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Exposição Cybèle Varela. Imaginários Pop reúne seleção das pinturas e objetos mais emblemáticos da artista do final dos anos 60
MAC- USP traz a primeira exposição, que começa no dia 1º de julho, dedicada à produção inicial da artista, uma das figuras-chave da Nova Figuração no Brasil.
Com curadoria de Ana Magalhães, diretora do museu que recebe a mostra e da historiadora da arte Ariane Varela Braga, o MAC-USP, no ano em que comemora seus 60 anos, apresenta Cybèle Varela. Imaginários Pop, exposição que reúne uma seleção das pinturas e objetos mais emblemáticos da artista do final dos anos 60.
Os trabalhos procedentes da coleção do próprio museu e de acervos públicos e privados destacam o papel desempenhado pela cultura de massa, questões sociais e políticas, bem como as experiências transnacionais na realização da produção inicial de Varela; uma obra pioneira das questões feministas e que contribuiu para os discursos artísticos brasileiros e internacionais da Pop Art e Nova Figuração até a Figuração Narrativa.
Segundo as curadoras, o ano de 1967 foi um momento significativo para a artista, quando o MAC-USP lhe concedeu o importante prêmio da exposição "Jovem Arte Contemporânea" e participou pela primeira vez da Bienal de São Paulo, na qual seu objeto em forma de caixa O Presente (1967) foi retirado pela polícia por motivos políticos, antes mesmo da abertura oficial do evento. Essa obra destruída foi refeita em 2018 e faz parte da presente exposição, que tem como ponto de partida os dois trípticos de Varela pertencentes à coleção do museu paulistano: De tudo que pode ser (1967) e Cenas de rua (1968). Sobre o primeiro, ganhador do prêmio JAC, a artista explica que vinha explorando a questão da transformação, de tudo que pode vir a ser. “Numa sequência quase cinematográfica, pintei uma moça atravessando a rua e cruzando com algumas freiras; e, no momento do cruzamento, elas trocam de roupa. A moça veste a saia longa do uniforme religioso e as freiras a minissaia, que estavam na moda no período”.
Segundo as curadoras, nestes trabalhos, e em seus outros objetos em forma de caixa, quebra-cabeças e pinturas em madeira, a artista explorou a representação do ambiente urbano, tingida de crítica social, questões de gênero e ironia. “As obras são frequentemente definidas por linhas geométricas - como travessias para pedestres ou luzes e sombras - que marcam e estruturam o espaço de forma enigmática”, ressalta a dupla.
Sobre a artista
Cybèle Varela (Petrópolis - RJ, Brasil, 1943) viveu entre o Brasil, Paris, Genebra, Roma e Madri. Atualmente, com sua obra exposta no Centre Pompidou, é a única mulher viva do movimento Figuração Narrativa. A sua carreira começou no Brasil nos anos 60 e segue em Paris nos anos 70. Em 1975, foi a única artista mulher selecionada para a exposição itinerante pela França 30 Créateurs - Sélection 75, juntamente com Lindstrom, Pierre Soulages, Arman, entre outros. Com seu trabalho muito elogiado por críticos como Pierre Restany, Varela participou de centenas de salões, exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior: França, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Inglaterra, Suíça, Bélgica, Espanha e Japão. Além da IX Bienal Internacional de São Paulo, na qual teve a sua obra censurada, participou da X e XVII edições do evento paulistano, entre outras bienais. Suas obras fazem parte dos mais importantes acervos privados e públicos, entre os quais: Reina Sofia (Madri, Espanha), Centre Georges Pompidou (Paris, França), Art Museum of the Americas (Washington D. C., EUA) e, no Brasil, além do MAC-USP, MASP, MAM-SP; MAM-RJ, entre outros.
Sobre as curadoras
Ana Magalhães é historiadora da arte, curadora, professora e atualmente diretora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP). Especialista em arte do século XX, em particular da modernidade nas artes visuais, seguindo uma abordagem transnacional.
