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escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

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terça-feira, 5 de novembro de 2013

casas de Gregori Warchavchik na Vila Mariana - São Paulo, uma cidade que não guarda sua história

posteriormente, recebi de uma amiga essa explicação:
Na resolução 4/91. Dá pra ver que o lote do empreendimento fica fora da área protegida.
 
Ainda não sei se gosto ou não da intervenção. Uma das coisas boas, desse projeto é que abre todo o térreo para o acesso público.
Chega a ofuscar as casas do Warchavchik? Entendo que não, pois elas nunca foram vistas pelo quintal do vizinho, apenas pela rua Berta que está tombada.
Espero apenas que eles tomem muito cuidado com os recalques e com as vibrações da obra para não abalar a estrutura das casinhas. Coisa que qualquer construtor deve fazer em qualquer obra.
 
Abs,
 



Em 5 de novembro de 2013 
Não se preocupe.
 
Esse empreendimento passou pelo Comissão Técnica de Legislação Urbanística no ano passado, quando eu ainda era representante lá da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.
Ele é totalmente legal, independente de se gostar ou não de seu projeto.
Não intercede com a faixa envoltória de nenhum bem tomado.
Foi aprovado por todos os conselheiros, tanto da Prefeitura quanto de organizações da sociedade civil.
Não oferece nenhum risco que qualquer obra de qualquer edifício ofereceria aos vizinhos. Se as obras forem bem executadas, não oferece nenhum risco às casas do Warchavchik.
 
 
Abs,

Data: 4 de novembro de 2013 
Assunto: Final das casas de Gregori Warchavchik na vila mariana

Caros ,
É com muito pesar que nos moradores  do conjunto de casas do arquiteto Gregori Warchavchik  e  frequentadores do parque da casa modernista comunicamos o nosso testemunho de mais uma catástrofe urbana.
A construtora EZTEC debuta seu empreendimento comercial de 40.303,24 m2 306 salas e 17 escritórios duplex em área envoltória de diversos bens protegidos pelo tombamento em decorrência de seu caráter histórico, são eles: Casa Modernista, Museu Lasar Segall e Casas Econômicas da Rua Berta que se encontram ameaçadas pelo grande impacto que este empreendimento terá na região. Esse conjunto arquitetônico faz parte da primeira fase de construções modernistas no Brasil, datada do final da década de 20.
Hoje começou a construção e o ato inicial aterrorizante foi o  corte da mangueira centenária!
Nesse momento, se alguma esperança há, esta reside em nossa capacidade de prestar a mais humilde, séria e solícita das atenções a nossa história  e cultura  que esse arquitetura e região representam
Essa atuação inacreditavelmente estúpida e arrogante é para alguns a valorização imobiliária e progresso econômico. E para nós, a degradação das primeiras casas modernistas do país, assunto de pesquisa, de artistas, urbanistas, arquitetos, bienais, curadores, nacionais e internacionais.
Diante disso  a fim de garantir a segurança e proteção desses bens  contamos com seu apoio compartilhando e divulgando essa situação.

Cordialmente,

Gabriela Inui e Camila Sposati

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