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escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

http://maregina-arte.blogspot.com/

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

exposição São Paulo, Meu Amor - Rodolpho Tamanini Netto - Galeria Jacques Ardies - São Paulo - SP

 


"São Paulo, Meu Amor" celebra a urbanidade da cidade na obra de Rodolpho Tamanini Netto

Exposição na Galeria Jacques Ardies destaca 22 pinturas com ícones da cidade interpretados pelo artista


Galeria Jacques Ardies  apresenta a exposição “São Paulo, meu amor”, que exibe o trabalho do artista Rodolpho Tamanini Netto, sob a curadoria de Jacques Ardies. Reunindo 22 pinturas, a mostra explora a relação do artista com São Paulo, exaltando sua urbanidade e apresentando a cidade como uma metrópole vibrante e monumental. Reconhecido no segmento da arte popular, o artista paulistano retrata a cidade que o inspira e captura em traços detalhados e simétricos, revelando um olhar sensível sobre o que considera os ícones culturais e naturais de sua terra natal.

Nas séries, Tamanini destaca pontos centrais da metrópole, como o Pátio do Colégio, a Catedral da Sé e o Largo São Francisco. Suas obras também retratam a arquitetura eclética de marcos como o Teatro Municipal e o Mosteiro de São Bento, além do edifício do Banespa. A cidade ganha vida em sua forma mais autêntica, sem abstrações, mas com um detalhamento que reflete a precisão e o olhar apaixonado do artista pelo patrimônio urbano paulistano.

Outros elementos contemporâneos da cidade, como o vão do Masp e o circuito de Interlagos, ampliam a perspectiva de Tamanini sobre São Paulo, assim como locais que representam o diálogo entre a cultura e a modernidade paulistana, a exemplo da Pinacoteca e do Museu do Ipiranga. A presença de espaços verdes, como o Parque Ibirapuera e a Serra da Cantareira, bem como o Pico do Jaraguá e as águas da represa de Guarapiranga, oferece equilíbrio à urbanidade e convida o público a ver a cidade em uma visão integrada e diversa.

Nascido em São Paulo em 1951, Rodolpho Tamanini Netto começou sua trajetória artística aos 19 anos. Autodidata, desenvolveu seu talento em exposições no Brasil e no exterior, com uma carreira que soma mais de cinco décadas. Em 1970, fez sua primeira exposição coletiva no Museu do Folclore e, no ano seguinte, expôs na Alemanha. Em 1971, realizou sua primeira individual na Mini Galeria Usis. Participou de salões de arte em países como Inglaterra, França, EUA, Dinamarca, Canadá, Portugal, Espanha e Suíça, tornando-se um nome respeitado no campo das artes. Desde 1979, mantém uma parceria sólida com a Galeria Jacques Ardies.

Em sua produção, Tamanini apresenta São Paulo como uma cidade de nuances e riqueza cultural, expressa em traços e na simetria que se tornaram características marcantes das suas composições. Na abordagem estética do artista, a paisagem urbana se compõe de figuras humanas diminutas e integradas aos ambientes, afastando-se da hostilidade do cenário real e refletindo uma cidade humanizada. Elementos como balões, fogos de artifício e papéis picados aparecem como símbolos de celebração, sugerindo uma metrópole vibrante e acolhedora. Essa perspectiva foi observada por Oscar D’Ambrosio, que ressalta a relação harmoniosa entre a figura humana e os elementos urbanos em sua obra.

Seus trabalhos buscam um lirismo urbano, onde a tinta é aplicada com economia e os detalhes ganham a atenção do público, sem volumes ou texturas. A visão de Tamanini oferece uma abordagem única da arte popular, na qual a grandiosidade dos edifícios e espaços públicos de São Paulo é suavizada por uma atmosfera associativa e um rigor estético expressivo. Em “São Paulo, meu amor”, ele convida o público a refletir sobre as dimensões dessa cidade, onde urbanidade, cultura e natureza coexistem. Por acaso e feliz coincidência, o dia 23 de novembro vai ter bolo de aniversário para comemorar seus 73 anos de idade.

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Exposição: São Paulo, meu amor

Artista: Rodolpho Tamanini Netto 

Curadoria: Jacques Ardies 

Abertura: 23 de novembro, sábado, às 17h 

Período: 26 de novembro a 19 de dezembro de 2024 

Local: Galeria Jacques Ardies 

Endereço: Rua Morgado de Mateus, 579 – Vila Mariana, São Paulo, SP 

Contato: Tel.: 11 5539-7500 / 11 96815-0887 

Horário: Terça a sexta-feira, das 10h às 17h30 / Sábado, das 10h às 16h 

 

Site: ardies.com  

Email: jacques@ardies.com 

Instagram: @galeriajacquesardies 

Facebook: Galeria Naif

LinkedIn: Galeria Jacques Ardies

Circuito Contemporâneo - Art Lab Gallery - São Paulo - SP

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Carolina Lavoisier


Juliana Mônaco destaca novos talentos em mais uma edição do Circuito Contemporâneo

Exposição reúne 44 artistas e cerca de 200 obras na Art Lab Gallery, em São Paulo

Art Lab Gallery, sob direção e curadoria de Juliana Mônaco, inaugura no dia 21 de novembro, às 20h, mais uma edição do *Circuito Contemporâneo*. A exposição coletiva reúne 44 artistas, entre representados pela galeria e selecionados por edital público, consolidando-se como um espaço de diálogo entre diferentes trajetórias artísticas. A mostra estará aberta ao público de 22 de novembro a 7 de dezembro, na sede da galeria, localizada na Vila Madalena, São Paulo. 

Com cerca de 200 obras, o *Circuito Contemporâneo* apresenta um panorama diverso da produção artística contemporânea brasileira, incluindo pinturas, esculturas, fotografias e joias autorais. A proposta curatorial, idealizada por Juliana Mônaco, enfatiza a liberdade de expressão dos participantes, que apresentam obras em portfólio livre, destacando suas técnicas e identidades individuais. 

Juliana Mônaco reforça a importância de conectar novos talentos ao circuito cultural: “Esse projeto tem como missão abrir portas, formar pontes e criar um ambiente onde a arte possa acontecer de maneira democrática e acessível. A convivência entre artistas iniciantes e aqueles com trajetória consolidada é uma oportunidade rica de troca criativa e cultural”. 