Ariane Varela Braga é historiadora da arte e curadora independente. Interessa-se pelas intersecções entre as artes visuais, a arquitetura e a cultura material, desde o século XIX até à atualidade, numa perspectiva transnacional.
Livro: Cybèle Varela. Trajetórias
Paralelamente à exposição, será realizada uma pré-apresentação do livro “Cybèle Varela. Trajetórias” pela editora italiana Silvana Editoriale (bilíngue inglês/português, 256 paginas). O volume, organizado pelas curadoras da exposição, Ana Magalhaes e Ariane Varela Braga, reúne ensaios e entrevista que lançam nova luz sobre o momento da aparição de Varela no cenário artístico nos anos 1960 no Brasil e nos anos 1970 na França. No dia 1º de julho haverá um cadastro para os interessados adquirirem a obra.
Entre os textos, enquanto Magalhães traz “Cybèle Varela no acervo do MAC USP”, Paulo Miyada intitula seu ensaio de “Do que se encerra em nosso peito juvenil”. Já Camila Bechelany, em “De tudo aquilo que pode ser”, investiga a transição e liberdade na obra de Varela, e Rosa Olivares “A fotografia como ideia”. Por sua vez, Carolina Vieira Filippini Curi em “As mulheres de Cybèle” reflete sobre as representações do feminino nos anos 1960 e no presente; e Isabella Lenzi e Yuji Kawasima apresentam uma entrevista com a artista, “Ninguém me deu carona”.
Edição de múltiplo pela Carbono Galeria
Para a galeria especializada na produção de múltiplos de artistas, Cybèle Varela recria uma de suas obras originais perdida, Um passeio feliz 2, 1970 – 2023 (madeira e impressão UV sobre PS, 62x62x4cm, Edição de 10 + 2 PA). O original deste objeto quebra-cabeça foi feito em 1970, e faz parte de uma série de objetos do mesmo tipo, de dimensões variadas, que a artista produziu a partir do final dos anos 60. Estes quebra-cabeças dialogam diretamente com as formas e figuras que ela pintava sobre grandes painéis de madeira, como os trípticos da coleção do MAC-USP.
Exposição: Cybèle Varela. Imaginários Pop
De 1º de julho a 1º de outubro de 2023
MAC-USP
Av. Pedro Álvares Cabral, 1301 - São Paulo-SP, Brasil
Horário de funcionamento:
Terça a domingo das 10 às 21 horas
Segundas: fechado
Entrada gratuita
Exposição de Walmor Corrêa no Tomie Ohtake une arte, natureza e fantasia
Ocorre nesta quinta-feira, 22 de junho, abertura da retrospectiva com duas décadas de trabalho do artista que usa ciência para criar figuras fantásticas
Nesta quinta-feira, 22 de junho, ocorre a abertura da retrospectiva Sobre Pássaros, Sinapses e Ervas Energéticas, que reúne duas décadas de produção artística de Walmor Corrêa, voltada ao estudo da natureza e suas intersecções com a arte. Em seu repertório, fabulação e ciência evocam o imaginário nacional associado a plantas, animais e espécies híbridas que trafegam entre a realidade e o onírico, como figuras de aves com cabeças de roedores e plantas com funcionalidades e nomes curiosos.
Pensada ao longo dos últimos cinco anos, a mostra passou pelo Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), em Florianópolis, nos meses de julho a setembro de 2022. Agora, chega no próximo dia 22 de junho ao Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. A curadoria é do crítico e pesquisador Paulo Miyada, que pondera: “As ferramentas do Walmor emulam códigos científicos e convidam o espectador a acreditar no que está vendo. A obra dele é carregada de subjetividade, mas também de clareza”.
