escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)
http://maregina-arte.blogspot.com/
terça-feira, 4 de outubro de 2022
exposição "Victor Brecheret e a Semana de Arte Moderna de 1922" - RJ
Rio de Janeiro recebe a exposição "Victor Brecheret e a Semana de Arte Moderna de 1922"
Com aproximadamente 50 obras, doze delas integrantes do histórico evento no Theatro Municipal de São Paulo em 1922, exposição destaca, em quatro módulos, raros e emblemáticos trabalhos de Victor Brecheret (1894-1955) e de outros artistas modernistas
A Pinakotheke Cultural Rio de Janeiro, em colaboração com o Instituto Victor Brecheret e com a iniciativa cultural de Orfeu Cafés Especiais, celebra o centenário da Semana de Arte Moderna com a exposição “Victor Brecheret e a Semana de Arte Moderna de 1922”. Dividida em quatro módulos, a mostra, com curadoria de Max Perlingeiro, reúne aproximadamente 50 obras dos artistas Victor Brecheret (1894-1955), Anita Malfatti (1889-1964), Vicente do Rego Monteiro (1899-1970), Zina Aita (1900-1967), Helios Seelinger (1878-1965) e Di Cavalcanti (1897-1976).
Doze obras que estarão na exposição fizeram parte do histórico evento no Theatro Municipal de São Paulo em 1922: de Anita Malfatti, “Onda” (circa 1915-1917) e “Penhascos” (circa 1915-1917); de Di Cavalcanti, três desenhos a nanquim, concebidos entre 1917 e 1924 para seu lendário álbum de gravuras “Fantoches da meia-noite” – “Fantoche com baralho”, “Fantoche com leque” e “Fantoche no piano”; de Vicente do Rego Monteiro, “Cabeças de negras” (1920) e “Lenda brasileira” (1920); de Zina Aita, “Homens trabalhando (1922) e “Ícaro” (1922); de Victor Brecheret, as esculturas “Soror dolorosa” (circa 1919), encomenda do escritor Guilherme de Almeida (1890-1969), inspirada em seu “Livro de horas de soror dolorosa”, “Vitória” (1920), raramente exposta, e “Ídolo” (circa 1919). Perlingeiro chama a atenção para outras raridades, como as esculturas em terracota “São Francisco com bandolim” (década de 1940) e a escultura monumental “Acalanto de Bartira” (1954), de Brecheret, além do desenho “Cabeça de homem (verde)” (1915-1916), de Anita Malfatti.
No módulo “Brecheret e a Semana de Arte Moderna” estão reunidas obras de Brecheret e de artistas que participaram da Semana de 1922: Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Zina Aita, Vicente do Rego Monteiro e Helios Seelinger. Já “O feminino na escultura de Victor Brecheret” traz esculturas, em variados materiais e modalidades, sobre a figura da mulher. Dentro da temática feminina, destaca-se a escultura “Dama paulista” (1934), representação de Dona Olívia Guedes Penteado, uma versão em bronze, também existente em mármore, e ilustrada por um desenho da patrona das artes feito em 1924 por Tarsila do Amaral. “A coleção modernista desta paulista que soube apresentar o Brasil aos brasileiros, começou a ser formada a partir de sua relação com Tarsila e Oswald de Andrade”, destaca Perlingeiro. Em 1923, os três visitam juntos os principais ateliês de Paris, quando conhecem Brecheret, que acabara de ser premiado no Salão de Outono. Dona Olívia adquiriria várias de suas esculturas e também obras de Picasso, Léger, Brancusi, Marie Laurencin, Foujita e André Lhote, que serão as primeiras de arte moderna que chegam ao Brasil. “Dos artistas brasileiros, Victor Brecheret é o artista brasileiro mais bem representado em sua coleção”, afirma o curador.
No módulo “Brecheret e a escultura religiosa”, obras produzidas nas décadas de 1940 e 1950 dão a dimensão da importância e da pluralidade da produção religiosa do artista, inicialmente influenciado pelo Renouveau Catholique, uma das tendências da Escola de Paris nos anos 1920. Por sua vez, “Brecheret e a escultura com temática indígena” apresenta o universo ao qual o artista se dedica, influenciado por Mário de Andrade, que o aconselhara a “abrasileirar sua produção”. Em busca de uma escultura essencialmente brasileira, Brecheret percebeu na arte indígena a forma estrutural que perseguia desde a década de 1920. No final dos anos 1940, volta-se cada vez mais às formas primitivas da cultura indígena do país. A fase da arte indígena de Brecheret durou as duas últimas décadas de sua vida e foi reconhecida em prêmios de Bienal Internacional de São Paulo, prêmio de escultura nacional na primeira Bienal de São Paulo e salas especiais em bienais seguintes.
