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escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

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segunda-feira, 19 de março de 2012

projeto IN FOTO

Lisa Roos, Marisa, Grahl, Elizabete Rocha, Rodrigo Mello, Vitor Mesquita, Rodrigo DMart, Waldemar Max, Felipe Gomez, Isabella Carnevalle, Marcelo Armani, Liane Strapazzon, Ana Bettini, Jandora Jakobson, Karine Perez, Adalberto Porto Alegre, Juliana Lima, Gustavo Razzera, Zezé Carneiro, Vinicius Vieira, Adriana Xaplin, Cristho Comunello, Silvia Giordani, Ana Cristina Winck, Júlia Berenstein, Camila Schenkel, Priscilla Zanini, Rodrigo Uriartt, Pedro Girardello, Maria Eunice Araújo, Abel Börba, Denis Nicola, Rogério Ribeiro, Fabriano Rocha, Rogério Livi, Silvia Livi, Gustavo Rigon, Regina Veiga, Tiago Coelho, Fernanda Chemale, André Luis Portal, Maristela Winck, Paula Biazus, Rafael Johann, Adriana Andricopulo, André Venzon, Alex Sevilla, Letícia Lau, Leonardo Fanzelau, Dirnei Prates, Nelton Pellenz, Letícia Lampert, Rochele Zandavalli, Cássio Maffazzioli, Luci Sgorla, Dânia Moreira, Lílian Gomes, Crisanto Pereira, Ana Chassot Ledur, Tereza Mello, Ingrid Noal, Yara Baungarten, Giana Kummer, Antônio Augusto Bueno, Adreson, Adriana Donato, Jacqueline Joner, Júlio Appel, Walter Karwatzki, Kátia Costa.

Projeto IN FOTO

O projeto IN FOTO, idealizado pela artista visual e fotógrafa Kátia Costa, tem como objetivo mapear artistas que trabalham com fotografia em suas produções autorais. O trabalho tem como premissas a apropriação e a difusão; a primeira porque cada artista apropria-se da imagem do outro para constituir a sua; a segunda porque o trabalho propaga-se em uma rede de sentidos ultrapassando fronteiras para atingir novos lugares e públicos. A intenção da criadora é que ele migre “ad infinitum”. O projeto estabelece que cada artista, a partir da própria autora, faça uma fotografia com tema livre, dentro de determinadas regras e passe uma cópia para outro. O próximo artista deve incluí-la em sua foto e assim sucessivamente. Os elos da corrente expandem-se: uma imagem torna-se parte de outra até o possível desaparecimento (ou não), contudo, mesmo invisível, ela sempre será uma peça deste imenso quebra-cabeça em evolução. A situação construída por cada artista revela algo de si, de sua história, de um momento ou de um sonho. Sonho este que Kátia Costa leva ao limite: uma imagem dentro da outra em um fluxo incessante extrapolando os limites de espaço-tempo. Como diz Didi-Hubermann¹ : “(...) os tempos são trançados, feitos e desfeitos, contraditos e superdimensionados.” O tempo, aqui, estabelece uma visibilidade outra: expandida, espelhada. O artista cumpre o seu papel criando e recriando imagens, dando-lhes vida própria, ares de estranhamento ou de mistério; simplesmente registrando o efêmero, o passageiro ou um objeto do cotidiano, porém, uma única vez o registro de algo é feito e a sua repetição só se dá novamente ao se incorporar a uma nova fotografia. O projeto é instigante, tanto pela proposta coletiva inovadora que forma uma cadeia ou entrelaçamento, quanto pela possibilidade de infinitude que ele deve atingir.

Ana Zavadil - Crítica de Arte, Mestre em Artes Visuais pela UFSM.

¹DIDI-HUBERMANN, Georges. O que vemos o que nos olha. São Paulo. Ed.34, 1998. P. 146.

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