A exposição é composta por 22 artistas representados pela Art Lab Gallery, como CanudimMaria Eduarda ComasFlavio Ardito e Sadhana, e 22 artistas selecionados por edital, entre eles Tomaz FavillaIsaac Sztutman e Maria Estrela Joias. A diversidade dos participantes reflete a abrangência da iniciativa, que busca incluir produções de diferentes contextos regionais e sensibilidades culturais. 

Além de destacar os trabalhos expostos, o *Circuito Contemporâneo* promove a projeção de novos artistas a colecionadores, galeristas, arquitetos e outros profissionais do mercado de arte, contribuindo para a inserção de suas obras em coleções e espaços relevantes. Para Juliana, este é o papel central da galeria: “Ser um canal para que a arte alcance novos públicos, rompendo barreiras e expandindo oportunidades”. 

Com mais uma edição, o *Circuito Contemporâneo* reafirma o compromisso da Art Lab Gallery com a valorização e democratização da arte contemporânea, consolidando-se como um evento de destaque no cenário cultural paulistano. 

 

SERVIÇO 

Exposição: Circuito Contemporâneo  

Curadoria: Juliana Mônaco 

Artistas representados: Canudim, Carlos Sulian, Carolina Lavoisier, Crys Rios, Emanuel Nunes, Evandro Oliveira, Flavio Ardito, Germano, Graça Tirelli, Gray Portela, Heitor Ponchio, Joana Pacheco, Junior Aydar, Lidiane Macedo, Lolla, Maria Bertolini, Maria Eduarda Comas, Mari Kirk, Maurizio Catalucci, Patricia Ross, Ricardo Massolini, Sadhana

Artistas selecionados: Adriana Piraíno Sansiviero, Anne Walbring, Barrieu Wood Design, GUS, Isaac Sztutman, Leticiaà Legat, Jorge Herrera, Juliana Rimenkis, Maria Estrela Joias, Maria Figueiredo, Nancy Safatle, Narcizo Costa, Priscilä Boldrïni, Pamela Lahaud, Rapha Masi, Robson Victor, Rogerio Oliveira, Roger Mujica, Silvio Alvarez, Simone Fiorani, Tomaz Favilla, Yan

Vernissage21 de novembro, às 20h 

Visitação: 22 de novembro a 7 de dezembro de 2024

Horário: Terça a sexta, das 12h às 18h 

Local: Art Lab Gallery

Endereço: Rua Delfina, n.º112 - Vila Madalena, São Paulo - SP 

Horário: De terça a sexta-feira, das 12 às 18h / sábado, das 12 às 16h

Contato: 11 9 7692 3050| curadoria.artlab@gmail.com | @artlabgal (Instagram)

exposição ENTRE O SILÊNCIO: TEMPO - Feres Khoury - Graphias Casa da Gravura - SP

 


exposição A vida que se revela - fotógrafas japonesas Rinko Kawauchi e Tokuko Ushioda - Japan House - SP

 

Japan House São Paulo

Japan House São Paulo apresenta exposição "A vida que se revela", destacando memórias cotidianas capturadas por fotógrafas de diferentes gerações

Apresentamos um diálogo visual entre o trabalho das fotógrafas japonesas Rinko Kawauchi e Tokuko Ushioda, a mostra destaca pontos em comum entre duas gerações distintas. Neste diálogo, o público independente de seu país de origem ou da geração, poderá se identificar com o ambiente doméstico e momentos em família e refletir sobre o futuro do lar e da família em constante evolução

São Paulo, novembro de 2024 – Realizada pela primeira vez no Brasil, a exposição “A vida que se revela” ocupa o segundo andar da Japan House São Paulo entre os dias 19 de novembro e 13 de abril de 2025, com entrada gratuita. Em colaboração com o “KYOTOGRAPHIE International Photography Festival” - reconhecido como um dos mais importantes eventos do gênero desde sua criação em Quioto em 2013 – a mostra exibe quatro séries de fotografias produzidas por Rinko Kawauchi (1972) e Tokuko Ushioda (1940), que retratam momentos familiares e a intimidade de seus lares no Japão. 

As séries, que capturam momentos com a família ou cenas cotidianas do lar, são baseadas em um diálogo entre essas duas importantes fotógrafas japonesas, Rinko Kawauchi e Tokuko Ushioda, que receberam grande reconhecimento no ‘KYOTOGRAPHIE International Photography Festival 2024’.   

Kawauchi comenta o motivo por ter escolhido a Ushioda, que já conquistou vários prêmios e está expondo na América Latina pela primeira vez aos 84 anos de idade, como parceira desta interlocução: “Eu respeito o fato de que ela tem atuado como fotógrafa desde uma época em que a participação das mulheres na sociedade era difícil, além do fato e que ela encara a vida com sinceridade”. 

Dentre os fotógrafos da atualidade, Kawauchi é conhecida por suas reflexões profundas e pessoais de sua família. Seu estilo, que ressalta a fragilidade e a vitalidade fundamental escondidos no objeto retratado com a sua delicada sensibilidade, teve reconhecimento internacional e, em 2007, seu trabalho foi exibido no Museu de Arte Moderna de São Paulo, no Brasil. 

“São formas muito poéticas de mostrar esses cotidianos com um olhar bem cuidadoso e muito pessoais para os pequenos detalhes e momentos, alguns comuns, outros inusitados e até divertidos. O que a gente espera é que o público se aproxime desse dia a dia, que crie uma certa intimidade com a vida dessas duas mulheres, que nada mais é do que a vida de uma pessoa comum no Japão e que pode ter tanto em comum com as nossas vidas aqui, do outro lado do mundo”, comenta Natasha Barzaghi Geenen, Diretora Cultural da Japan House São Paulo. 

A série “Cui Cui”, de Kawauchi, documenta, ao longo de 13 anos, momentos do ciclo de vida de sua família como o casamento de seu irmão, o falecimento de seu avô e o nascimento de seu sobrinho. O título da série foi escolhido pela fotógrafa ao se deparar com a expressão francesa usada para descrever o gorjeio do pardal, canto possível de ser ouvido nas mais diversas partes do mundo, e, portanto, uma metáfora perfeita para os sons cotidianos que permeiam a vida familiar de Kawauchi. Já em sua série, “as it is” (algo como “tal como é”, em tradução livre), Rinko registra os três primeiros anos de vida de sua filha, complementada por uma projeção em vídeo.  