Além dos quatro módulos, em uma vitrine, estarão raros exemplares de várias publicações: “Livro de horas de Soror dolorosa” (1920), poema de Guilherme de Almeida que inspirou a escultura exposta por Brecheret na Semana de Arte Moderna de 1922; “A estrela de absinto” (1927), de Oswald de Andrade, romance cujo personagem principal, o escultor Jorge D’Alvellos, é inspirado em Brecheret; “O losango cáqui”(1926), de Mário de Andrade, com capa de Di Cavalcanti; edição fac-similar do Catálogo e do Programa da Semana de Arte Moderna; o “O sacy” (1926-1927), revista modernista fundada por Cornélio Pires; e o álbum de gravuras de Di Cavalcanti “Os fantoches da meia-noite” (1921).
SOBRE VICTOR BRECHERET
Vittorio Breheret (sem a letra “C” no sobrenome) nasceu na Itália, na cidade de Farnese, a pouco mais de 100 km de Roma. Veio para o Brasil com a família aos 10 anos. No Brasil, adotou o nome Victor Brecheret. Aos 30 anos, confirmou sua nacionalidade brasileira. O jovem estudava desenho no Liceu de Artes e Ofícios, o que era muito comum entre os emigrantes italianos com dotes artísticos. Por seu talento, seus generosos tios, apesar dos poucos recursos, decidiram patrocinar uma viagem de estudos para a Europa.
Assim, aos 16 anos foi para Roma. Passou, então, a estudar com o escultor clássico Arturo Dazzi (1881-1966), frequentando a Escola de Belas Artes como ouvinte. Permaneceu em Roma até 1919. Quando retornou ao Brasil, viu-se desambientado em São Paulo. Sem amigos e sem trabalho, procurou o arquiteto Ramos de Azevedo (1851-1928), amigo da época do Liceu, responsável pela construção do Theatro Municipal, junto ao arquiteto e cenógrafo Claudio Rossi (1850-1935), e da Pinacoteca do Estado. Nessa ocasião, o arquiteto cedeu-lhe uma sala no Palácio das Indústrias, onde montou seu primeiro ateliê. Em visita ao local, um grupo de artistas e intelectuais, Di Cavalcanti (1897- 1976), Helios Seelinger (1878-1965), Oswald de Andrade (1890-1954) e Menotti del Picchia (1892-1988), conheceu um escultor excêntrico e ficou admirado com a qualidade de suas obras. Curiosamente, um dia, esse mesmo grupo levou o todo-poderoso Monteiro Lobato (1882-1948) para ver suas obras. Eis que o crítico e editor tão temido pousou o chapéu sobre uma de suas esculturas. Foi o suficiente para que o jovem italiano de sangue quente o retirasse com grande irritação, jogando-o ao chão.
Menotti del Picchia foi o primeiro a exaltar a qualidade de Brecheret. Sob o pseudônimo de “Helios”, uma homenagem ao amigo carioca Helios Seelinger, o “boêmio esteta dos sucessos ruidosos”, segundo o próprio Menotti, passou a publicar entre 1920 e 1921, no Correio Paulistano, uma série de crônicas tendo Victor Brecheret como o artista de suas atenções: “Brecheret pertence à falange de individualidades impressionantes como Gustav Klimt (1862-1918), Lederer, Franz (1870-1919), Anton Hanak (1875-1934), Arturo Dazzi, Antoine Bourdelle (1861-1929), Mirko Basaldella (1910-1969) e este fascinante Ivan Meštrović (1883-1962)”.
Parceria com Café Orfeu
Orfeu Cafés Especiais, genuinamente brasileiro, é parceiro da Pinakotheke na celebração do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. Como iniciativa cultural da marca, concebe uma edição especial inspirada no Movimento que, entre seus fundamentos, valorizava a identidade nacional. Será possível visitar virtualmente a exposição na Pinakotheke por meio de um QR Code impresso nas embalagens, criadas a partir de cores baseadas nas obras de artistas modernistas. “Com aromas cítricos e tropicais, doçura e acidez elevadas, a edição limitada homenageia a brasilidade e o espírito vanguardista”, explica Fabio Gianetti, Head de Marketing da Orfeu Cafés Especiais.
