concursos, exposições, curiosidades... sobre arte
escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

http://maregina-arte.blogspot.com/

sábado, 13 de abril de 2024

Prémio FLAD de Desenho até 9 de maio - para portugueses ou estrangeiros vivendo em Portugal e com idade até 28 anos

 

Candidaturas abertas para a nova edição do Prémio FLAD de Desenho

De 2 de abril a 9 de maio, estão abertas as candidaturas para o Prémio FLAD de Desenho, uma iniciativa da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) que visa distinguir e apoiar artistas promissores na área do desenho. O prémio – no valor de 20 mil euros – destina-se a artistas de nacionalidade portuguesa ou residentes em Portugal há mais de cinco anos, com idade igual ou superior a 28 anos à data da candidatura.

Desenvolvido em parceria com a Drawing Room Lisboa, o Prémio FLAD de Desenho tem vindo, desde 2021, a reconhecer talentos e a estimular a produção de desenho contemporâneo no panorama artístico português. Entre os vencedores das edições anteriores, encontram-se Pedro Tropa, em 2021, Maria Capelo, em 2022, e Carla Filipe, em 2023.

O processo de seleção do vencedor será desenvolvido em duas fases. Numa primeira etapa, as candidaturas serão avaliadas por um júri de seleção composto por José Marmeleira (crítico), João Sarmento SJ (coordenador na galeria da Brotéria), Sofia Ponte (professora no IADE – Universidade Europeia) e Filipa da Rocha Nunes (representante da FLAD). Serão selecionados 10 artistas finalistas, cujos trabalhos serão expostos na Drawing Room Lisboa 2024, a decorrer entre 23 e 27 de outubro, na Sociedade Nacional de Belas-Artes. No decorrer da feira, um segundo júri de seleção, composto por Nuno Nunes-Ferreira (artista), Mónica Álvarez Careaga (diretora da Drawing Room Lisboa) e António Pinto Ribeiro, em representação da FLAD, selecionará e anunciará um vencedor entre os artistas apurados na primeira fase.


Podem candidatar-se:

  • Artistas de nacionalidade portuguesa ou estrangeiros residentes em Portugal há mais de cinco anos;
  • Artistas com idade igual ou superior a 28 anos à data das respetivas candidaturas.

mais informações:

Candidaturas Abertas: Prémio FLAD de Desenho 2024 - FLAD


fonte: Revista UMBIGO

11º Salão Nacional de Arte Fotográfica ABCclick - para estudantes

 

Fotoclube ABCclick

Salão ABCclick abre espaço para novos talentos: estudantes, participem!

Mostre seu talento e concorra a prêmios e à oportunidade de ter seu trabalho exposto!

11º Salão Nacional de Arte Fotográfica ABCclick está com inscrições abertas para a categoria Estudantes, uma novidade nesta edição. O tema do concurso é Livre, permitindo que os participantes explorem sua criatividade e expressividade sem limites.

Envie até 4 fotos em preto e branco com no mínimo 3000 pixels (em seu lado maior) e concorra a:

  • Medalhas de Ouro, Prata e Bronze
  • Exposição das fotos premiadas e selecionadas
  • Catálogo digital com todas as fotos aceitas

Para participar da categoria Estudantes:

  • Ser estudante de nível médio ou superior
  • Preencher o formulário de inscrição online
  • Enviar as fotos em formato JPG - sRGB

As inscrições para a categoria Estudantes e para as demais categorias (Fotógrafos em Geral e Sócios ABCclick) estão abertas até o dia 1º de maio de 2024.

Acesse o site e inscreva-se!

www.abcclick.com.br/11salao


projeto #umlambepordia - livro-objeto "Poemas de Muro e Amor" - Leonardo Beltrão

Foto: Marcella Mendes

Fruto do projeto #umlambepordia, livro-objeto "Poemas de Muro e Amor", de Leonardo Beltrão, ganha nova edição 

Com lambes que viraram até questão do Enem, primeira edição do livro foi premiada na “Bienal do Design Gráfico”, em Curitiba; novo lançamento acontece no Espaço Cultural Mama Cadela, no dia 20 de abril, e antecede série de oficinas

 

Afixadas em cartazes coloridos nos muros da capital mineira, frases e poemas como “o coração é o norte” e “por favor, não me siga, eu também estou perdido” ganharam fama por todo o Brasil. De questão de prova do Enem em 2021 para título de coleção da renomada marca Farm, os textos do projeto #umlambepordia, criado pelo escritor mineiro Leonardo Beltrão, foram reunidos no livro “Poemas de Muro e Amor”, que celebra neste ano a sua segunda edição. O lançamento acontece no dia 20 de abril, sábado, das 14h às 18h, no Espaço Cultural Mama Cadela, e antecede uma série de oficinas gratuitas de lambe-lambe que serão realizadas em centros culturais municipais de Belo Horizonte entre abril e junho.


