concursos, exposições, curiosidades... sobre arte
escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

http://maregina-arte.blogspot.com/

sábado, 2 de dezembro de 2023

O MERGULH O - RENATA ADLER - FAROL SANTANDER- SP

 


Um dos novos nomes da arte contemporânea nacional, a carioca Renata Adler desembarca dia 08 de dezembro no Farol Santander, em São Paulo, com sua nova exposição O Mergulho, com curadoria de Marc Pottier. Há dois anos trabalhando nesse projeto, a proposta da artista não é apresentar apenas uma exposição, mas uma grande instalação imersiva, onde ela convida o público a entrar numa floresta cheia de camaleões. 

Na ocasião serão apresentadas 17 obras, entre elas; Amor Infinito e o Luto do Passado (2016/2017), Os Três Elos (2018), O Movimento D’água (2018), Chuva (2017) e Camaleões e o Caminho da Transformação (2017). Para a composição da instalação, a artista criou mais de 250 “camaleões” e 30 aquários, que ocuparão um andar do Farol Santander.

Os camaleões, que são sua assinatura artística, vão muito além apenas do animal, mas trazem duas características inerentes à esta criatura: adaptação e transmutação.


O camaleão é um símbolo. Passei a vida inteira tentando me modificar, sempre em busca de uma melhor versão de mim. Então, o camaleão me interessa muito não só pelo constante movimento da cor, ou a sobrevivência. Ele é um ser, como todos nós, em transformação. O DNA do meu trabalho está sempre na transmutação do ser e da matéria” comenta Renata sobre seu processo criativo.

A artista gosta de trabalhar com a madeira em seu formato mais bruto e com objetos aleatórios que trazem versatilidade e fazem parte da natureza. Da matéria prima, até o trabalho final, os camaleões ganham forma durante o processo e fazem jus à sua resiliência característica. Os “camaleões” são esculturas de finas colunas de madeira torneada que tem diferentes formas e são arredondadas, planas e pintadas em algumas partes.


“Apresentar no Farol Santander a exposição O Mergulho, de Renata Adler, inova nossa proposta de exposições imersivas, normalmente suportadas com recursos tecnológicos. Esta mostra apresenta os objetos (camaleões), criados pela artista utilizando madeira torneada, ora em seu estado natural, ora policromada, pendurados no teto da galeria e multiplicados pelo efeito do reflexo dos espelhos que forram as paredes, convidando o público a uma prazerosa imersão”, diz Maitê Leite, vice-presidente Institucional do Santander Brasil. 

Por vezes, aparecem elementos metálicos ou pequenos espelhos que contrariam a verticalidade da obra. Eles surgem do chão ou caem em chuva do teto. Os “camaleões” de Renata compõem, pelas paralelas que formam em sua apresentação, uma construção de retas cujo ponto de fuga desaparece à vista do espectador, imergindo-o nesta exposição-instalação. Como um caminho e no final dele, o público se depara com 30 aquários. Eles são vídeo-instalações que mostram o movimento da água como um rio. 

As transformações que Renata Adler propõe aqui fazem parte de suas interrogações artísticas e filosóficas: movimento, mudança, integração e sincronização - com todos os riscos e incertezas que este tipo de trabalho produz. O movimento tem um lugar essencial que a inspira. “Nada se perde, tudo se transforma. Uso isso na minha vida pessoal, profissional. É importante o movimento contínuo e a transformação do ser e da matéria. Isso gera paz e energia vital”, reflete a artista.

A instalação levará o público a uma grande verticalidade, liberando as energias e o colocando no meio do céu. Imerso em cores, fogo e água, no deslumbrante Farol Santander. “Estou feliz e ansiosa. A criação alimenta minha alma e é um privilégio montar meu trabalho em um dos cenários mais emblemáticos de São Paulo”, finaliza.