Pinakotheke Cultural Rio de Janeiro
Exposição: Victor Brecheret e a Semana de Arte Moderna de 1922
Abertura: 15 de outubro, das 11h às 15h
Visitação: de 17 de outubro a 12 de novembro de 2022
Curadoria: Max Perlingeiro
Realização: Pinakotheke Cultural com Instituto Victor Brecheret
Iniciativa Cultural: Café Orfeu
Rua São Clemente 300 - Botafogo
Telefone: 21. 2537-7566
Entrada gratuita
Segunda a sexta, das 10h às 18h; sábado das 10h às 16h
exposição SOMOS ROSAS - Maria Helena Scaglia - UNIVALI - Paraná
Univali recebe a exposição “Somos Rosas”
Visitação é aberta até 27 de outubroA Universidade do Vale do Itajaí (Univali) abre amanhã, 4 de outubro, às 10 horas, no Espaço da Arte, Campus Itajaí, a exposição “Somos Rosas”, em parceria com a Associação do Câncer Amor Próprio. A exposição é composta por 60 rosas em cerâmica da artista Maria Helena Scaglia. Ela explica que a ideia surgiu ao acompanhar o caso de câncer de mama da amiga Heloísa Steffen, o que ocasionou a primeira exposição individual “Sozinhas somos pétalas, unidas somos rosas”. “Com a chegada da pandemia, o ato de fazer rosas de cerâmica minimizou o confinamento social para mim”, explica Maria Helena, e complementa: “Heloísa veio a óbito neste tempo, em julho de 2020. A dor da perda de uma irmã e desta grande amiga na época é aliviada ao modelar rosas de cerâmica”.
Em outubro de 2021, estas rosas foram doadas a Associação do Câncer Amor Próprio. “Na Univali hoje somos 60 rosas, podemos dar continuidade e dar vida amanhã a muitas vidas acolhidas”, resume Maria Helena. A exposição fica aberta à visitação, gratuita, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h.
Sobre a Associação
A Associação do Câncer Amor Próprio fundada em 27 de agosto de 1997 por uma empresária que de São Paulo, Silvia Helena Cavalheiro, que tinha câncer de mama e, na época, fez o seu tratamento em Itajaí. Ela também realizava visitas às pacientes no Hospital Marieta, e viu a necessidade de criar um grupo de apoio às mulheres vítimas da doença.
Desse desejo nasceu a Associação do Câncer Amor Próprio. A entidade já passou por três endereços e para não fechar as portas, atualmente, está em uma casa cedida pela prefeitura, no bairro Vila Operária. Um trabalho de amor ao próximo realizado por centenas de voluntárias que já passaram pelo local e que abrange os municípios que compreendem a região da Amfri.
Atualmente, a associação é a mais antiga no município quando se fala em câncer de mama ou ginecológico. Além de auxiliar as mulheres vítimas da doença, a associação também desenvolve outras atividades, como o empréstimo de perucas para as pacientes se sentirem mais confortáveis para enfrentar o tratamento. A instituição também conta com o empréstimo de cadeiras de roda, de banho, doações de lenços e de próteses mamária artesanal para minimizar os impactos causados por uma cirurgia de retirada da mama.
Gastronomia brasileira ganha destaque em exposição fotográfica gratuita em Santos - SP
Gastronomia brasileira ganha destaque em exposição fotográfica gratuita em Santos
Projeto "Saberes e Sabores", idealizado pela Muller Cultural, convidou nove chefs de cozinha para revelar receitas autorais de pratos brasileiros
A partir do dia 15 de outubro, a cafeteria Santos Best Coffee, na cidade de Santos (SP), recebe a exposição Saberes e Sabores, uma exposição fotográfica e interativa, idealizada pela Muller Cultural, que busca destacar, valorizar e resgatar a riqueza da cultura e gastronomia brasileira. O evento é gratuito e até o dia 03 de novembro, os visitantes poderão se deliciar com o registro das imagens de pratos incríveis preparados por nove chefs de cozinha convidados que contribuíram com o que sabem fazer de melhor e além de criar conteúdo especialmente para o projeto cultural.