Na série “ICE BOX”, Ushioda documenta, ao longo de 22 anos, a intimidade de famílias de parentes e amigos utilizando geladeiras como um ponto fixo de referência, oferecendo uma perspectiva única sobre a vida doméstica e a conexão familiar da época. Já em “My Husband”, ela compartilha cenas do cotidiano com seu marido e filha, registradas em um pequeno apartamento de estilo ocidental durante a década de 1970. 

A Japan House São Paulo oferece várias atividades paralelas para proporcionar aos visitantes uma compreensão mais profunda acerca da exposição. Destaque para uma visita guiada no dia 19 de novembro, às 15hs, conduzida pela fotógrafa Tokuko Ushioda e por Yusuke Nakanishi, co-fundador e diretor do festival KYOTOGRAPHIE – International Photography Festival. Outro evento importante que acontece também na terça-feira (19), às 19h, é um bate papo com Tokuko Ushioda, mediado pelo fotógrafo e pesquisador brasileiro, Lucas Gibson. Na ocasião, o público poderá conhecer sobre a trajetória da fotógrafa e se aprofundar nas séries “ICE BOX” (Caixa de Gelo) e “My Husband” (Meu Marido), presentes na exposição.  “A vida que se revela” integra o programa JHSP Acessível, oferecendo recursos táteis, audiodescrição e vídeo em libras para proporcionar acessibilidade a todos os visitantes. 

Sobre Rinko Kawauchi
Rinko Kawauchi nasceu em 1972, em Shiga, no Japão. Graduou-se em fotografia e design gráfico na Seian Women’s College (atual Seian University of Art and Design, em Saga) em 1993, e trabalhou como fotógrafa freelancer em publicidade durante anos. Em 2002 recebeu o 27º Prêmio Kimura Ihei por sua série Utatane e Hanabi. Em 2023, foi laureada com o Prêmio Mundial de Fotografia da Sony por sua excepcional contribuição nesse campo. A obra de Kawauchi é exibida com frequência em mostras no Japão e ao redor do mundo, como na Fundação Cartier em Paris e no The Photographer’s Gallery em Londres. 

Sobre Tokuko Ushioda
Tokuko Ushioda nasceu em 1940, em Tóquio, Japão. Graduou-se na Kuwasawa Design School em 1963, onde teve aulas com os fotógrafos Yasuhiro Ishimoto e Kiyoji Otsuji. Entre 1966 e 1978 deu aulas na Kuwasawa Design School e na Tokyo Zokei University. Em 2018, sua série Bibliotheca lhe garantiu os prêmios Domon Ken, Photographic Society of Japan na categoria “Lifetime Achievement”, e o Higashikawa Awards na categoria “The Domestic Photographer Award”. Em 2019, ganhou o Prêmio Especial Kuwasawa, e em 2022, o Prêmio Especial do Júri no Paris Photo – Aperture PhotoBook com a série My Husband

Serviço:
Exposição “A vida que se revela”
Período: 19 de novembro de 2024 a 13 de abril de 2025
Local: Japan House São Paulo, segundo andar - Avenida Paulista, 52, São Paulo/SP  
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h. 
Entrada gratuita. Reservas online antecipadas (opcionais) no site.

Atividades Paralelas:
Visita guiada com Tokuko Ushioda e Yusuke Nakanishi 
Data: 19 de novembro, às 15h 
Duração: aproximadamente 60 minutos
Classificação etária: livre
Tradução simultânea para o português 
*As vagas são limitadas e as senhas para participar ficam disponíveis para retirada na recepção 30 minutos antes da atividade. 

Bate-papo
O encanto e atratividade da fotografia japonesa: bate-papo com Tokuko Ushioda 
Quando: 19 de novembro de 2024, às 19h 
Duração: aproximadamente 90 minutos 
Tradução simultânea para o português 
*As vagas são limitadas e as senhas para participar ficam disponíveis para retirada na recepção 90 minutos antes da atividade. 

Sobre a Japan House São Paulo (JHSP): A Japan House é uma iniciativa internacional com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre a cultura japonesa da atualidade e divulgar políticas governamentais. Inaugurada em 30 de abril de 2017, a Japan House São Paulo foi a primeira a abrir suas portas, seguida pelas unidades de Londres e Los Angeles. Estabelecida como um dos principais pontos de interesse da celebrada Avenida Paulista, a JHSP destaca em sua fachada proposta pelo arquiteto Kengo Kuma, a arte japonesa do encaixe usando a madeira Hinoki. Desde 2017, a instituição promoveu mais de 48 exposições e cerca de mil eventos em áreas como arquitetura, tecnologia, gastronomia, moda e arte, para os quais recebeu mais de 3,5 milhões de visitantes. A oferta digital da instituição foi impulsionada e diversificada durante a Pandemia de Covid-19, atingindo mais de sete milhões de pessoas em 2020. No mesmo ano, expandiu geograficamente suas atividades para outros estados brasileiros e países da América Latina. A JHSP é certificada pelo LEED na categoria Platinum, o mais alto nível de sustentabilidade de edificações. 


Museu Paraense Emílio Goeldi recebe Instituto Tomie Ohtake com programação em diálogo com a COP 30 de 2025

 

Museu Paraense Emílio Goeldi recebe Instituto Tomie Ohtake com programação em diálogo com a COP 30 de 2025

A segunda etapa do projeto Um rio não existe sozinho, organizado pelo Instituto Tomie Ohtake, chega a Belém entre os dias 21 e 23 de novembro, com mesas de debate e oficina com especialistas em clima e cultura

Criado e desenvolvido pelo Instituto Tomie Ohtake para dialogar com os temas urgentes relacionados à 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que acontecerá em Belém (PA) em 2025, o projeto Um rio não existe sozinho tem sua segunda etapa, sob o título Diálogos Belém, confirmada para ocorrer de 21 a 23 de novembro de 2024, no Museu Paraense Emílio Goeldi, na capital paraense. Iniciado em agosto de 2024 com os Diálogos São Paulo, o projeto busca estabelecer uma rede nacional de conexões para o compartilhamento de experiências que apontem possibilidades de transformação em respeito às práticas sustentáveis, diante do contexto de intensificação da crise climática. O programa prevê ainda a realização de atividades e exposições ao longo dos próximos dois anos, como continuidade dos encontros realizados em São Paulo e Belém. A iniciativa tem curadoria de Sabrina Fontenele, curadora do Instituto Tomie Ohtake, e Vânia Leal, curadora convidada.

