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A 8ª edição do CURA - Circuito Urbano de Arte está prestes a transformar novamente a Praça Raul Soares, em Belo Horizonte. A edição de 2024 convida a comunidade a repensar como os espaços públicos podem ser vividos e ocupados, propondo uma visão que coloca a imaginação como o primeiro passo para a ação.
Desde 2021, o CURA ocupa a emblemática Praça Raul Soares, trazendo vida e reflexão sobre o espaço. Este ano, a provocação é clara: e se a praça fosse mais que uma rotatória, fosse mais do que apenas um lugar de passagem? E se ela pudesse se transformar em um verdadeiro parque, um espaço de convivência que acolhesse mães, crianças e idosos? O CURA 2024 propõe uma transformação do espaço urbano em um ambiente de pertencimento e permanência.
Com curadoria de quatro mulheres — Flaviana Lasan, Janaína Macruz, Juliana Flores e Priscila Amoni —, o festival deste ano traz destaque inédito: um line-up inteiramente composto por artistas mulheres, incluindo Clara Valente, Liça Pataxoop e Bahati Simoens. Além de contar com uma uma instalação brincante concebida pela arquiteta Bel Brant, da Mutabile Arquitetura.
Juntas, elas trazem à tona uma questão vital: como seriam as cidades se fossem regidas por tradições matriarcais? Que formas tomariam seus espaços públicos? Essa reflexão amplia as possibilidades de reinvenção dos territórios urbanos e convida à imaginação coletiva de novas formas de convivência e vida em comunidade.
A Praça Raul Soares como Mirante e Espaço de Encontro
O CURA atua como um catalisador na cidade, propondo novas maneiras de habitar e coexistir. Desde sua chegada à Praça Raul Soares, o festival transformou o local em um mirante que oferece à comunidade uma oportunidade de repensar seu uso. O que antes era visto apenas como uma rotatória movimentada, tornou-se um espaço de arte, encontro e troca. Em 2024, o festival continuará essa trajetória de transformação, construindo um legado artístico e cidadão que reconta a história da cidade e imagina novos futuros.
Vale destacar como a ocupação da praça impulsionou uma revitalização do seu entorno. A abertura de bares e estabelecimentos ao redor transformou a vida noturna local, trazendo novas perspectivas para o uso do espaço público. O desafio, agora, é estender essa ocupação para o cotidiano diurno, propondo uma praça reimaginada, com mobiliário urbano e sombra, para que a população possa desfrutar plenamente do espaço.
Sobre o Cura
O Circuito Urbano de Arte realizou sua sétima edição em 2022, completando 25 obras de arte em fachadas, empenas e também no chão, sendo 18 na região do hipercentro da capital mineira e quatro na região da Lagoinha, formando, assim, a maior coleção de arte mural em grande escala já feita por um único festival brasileiro.
Idealizado por Janaina Macruz, Juliana Flores e Priscila Amoni, o CURA também presenteou BH com o primeiro Mirante de Arte Urbana do mundo na Rua Sapucaí.
Desde 2023, realizou duas edições em Manaus, onde está construindo um mirante de arte indígena em prédios na capital amazonense, ampliando seu impacto cultural para além de Minas Gerais.
Patrocínio e Apoio
O CURA 2024 conta com o patrocínio master da Claro, patrocínio da Unibh e Cemig e apoio da Shell V Power Etanol.
A programação completa e outras informações serão enviadas em seguida e também podem ser acompanhadas nas redes sociais do festival @cura.art
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Na exposição "Tipografia Paulistana: Os Primeiros 100 Anos de Impressão na Cidade de São Paulo", o público poderá conhecer desde catálogos de tipos móveis até materiais didáticos e instrumentos de trabalho, proporcionando uma imersão na história da impressão em São Paulo
Inaugurada há uma semana, no dia 8 de agosto, a exposição “Tipografia Paulistana: Os Primeiros 100 Anos de Impressão na Cidade de São Paulo” apresenta uma coleção de artefatos gráficos que narra a história da tipografia na maior metrópole do país. A mostra proporciona uma visão aprofundada das práticas e técnicas tipográficas empregadas na capital paulista desde 1827, destacando a evolução do design e da produção gráfica ao longo do período de impressão com tipos móveis dos séculos 19 e 20. Definida como a arte e a técnica de criar e aplicar caracteres, estilos e arranjos visuais das palavras, a tipografia engloba desde o design de fontes até o layout e a estética de textos, sejam eles físicos ou digitais.