A nova edição de “Poemas de Muro e Amor” é viabilizada pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura (LMIC), com patrocínio do Hermes Pardini. O livro reúne 119 poemas, frases, micro histórias, aforismos e fragmentos reflexivos. A publicação foi produzida em tipografia e impressa em papéis coloridos, do tipo superbond, incluindo capa em papel Paraná, remetendo à estética dos cartazes conhecidos como lambe-lambes ou apenas lambes.


Depois do sucesso do despretensioso projeto #umlambepordia, no qual o escritor espalhou cinco mil cartazes com frases poéticas pelas ruas das cidades de Belo Horizonte, Varginha, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, a boa acolhida de sua poesia e da forma original de apresentá-la rendeu convites para participar da “Virada Cultural de BH” por diversas vezes, além de ter sido premiada na última “Bienal do Design Gráfico”, em Curitiba.


“Eu fico muito feliz de ver a recepção desse projeto desde que ele foi lançado. ‘Um Lambe Por Dia’ foi citado como questão do Enem em plena pandemia, é simplesmente a maior prova do país. A (loja de roupas) Farm usou uma das frases do projeto para dar título a uma coleção que remete ao Norte do país. E algumas personalidades públicas, como a atriz Luisa Arraes e o professor e atual Presidente da Embratur, Marcelo Freixo, reconheceram e divulgaram meu trabalho”, conta Beltrão.

 

Livro-objeto


Com estrutura semelhante à da primeira publicação, a segunda edição de “Poemas de Muro e Amor” mantém o projeto gráfico dos designers Bruno Nunes e Léo Rosário, que ajudaram a conceber a ideia original do livro, bem como todas as características técnicas trazidas por Ademir Matias, da Tipografia Matias, situada no bairro Santa Efigênia, e uma das últimas em atividade comercial na capital mineira.


“Cada lambe foi feito um a um, individualmente, na Tipografia do Matias, um grande tutor no processo de feitura do livro. E todos os livros são diferentes entre si. A estrutura de cores do miolo é sortida, usamos quatro cores, e em cada livro um lambe específico sai de uma cor. Esse é um dos diferenciais do livro porque cada obra é literalmente única”, diz Beltrão.


Outra característica marcante na segunda edição é a disposição das páginas, feitas literalmente para serem destacadas da obra, incentivando os leitores a usarem a publicação como um livro-objeto, a partir do qual cada poema ganha vida como um lambe avulso, possível de ser colado em outros lugares. Além dessa particularidade, agora o livro também contará com uma versão em áudio, disponível gratuitamente na internet. A ideia é ampliar a acessibilidade do público em um projeto popular, nascido nas ruas como convite à reflexão.


“Vamos lançar o audiolivro, inclusive com uma versão no YouTube contendo o áudio narrado e cada página do livro digitalizada para pessoas cegas e com baixa visão possam ouvir e outras possam ouvir e acompanhar as imagens. É muito legal poder fazer isso porque avançamos no sentido de ampliar a inclusão, algo muito importante”, avalia o artista.


Oficinas

 

Após o lançamento do livro, o projeto realizará quatro oficinas de lambe-lambe gratuitas em centros culturais de BH. Com acessibilidade em Libras, os workshops acontecem nos Centros Culturais Padre Eustáquio, no dia 26 de abril, sexta-feira, das 14h30 às 18h30; Vila Fátima, no dia 11 de maio, sábado, das 13h às 17h; Venda Nova, no dia 15 de maio, quarta-feira, das 14h às 18h, e São Bernardo, no dia 15 de junho, sábado, a partir das 10h. A participação nas oficinas é aberta ao público, sem necessidade de inscrição prévia.

