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escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

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terça-feira, 3 de abril de 2012

Exposição Zona Tórrida







Zona Tórrida convida o visitante a explorar as singularidades da produção artística feita a partir do Nordeste, atentando para a força da cor das obras e sua relação com as características ambientais e culturais da região. A hipótese de que a luminosidade do Nordeste – situado na zona tórrida do globo – é capaz de conduzir a grandes estridências cromáticas, mobiliza o curador na seleção dos mais de cinquenta trabalhos de autoria de artistas reconhecidos.
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Arte baiana na vanguarda de Recife

Um item que brilha em Recife até o mês de maio, como exemplo de vanguarda nordestina, é o estilo neo-concretista e conceitual do arquiteto baiano Antonio Luiz Moraes Andrade, que assina suas peças instigantes como Almandrade. Além de instigantes, é bom dizer que o estilo está valorisadíssimo no mercado, afinal os mais antenados sabem que galeristas e investidores do Brasil e dos Estados Unidos, participam de estratégia para colocar o neo-concretismo brasileiro com a cotação que merece em plano internacional.

O talento de Almandrade tem espaço em Recife na exposição “Zona Tórrida” que teve vernissage sexta-feira no prestigiado “Santander Cultural”, mantido pela holding financeira como uma das âncoras da arte no Marco Zero, região de retrofit urbano da capital. Uma pintura em tinta acrílica sobre tela, “Uma Tarde de Verão”, e uma escultura em madeira pintada, sem título, estão na mostra.

Mais arte baiana super-prestigiada na mostra que tem curadoria dos bambambãs Paulo Herkenhoff e Clarissa Diniz, é a pintura do artista plástico argentino Hector Carybé. É o pintor que deu maior destaque internacional a Salvador, cidade em que viveu a maior parte da vida, até morrer em 1997. São dois quadros, “Beira Rio”, de 1939, e “Briga de Cachorros”, de 1942.  Também motivo baiano na tela “Lavadeiras do Abaeté”, de 1956, do carioca José Pancetti.  Participa também o baiano Rubem Valentim com duas telas afro construtivas.


Tribuna da Bahia
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Período: até 20 de maio
Local: Santander Cultural Recife - Avenida Rio Branco, 23 – Bairro do Recife – Fone: 3224-1110
Horário: terça-feira a domingo, das 13h às 20h.
Entrada Franca


ENTRE OS ARTISTAS DESTACAM-SE:

Almandrade
Antonio Bandeira
Antonio Dias
Carybé
Cícero Dias
Flavio-Shiró
Joaquim Rego Monteiro
José Cláudio
José Pancetti
Lula Cardoso Ayres
Montez Magno
Rubem Valentim
Vicente do Rego Monteiro

anexo: obra de Almandrade
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"Com singular convicção, a imaginação
afirma que o que ilumina vê. A luz vê."
Bachelard

Sem a luz como seria o mundo? Provavelmente uma câmera escura onde as imagens se perderiam na obscuridadade do vazio. Os objetos ou superfícies sevem de anteparo para refletir a luz e torná-la perceptível. A arte ao longo da história, sempre esteve sob efeitos de reflexos, de sombras, de cores, de claro/escuro etc, fenômenos impossíveis sem a presença da luz.

O artista, quando se apropria da luz, ilumina também um estado de sentimento e uma ideia, abre os olhos e desprende a imaginação. Talvez tudo não passe de um sonho, de quem sonha acordado. A luz que revela a beleza, que faz os objetos falarem através de suas cores, suas texturas, suas características visuais, que faz com que o olhar não se perca num poço escuro, num abismo sem fim.

Almandrade

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