O projeto expressa a vocação da instituição na articulação de diferentes áreas do conhecimento, na realização de trabalhos lúdicos, educativos ou políticos e no estímulo ao diálogo entre diferentes agentes de transformação cotidiana. A missão do Instituto Tomie Ohtake — de abrir caminhos na arte e na vida — se vale de projetos como este para articular as questões climáticas e ambientais à arte, à arquitetura, ao design e aos saberes tradicionais. Esta iniciativa conta com o patrocínio do Itaú e AkzoNobel, através do Ministério da Cultura, via Lei Federal de Incentivo à Cultura e Governo Federal - Brasil, União e Reconstrução.

2ª FASE – DIÁLOGOS BELÉM

Denominada Diálogos Belém, a segunda etapa de Um rio não existe sozinho reúne no Museu Paraense Emílio Goeldi, entre 21 e 23 de novembro, arquitetos, artistas, lideranças comunitárias e pesquisadores de diversas regiões do Brasil e da América Latina para refletirem sobre iniciativas transformadoras que respondam à crise ambiental, social e cultural e que promovam revisões na maneira como estamos vivendo, criando memórias e percebendo o mundo.

No dia 21, às 9h, a Superintendente Artística do Instituto Tomie Ohtake, Ana Roman, e a Coordenadora de Comunicação e Extensão do Museu Paraense Emílio Goeldi, Sue Costa, abrem o evento, seguidas pela primeira mesa “Confluência de Saberes”, com a participação do escritor e professor paraense João de Jesus Paes Loureiro; da artista e professora paraense Elaine Arruda; da arquiteta paraguaia Viviana Pozzoli, e do artista manauara Alessandro Fracta. A mediação será de Lucia das Graças Santana da Silva, coordenadora de Museologia do Museu Paraense Emílio Goeldi.

No dia 22, às 19h, ocorre a mesa 2, “Abrir caminhos em comunidade”, reunindo Helena Lima, do Museu Paraense Emílio Goeldi; Noelia Monteiro, arquiteta argentina do Estúdio Flume e uma das contempladas na nona edição do Prêmio Arquitetura Tomie Ohtake AkzoNobel, premiação que mapeou nos últimos anos as produções arquitetônicas de destaque na cena contemporânea brasileira nos seus mais variados contextos; o artista paraense Francelino Mesquita e Viviane Fortes coordenadora geral da Associação Tingui, do Vale do Jequitinhonha, MG. A mediação será de Regina Oliveira da Silva, do Museu Paraense Emílio Goeldi. Encerrando a segunda etapa, no sábado, dia 23, das 9h às 12h, acontece a oficina “Novos começos para o fim: processos e usos com as fibras naturais de açaí”, com a professora Lina Bufalino, da Universidade Federal do Pará e a arquiteta argentina Noelia Monteiro, do Estúdio Flume. Propondo uma reflexão sobre o uso da fibra natural do caroço do açaí, o encontro terá uma introdução teórica com apresentação de pesquisas acadêmicas recentes, seguida por atividade prática sobre as possibilidades de seu uso na produção de papéis, painéis e mobiliários. As atividades são abertas ao público, mediante inscrição prévia via formulário e gratuitas.

CLIMA E CULTURA NO INSTITUTO TOMIE OHTAKE

Desde a sua fundação, o Instituto Tomie Ohtake vem construindo um histórico de projetos e ações que buscam refletir sobre modos e condições de vida, hábitos, memórias e visões de mundo. Dentro deste contexto, seu entendimento programático busca promover a cultura lançando luz à forma como nos relacionamos com as temáticas do clima, da sustentabilidade e do meio ambiente.

Reforçando sua missão — de abrir caminhos na arte e na vida —,  o Instituto se vale destas práticas para articular estes temas à arte, à arquitetura, ao design e aos saberes tradicionais, mobilizando programas educativos ou políticos e estimulando diálogos entre diferentes agentes de transformação cotidiana. Projetos de relevo como o longevo Prêmio de Arquitetura Tomie Ohtake AkzoNobel, cuja trajetória soma 9 edições, são pontos de partida que fundamentam as presentes discussões propostas para Um rio não existe sozinho. As edições do Prêmio mapearam, selecionaram e visibilizaram iniciativas que envolvem dinâmicas ambientais, sustentabilidade e impacto social.

“O prêmio de arquitetura, idealizado em conjunto com o Instituto Tomie Ohtake, se tornou uma referência em programas de premiação da área, então fez sentido evoluirmos a iniciativa, abraçando uma temática climática urgente. Durante mais de dez anos criamos uma relação muito próxima com os profissionais da arquitetura que foram, ano a ano, nos surpreendendo com projetos que aliavam estética ao respeito à cultura local e preocupação com um legado. E isso está em total consonância com o que acreditamos aqui na AkzoNobel, que inovação não pode existir sem sustentabilidade, sem se preocupar com o impacto que trazemos para as pessoas, as comunidades, o planeta e as futuras gerações”, analisa Karen Watanabe, head de Comunicação LATAM da AkzoNobel.

Em 2023, em consonância com a 9ª premiação do Prêmio de Arquitetura Tomie Ohtake AkzoNobel, a sequência de debates denominada Imaginar Futuros: formas do invisível contou com a presença de especialistas do Brasil e do mundo para discutir o desafio urgente da crise ambiental mundial e dos futuros possíveis. Estas ações pavimentam o caminho para que hoje o Instituto Tomie Ohtake possa convidar a todos para pensar coletivamente sobre estes temas, para criar uma rede de reflexões em diálogo direto com a COP 30 de 2025.

SOBRE A COP 30

Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP), evento anual onde líderes mundiais, cientistas, ativistas e representantes da sociedade civil se reúnem para discutir e negociar medidas para combater as mudanças climáticas, terá sua 30ª edição realizada no Brasil. A COP 30, que acontecerá em novembro de 2025 em Belém, no Pará, gera grandes expectativas devido à sua localização na Amazônia, um dos ecossistemas mais importantes do mundo para a regulação do clima global. Espera-se que a COP 30 traga uma atenção renovada para a proteção das florestas tropicais e para os direitos das populações indígenas e ribeirinhas, além de impulsionar ações mais ambiciosas e concretas para enfrentar a crise climática. A escolha de Belém como sede destaca a importância da região amazônica nas discussões globais sobre meio ambiente e sustentabilidade.