 

Sobre o autor

 

Nascido em Varginha e radicado em Belo Horizonte, Leonardo Beltrão trabalha desde 2014 como gestor e produtor cultural, tendo atuado junto a instituições como Museu Inhotim, Sesc Palladium, Fundação Clóvis Salgado e Ministério da Cultura. Atualmente, dirige a Através – Gestão Cultural. Em 2014, após uma viagem de um ano percorrendo países e cidades da África e da Europa, lançou seu primeiro livro, “A Festa do Adeus” (Relicário Edições). Um ano depois, criou o projeto #umlambepordia, que hoje conta com milhares de seguidores e celebra a segunda edição do livro-objeto “Poemas de Muro e Amor”.


SERVIÇO

Leonardo Beltrão lança o livro “Poemas de Muro e Amor – 2ª Edição”

Quando. 20 de abril, sábado, das 14h às 18h

Onde. Espaço Cultural Mama Cadela (Rua Pouso Alegre, 2.048 - Santa Tereza)

Quanto. Entrada gratuita. No evento, o livro será vendido por R$40

Mais informações. #umlambepordia no Instagram


fonte: Floriano Comunicação

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sexta-feira, 12 de abril de 2024

mostra “A Cidade do Silêncio” - Gabriel Cordeiro Boll - Univali - campus Itajaí



Exposição fotográfica sobre Cemitério da Recoleta estreia dia 29, na Univali

Público pode prestigiar a mostra “A Cidade do Silêncio” até 7 de junho, no campus Itajaí

 

A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) recebe, a partir do dia 29 de abril, a exposição: “A Cidade do Silêncio”, do artista Gabriel Cordeiro Boll. A exposição é composta de obras fotográficas em preto e branco, que registram a beleza dos monumentos clássicos no Cemitério da Recoleta, em Buenos Aires (Argentina). A abertura da mostra acontece às 16h30, na Biblioteca Comunitária Univali, campus Itajaí.

 

“Os registros que contém o meu olhar sobre esse cenário tão fantástico e representam parte do deslumbre que me consumiu durante a visita. Esse é o meu modo de perpetuar as histórias que residem ali e, se possível, convencer as pessoas da beleza que reside lá.”, explica Boll.

 

A mostra é organizada pela Coordenação de Arte e Cultura e Galeria de Arte Univali, vinculadas à Vice-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão em parceria com o Sistema Integrado de Bibliotecas da Univali. A visitação é gratuita e aberta à comunidade em geral. Pode ser realizada até 7 de junho, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h e aos sábados, das 9h às 13h.

 

Sobre o autor

 

Gabriel Cordeiro Boll é natural de Balneário Camboriú (SC) e atua na área da comunicação. Em seu tempo livre é um leitor ávido, fotógrafo e estudante de teatro. Formou-se como bacharel em Relações Públicas e cursa MBA em Gerência de Projetos, na Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Sempre foi fascinado por histórias de assombrações, lendas de bruxas e pelo desconhecido.

 

Mais informações: com a curadora das exposições das Galerias de Arte Univali, professora Ane Fernandes - (47) 3341-7869 ou ainda pelo perfil da Galeria de Arte Univali no Instagram: @galeriadearteunivali.

quinta-feira, 11 de abril de 2024

mostra Novo Poder: passabilidade - Maxwell Alexandre SESC Paulista

 

Crédito: cortesia estúdio megazord

Sesc São Paulo traz a mostra “Novo Poder: passabilidade”,

do artista Maxwell Alexandre para a capital paulista

Exposição fricciona a relação entre moda, arte e a circulação

de pessoas negras em espaços expositivos

Com concepção feita pelo estúdio do artista, mostra abre para visitação

a partir de 19 de abril, no Sesc Avenida Paulista

Com um conjunto de cerca de 56 obras, a mostra Novo Poder: passabilidade, do artista carioca, Maxwell Alexandre, oferece uma experiência reflexiva sobre a interseção entre identidade, poder e passagem. Sua produção desafia estereótipos e narrativas dominantes, propondo provocações sobre as realidades sociais e culturais do Brasil.


A exposição individual da série, que foi realizada em fevereiro de 2023, em Madrid (Espanha), e que ganhou desdobramento no 1º Pavilhão Maxwell Alexandre, localizado no bairro de São Cristóvão (Rio de Janeiro), ocupará o espaço Arte I (5º andar), no Sesc Avenida Paulista, entre 19 de abril e 29 de setembro de 2024.