Através de uma seleção de fotos e realidade aumentada, as receitas elaboradas vão contar histórias, resgatar memórias, falar da natureza e da cultura e se transformar em saborosos pratos da gastronomia brasileira. Entre os chefs convidados estão: Nick Kikuda, Jeovane Evangelista Sacramento, Wandersson Medeiros, Anouk Migotto, Ajay Kaintura, Edvar Ramos Kisanucki, Igor Furlan, Marcela Lermy Mingnorance e Colin Rebelo, conhecidos pelo trabalho que desenvolvem com ingredientes da culinária brasileira.
A exposição Saberes e Sabores tem como objetivo evidenciar as influências e legados das etnias e dos biomas nas mais variadas receitas e ingredientes, expressando a rica diversidade cultural e gastronômica do Brasil. Através dos ingredientes que foram utilizados nas receitas, o visitante vai se deparar com uma história que vai homenagear a diversidade cultural do país e seus reflexos na gastronomia nacional.
Ronaldo André Muller, CEO da Muller Cultural e do Grupo Família Muller, comenta a importância da valorização da culinária brasileira e claro, desses profissionais que transformam receitas em experiências inesquecíveis.
“A nossa culinária é uma das mais diversas do mundo, é possível sentir sabores incríveis e completamente diferentes em um só prato. O contraste gastronômico que encontramos no nosso país é único, a comida que você come na região Norte é completamente diferente da comida do Sul. E o projeto Saberes e Sabores serve justamente para que possamos levar para o visitante um pouco dessa diversidade culinária”, destaca Ronny Muller.
O visitante poderá apreciar uma seleção super especial de imagens, que vão revelar o processo de construção de cada receita. Além disso, a exposição Saberes e Sabores vai proporcionar uma experiência imersiva por meio da realidade aumentada.
A realidade aumentada é uma experiência que integra por aplicativo o mundo real e virtual em uma experiência única. Na exposição, as imagens expostas e do livro terão um selo informando que aquela foto possui realidade aumentada.
Os visitantes que desejarem experimentar esse momento diferente, deverão baixar o aplicativo Muller Cultural, disponível no Google Play e Apple Store, e apontar seu celular ou tablet para a imagem, buscar o projeto Saberes e Sabores para acessar o conteúdo interativo. A realidade aumentada traz um conteúdo projetado integralmente com o ambiente, ou seja, um efeito realista e tridimensional.
Uma das premissas dos projetos da Muller Cultural é fomentar o acesso à cultura, por isso, a exposição Saberes e Sabores é aberta ao público e totalmente gratuita.
Serviço
Exposição cultural “Saberes e Sabores’
Data: 15/10 a 03/11
Onde: Cafeteria Santos Best Coffe - R. Pedro II, 55-95 - Santos (Centro)
Quanto: Gratuito
Sobre o Grupo Família Müller
Há mais de 18 anos a paixão pelas viagens moveu a Família Muller a viajar pelo Brasil e pelo mundo com objetivo de fortalecer os laços familiares, viver experiências marcantes e inesquecíveis, interagindo com a natureza e a comunidade visitada. O hobby se tornou o negócio da família, desta experiência nasceu o Grupo Família Muller. A Muller Cultural, que faz parte do Grupo Família Muller, atua na criação, desenvolvimento, execução e produção de projetos amparados pelas leis de incentivo à cultura, com o objetivo de valorizar e fomentar a cultura brasileira.
Mais informações: www.familiamuller.com.br
Linkedin:https://www.linkedin.com/in/ronny
Instagram: https://www.instagram.com/mullercultural/
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exposição: A lua busca la sombra - Juan Araujo e Mauro Restiffe - Galeria Luisa Strina - SP
Mauro Restiffe_Casa James King #5_2020Mauro Restiffe
Exposição: A lua busca la sombra - Juan Araujo e Mauro Restiffe - Dia 06 de outubro, na Galeria Luisa Strina
Projeto inédito dos artistas Juan Araujo (Caracas, 1971) e Mauro Restiffe (São José do Rio Pardo, SP, 1970) coloca em diálogo a relação histórica entre pintura, arquitetura e paisagem
A lua busca la sombra
Juan Araujo & Mauro Restiffe
Luna, luna, luna llena
Menguante
Luna, luna, luna llena
Menguante
Tonada de luna llena,
Simón Díaz, 1973
A Galeria Luisa Strina inaugura no próximo dia 6 de outubro a exposição A lua busca la sombra, um projeto inédito que coloca em diálogo obras dos artistas Juan Araujo (Caracas, 1971) e Mauro Restiffe (São José do Rio Pardo, SP, 1970).