Sobre a AkzoNobel

Desde 1792, fornecemos tintas e revestimentos inovadores que ajudam a levar cor para a vida das pessoas e a proteger o que mais importa. Nosso portfólio de marcas de classe global, incluindo Coral, International, Sikkens e Interpon tem a confiança de clientes em todo o mundo. Estamos presentes em mais de 150 países, onde utilizamos nossa experiência para melhorar a vida cotidiana – porque acreditamos que cada superfície representa uma oportunidade. É o que se espera de uma empresa de tintas e revestimentos pioneira e de longa trajetória que se dedica a proporcionar soluções sustentáveis e a preservar o que temos de melhor hoje, ao mesmo tempo em que cria um amanhã ainda melhor. Vamos pintar o futuro juntos. Para mais informações, por favor visite www.akzonobel.com. © 2024 Akzo Nobel N.V. Todos os direitos reservados.

Sobre o Instituto Tomie Ohtake

O Instituto Tomie Ohtake, fundado em 2001, é o único local da cidade dedicado às artes plásticas, arquitetura e design, com projeto arquitetônico especialmente desenvolvido para abrigar essas três expressões das artes visuais. Assim como nas outras áreas, no campo da arquitetura produz exposições, publicações e debates. Já fizeram parte de sua programação nomes como Álvaro Siza, Gaudí, Oscar Niemeyer, Ruy Ohtake, Soto de Moura, SANAA – Sejima + Nishizawa, Thom Mayne e Vilanova Artigas.

 

Serviço:

Um rio não existe sozinho | Diálogos Belém

Curadoria: Sabrina Fontenele e Vânia Leal

De 21 a 23 de novembro de 2024

Vagas limitadas

Inscrições aqui

 

Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi

Centro de Exposições Eduardo Galvão
Av. Gov Magalhães Barata, 376 - São Braz, Belém – PA

Fone: 91 3211-1700

Entrada mediante apresentação de documento com foto dos inscritos pelo portão de acesso dos servidores, na Av. 9 de Janeiro (prox ao nº 1569)

exposição “Ecos: Entre Vozes e Existências” - Galeria da Faculdade de Artes Visuais - Campinas - SP

 

Abertura acontece nesta quinta, às 20h50, e a visitação poderá ser realizada até o dia 5 de dezembro


A Galeria da Faculdade de Artes Visuais da PUC-Campinas, localizada no prédio H07 do Campus I, recebe a partir desta quinta-feira, dia 21 de novembro, às 20h50, a exposição “Ecos: Entre Vozes e Existências”, que irá apresentar um conjunto de produções artísticas referente aos trabalhos de conclusão do curso (TCCs) de Licenciatura em Artes Visuais da PUC-Campinas.


A ideia da exposição coletiva, que seguirá até o dia 5 de dezembro, aberta ao público somente no período noturno, é estabelecer um diálogo profundo entre memória, identidade, expressão e existência, no qual os artistas docentes buscaram explorar, através de suas obras, as suas experiências individuais e a sua relação com o mundo ao redor.


Os artistas que contarão com obras expostas são: Adriano Lehn, Artur Torresan, Gabriel Camargo, Danielle Camargo, Isabela del Passo, Isadora del Passo, Larissa Brandão, Leonardo Lendário, Olívia Dias, Tami Vanini e Zero Teodoro.


Conceito de “eco”

O conceito de "eco", que conecta todas as produções, representa não somente a reverberação física do som, mas expande-se para incluir a repercussão emocional e o impacto que os seres vivos têm em seu entorno. Através de diferentes formas de arte, a exposição convida o público a refletir sobre como nossas existências se entrelaçam e reverberam umas nas outras.


A diversidade temática, técnica, processual e a forma de expor os trabalhos evidencia a heterogeneidade desse coletivo, ecoando as teorias de pesquisa em arte e arte educação que norteiam as investigações poéticas desenvolvidas para a exposição.


Tais teorias têm em comum que os caminhos da expressão artística e seu ensino são incertos, que cada artista-professor traça uma trajetória própria e única a partir de sua poética e que os papéis de artista e docente estão intimamente interligados. Ao final, os trabalhos expostos buscam ecoar quem os artistas são como pessoas, artistas e educadores.


Serviço

Abertura: 21/11/2024, às 20h50.

Período de visitação: de 21/11 a 5/12.

Horário para visitação: Período noturno.

Local: Galeria da Faculdade de Artes Visuais - Prédio H07 do Campus I da PUC-Campinas.

Concurso Nacional de Muralismo - artistas vencedores José Malinoski, Diego José Koraleski, Jorge Andrés Castro Ortiz e Diego Prosa - UNIVALI

               


  Vencedores de concurso artístico ilustram muro na Univali

Pinturas são alusivas aos 60 anos da Instituição

 

Quem visitar a Universidade do Vale do Itajaí (Univali), campus professor Edison Villela – Itajaí, poderá conferir quatro pinturas alusivas aos 60 anos da Instituição, celebrados em 2024. As ilustrações têm autoria dos artistas vencedores do Concurso Nacional de Muralismo, atividade que integra a programação do 20º Festival Cultural Univali. As produções artísticas foram realizadas na segunda, 18, e as obras ficarão expostas ao público no Setor C.

 

O Concurso Nacional de Muralismo recebeu 28 propostas para ilustrar o espaço, localizado próximo à piscina da Univali. As obras foram executadas pelos artistas José MalinoskiDiego José KoraleskiJorge Andrés Castro Ortiz e Diego Prosa.  A atividade foi realizada com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura (FIC), com aporte do grupo Muller, via isenção fiscal.  Os projetos foram selecionados por uma curadoria especializada e levaram em conta a temática 60 anos de Educação, Ciência e Cultura.

 

Durante o processo de execução das pinturas, alunos de escolas públicas e da APAE foram convidados para acompanhar a atividade e interagir com os artistas e participar de oficinas artísticas de música, dança e teatro. Uma cerimônia de abertura da exposição e uma roda de conversa, entre os artistas e o público, também fizeram parte da programação.

 

Saiba mais

 

O artista Diego Prosa veio de Curitiba para a execução do mural e conta que o processo de criação envolveu uma ampla pesquisa sobre a Univali e a construção de um personagem que representasse todas as pessoas. “Eu ainda não conhecia de perto a instituição, então, pesquisei a fundo da história da Universidade e escrevi elementos que a representassem. Ilustrei um personagem na cor roxa, pois acredito que a Instituição representa todas as pessoas. Então ele é a cor que você quiser, um desenho que representa todos. Posso dizer que o meu trabalho tem um estilo mais cartoon, no qual gosto de me comunicar com todos, desde as crianças, que ainda não sabem ler, até um senhor de 80 anos de idade, que não consome este tipo de arte. Eu busco criar algo que seja o mais universal possível.”, conta.