Influenciado por pintores viajantes como Thomas Ender (1793-1875), e pelo folclore contado pelo historiador Luís da Câmara Cascudo (1898-1986), Walmor Corrêa busca ressignificar em algumas de suas obras mitos que foram espalhados pelo mundo a respeito do que havia no Brasil, como a história de que o bicho preguiça, na visão do Padre Anchieta, seria um pequeno urso com rosto de moça.
Uma das obras mais conhecidas de Corrêa, a representação do Ipupiara, o homem que tem a parte inferior de um peixe-boi, nasceu quando Walmor estava pesquisando na Amazônia, nos anos 2000. Para dar vida ao mito popular, o artista, com a colaboração de um médico, estudou biologia e criou todo um corpo adaptado para as águas. O mesmo esquema representativo foi usado para a figura da Sereia - uma versão fantástica que lembra os estudos de anatomia do inventor italiano Leonardo Da Vinci (1452-1519), outra referência sua.
Leitor de grandes pesquisadores e viajantes que definiram a identidade brasileira, foi por meio de uma edição que trazia as cartas do Padre José de Anchieta (1534-1597) que o artista plástico aprendeu sobre “A poética do olhar estrangeiro viajante sobre a brasilidade”, como conta Corrêa, sobre o tema norteador da exposição.
“Desde o começo de sua formação, Walmor tem uma proximidade grande com o desenho. E, muito íntimo disso, ele emula código e convenções do desenho e o transforma de forma sutil. As pinturas são sempre uma técnica mista, ele reúne recursos do lápis até a aquarela, passando por tintas, lápis de cor e várias técnicas com muita minúcia. Só assim ele vai conseguir construir algo que sempre existiu. As obras estão tão prontas que têm algo de documental ali”, pontua o curador.
“É nessa ambivalência que Walmor Corrêa constrói o fundamento de sua poética. Entre saber e fabulação, ele emprega verossimilhantes e delicados sistemas visuais para suspender nossa descrença”, resume Miyada no texto curatorial.
“Para mim, a arte vai até a Porta do Laboratório”, explica Corrêa, que não segue os postulados da ciência, mas os usa em seus processos criativos. “Não sou cientista, eu prefiro conversar com estudiosos, pesquisadores para entrar em questões anatômicas. Quando criei a sereia, por exemplo, desenvolvi o coração dela com um amigo cardiologista: são três cavidades ali, o que funcionaria melhor para ela viver na água. Já os pés do curupira, que vai estar na exposição, eu desenvolvi com um acupunturista para ver como seria a formação dos pés para trás para haver uma energia circulante”, ressalta.
Em sua produção, desenhos, pinturas e esculturas mostram o poder curativo de ervas, dotes extraordinários de pássaros e a capacidade de adaptação de insetos. Mesmo quando retrata seres fantásticos, Corrêa os associa a algum elemento etimológico da espécie, que se torna, logo, característica da obra. Como nas brincadeiras com os nomes das figurinhas da série ‘Ploc’, que propõe um trabalho educativo para os visitantes.
Além da conversa com biólogos e cientistas para ajudar a delinear a possível anatomia de seres fantásticos, Walmor Corrêa, arquiteto de formação, já estudou taxidermia e tomou lições de botânica para recriar novos corpos que extrapolam o convencional. As representações naturalistas de esculturas, que estão em seus dioramas, por exemplo, são inspiradas na época do colégio, quando ajudou um professor de ciências no laboratório. Os desenhos podem lembrar ora antigas gravuras de enciclopédias, ora fragmentos de livros de viagem, além dos pequenos pássaros esculpidos em tamanho real, que não ameaçam levantar voo. Um convite à imaginação.