Com expografia de Martin Corullon, do escritório METRO ARQUITETOS, a exposição foi organizada a partir de núcleos temáticos que conduzem o visitante por uma sequência de momentos e ambientes instalativos que revelam temas e interesses que aproximam os dois artistas, tais como: as utopias do movimento moderno, da América Latina à Europa; a ideia de ruína e a estética da fragmentação; o conceito de duplo, autorretrato e imagem especular; e a relação histórica entre pintura, arquitetura e paisagem.
Resultado de mais de um ano de trabalho e estreita colaboração e apresentando um conjunto significativo de obras em pintura e fotografia, a exposição partiu de um convite de Araujo a Restiffe em 2019 para fazerem uma abordagem conjunta em torno da Residência James Francis King (1972-74). Projetada pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, essa residência privada é um ícone da arquitetura paulista brutalista, cuidadosamente inserida no remanescente de Mata Atlântica que existe no bairro da Chácara Flora, em São Paulo.
Durante o desenvolvimento da proposta, a relação da Residência King e paisagismo envolvente levou os artistas a ampliarem o mote inicial da exposição e a incluir casos exemplares de confluência entre espaço construído e natural. De modo que será possível ver também obras de ambos sobre as Piscinas das Marés (1966), projetadas pelo arquiteto português Álvaro Siza em Leça da Palmeira, Matosinhos, assim como reverberações entre fotografias de Restiffe sobre o jardim projetado em 1970 pelo paisagista Roberto Burle Marx na Fazenda Vargem Grande, situada na Serra da Bocaina (outra região de presença de Mata Atlântica no estado de São Paulo), e uma pintura de Araujo sobre o Lakeside Park que circunda o Barbican Centre, Londres. Isso entre outros exemplos que incluem o Palácio de Phaistós (2.000 a.C.) em Creta, a Villa dei Misteri (séc. II a.C.) em Pompeia, a Glass House (1949) de Philip Johson em New Canaan, o Palácio da Alvorada (1958) em Brasília ou o Museo di Castelvecchio (1957-1975) restaurado por Carlo Scarpa em Verona. Um passeio e tanto por muitos lugares e épocas.
O diálogo entre pintura e fotografia cria ainda espaço para núcleos de obras que remetem a obras emblemáticas da história da arte. Neste ponto, destacam-se as obras Black Square (2015) — fotografia realizada por Restiffe na ocasião do centenário da conhecida obra de Malevitch — e Ligereza y atrevimento de Juanito Alpiñani (2022) — pintura de Araujo a partir de uma conhecida gravura da série La Tauromaquia (1815-16) de Goya, com a qual se identifica pela menção ao lanceiro no título e sua sombra delineada no chão da arena. Também se destaca o núcleo dedicado a Rembrandt, incluindo a fotografia Matheus e Rembrandt (2015), em que Restiffe retrata o próprio filho diante de um conhecido autorretrato de Rembrandt datado de 1660, e Rembrandt, Self-portrait Aged 51 II (2022), de Araujo, uma ficção a partir do autorretrato do mestre holandês. As apropriações e citações são ainda mais evidentes no núcleo dedicado a retratos e que inclui obras dedicadas à fundadora da galeria.
O título da exposição evoca a canção Tonada de luna llena (1973) de Simón Díaz — um dos principais expoentes da música popular venezuelana —, que Caetano Veloso interpreta no álbum Fina Estampa de 1994. Tal referência estabelece conexão com a exposição pelo fato de a Lua refletir a luz solar. Quando a olhamos, vemos um espelhamento, como as sombras ou demais imagens que se formam em superfícies refletivas, como vidros e espelhos, um dos temas presentes na exposição.
Sobre os artistas:
Juan Araujo, pintor venezuelano residente em Portugal, é conhecido por sua produção marcada por uma reflexão sobre as relações existentes entre pintura e arquitetura, bem como sobre seus respetivos sistemas de reprodução. Araujo usa a apropriação e a citação para reproduzir imagens icônicas da história da arte e da arquitetura, selecionadas a partir de fotografias impressas, livros, revistas, internet, entre outros. Trata-se de um processo minucioso e complexo que, em última instância, comenta de maneira poética os limites da pintura: a sua incapacidade de reproduzir uma fotografia e seu potencial para criar imagens a partir da replicação de uma precedente.
