GABINETE DE CURIOSIDADES: XiloBoletim - Boletim do Museu Casa da Xilogravura - Campos do Jordão

segunda-feira, 6 de maio de 2013

XiloBoletim - Boletim do Museu Casa da Xilogravura - Campos do Jordão - SP

XiloBoletim

Boletim do Museu Casa da Xilogravura

Maio de 2013

N°.9 - ano 4 (da série digital)

NESTA EDIÇÃO:

- Em São Paulo, Exposição na USP sobre a Casa da Xilogravura

- Exposição temporária: "Inconsequência Alfabética", de Cláudio Rocha

- Palestra: "Monotipias tipográficas", por Cláudio Rocha

- Assunto da Vez: Fabriano e o papel

- Vídeo: "O Gênio no Papel"

- Doação da Vez - Máquinas de escrever centenárias

EXPOSIÇÃO NA USP: Uma casa para a xilogravura

Cartaz da exposição no CPC/USP sobre a Casa da Xilogravura

Em 9 de maio de 2013, às 19 horas, abre-se na cidade de São Paulo a exposição produzida pelo Centro de Preservação Cultural da Universidade de São Paulo e que tem por título UMA CASA PARA A XILOGRAVURA - Exposição do Acervo da Casa da Xilogravura.

Em dezenove painéis de grande formato, a mostra explica o que é a Casa da Xilogravura, seu acervo, sua atividade didática, sua futura incorporação à USP, além de apresentar, com obras e objetos do próprio Museu, as técnicas xilográficas e outras formas de multiplicação de impressos.

A mostra permanecerá aberta gratuitamente ao público até 21 de junho de 2013 na Casa da Dona Yayá, sede do Centro de Preservação Cultural da USP ( 11 3106-3562 www.usp.br/cpc ), situada à rua Major Diogo, 353, no bairro paulistano da Bela Vista, das 9 às 17 horas de segunda a sexta-feira, e das 10 às 13 horas aos domingos (exceto nos dias 12 de maio e 2 de junho).

Depois, a exposição será apresentada em outros campi da USP, provavelmente nos de São Carlos, Ribeirão Preto, Piracicaba, Pirassununga, Lorena e talvez em São Paulo (Cidade Universitária). No dizer do Prof. José Lira, Diretor do CPC/USP, essa itinerância tem por "finalidade não apenas levá-la ao conhecimento da comunidade acadêmica. Propõe-se também estender à sociedade, ao meio de arte e de gravura a possibilidade de usufruto desse bem" que futuramente se incorporará ao patrimônio universitário.

O CPC/USP, organizador desta exposição, subordina-se à Pró-Reitoria de Cultura e de Extensão Universitária da USP, que é dirigida pela Pró-Reitora Profa. Dra. Maria Arminda do Nascimento Arruda, de quem a Casa da Xilogravura vem recebendo sugestões e estímulos preciosos.

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA:Inconsequência Tipográfica

Detalhe de obra de Cláudio Rocha

Esta mostra marca um momento importante para nosso Museu, especialmente porque ela repercute os esforços que a Casa da Xilogravura vem fazendo, no sentido de reviver a parceria histórica entre a xilogravura e a tipografia.

Nas obras expostas, Cláudio Rocha funde técnicas, produzindo impressões de monotipia sobre múltiplos tipograficamente produzidos, associando, portanto, no mesmo suporte dois fazeres gráficos. E o resultado é de surpreendente efeito estético!

Cláudio Rocha é um artista gráfico de renome internacional, especializado em tipografia e design editorial, e é diretor da Oficina Tipográfica São Paulo, instalada na Escola de Artes Gráficas Theobaldo de Nigris, do SENAI, além de professor do SESC Pompéia e curador da Galeria Calligraphia. É também autor de vários livros sobre artes gráficas, editor da revista "Tipoitalia" e co-editor da revista "Tupigrafia". Criador de fontes digitais distribuídas por International Typeface Corporation (ITC), Linotype e Monotype, foi palestrante convidado da Typecom (San Francisco, 2004), TypoBerlin (2005), St. Bride Printing Library (Londres, 2009), dentre outros eventos do gênero.

PALESTRA DE CLÁUDIO ROCHA: Monotipias Tipográficas

A palestra que Claúdio Rocha fará, dia 8 de junho próximo, às 17 horas, na Casa da Xilogravura, terá por título "Monotipias Tipográficas" e mostrará alguns caminhos que aproximam as artes gráficas das artes plásticas tradicionais. (Entrada franca)

Em sua palestra, começará mostrando a evolução histórica do tipo para impressão gráfica e chegará até sua transição para o mundo digital, avaliando o estado atual da produção de fontes gráficas e conduzindo a reflexões sobre as possibilidades futuras que se entreabrem neste campo.

O TEMA DA VEZ: Fabriano e o Papel

Esta mostra coloca em destaque, em um painel e respectiva vitrine, a cidade italiana de Fabriano, ressaltando sua importância na história do papel, por ter sido a localidade na qual se instalou a primeira fábrica de papel operada por europeus na Europa. (Existiu, um século antes, uma outra fábrica em Jativa, local hoje compreendido no território da Espanha, mas na época submetido a um califado árabe. E essa fábrica era operada por judeus originários de domínios islâmicos.)

Um breve histórico introduz o visitante ao conhecimento do itinerário do papel da China à Europa, bem como às transformações técnicas que tornaram esse material o mais difundido e mais útil suporte para a imagem e a escrita.

Fotos fornecidas pelo Museu do Papel e da Filigrana (Museo della Carta e della Filigrana) de Fabriano, Itália, demonstram como era a fabricação do papel no século treze.

EXIBIÇÃO DE VIDEO: O Gênio no Papel

Durante o transcorrer da mostra "Fabriano e o Papel", será exibido na Casa da Xilogravura o vídeo O Gênio no Papel (Il Genio nella Carta) produzido pela RAI, sob direção de Stefano Marcelli e Marco Hagge, e coordenação de Giorgio Pelegrini, Diretor do Museu do Papel e da Filigrana. Com imagens a cargo de Cláudio Francini, o filme conta a história de Fabriano, do papel e da filigrana ao longo dos séculos.

As apresentações serão realizadas regularmente aos sábados, às 10 e às 15 horas; e em outros horários sob prévio agendamento.

DOAÇÃO DA VEZ: Máquinas de escrever centenárias

Em vitrine, na sala da mostra permanente Magia da Multiplicação II, os visitantes poderão observar doravante três máquinas de escrever, muito raras, que foram doadas recentemente ao Museu pela Sra. Lea Schwery Abdalla e seu filho Silvio W. Abdalla.

Duas delas foram produzidas nos Estados Unidos da América: uma Corona3 Typewriter, máquina portátil lançada em 1912, e uma Hammond Multiplex Closed, também portátil, lançada em 1913. A terceira é uma Gundka 5, igualmente portátil, fabricada na Alemanha a partir de 1924.