SOBRE O ARTISTA
Nascido em Florianópolis em 1963, Walmor Corrêa começou a desenhar aos dois anos de idade e, aos treze anos, já passa a pintar a óleo. Autodidata, ele lia o que encontrava na biblioteca da mãe, professora, e, anos mais tarde, passou a fazer esquemas parecidos com os que via nos livros de medicina que a irmã usava na faculdade. Na adolescência, o traço do menino chamou a atenção de um professor de ciências que o convidou para ajudá-lo no laboratório. Ali, conheceu o processo de dissecação de pequenos animais e passou a desenhá-los. Aos 17 anos se muda para Porto Alegre para estudar arquitetura, com interesse sempre nas ciências e nas artes. Vive e trabalha em São Paulo há 11 anos e participou de mostras nacionais e internacionais importantes, como a 26ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, em 2004, Panorama de Arte Brasileira, de 2005 e no Instituto de Estudos Llerdencs, na Espanha, em 2019, entre outros.
Serviço:
Sobre Pássaros, Sinapses e Ervas Energéticas
Abertura: Quinta-feira, 22 de junho, às 19h
Horário: Terça a domingo, das 11h às 20h
Entrada gratuita
Local: Instituto Tomie Ohtake
Endereço: Rua Coropé, 88 - Pinheiros, São Paulo
fonte: a4&holofote comunicação
Francisco Severino
A Galeria Jacques Ardies abre uma nova coletiva “ARTE NAIF ou ARTE POPULAR? Tanto faz, ARTE DO BRASIL !" com 32 pinturas assinadas por oito artistas que apresentam trabalhos os quais representam o Brasil isento de influências externas. A curadoria está a cargo de Jacques Ardies, ativo no segmento há mais de quatro décadas, com abertura prevista para o próximo dia 20 de junho, às 18hs.
A seleção dos pintores - Isabel de Jesus, Francisco Severino, Fefe Talavera, Dalva Magalhães, Gilvan, Ivan Moraes, Antônio de Olinda, José de Freitas – possibilita duas ações simultâneas e superlativas: resgata alguns artistas cujos trabalhos devem voltar ao foco público pela excelência das técnicas envolvidas e coloca, lado a lado, obras contemporâneas, recém finalizadas de criativos do mesmo padrão e que compõe a soma positiva característica das escolhas do curador.
A questão que intitula a exposição: Arte Naif ou Arte Popular – pode provocar críticas, comentários, desavenças e concordâncias mas não interfere no propósito maior: diminuir a polêmica sobre a utilização do termo Naif e mostrar a arte que é o mote principal. Naif tornou-se um termo pejorativo que se denomina uma arte menor, não relevante, sendo que é um termo utilizado internacionalmente como referência de um estilo.
“ARTE NAIF ou ARTE POPULAR? Tanto faz, ARTE DO BRASIL!" mostra o resgate de quatro artistas que deixaram um extenso e importante legado ao mesmo tempo em que apresenta trabalhos de artistas ativos na criação de suas obras atuais.
“Estou mostrando uma bela arte brasileira, que é o que importa. Arte a qual me dedico há anos e acho que existe muito ainda para mostrar!”
Jacques Ardies
· os artistas
Isabel de Jesus
Isabel de Jesus, até onde se saiba, não é uma médium. No entanto, ao estar mais conectada com a terra e com as divindades, ou seja, com a essência mais profunda de nossa existência, ela descobre espontaneamente, sem ter aprendido nada, um passado fascinante do nosso planeta. De alguma forma, surgem dessas descobertas sereias - pássaros, assim como meandros e murmúrios da floresta equatorial. Não se trata apenas de uma decoração com manchas aleatórias de luz ou escuridão. Essas criações são animadas por uma poderosa e profunda inspiração, representando o único mistério e o único segredo de uma criação ingênua e verdadeiramente autêntica.
Francisco Severino
O mérito notável de Francisco Severino reside na maneira como lida com a cor verde, explorando suas variações com a consciência de que a pintura é muito mais do que um tema em si, mas uma forma de desenvolver um pensamento por meio de cores e formas. O que impressiona em suas imagens é a harmonia entre o domínio técnico e a sensação paradisíaca de que o tempo se deteve para que cada cena, predominantemente rural, pudesse ser retratada. Seu trabalho é caracterizado por uma abordagem meticulosa, em que os detalhes desempenham um papel fundamental, resultando em composições visualmente perfeitas.