O fotógrafo brasileiro Mauro Restiffe vem construindo um corpo de trabalhos que considera os dispositivos e procedimentos técnicos específicos da fotografia em paralelo a uma abordagem sobre a dimensão humana da imagem. Alternando entre uma Leica Rengefinder e uma Rolleiflex e operando com processos integralmente analógicos, suas fotografias apresentam uma granulação característica que confere às imagens um caráter pictórico, fazendo sobressair formas, tramas e texturas. As imagens de Restiffe se destacam pela revelação de situações cotidianas em enquadramentos que muitas vezes incluem obras da arte ou elementos arquitetônicos. Assim, o artista oferece novas possibilidades de percepção sobre cenas comuns que, de algum modo, fazem parte de nossa memória visual.
A Galeria Luisa Strina agradece à Família King, Metro Arquitetos, Fortes D’Aloia & Gabriel e Tiago Mesquita.
SERVIÇO:
A lua busca la sombra, exposição de Juan Araujo e Mauro Restiffe
local: Galeria Luisa Strina – Rua Padre João Manuel, 755
abertura: 06 de outubro de 2022, das 19h às 21h
visitação: 07 de outubro a 05 de novembro de 2022
I
fonte: Pool de Comunicação
Terra, Água, Fogo,Tempo: MAM SP promove conversa sobre cerâmica e filmes com artistas e pesquisadores Mariana Silva, Natália Scromov e RODRIGUEZREMOR
Terra, Água, Fogo,Tempo: MAM SP promove conversa sobre cerâmica e filmes com artistas e pesquisadores Mariana Silva, Natália Scromov e RODRIGUEZREMOR
O Museu de Arte Moderna de São Paulo promove no dia 6 de outubro, quinta-feira, às 16h, um encontro virtual via Zoom para professores, educadores, estudantes e pesquisadores, com os artistas Rodriguez Remor (Denis Rodriguez e Leonardo Remor). Nessa conversa, eles convidam as pesquisadoras e artistas Mariana Silva (Eu vim do Pote) e Natália Scromov (Estúdio da Torre) para discutirem sobre a programação “Filmes do Barro”, que estreia no dia 9 de outubro no auditório Lina Bo Bardi. O debate tem o intuito de refletir sobre o fazer do barro e as controversas relações da cerâmica com a arte contemporânea. Para participar, é necessária inscrição prévia. O link do evento é enviado no dia do evento, por e-mail, com 1 hora de antecedência da atividade.
MIS-SP realiza primeira sessão do filme "Daniel Senise - Nem Tudo tem que ser sobre alguma coisa"
MIS-SP realiza primeira sessão do filme "Daniel Senise - Nem Tudo tem que ser sobre alguma coisa"
Documentário em que o diretor Bernardo Pinheiro visita a carreia do pintor Daniel Senise tem sessão especial para o público paulistano no próximo dia 07 de outubro
No dia 07 de outubro, às 19h, o MIS (instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo), em parceria com a Galeria Nara Roesler, realiza a primeira exibição do documentário, Nem Tudo Tem que Ser Sobre Alguma Coisa (2022), no qual o cineasta Bernardo Pinheiro visita a carreira do artista plástico Daniel Senise. A estreia oficial ocorre somente no dia 14 de outubro, no Festival de Cinema do Rio.
Com mais de 40 anos de carreira, o pintor Daniel Senise está entre os mais importantes artistas brasileiros da contemporaneidade. Através de um convívio íntimo com Senise, seja na montagem de suas exposições, nas conversas com seus curadores e amigos e nos momentos da solidão da criação, Nem Tudo Tem que Ser Sobre Alguma Coisa revela o que mobiliza suas ideias e força poética. O filme não é uma biografia do artista, mas um recorte de sua produção, numa fase em que experimenta novos suportes que transbordam o trabalho de pintura.
Sobre o artista:
Daniel Senise (Rio de janeiro, 1955) é um dos representantes da chamada Geração 80, marcada pelo processo de retomada da pintura no Brasil. Desde o final da década de 1990, sua prática artística consiste no que pode ser descrito como "construção de imagens". O processo começa com a impressão de superfícies – como pisos de madeira ou paredes de concreto – sobre tecidos, à maneira de monotipias. Esse material serve de base para suas obras, seja como área a ser trabalhada ou como fragmento a ser colado sobre outra imagem, frequentemente, fotográfica.