 

Já a obra de Diego José Koraleski, morador de Barra Velha (SC), mistura elementos que remetem ao conhecimento. “Nessa proposta eu trago engrenagens, planetas, átomos, uma lâmpada, que remete a ideia, livros e também o registro dos 60 anos. Eu quis trazer para o mural uma pegada meio high-tech e retratar uma explosão de conhecimento, que é bem o que a Univali representa.”, conta o artista, que já foi aluno do Colégio de Aplicação da Univali (CAU).

 

O colombiano Jorge Andrés Castro Ortiz aplicou a técnica de realismo no mural da Univali. “Eu busquei expressar uma enfermeira estudando, para representar a ciência e a cultura da aprendizagem, eu quis mostrar na minha arte a importância de adquirir conhecimento.”, relatou.

 

Morador de Joinville (SC), o artista José Malinoski tem a natureza regional como inspiração para as suas criações. “Eu trabalho muito com a natureza tropical, trazendo elementos da nossa Mata Atlântica. Eu busco ao máximo regionalizar e também trabalho muito com animais tropicais, com folhagem, com uma paleta de cores que já é bem característica do meu trabalho, referências que trouxe também para este mural. Estou bem feliz de estar executando essa obra aqui na Univali, que fará parte principalmente do convívio dos alunos e dos profissionais que trabalham aqui.”, comentou.

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Mostra "Da Terra que Somos" - Sonia Dias - Museu da República - Brasília - DF

 

Uníssono (acervo da artista)

Sonia Dias e a transformação da natureza na arte

Mostra "Da Terra que Somos" será aberta em novembro no Museu da República, em Brasília

Será no dia 21 de novembro, no Museu Nacional da República, a abertura da exposição “Da Terra que Somos” da artista Sonia Dias Souza, que convida a uma reflexão sobre a transformação da natureza, a relação do homem com ela e o seu lugar no Universo. Com curadoria e texto crítico de Agnaldo Farias, a mostra é um convite para que o público se engaje em uma discussão urgente sobre nossa sobrevivência e a preservação do planeta, especialmente em um momento em que as crises climáticas se intensificam gerando medo e insegurança.

Artista apaixonada pela essência da vida, Sonia desenvolveu um olhar crítico alimentado por leituras cruzadas entre ciências como a Física, a Biologia, com destaque à Botânica, e mitos cosmogônicos extraídos da História das Religiões e de visões do sagrado. A artista acredita que ao abordar questões fundamentais como criação, ciclos de vida e regeneração, insere o espectador em uma reflexão sobre a qualidade de sua relação com o todo.

A arquitetura intrincada de suas peças, aliada as suas materialidades enfáticas, abrange uma vasta gama de formas simbólicas e outras aparentadas com organismos biológicos. Sua investigação varre desde estruturas e aspectos fundamentais do nosso corpo, como o sangue, a fertilidade, a comunicação entre tudo o que existe, como as raízes das artes expandindo-se por debaixo de terra, atingindo proporções imensas e, mais ainda, dimensões macroscópicas como a terra, o cosmos - que os gregos entendem como ordem - e o vazio, essa substância intangível que parece rodear cada coisa que existe. Suas obras, frequentemente puxadas para o marrom vivo, sangrado, e para o azul profundo, semelhante ao azul do artista francês Yves Klein, com o qual ele pretendia juntar-se ao infinito do céu, exploram ciclos, interseções, atentam para a complexidade de tudo que existe.

“O sangue não tem cor” figura entre as obras apresentadas. Composta por pequenas esferas de feltro, semelhantes a hemácias cujo ciclo de crescimento é interrompido ela alerta para a expansão vertiginosa por descontrolada do antropoceno, ao mesmo tempo em que conduz a questões centrais na discussão contemporânea sobre identidade, alteridade, raça e etnia. “Vórtice”, por sua vez, utiliza círculos de terra para formar o triângulo invertido, forma feminina arquetípica, um útero a simbolizar fecundidade e transformação. “Magna” reúne mais de uma centena de seios de argila negra – símbolos da nutrição e da criação, conectados a ovos vermelhos – expressão plena e proliferante do início da vida.

Essas criações artísticas promovem um diálogo rico sobre as relações entre o natural e o artificial, o efêmero e o eterno, a unidade e o todo.

A exposição “Da Terra que Somos” promete ser uma experiência enriquecedora e transformadora, refletindo a profunda conexão entre arte, natureza e espiritualidade. Não perca a oportunidade de se envolver com essa poderosa mensagem no Museu Nacional da República.


Sobre Sonia Dias Souza

Desde jovem, Sonia se interessou pelo mistério da criação da vida em todos seus aspectos.  Inicialmente inclinada a seguir a carreira de arqueóloga, viu-se, por contingências da vida, tendo por optar por uma carreira mais próxima de sua realidade. Formada em Direito pela USP, exerceu o ofício por décadas.  Por volta de 2011, deu-se a virada na sua trajetória artística, quando começou estudar e explorar o universo da fotografia, sendo que em janeiro de 2015, após uma inspiradora viagem à Índia, decidiu-se debruçar completamente ao estudo da arte. Com uma formação diversificada, dedicou-se com a estudar em profundidade Filosofia da Imagem, Escultura e Fotografia, autonomamente e sob a supervisão de pensadores e artistas como Eder Chiodetto, Carlos Fajardo e Gal Oppido.

As muitas possibilidades de interpretação e a expansão de significados são marcas registradas da artista, que recusa a temporalidade linear e a adoção de uma perspectiva única em sua obra. Sua prática artística de natureza interdisciplinar, explora o mistério da existência e as conexões entre memórias individuais e coletivas, exigindo daquele que entra em contato com ela a vontade de decifrar signos enigmáticos. Sonia utiliza a fotografia, instalações, vídeos e outras mídias para tocar memórias ancestrais, ativar arquétipos no imaginário universal, oferecer ao público lugares de reflexão sobre a condição humana. “Meus trabalhos consistem em imagens que refletem preocupações atemporais. São temas universais que abrangem, os ciclos, a criação, a transformação e nossa finitude” destaca Sonia.