Vencedor do prêmio Pipa 2021, Maxwell, na série Novo Poder: passabilidade, trata da ideia da comunidade preta dentro de galerias, museus, centros culturais e fundações.

Em suas obras, o artista dá ênfase a três signos base: as cores preta, branca e parda. A cor preta é manifestada pela representação dos personagens; a cor branca aponta para o espaço expositivo, assim como o conhecimento acadêmico, e a cor parda representa a obra de arte e também faz referência ao próprio papel, que é o suporte principal da série.

     

“A Moda e a Arte são dois campos da cultura hegemônica ocidental que se consolidaram a partir da modernidade, cada um com suas especificidades, tendo como ponto em comum a forte influência que ambos exercem na construção de distinções sociais”, conta Maxwell.

 

Sobre o artista


Maxwell Alexandre (Rio de Janeiro, 1990) nasceu e cresceu na favela da Rocinha. De berço evangélico, o artista serviu o exército e foi patinador de street profissional por 12 anos. Graduou-se em Design na PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) em 2016. Em 2017, passou a integrar o circuito oficial de arte contemporânea com o trabalho “Tão Saudável quanto um carinho", a partir da exposição coletiva ‘Carpintaria para Todos’, na galeria Fortes D’Aloia e Gabriel. Em 2018, participou da residência artística na Delfina Foundation e realizou a sua primeira exposição individual “O Batismo de Maxwell Alexandre”, n'A Gentil Carioca, Rio de Janeiro. Em 2019, iniciou a itinerância da exposição “Pardo é Papel”, no MAC Lyon (Musée d’Art Contemporain de Lyon), França, e no MAR (Museu de Arte do Rio). Em 2020, fez residência artística no MACAAL (Al Maaden Museum of Contemporary African Art), em Marrakech, que resultou em uma instalação que ocupou três partes do museu na exposição coletiva “Have You Seen A Horizon Lately?”. Em 2021, apresentou a individual "Novo Poder" simultaneamente no Palais de Tokyo (Paris) e nas duas sedes da galeria A Gentil Carioca, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em 2022, o artista apresentou sua primeira individual nos Estados Unidos, “Pardo é Papel: A Vitória Gloriosa e Novo Poder”, no The Shed, em Nova York. Em 2023, o artista apresentou sua primeira individual na Espanha, “Novo Poder: pasabilidade”, na Casa Encendida, em Madrid. No mesmo ano, apresentou “Novo Poder: passabilidade, Miss Brasil, na Casa SP – Arte”.


No ano de 2018, Maxwell recebeu o Prêmio São Sebastião de Cultura da Associação Cultural da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Destaque na categoria artes plásticas, o artista foi capa da Forbes Under 30 de 2019. Em 2020, Maxwell foi eleito artista do ano pelo Deutsche Bank e listado como um dos 35 artistas vanguardas pelo Artsym. Em 2021, venceu o Prêmio PIPA. Em 2023, ganhou o prêmio de Homem do Ano na categoria Cultura pela GQ Brasil.


Sua obra integra o acervo de coleções como Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte do Rio, Musée d’Art Contemporain de Lyon, Perez Art Museum Miami e Guggenheim Abu Dhabi.


Serviço


Exposição

Novo Poder: passabilidade.

Artista e curadoria: Maxwell Alexandre

Abertura dia 18 de abril de 2024, quinta-feira, às 19h.

Horários de visitação: 19 de abril a 29 de setembro de 2024. Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, das 10h às 19h30. Domingos e feriados, das 10h às 18h30.

Classificação etária: Livre

Local: Arte I – 5º andar

Recursos de acessibilidade: objetos táteis, libras e audiodescrição

Gratuito – Aberto ao público

 

SESC AVENIDA PAULISTA

Avenida Paulista, 119, Bela Vista, São Paulo

Fone: (11) 3170-0800

Transporte Público: Estação Brigadeiro do Metrô – 350m

Horário de funcionamento da unidade:

Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, das 10h às 19h30. Domingos e feriados, das 10h às 18h30.