Sua produção tem forte relação com o espaço, cujos restos são incorporados aos trabalhos, de modo que ele passa a ser apresentado não só como figuração, mas também como matéria exposta. Cerâmicas quebradas, barras de metal, pedaços de madeira, poeira, entre outros elementos encontrados, são fixados sobre as imagens, servindo como anteparos que dificultam com que ela seja vista e, ao mesmo tempo, ressaltam seu caráter de rastro. Cria-se um jogo entre a realidade da matéria e sua representação. Por outro lado, o tempo também se faz fundamental, sobrepondo cronologias, gestos e vivências, a partir das complexas relações entre permênecia e desaparecimento.
Daniel Senise tem exposto individualmente em museus e galerias no Brasil e no exterior, entre os quais, o MAM do Rio de Janeiro, MAC de Niterói, Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro, o Museum of Contemporary Art, em Chicago, o Museo de Arte Contemporáneo, Monterrey, México, Galeria Thomas Cohn Arte Contemporânea, no Rio de Janeiro, Ramis Barquet Gallery e Charles Cowley Gallery, em Nova York, Michel Vidal, em Paris, Galleri Engström, em Estocolmo, Galeria Camargo Vilaça, em São Paulo, Pulitzer Art Gallery, em Amsterdam, Diana Lowenstein Fine Arts, em Miami, na Galeria Silvia Cintra, no Rio de Janeiro, Galeria Vermelho, em São Paulo, e a Galeria Graça Brandão, em Lisboa, Galeria Nara Roesler em São Paulo e Nova York. Atualmente, Daniel Senise vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Sobre o Diretor:
Bernardo Pinheiro Diretor de cinema e especialista em conteúdo com mais de 20 anos de experiência nas indústrias de cinema e artes visuais no Brasil e no exterior. Como Lead Criativo do YouTube Originals no Brasil desenvolveu muitas séries com importantes talentos da plataforma. Sempre buscando a excelência criativa, aliando entretenimento com visão artística e trabalhando de forma crossfuncional com times de alta performance.
Antes do YouTube, desenvolveu, produziu e dirigiu séries e documentários para networks, TV a cabo e plataformas digitais. Como diretor, realizou diversos documentários (incluindo uma cinebiografia de Oscar Niemeyer), longas-metragens, doc-séries para TV a cabo e plataformas digitais. Consultor artístico no Brasil do Château La Coste nos últimos doze anos, também gerenciou os projetos desenvolvidos relacionados aos pavilhões Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha na vinícola de Aix-en-Provence.
Serviço:
Sessão especial do filme Daniel Senise – Nem Tudo tem que ser sobre alguma coisa
Duração: 65 minutos
Tipo: Documentário
Direção: Bernardo Pinheiro
Elenco: Agnaldo Farias, Charles Watson, Daniela Labra, Pedro Duarte, Ulisses Carrilho
Dia 07 de outubro, às 19h
Auditório MIS (172 lugares)
Grátis – Ingressos retirados no local, com 1 hora de antecedência.
Após a exibição ocorre um bate-papo entre o diretor e o artista.
Estreia oficial no Festival de Cinema do Rio, no dia 14 de outubro de 2022. Mais informações em: http://www.festivaldorio.com.br/
Museu da Imagem e do Som – MIS
Av. Europa, 158, Jd. Europa
São Paulo – SP, Brasil
CEP 01449-000
TEL 2117-4777
Produção e Pinturas com Pigmentos Naturais - Caixa Cultural Salvador BA
Produção e Pinturas com Pigmentos Naturais
Celebração ao Dia da Natureza, com técnicas de pinturas com itens orgânicos
04 OUT 2022
CAIXA Cultural Salvador
No Dia 04 de Outubro se celebra o dia da natureza e para valorizar esse bem precioso, a CAIXA Cultural promove uma oficina que apresentará técnicas de produção de tintas naturais a partir de produtos como temperos e alimentos.
Os participantes desfrutarão de teoria e prática, na execução de pinturas realizadas com as tintas produzidas. O objetivo é proporcionar aos participantes uma ampliação de seus repertórios a partir do compartilhamento de saberes sobre a técnica e os materiais utilizados.
encontro POTY LAZZAROTTO: Percursos Urbanos - Caixa Cultural PR
Poty Lazzarotto: Percursos Urbanos
Encontro Cultural
01 e 05 OUT 22
CAIXA Cultural Curitiba