Sobre a artista:

Renata Adler é jornalista por formação e atuou em redações de grandes veículos como a Veja e TV Globo por mais de 10 anos. Ela se formou bacharel em artes pela Universidade em Boston, Massachusetts (EUA), Internacional Baccalaureate em fotografia e artes, complementou os estudos de artes visuais na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, tendo como mentor o professor João Carlos Goldberg. 

Realizou a exposição individual “O percurso dos planetas” no Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas, onde apresentou 25 obras que propunham um diálogo entre a terra e os planetas, fazendo uso de técnicas que provocavam reações químicas na matéria, luzes de led e elementos inusitados como café. 

Fez sucesso com a instalação interativa “Camaleões e o Caminho da Transformação” na exposição Monumental, na Marina da Glória, ao incentivar o público a cruzar um túnel “entre dois mundos”, “da inércia para o sucesso”, segundo ela. Os efeitos visuais ficavam por conta das esculturas de madeira penduradas na árvore ao lado. Em seguida fez uma exposição individual na Casa de Cultura Laura Alvim, Uma continua Transformação, com seus camaleões por todos os lados. Em São Paulo, fez uma instalação na exposição coletiva do projeto Circular, arte na Praça Adolpho Bloch. www.renataadler.com.br


Obras que serão expostas em O Mergulho

  • Camaleão I / Camaleão II / Camaleão III, 2008-2014/2017
  • Direção I / Direção II / Direção III, 2016/2017
  • Amor infinito e o luto do passado, 2016/2017
  • Camaleões e o Caminho da Transformação, 2017
  • Chuva, 2017
  • Os três elos, 2018
  • União, 2018
  • O Movimento d’água, 2018
  • Mergulho I, 2018
  • Instalação, 2018
  • O Poder da Transformação, 2018
  • Instalação com Camaleões, 2019
  • Camaleões


Ficha Técnica de O MERGULHO, por Renata Adler

ARTISTA Renata Adler

CURADORIA Marc Pottier

COORDENAÇÃO GERAL Kátia D’Ávillez Global Eventos / Roberto Bertani Bertani Arte e Cultura

PROJETO EXPOGRÁFICO Álvaro Razuk / Álvaro Razuk Arquitetura

ASSISTENTE DE EXPOGRAFIA Flávia Doudement, Thais Bernasconi Jardim | Álvaro Razuk Arquitetura

PRODUÇÃO EXECUTIVA N+1 Arte e Cultura

PRODUÇÃO Júlia Hallal / N+1 Arte e Cultura

IDENTIDADE VISUAL E DESIGN Bitty Nascimento e Silva / Bitty Design

FOTOGRAFIA, SOM E AUDIOVISUAL Bruno Pinheiro, Henrique Alvim, Júlia Hallal

COORDENADOR ADMINISTRATIVO Roberto Bertani / Bertani Arte e Cultura

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Maria Bertan / Bertani Arte e Cultura

CONSULTORIA CONTÁBIL E JURÍDICA Patrícia Galvão / Jotacont, Olivieri

ASSESSORIA DE IMPRENSA Marra Comunicação Motisuki Public Relations

AGRADECIMENTOS Airton Pimenta (Lightworks / Lepton), Henrique Rochelle


Sobre o Farol Santander São Paulo

Desde sua inauguração, em janeiro de 2018, o Farol Santander São Paulo, centro de cultura, turismo, lazer e gastronomia, já recebeu mais de 1,5 milhão de visitantes e apresentou mais de 40 exposições nos eixos temáticos e imersivos.

Construído para preservar o passado, iluminar o presente e transformar o futuro, as atrações do Farol Santander ocupam 19 dos 35 andares do edifício de 161 metros de altura que, por décadas, foi a maior estrutura de concreto armado da América do Sul.

As visitas começam pelo Hall do térreo, que surpreende com o famoso lustre de 13 metros de altura, pesando mais de 1,5 tonelada, passando pela Loja da Cidade e seguindo até o 26° andar. No Mirante do 26, o visitante poderá apreciar deliciosos cafés por Mag Café, enquanto admira uma das vistas mais famosas de São Paulo.

