No dia 18 de março, às 19h, a Zipper Galeria promove a abertura de
Iconos, individual da artista
Adriana Duque. A partir de uma revisão contínua e obsessiva de retratos da Renascença e de cenas reais da pintura holandesa do século XVII, a artista reconstrói nas suas fotografias espaços nos quais se contrapõem: realidade e utopia, contexto rural e estereótipo de estrangeiro, que se projetam ao nosso imaginário a partir da literatura, ou mais especificamente, a partir do mundo delirante de contos de fadas. O texto de apresentação é de Eder Chiodetto.
As pequenas
Marias, impávidas princesas vestidas, são capturadas através do artifício fotográfico em um espaço de natureza doméstica, a antiga cozinha camponesa, um cenário imemorial e comum, que desde sempre definiu o papel da mulher: que espera, gere, cozinha, alimenta, mas também que rende-se à promessa de um mundo ilusório, que vislumbra ao outro lado do espelho.
As imagens de Adriana Duque não têm a intenção de se referir a uma verdade. Não são o registro documental da vida, são uma manifestação de múltiplas preocupações e obsessões que trabalham e são implementadas por meio de uma lógica muito particular e talvez insondável.
Adriana DuqueNatural de Manizales, Colômbia (1968), Adriana Duque vive e trabalha em Bogotá. Entre as exposições individuais recentes, destaque para:
Infante (Galeria Horrach Moyá, Palma de Maiorca, 2010),
Baroque Children (Museo Iglesia Santa Clara, Bogotá, 2009),
De Cuento en Cuento (Museo de Arte Moderno de Medellín, 2005) e
Paisajes (Alianza Francesa, Bogotá, 2001). Coletivas recentes:
Photoquai - Biennale de Photographie (Musée du Quai Branly, Paris, 2013),
Desnudando a Eva (Instituto Cervantes, Madri, 2012),
Fotografia Iberoamericana Contemporânea (Galeria El Museo, Bogotá, 2011) e
Sobre el Territorio: Arte Contemporáneo en Colômbia (Cer Modern, Ancara, Turquia, 2011).