Sua primeira exposição individual, “Radical”, aconteceu em 2021 no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba (PR), com a curadoria de Agnaldo Farias. Título inspirado pelo contraste entre a essência da natureza humana e as manifestações do Universo. “Radical” também traduz a noção de raiz como metáfora do engajamento de qualquer ser vivo com sua própria evolução. De caráter imersivo, a mostra reunia fotografias e instalações, como “A semente que somos”, trabalho composto por cerca de 3 mil sementes de flores de lótus desidratadas, unidas por finos fios de arame e penduradas através de fios de pesca. As sementes foram escolhidas pela artista em razão do seu simbolismo, por estarem ligadas ao processo da vida e de sua superação.  “Esta não é uma simples exposição de obras de arte. Sonia Dias Souza preparou um ambiente único, um espaço projetado para tocar num ponto essencial: nós e o mundo somos uma coisa só”, explicou, então, o curador Agnaldo Farias.



Serviço

Da Terra que Somos” - Sonia Dias de Souza
Local: Museu Nacional da República
Setor Cultural Sul, Lote 2, Brasília-DF
Abertura: 21 de novembro às 19h00

Período expositivo: De 21 de novembro a 17 de fevereiro de 2025
Horários de visitação: Terça a domingo - 9h às 18h30
Entrada gratuita - https://www.instagram.com/museunacionaldarepublica/

https://www.ayocultural.com.br | https://www.instagram.com/ayocultural/

fonte
a4&holofote comunicação

exposição "a vida como ela não é" - Erika Malzoni - MACC - Campinas - SP

 

    a vida como ela não é

    A exposição "a vida como ela não é" reúne um conjunto de obras da artista plástica paulista Erika Malzoni que, pela primeira vez, expõe no MACC.

    Erika trabalha com objetos e resíduos industriais, geralmente descartáveis, transformando-os em objetos escultóricos e instalações provocativas ao olhar e demais sentidos e que, ao mesmo tempo, nos faz refletir sobre a transitoriedade da matéria e a necessidade de se cuidar de nossa biosfera.

    Em especial, nesta exposição, está o fato da artista focar na questão dos objetos cotidianos que rondam ou fazem parte do ambiente doméstico, local quase sempre imposto socialmente como um campo de atuação exclusivo das mulheres.

    E assim, locais, objetos e atividades domésticas, através do potencial criativo sem precedentes da artista, são ressignificados, fazendo com que você – nosso convidado – adquira novos olhares, sentimentos e experiências.

    Museu de Arte Contemporânea de Campinas – MACC

    Rua Benjamin Constant, 1633 – térreo – Centro – Campinas


    Coquetel de abertura: dia 19 de novembro de 2024 às 18h

    Visitação: de 21 de novembro de 2024 a 25 de janeiro de 2025.

    Acesso gratuito

    Horário de visitação: de 3ª a 6ª das 9h às 17h

    Sábados: das 11às 15 h

    Agendamento de escolas e grupos através do e-mail cultura.macc@campinas.sp.gov.br ou do telefone (19) 2515-7095

mostra Abdias Nascimento – O Quilombismo: Documentos de uma Militância Pan-Africanista - Sesc Franca - SP

 

Abdias Nascimento, Quarteto Ritual n. 5. Acrílico sobre tela, 152 x 102 cm. Búfalo, EUA, 1971_Coleção particular Pedro Buarque de Hollanda

Exposição com cerca de 70 pinturas de Abdias Nascimento será aberta em Franca, cidade natal do intelectual e ativista pan-africanista, quando são comemorados os 110 anos de seu nascimento 


A mostra Abdias Nascimento – O Quilombismo: Documentos de uma Militância Pan-Africanista integra a grade de atividades que compõem a inauguração da maior unidade do Sesc no interior paulista e ocorre, a partir de 28 de novembro, por meio de uma parceria inédita com o Instituto Inhotim e o Ipeafro 

Em 28 de novembro será aberta a exposição Abdias Nascimento – O Quilombismo: Documentos de uma Militância Pan-Africanista, mostra que apresentará ao público de Franca a faceta de artista visual do também poeta, escritor, dramaturgo, político e ativista pan-africanista Abdias Nascimento (1914 – 2011), marcando presença em sua cidade natal no ano em que são comemorados os 110 anos de seu nascimento. A exposição é um dos destaques da grade de atividades que compõem a programação da inauguração, neste município da região nordeste de São Paulo, da maior unidade do Sesc no interior paulista – o Sesc Franca tem mais de 35 mil metros quadrados de área construída e capacidade para receber diariamente 2,5 mil visitantes. 

 

Celebrado no circuito internacional das artes e dos intelectuais que construíram reflexões singulares sobre o Brasil, Abdias Nascimento tem obras que integram coleções de renomadas instituições, como o Tate da Grã Bretanha, o Los Angeles County Museum of Art (LACMA) e o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA). Pelo conjunto da obra, Abdias Nascimento foi oficialmente indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Em 2024, teve seu nome inscrito no livro de Heróis e Heroínas da Pátria.

Realizada em parceria inédita entre o Sesc (São Paulo), o Instituto Inhotim (Minas Gerais) e o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros, Ipeafro (Rio de Janeiro), a exposição é uma itinerância que partiu do Inhotim, onde integrou um programa sobre Abdias entre 2021 e 2024. Para o Sesc, a mostra traz cerca de 70 pinturas e tem curadoria de Douglas de Freitas, Deri Andrade e Lucas Menezes, pelo Inhotim, e de Elisa Larkin Nascimento e Julio Menezes Silva, curadores pelo Ipeafro.

 

“A realização desta exposição reflete um profundo desejo de homenagear a cidade e seus cidadãos ao celebrar a trajetória de um de seus filhos - o francano Abdias Nascimento, reconhecido como o mais completo homem de cultura afro-brasileiro do século XX”, destaca Luiz Deoclecio Massaro Galina, diretor do Sesc São Paulo. “Essa mostra, apresentada em parceria com o Instituto Inhotim e o Ipeafro, destaca a relevância da obra de Abdias como artista multifacetado, instauradora de novas maneiras de compreender e interagir com o mundo, desta forma, o Sesc reforça seu compromisso, e de seu programa de exposições, em estabelecer diálogos reconhecer e fortalecer os múltiplos saberes que constituem o tecido artístico cultural do Brasil", completa o diretor.