Do 24° ao 19° andar estão as galerias de arte que recebem exposições temporárias, apresentando trabalhos de diversos artistas nacionais e internacionais. E do 5º ao 2º andar, no Espaço Memória, os visitantes podem conhecer a história do prédio e da própria cidade de São Paulo. Esses andares preservam mobiliário original, executado pelo Liceu de Artes e Ofícios, expostos nas salas de reuniões, diretoria e presidência, ambientadas sonoramente para simular o funcionamento à época como Banco do Estado de São Paulo. Na galeria do 4º andar fica a obra Vista 360°, feita pelo artista brasileiro Vik Muniz exclusivamente para o Farol Santander São Paulo.

No subsolo do edifício, onde funcionava o cofre do Banco, está instalado o Bar do Cofre por SubAstor. O bar é ambientado com as características da época e pitadas contemporâneas em design e mobiliários, com carta de drinks especiais e aperitivos.

Outro espaço conectado a gastronomia é a Cozinha do 31 por Accademia Gastronomica, que mantém uma agenda semanal de cursos e aulas de gastronomia ministradas por renomados chefes de cozinha. E no 28º andar, o Boteco do 28 por Bar da Cidade, com um menu em referência à culinária da antiga Paulistânia, nascida da união entre ingredientes e costumes indígenas e portugueses.

Outro diferencial da instituição é a inusitada Pista do 21 por Rajas Skatepark, um dos maiores complexos esportivos para prática do skate do país, com instrutores homologados pela Federação Paulista da modalidade indoor. A pista de skate pode ser reservada para livre circuito de até sete skatistas por bateria e oferece agendamento de aulas.

Além dos andares culturais e gastronômicos, o prédio possui dois espaços exclusivos para eventos. No 25° andar, um incrível ambiente de 400m² decorado com elegante design, o Loft do 25 é um local sofisticado e contemporâneo que se adapta a diversos formatos de evento. E, no 8° andar, a Arena do 8 é o espaço ideal para palestras, encontros e debates, oferecendo equipamentos de áudio e vídeo, além da linda vista para o Vale do Anhangabaú e Avenida São João.


Santander e Cultura

O Santander é um reconhecido apoiador e difusor da Cultura em todos os países em que atua. No Brasil, não é diferente, o Banco acredita, investe e promove o acesso às mais distintas manifestações culturais e a democratização da cultura para a sociedade.

Além de patrocinar e promover parcerias com instituições e iniciativas culturais, como Museu do Amanhã (RJ), Festival de Música em Trancoso (BA) e a restauração do Mural Batalha dos Guararapes (PE) e do Museu do Ipiranga (SP), o Santander mantém seus próprios empreendimentos, como os Faróis Santander Porto Alegre e São Paulo, além do Teatro Santander e 033 Rooftop, na capital paulista.


SERVIÇO | O Mergulho,  de Renata Adler

Endereço: Rua João Brícola, 24 – Centro (estação São Bento – linha 1, azul do metrô)

Quando: 08/12/2023 a 03/03/2024

Site Farol Santander: farolsantander.com.br

Telefone Farol Santander: (11) 3553-5627

Funcionamento: terça-feira a domingo

Horários: 09h às 20h

Ingressos: R$ 35,00 (R$ 17,50, meia-entrada)

Cliente Santander: 10% de desconto comprando com o cartão Santander (em até 8 ingressos).

Cliente Santander Select: 10% de desconto comprando com o cartão Santander Select (em até 8 ingressos), e prioridade na fila de entrada para o Farol.