Fefe Talavera
Fernanda Talavera acumulou uma vasta experiência em exposições realizadas em museus e galerias de arte ao redor do mundo. Embora tenha sido inicialmente reconhecida como grafiteira, ela expandiu sua abordagem artística, explorando diferentes suportes para suas obras. Seu foco principal passou a ser a representação de animais imaginários provenientes de um universo subconsciente fantasmagórico que ela denomina "Bichos tipográficos aleatórios". Com essa temática, Fernanda busca incorporar elementos da cultura urbana ao seu universo artístico, estabelecendo novas categorias conceituais.
Dalva Magalhães
Dalva de Magalhães é nascida em São Paulo e, há quase cinco décadas, se dedica à sua arte, sustentando-se por meio dela. Sua técnica envolve o uso de diferentes materiais, como acrílico, guache e óleo, aplicados sobre tela ou madeira. A arte regional e folclórica exerce uma forte influência sobre seu trabalho. Além disso, Dalva é uma maratonista dedicada, residindo na região montanhosa da serra da Bocaina, onde concentra sua preocupação na preservação da natureza e se engaja fervorosamente na luta pelos direitos dos povos indígenas. Sua pintura é caracterizada pela criatividade e atenção aos detalhes, retratando um mundo intimista que reflete seu ambiente ecológico.
Gilvan
Paulo Gilvan Duarte Bezerril, um autodidata em pintura e música, deu início à sua carreira artística em 1964. Sua abordagem única envolvia o uso de uma técnica por ele mesmo inventada, utilizando tinta automotiva e acrílica sobre chapa de eucatex ou, ocasionalmente, chapa de madeira. A arte de Bezerril é caracteristicamente ingênua, transbordante de alegria, cores vibrantes e atmosferas tropicais. Ele evita fórmulas estereotipadas, retratando desde festas populares rurais até histórias em quadrinhos que narram a vida de Lampião e Maria Bonita.
Ivan Moraes
Capta com riqueza de detalhes as temáticas mais frequentes de sua obra, inspiradas pela representação dos cultos religiosos afro-brasileiros da Bahia, assim como pelas baianas vestidas com trajes brancos rendados. Sua pintura une a alegria das cores com o mistério da cenografia, onde os personagens são imersos no esplendor da natureza tropical, exibindo trajes festivos e expressões de felicidade. Em seu Dicionário de Pintores Brasileiros de 1997, Walmir Ayala descreveu essa fusão de elementos, destacando a forma como o artista retrata com precisão esses aspectos em sua obra.
Antônio de Olinda
Natural de Olinda, PE, cultivou seu amor pela arte desde a infância, sempre vivendo próximo ao mar na sua amada cidade natal. Sua jornada artística começou com o mamulengo, um popular teatro de bonecos regional. Em 1984, ele participou de sua primeira exposição coletiva, conquistando também uma premiação no "Salão dos Novos de Pernambuco" e o Primeiro Lugar no Projeto Lista Telefônica do Estado de Pernambuco, ambos no mesmo ano. Sua arte é marcada pelo uso de cores vibrantes, traços enérgicos e uma abordagem pouco convencional, que busca expressão e irreverência, sem se preocupar excessivamente com a perfeição estética. Essa autenticidade essencial permeia sua obra.
José de Freitas
Nascido na década de 1930 em Vitória de Santo Antão, PE, posteriormente mudou-se para o Rio de Janeiro durante a década de 50. Embora tenha dado seus primeiros passos como artista no teatro e na televisão, sua paixão pela pintura começou a se desenvolver paralelamente, ganhando maior atenção a partir de 1964. Desde o início, sua arte tem sido habitada por minúsculas figuras que preenchem toda a dimensão da tela. Seus temas variam desde ilustrações de peças teatrais até representações da Bíblia e do circo, sempre permeados de humor e sensibilidade
Exposição: " ARTE NAIF ou ARTE POPULAR ? Tanto faz, ARTE DO BRASIL !"
