar que busca elementos do tempo, chega a voltar à infância para rever detalhes e gestos que não se perderam no ser humano. Morando em Vitória da Conquista, Adilson Santos fez exposição em Salvador, no ano de 1992, com obras expostas na “NR Galeria de Arte”; em 2005, participou da coletiva do “Projeto Cultural Arte Sofitel” da “Prova do Artista Galeria de Arte”, em Costa de Sauípe.

A Linha da Vida
Recentemente, em 2009, o artista participou de duas coletivas da galeria Garagem 253, em Vitória da Conquista e, em 2010 foi apresentado à sociedade de Aracaju com uma individual na “Galeria Jenner Augusto”. Mas paralelo á produção do livro “O EXERCÍCIO LIVRE DA MEMÓRIA – desenhos e pinturas de Adilson Santos”, o grande revivalda arte de Adilson Santos foi este ano, com a exposição “ADILSON SANTOS - O Tempo e Eu” na CAIXA Cultural Salvador, com um retrospecto dos 47 anos de pintura, sob a curadoria de Irene Santino.
Como Publisher Renata Rocha é responsável pela produção executiva do livro “O EXERCÍCIO LIVRE DA MEMÓRIA – desenhos e pinturas de Adilson Santos”. Empolgada com a arte de Adilson Santos, e com o projeto, Renata ao lado do Diretor de fotografia Maurício Calleia, produz um vídeo documentário de 15 minutos que compõe a obra e não esconde a emoção e o carinho pelo trabalho.
Brinca ao avaliar a tarefa de conduzir o projeto da edição. “Comparo essa tarefa com um pião, brinquedo clássico, presente na infância do artista, tal qual ele recriou no desenho e na pintura” diz no texto que preparou para a edição. “Este exercício livre da memória, é como puxar a corda do pião e acompanhar aquele movimento. Adilson, muitas vezes tornou-se espelho de si mesmo ao retratar sua imagem, seus sonhos e sentimentos. Retorno a corda que envolve o objeto e modifico o termo para linha da vida, aquela que só ele tem acesso e se mantém em equilíbrio nos proporcionando girar na luz, na poesia e na beleza de sua vida e obra” diz, aguçando a curiosidade sobre os mistérios do artista.

SERVIÇO:

Livro: “O EXERCÍCIO LIVRE DA MEMÓRIA – desenhos e pinturas de Adilson Santos”
Local: Caixa Cultural Salvador – (entrada franca)
Endereço:  Rua Carlos Gomes, nº 57 – Centro
Lançamento: 18 de dezembro de 2013, às 19h
Classificação indicativa: Livre para todos os públicos
Informações: 
71 3421 4200
Realização: 
Brasil Comunicare 
Valor: R$ 75,00 mediante a entrega de um quilo de alimento não perecível
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal
Programação completa:
 
www.caixa.gov.br/caixacultural
Contatos:
Valdemir Santana Assessor de Imprensa

Vlady AlvesRelações Públicas / Mídia Digital
Brasil Comunicare
Tim: 71 9302-8703
Vivo: 9724-8358 WhatsApp
Oi: 8709-7791

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