Site: sescsp.org.br/avenidapaulista

Facebook: facebook.com/sescavpaulista Instagram: @sescavpaulista

X: https://twitter.com/sescavpaulista

Youtube: https://www.youtube.com/@SescAvPaulista

TikTok: https://www.tiktok.com/@sescavpaulista

quarta-feira, 10 de abril de 2024

exposição Um defeito de cor - SESC Pinheiros

 

Silvana_Mendes_Série I_Afetocolagens - Desconstrução de Visualidades Negativas em Corpos Negros_Silvana Mendes_2021

Chega a São Paulo Um defeito de cor, exposição que propõe uma revisão historiográfica da identidade brasileira por meio de uma seleção de obras em diálogo com o livro homônimo de Ana Maria Gonçalves 

Com curadoria compartilhada entre a autora mineira, Marcelo Campos e 

Amanda Bonan (MAR), itinerância da mostra abre para visitação a partir de 25 de abril, no Sesc Pinheiros, destacando as potências na produção de artistas contemporâneos negras e negros das Américas e de África  

De 25 de abril a 1º de dezembro, o Sesc Pinheiros recebe "Um Defeito de Cor". Resultado da parceria entre o Sesc São Paulo e a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), com a concepção original do Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR), a exposição é inspirada no livro homônimo da autora mineira Ana Maria Gonçalves, lançado em 2006.  A curadoria é da escritora ao lado de Marcelo Campos e Amanda Bonan. Após abertura no MAR, no Rio de Janeiro, e temporada no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB), em Salvador, a mostra chega à capital paulista. Por meio de obras de artes, faz alusão ao período do Brasil Império (1822-1889) para discutir os contextos sociais, culturais, econômicos e políticos do século 19 e seus desdobramentos em elementos contemporâneos. 

 

Ao todo, 372 peças entre arte têxtil, fotografias, instalações, cartazes, pinturas e esculturas de autoria de artistas do Brasil, da África e das Américas interpretam "Um defeito de cor", ganhador do prêmio Casa de las Américas e considerado um dos mais importantes clássicos da literatura afro-feminista e nacional. Assim como o livro, a exposição faz um enfrentamento às lacunas e ao apagamento da história da população negra ao contar a jornada de uma mulher africana nascida no início do século 19, escravizada no Brasil, e sua busca por um filho perdido. 

 

Dentre as novidades que serão apresentadas no Sesc Pinheiros estão os figurinos e croquis das fantasias do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, assinados pelo artista e carnavalesco Antônio Gonzaga, que se inspirou no livro de Ana Maria para desenvolver o samba-enredo do Carnaval 2024, no Rio de Janeiro. O desfile impulsionou a procura em livrarias físicas e digitais e elevou "Um defeito de cor" para a categoria de mais vendidos do Brasil. Além disso, estarão em exibição, pela primeira vez, um "Retrato de Ana Maria", quadro de Panmela Castro; "Bori - filha de Oxum", do artista e babalorixá Moisés Patrício, e "romaria", mural que será pintado por Emerson Rocha na entrada do Sesc Pinheiros, além de uma programação integrada, com ações educativas divulgadas ao longo do período expositivo. 

 

Dividida em dez núcleos não-lineares, que se espelham nos dez capítulos do livro, a exposição não é cronológica nem explicativa. O objetivo é trazer uma visão do Brasil com momentos históricos e recortes sociais transmitidos por meio de uma produção intelectual e de imagem presentes na arte contemporânea. A mostra faz um mergulho na essência de temas como os levantes negros, o empreendedorismo, o protagonismo feminino, o culto aos ancestrais e a África Contemporânea, que reexaminam os caminhos da população afro-brasileira desde os tempos de escravidão até os dias atuais, e fazem uma interpretação dos conceitos apresentados no romance, principalmente as origens e as identidades africanas que constituem a população, das quais ainda pouco se sabe. 

 

Ana Maria Gonçalves faz sua estreia na curadoria da mostra ao lado de Amanda Bonan e Marcelo Campos, ambos do Museu de Arte do Rio. A arquiteta Aline Arroyo assina a expografia, que teve consultoria de Ayrson Heráclito, e a paisagem sonora foi criada pelo pesquisador e músico Tiganá Santana, em colaboração com Jaqueline Coelho.  

 

"Retomar ao ‘Um defeito de cor’ e, desta vez, como participante da equipe de curadoria da exposição que leva o nome e a ideia do livro é, ao mesmo tempo, um conjunto de experiências antagônicas e complementares. Como também o é tudo que trata, por exemplo, da experiência dos povos tocados e transformados pela escravidão. ​​É um retorno no tempo e no espaço para um lugar que foi construído a várias mãos, e não menos sangue, dor e sofrimento", afirma Ana Maria. 