Abertura da exposição em 8 de agosto. Crédito: Jade Piaia
Em exibição na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM USP), no campus da Universidade de São Paulo, o evento também se destina a preservar a memória tipográfica material em meio à crescente digitalização do cotidiano contemporâneo, e quer atrair o interesse de pesquisadores, historiadores e entusiastas da cultura gráfica pela conservação do patrimônio e da história da tipografia paulistana, documentada através dessas peças. Os alunos de graduação também são um público-alvo significativo, já que muitas das pesquisas que resultaram na exposição vêm de projetos de iniciação científica. A mostra oferece uma oportunidade para os públicos mais jovens conhecerem a produção mecânica anterior às tecnologias digitais, enquanto os visitantes mais experientes podem reviver memórias associadas a impressos que marcaram suas infâncias.
A exposição foi inspirada por colaborações em pesquisas realizadas entre as professoras Jade Samara Piaia, atual docente do Departamento de Design e do Programa de Pós-Graduação em Design sediados na Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (Faac) da Unesp, e Priscila Lena Farias, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP. No seu pós-doutorado, iniciado em 2019, sob supervisão de Priscila Farias, Jade Piaia investigou, com bolsa Fapesp, “O repertório tipográfico da Tipografia Hennies: contribuições para a memória gráfica paulistana”, o que convergiu nas balizas da atual exposição.
O tema central da exposição segue o eixo de um projeto de pesquisa liderado pela professora Priscila Farias, que se concentrou na produção das oficinas tipográficas de São Paulo entre 1827 e 1927. Os resultados desses estudos, que incluem pesquisas de iniciação científica, doutorado e pós-doutorado, revelam um valioso repertório tipográfico. Segundo Jade Piaia e Priscila Farias, que são coordenadoras e também curadoras da mostra, a exposição foi concebida como uma maneira de conectar esses resultados acadêmicos aos materiais impressos que inspiraram e sustentaram essas investigações.
A curadoria, também assinada por Fabio Pereira e Marcos Mello, foi organizada a partir do acervo da BBM, com a colaboração de instituições como o Museu Paulista, o Museu Republicano de Itu, o Arquivo Geral da USP, o Arquivo Público do Estado de São Paulo, a Oficina Tipográfica São Paulo e itens de coleções particulares.
A seleção das peças destaca obras raras, originais e fac-símiles, com enfoque em impressores e empresas pioneiras em São Paulo ativas entre 1827 e 1927, como Jorge Seckler, Viúva Sobral, Typographia Hennies Irmãos, Typographia Imparcial de Marques & Irmão e a Typographia d’O Farol Paulistano. Algumas obras que extrapolam o período destacado foram incluídas pela sua relevância, como trabalhos de Elvino Pocai e exemplares do jornal O Clarim da Alvorada. Além dos artefatos principais, os visitantes têm a oportunidade de conhecer peças raras utilizadas por tipógrafos da época, como catálogos de tipos móveis, materiais didáticos de tipografia e ferramentas de trabalho.
Entre as principais obras em exibição, a professora Jade Samara Piaia destaca os três exemplares originais do Farol Paulistano, o primeiro jornal impresso em São Paulo em 1827 como especialmente significativo para a história da tipografia paulistana. Esses exemplares são notáveis por apresentarem diferentes configurações do cabeçalho do jornal e por incluírem a assinatura da oficina tipográfica responsável. Outro destaque é o Almanaque de Jorge Seckler, cedido à exibição pelo Museu Republicano de Itu devido ao seu valor histórico. Aberta no último dia 8, a exposição contou com a presença de Waldemar Hennies, de 87 anos, o último dos proprietários da Typographia Hennies Irmãos, cujas atividades foram encerradas em 1992.