Artistas: Antônio de Olinda, Dalva Magalhães, Fefe Talavera, Francisco Severino, Gilvan, Isabel de Jesus, Ivan Moraes, José de Freitas.
Curadoria: Jacques Ardies
Abertura: 20 de junho – terça-feira - das 18 às 22hs
Período: 21 de junho a 08 de julho de 2023
Local: Galeria Jacques Ardies – www.ardies.com
Rua Morgado de Mateus, 579 – Vila Mariana - São Paulo, SP ||
Tel.: 11 5539-7500 || 11 96815-0887
Horário: Terça a quinta-feira, das 10 às 17h30 / Sábado, das 10 às 16h
Número de obras: 32
Técnica: Pintura
Preços: Sob consulta
Site: https://ardies.com/
Email: jacques@ardies.com
Instagram: https://www.instagram.com/
Facebook: https://pt-br.facebook.com/
Linkedin: https://www.linkedin.com/
fonte: Balady Comunicações
Com o tema “Se a cidade, se a cidade fosse minha”, a Jornada do Patrimônio tem como objetivo promover uma leitura da cidade em suas múltiplas identidades e vozes, expandindo-as para além do Centro.
O chamamento é voltado para pesquisadores, profissionais que trabalhem com patrimônio em suas diversas áreas, artistas, moradores antigos, associações de bairro, coletivos, entre outros que possuam conhecimentos que desejem compartilhá-los.
Você pode acessar as informações no site da Jornada no link abaixo:
Jornada do Patrimônio | Secretaria Municipal de Cultura | Prefeitura da Cidade de São Paulo Jornada do Patrimônio de Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura da Cidade de São Paulo |
Sobre a Jornada do Patrimônio 2023:
A Jornada do Patrimônio é um evento realizado pela Secretaria Municipal de Cultura através do Departamento do Patrimônio Histórico e da Coordenadoria de Programação Cultural, e é uma atividade educativa que tem como objetivo aproximar a população ao seu patrimônio histórico. Realizada anualmente desde 2015, foi instituída pela Lei Municipal nº 16.546 de 21 de setembro de 2016. O Dia Nacional do Patrimônio Cultural, celebrado em 17 de agosto, marca a Jornada do Patrimônio, que ocorre tradicionalmente no terceiro final de semana de agosto, com atividades no sábado e domingo.
Visando ser democrática e atingir um maior contingente populacional e regiões mais variadas da cidade, são abertos chamamentos públicos para atividades, organizadas dentro das três tradicionais linhas de propostas, que são a abertura de imóveis históricos, a realização de roteiros de memória, a realização de cursos e conversas. As atividades propostas são avaliadas pela equipe do DPH, tendo como critério básico a exigência de ser uma ação vinculada ao patrimônio da cidade de São Paulo, ou mesmo relacionada aos assuntos pertinentes para os debates sobre a preservação do patrimônio histórico. Ao longo dos anos de realização da Jornada do Patrimônio, as ações propostas demonstram uma grande gama de assuntos tratados, desde movimentos ligados à preservação e divulgação da memória negra ou indígena na cidade; a grupos que propõem roteiros históricos, com viés mais turístico; ou pesquisadores que apresentam trabalhos bastante específicos.
Nesse ano, a Jornada do Patrimônio ocorrerá nos dias 19 e 20/08 (sábado e domingo) e tem o tema "Se a cidade, se a cidade fosse minha", formalizando a existência de um projeto contínuo para a criação de debates necessários apoiados em questões como inclusão e pertencimento, atrelados à concepção dos patrimônios materiais, imateriais e à recuperação dos apagamentos.