 

OBRAS INÉDITAS DA EXPOSIÇÃO EM SÃO PAULO 

Figurinos e croquis de fantasias do desfile "Um Defeito de Cor" da Escola de Samba Portela no Carnaval 2024; 

 

"Retrato da Ana Maria", de Panmela Castro; 

"romaria" (mural de entrada do Sesc Pinheiros), de Emerson Rocha; 

Minidocumentário, de Safira Moreira; 

"Bori - filha de Oxum" (2020), de Moisés Patrício; 

"Flechas para dentro" (2023), de Thiago Costa. 

  

Sobre o livro "Um defeito de cor" 

 

Escrito com base em uma detalhada pesquisa de documentos, o romance histórico acompanha a trajetória de Kehinde, mulher africana que, quando criança, é trazida ao Brasil como pessoa escravizada. Já adulta, consegue se alforriar e retornar ao seu país de origem. Anos mais tarde, ela viaja para o Rio de Janeiro em busca de um filho que fora vendido pelo pai da criança.  

 

Kehinde é inspirada em Luisa Mahin, revolucionária do período colonial do Brasil, símbolo da resistência negra do país, considerada heroína da Revolta dos Malês, o maior movimento de escravizados da história brasileira, ocorrido em Salvador, em 1835. Estima-se que Luisa Mahin tenha nascido por volta de 1812, na região da Costa da Mina, e trazida e escravizada em Salvador. Ela é tida como mãe do abolicionista Luís Gama.  

 

Curadoria​ 

 

Sobre Ana Maria Gonçalves  

Ana Maria Gonçalves é sócia fundadora da Terreiro Produções. Deixou a publicidade, área na qual trabalhou durante 15 anos, para escrever “Ao lado e à margem do que sentes por mim” e “Um defeito de cor”, ganhador do prêmio Casa de Las Américas (Cuba, 2007) e eleito como um dos principais livros para se entender o Brasil. Já publicou contos em Portugal, Itália e nos EUA, onde também morou por oito anos e ministrou cursos e palestras sobre questões raciais. Foi escritora residente em universidades como Tulane (New Orleans, LO), Stanford (Palo Alto, CA) e Middlebury (Middlebury, Vermont). Atualmente mora em São Paulo, é roteirista (“Rio Vermelho”), dramaturga (“Tchau, Querida!” e “Pretoperitamar”) e professora de escrita criativa. É cocuradora da exposição “Um defeito de cor”, eleita como a melhor exposição de 2022 pela revista seLecT_ceLesTe

  

Sobre Amanda Bonan 

Amanda Bonan nasceu em 1981 em Niterói, Rio de Janeiro. Doutora em Artes pela USP e mestre em Artes pela UERJ, trabalha como coordenadora da equipe de curadoria do MAR desde 2017, onde realizou a curadoria de exposições como “Crônicas cariocas”, “Um defeito de cor” e “Funk – um grito de ousadia e liberdade”.  

 

Sobre Marcelo Campos 

Marcelo Campos nasceu, vive e trabalha no Rio de Janeiro. É professor associado do Departamento de Teoria e História da Arte do Instituto de Artes da UERJ, curador chefe do Museu de Arte do Rio e doutor em Artes Visuais pelo PPGAV da Escola de Belas Artes/ UFRJ. Desenvolveu tese de doutorado sobre o conceito de brasilidade na arte contemporânea. Possui textos publicados sobre arte brasileira em periódicos, livros e catálogos nacionais e internacionais. 

 

 

SERVIÇO 

"Um Defeito de Cor" 

Curadoria: Amanda Bonan, Ana Maria Gonçalves e Marcelo Campos 

Abertura: 24 de abril, quarta-feira, às 19h 

Visitação: de 25 de abril a 1º de dezembro de 2024 

Horários: terça a sábado, das 10h30 às 21h; domingos e feriados, das 10h30 às 18h 

Local: Espaço Expositivo (2º andar) | Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 195 

Grátis | Livre 

Estacionamento no local. 

 

Agendamento de grupos através do e-mail:  

agendamento.pinheiros@sescsp.org.br 

 

Para informações sobre outras programações, acesse o portal: 

sescsp.org.br/pinheiros