 

Programa Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra

 

Parte do conjunto de pinturas que ocupará o espaço expositivo do Sesc Franca foi primeiramente apresentado, entre novembro de 2023 e abril de 2024, ao público do Instituto Inhotim, como etapa conclusiva do Programa Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra. Na ocasião, o último dos quatro atos fez referência as principais criações de Abdias Nascimento, entre elas o Teatro Experimental do Negro, fundado por Abdias Nascimento em 1944. 

 

No primeiro ato, Abdias Nascimento, Tunga e o Museu de Arte Negra (2021), a curadoria retratou o diálogo entre as obras dos contemporâneos artistas Abdias e Tunga, e o acervo do Museu de Arte Negra, fundado por Abdias em 1950); no segundo ato, Dramas para negros e prólogo para brancos (2022), Inhotim e Ipeafro abarcaram a trajetória do Teatro Experimental do Negro e a concepção inicial da coleção do Museu de Arte Negra de 1941 até 1968; no terceiro ato, Sortilégio (2023), foi abordado o período de exílio do artista, entre 1968 e 1981, evidenciando a difusão da arte negra brasileira no exterior; já no quarto e último ato, O Quilombismo: Documentos de uma Militância Pan-Africanista (2023), a curadoria traçou um panorama da vida de Abdias, tendo como eixo Xangô, orixá da justiça e presença forte no pensamento, no discurso e nas pinturas do artista.

 

A investigação curatorial em torno do legado de Abdias, por meio das ações do Programa Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra, culminou na exposição em destaque no Sesc Franca, permitindo um amplo debate não só de seu legado artístico, político e intelectual, como, também, inspirando reflexões, sob o prisma racial, para o próprio Inhotim e para o campo das instituições culturais brasileiras. Muito além de um programa artístico, o projeto desenvolvido na parceria entre Inhotim e Ipeafro transformou-se em um programa ético, do qual agora é signatário também o Sesc São Paulo, por meio de sua nova unidade.


“Abdias é um intelectual e militante na luta antirracista único e extremante significante. Sua luta se dava em várias frentes, como reflexão dos problemas que ele via no mundo. Toda a produção do Abdias é um posicionamento antirracista, seja na poesia, no teatro, na política ou na pintura, que é o foco da exposição no Sesc de Franca. Abdias de volta a Franca depois de 110 anos, através da sua pintura, é um gesto simbólico muito importante, para além da possibilidade de os habitantes da cidade conhecerem a produção pictórica do artista e de sua história”, comemora Douglas de Freitas, curador do Instituto Inhotim. 

 

A exposição, cujo título faz referência a O Quilombismo: Documentos de uma Militância Pan-Africanista, livro publicado em 1980 pela Editora Vozes, apresenta a trajetória de Abdias como pintor sob o olhar do Quilombismo, que ele nomeou como uma "alternativa política afro-brasileira", retomando o quilombo em seu significado original de "união fraternal e livre" e propondo novas práticas políticas para um modelo de vida em sociedade. Na produção pictórica de Abdias, amplamente representada na mostra, o artista trabalhou os conceitos de "teogonia afro-brasileira" e "símbolos rituais contemporâneos", que investigam, afirmam e valorizam como forma de ativismo antirracista o conhecimento trazido pelas tradições africanas, sua “concepção de vida e filosofia do universo”.

 

“Abdias vivia e pintava a tradição ancestral africana como expressão da dinâmica de vida da população negra. Alvo da violência do Estado e da exclusão e invisibilidade criada pela sociedade ocidental, os povos africanos sempre construíram suas vidas em liberdade. Tecnologia, conhecimento e civilização são fenômenos pouco identificados com os povos africanos, apenas porque seus feitos foram apagados do registro histórico distorcido pelo eurocentrismo. A pintura de Abdias traz todas essas dimensões: o enfrentamento, a luta, a riqueza dessas construções e suas linguagens, a complexidade da herança civilizatória africana e sua espiritualidade e, sobretudo, a dignidade humana tantas vezes negada a esses povos, a quem o mundo tanto deve”, conclui Elisa Larkin Nascimento, curadora e presidente do Ipeafro.


Exílio e produção pictórica 

Um dos mais relevantes intelectuais e pensadores da cultura brasileira do século 20, Abdias Nascimento também foi deputado federal (1983-1986), senador (1991-1992 e 1997-1999) e secretário de Direitos Humanos e Cidadania do governo no Estado do Rio de Janeiro (1999), além de professor emérito da Universidade do Estado de Nova York, durante o período em que esteve exilado nos Estados Unidos, entre 1968 e 1981, momento de intensa produção pictórica, quando realizou exposições em importantes instituições do país. 

 

A experiência do exílio também marcou a inserção de Abdias em uma rede de intelectuais negros que lutavam pela criação de espaços acadêmicos para estudos afro-americanos, participando de eventos ao redor dos Estados Unidos e comunicando aspectos próprios da realidade brasileira. Após atuar nas Universidades de Yale e Wesleyan, Abdias recebeu, em 1971, um convite de Francisco Pabón e Alfredo Matilla para atuar como professor de Culturas Negras nas Américas no Centro de Estudos Porto-Riquenhos do Departamento de Estudos Americanos, no campus de Buffalo da Universidade do Estado de Nova York. Os anos de atuação como professor foram também de considerável produção pictórica: ao menos 65 pinturas foram realizadas na cidade, a maioria até 1975. 

 

Durante os anos em Buffalo, Abdias conheceu Elisa Larkin, que se tornou sua principal tradutora e intérprete, bem como sua parceira de vida por 38 anos, acompanhando-o em seu retorno ao Brasil e até o fim de sua vida. Juntos, eles fundam em 1981 o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro), que também assina este projeto com o Instituto Inhotim e Sesc.

 

SERVIÇO

Abdias Nascimento – O Quilombismo: Documentos de uma Militância Pan-Africanista

De 28 de novembro de 2024 a 29 de junho de 2025

Horário de funcionamento:

Até 01/12: de quinta a domingo, 10h às 18h30 

A partir de 03/12: de terça a sexta, das 9h30 às 21h30; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30

Local: Espaço Expositivo. 

Livre. Grátis.

Acessibilidade: Audioguia, Audiodescrição, Recursos Táteis, Braile e Tradução em Libras

 

Sesc Franca 

Endereço: Av. Doutor Ismael Alonso Y Alonso, 3071. Jardim Piratininga II, Franca – SP