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(Maria Regina Pinto Pereira)

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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Louvre expõe as duas versões da "Mona Lisa"

27/03/2012 - 21h12

Louvre expõe as duas versões da "Mona Lisa"


DE SÃO PAULO
O Museu do Louvre, em Paris (França), colocou em exposição a "A Mona Lisa do Prado", quadro recém-descoberto pelo Museu do Prado (Espanha), pintado por um discípulo de Leonardo Da Vinci --ainda não identificado.
A obra está em exibição para público no Hall Napoleon, onde acontecem exposições temporárias. O quadro feito por Da Vinci, que recebe diariamente uma média de 20 mil visitantes, permanece em sua sala habitual do primeiro andar "por razões de segurança e de conservação", segundo o comissário da mostra, Vincent Delieuvin.
France Presse
A Mona Lisa de Da Vinci ao lado da "Mona Lisa do Prado", versão do mesmo retrato descoberto recentemente na Espanha
Mona Lisa de Da Vinci ao lado da "Mona Lisa do Prado", versão do mesmo retrato descoberta recentemente
"Porém, temos um quadro que serve perfeitamente" para representá-la, "estudado recentemente" e que, graças à sua restauração, "mostra a composição em um fase intermediária", ressaltou o comissário.
Delieuvin explicou ainda que esta versão pintada por um dos dois discípulos favoritos de Leonardo da Vinci, Salaï (1480-1524) ou Francesco Melzi (1493-1572/73), é "menos surpreendente" que as versões da "Santa Ana" --outro trabalho de Da Vinci que está nesta nova mostra do Louvre.
SANTA ANA
A concepção desta última obra-prima de Da Vinci, na qual o pintor trabalhou até sua morte e por quase duas décadas, é, segundo Delieuvin, "muito mais ambiciosa", entre outras razões, por se tratar de um grupo em movimento, do qual se conhecem inúmeras variações.
O Louvre reúne algumas delas, que mostram uma mudança de direção do grupo ou uma Santa Ana rejuvenescida e contemplativa, longe daquela mulher que inicialmente tenta evitar que sua filha, Nossa Senhora, proteja em excesso Jesus do sacrifício que o espera, representado por um cordeiro, no lugar onde esteve São João Batista.
Tudo isso a partir de um primeiro e pequeno desenho original, criado com um método inédito que Da Vinci chamava de composição instintiva e que sobrepunha um magma de linhas e sombras das quais só ele sabia extrair a estrutura pensada.
MONA LISA DO PRADO
Da "Gioconda" conservada no Prado desde 1666 --cuja extraordinária qualidade foi redescoberta no início deste ano, após sua restauração e estudo técnico por ocasião desta exposição--, o comissário ressaltou à agência de notícias Efe que ela foi criada na oficina de Leonardo "ao mesmo tempo em que ele trabalhava no original".
"Como sempre, os alunos terminavam antes que ele, porque Da Vinci demorava muito tempo para pintar seus quadros, e essas cópias são como uma fotografia do original em um certo momento de sua execução", disse Delieuvin.
"Como diz muito bem no catálogo [da mostra] nossa colega Ana González Mozo" (coautora dos estudos e da restauração junto a Almudena Sánchez Martín), na oficina "não buscavam reproduzir fielmente" o famoso "sfumato" de Da Vinci, "toda sua ciência da pintura", mas sim "era a forma que lhes interessava", explicou o comissário.

Com agência EFE

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