“Foi gratificante contar com a presença do senhor Waldemar Hennies, que pertence à terceira geração dos donos da Typographia Hennies, na abertura da exposição. A participação dos materiais da Typographia Hennies Irmãos é especialmente significativa para mim, pois foi o foco da minha pesquisa de pós-doutorado”, diz a docente da Unesp. A mostra ainda inclui a revista Íris, a revista Álbum Imperial, livros de poesia do século 19 e catálogos de tipos da Typographia Hennies. A exposição foi organizada para permitir aos visitantes uma visão das obras originais e da memória das oficinas tipográficas. Inclui, por exemplo, etiquetas gráficas e papéis timbrados das oficinas, extraídos do Arquivo Público do Estado de São Paulo, que mostram como essas empresas se identificavam e comercializavam seus produtos.
“A exposição vai além da simples ampliação da circulação de informações pela tipografia. As pesquisas revelam um rico repertório visual que circulava em São Paulo. Não só em livros, mas também em impressos efêmeros como revistas e anúncios comerciais. Esses elementos mostram características culturais e gráficas que se refletiam até mesmo em letreiros, preservados em fotografias antigas. O estudo das oficinas tipográficas, de seus proprietários e funcionários proporciona uma visão sobre o crescimento e a diversificação da cidade, especialmente com a imigração europeia em alta no final do século 19”, analisa a professora Jade Piaia.
Disponível até 9 de outubro, a exibição apresenta produções tipográficas notáveis por seu pioneirismo e contribuição para o campo. Após o término na Cidade Universitária da USP, está previsto que uma versão reduzida e fac-similar da mostra seja exibida na biblioteca do campus de Bauru da Unesp. Por meio de um projeto de extensão, os estudantes de design da Unesp se engajaram no desenvolvimento e na divulgação da mostra, participando de forma efetiva da construção da identidade visual do evento e acompanhando a abertura da exposição na capital paulista. Durante o projeto de extensão, além de discutirem os conceitos e as teorias envolvidos na mostra, eles viajaram de Bauru a São Paulo para visitar a Oficina Tipográfica São Paulo.
O site oficial da exposição também lançará uma versão virtual permanente, assegurando que parte do acervo continue acessível de modo online após o encerramento da exposição física em São Paulo. A plataforma Tipografia Paulistana fornece detalhes sobre as oficinas, seus serviços, as pessoas envolvidas e o repertório tipográfico.
Tipografia Paulistana: os primeiros 100 anos de impressão na cidade de São Paulo
Data: até 9 de outubro de 2024
Local: Sala Multiuso, no subsolo da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, Rua da Biblioteca, 21 – Cidade Universitária, São Paulo-SP
Dias e horários: de segunda-feira a sexta-feira, das 8h30 às 18h30
Ingresso: Entrada gratuita e sem necessidade de agendamento prévio
Coordenação: Jade Samara Piaia (Faac-Unesp) e Priscila Lena Farias (FAU-USP)
Curadoria: Jade Samara Piaia, Priscila Lena Farias, Fabio Mariano Cruz Pereira e Marcos Mello
Mais informações: site https://tipografia-paulistana.
Acesse nossos canais | Rua Quirino de Andrade, 215 - 4º andar Centro - São Paulo/SP - CEP 01049-010 |
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Exposição "POÉTICAS EM CRUZAMENTO" - coletiva do Grupo de Pesquisas e Projetos Gráficos: entre livros de artista, gravuras e memórias - Instituto de Artes UNICAMP:
Cleber Alexander, Del Pilar Sallum, Ana Paula Melo, Carmen Betiol, Danilo Perillo, Hélio de Lima, Flávia Fábio, Lívia Diniz, Luise Weiss, Ligia Minami, Luciane Kunde, Norma Mobilon, Vinicius Almeida, Rafaela Jemmene, Walkiria Pompermayer
Orientação: Profa. Dra. Luise Weiss
Curadoria: Norma Mobilon
ABERTURA: 15 de junho, às 13 horas.
Visitação: de 15 de junho a 06 de julho de 2024.
Quarta a sábado, das 13h às 17h.
GRAPHIAS - CASA DA GRAVURA
Rua Joaquim Távora, 1605. Vila Mariana - São Paulo.
Fone: (11) 94150-2555. @graphias@graphias.com.br
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