Compra online:  https://www.farolsantander.com.br/#/sp (vendas também na bilheteria local)

Classificação: livre

Artistas indígenas levam a praia de São Gabriel da Cachoeira, do Amazonas, para a “praia de paulista”

 

Créditos: Paulo Desana


Museu de arte de Rua de São Paulo (MAR), realiza mais um mural importante na cidade. Daiara Tukano inaugura mural na piscina do CEU Parque Novo Mundo. A arte teve a primeira colocação do edital do MAR, que realiza obras urbanas


Com o verão chegando em terras paulistanas, a famosa “praia de paulista” fica por conta dos parques ou piscinas dos aparelhos culturais, como os CÉUs. Para levar mais cor e alegria para o CEU Parque Novo Mundo, localizado na Zona Norte de São Paulo, a artista indígena Daiara Tukano, com colaboração do fotógrafo Paulo Desana, lança um mural de 240m² que conecta São Paulo com a cultura Amazônica. Também fazem parte do projeto, como convidados, a artista visual Larissa Yepa da etnia Tukano e os grafiteiros Renato Moll, Xchex, Caru Vieira e produção de Beatriz Santana. 


A produção é feita pela Gentilização, uma produtora de artes públicas de grandes proporções, como murais e empenas. A realização é da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, através do edital do Museu de Arte de Rua (MAR).


A arte traz uma cobra em cima da Serra de Curicuriari, conhecida como a Serra da Bela Adormecida. Para os povos indígenas do Alto Rio Negro, o mito da Cobra Canoa ou da “canoa da transformação”, explica como a humanidade foi formada no bojo da grande cobra, criando comunidades ao longo do rio. A Cobra, portanto, é a genitora, e o Lago de Leite seria o útero, sendo a responsável pelo transporte de todas as etnias pelo leito do rio e, por fim, o homem branco. Essa seria a visão dos povos indígenas do Rio Negro sobre a origem da humanidade. Já a Serra da Bela Adormecida é o monumento natural da cidade, como uma pintura. O complexo rochoso, na perspectiva de quem o observa da cidade, é de uma mulher que dorme com as mãos sobre o colo. 


“É a praia de São Gabriel da Cachoeira, do Amazonas, chegando na praia da Comunidade Marcone em São Paulo! Añû (gratidão/obrigada) pela oportunidade de realizar minha segunda arte mural na cidade de São Paulo, na comunidade linda da Marcone que nos acolheu tão bem”, conta Daiara.


A Bela Adormecida (Serra do Curicuriari)


"Além de embelezar o espaço público, esse mural inserido na periferia de São Paulo também é um convite para que a população dessa região saiba mais sobre a arte indígnena. Quando uma obra de arte é feita em um espaço público, ela se democratiza. É uma forma de levar um pouco da cultura e dos conhecimentos dos povos tradicionais brasileiros para a capital paulista”, explica Vera Nunes, fundadora da Gentilização.


Daiara Hori, nome tradicional Duhigô, pertence ao clã Uremiri Hãusiro Parameri do povo Yepá Mahsã, mais conhecido como Tukano. Nasceu em São Paulo em 1982, é artista, comunicadora independente, ativista dos direitos indígenas e pesquisadora em direitos humanos. 

Foto: Paulo Desana


Especializada em artes em grandes proporções, desde 2015 a Gentilização produz murais em todo o Brasil e viabiliza produções artísticas que sugerem um olhar de maior conexão e gentileza para o asfalto das cidades. As obras estão espalhadas por diversos territórios de São Paulo, Campinas, Salvador, Belém, entre outras. 


A Gentillização

A Gentilização é uma produtora de artes públicas de grandes proporções, como murais e empenas, fundada por Vera Nunes Santana, produtora de arte, apresentadora e especialista em projetos. Com o intuito de ampliar o acesso à arte e gerar impacto social, a Gentilização viabiliza produções artísticas que sugerem um olhar de maior conexão e gentileza para o asfalto das cidades. Por meio de uma curadoria artística apurada, voltada sobretudo para artistas decoloniais, utiliza a arte pública como ferramenta de manifestação.

https://www.instagram.com/gentilizacao/