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escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

A Revolta da Lâmpada, grupo ativista que reúne vários movimentos, faz marcha artística com falas, músicas e performances coletivas

Descrição: revolta da lampada.jpeg
Coletivo artístico vai às ruas para proclamar o fim do mundo

A Revolta da Lâmpada, grupo ativista que reúne vários movimentos, faz marcha artística com falas, músicas e performances coletivas. O ato acontece no sábado, 8 de fevereiro e vai da Praça do Ciclista, na avenida Paulista até o Largo do Arouche


Revolta da Lâmpada é um protesto artístico e político que acontece no dia 8 de fevereiro, sábado, com concentração na Praça do Ciclista, no bairro da Consolação - SP, a partir das 15h e será a quinta edição sob o tema: O fervo do fim do mundo.

“Antes a gente lutava era para evitar o fim do mundo, hoje lutamos para sobreviver em meio a ele. Para nós, o fim do mundo já chegou e senta na cadeira presidencial e nos principais gabinetes do país. A precarização do trabalho, da educação e da saúde, a destruição do meio ambiente, a manipulação desonesta da informação, o uso político oportunista da fé, a crescente falta de moradia e infraestrutura básica, a volta da fome, o terrorismo de estado, o genocídio nas periferias e aldeias, a afinidade de nossos governantes e parlamentares com ideais nazi-fascistas, o controle dos corpos, a censura às artes e o incentivo à violência contra a diversidade instauram cenários de fim do mundo para muitas populações”, afirmam membros do coletivo.Descrição: flyer.jpeg

O grupo vai se concentrar na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, e segue até o Largo do Arouche, e o objetivo simbólico do protesto festivo é acabar performaticamente com esse mundo para começar outro. "Queremos gerar a seguinte reflexão: quais corpos tem direito a um mundo melhor?", comentam membros do coletivo.

Desde 2014, A Revolta da Lâmpada vai à rua pelo "corpo livre”. A plataforma alia as lutas LGBTI+, negra, feminista, de pessoas vivendo com HIV, das pessoas com deficiência, do povo de santo, de refugiados/as e imigrantes, de trabalhadores/as, de artistas independentes, entre tantos outros corpos que estarão presentes. "Corpos que, em alguma instância, sofrem vários tipos de violências apenas por serem como são", explicam os membros.Descrição: revolta da lamppada 2.jpeg

O grupo também traz o mote “fervo também é luta”, porque acredita que política também se faz com celebração, performance e arte. "Estão convidadas pra estar com a gente as “corpas” dissidentes e sobreviventes para o ato do fim do mundo simbólico” finalizam.






Programação do apocalipse

O cortejo acontece em três atos: o antigo mundo, um culto de transição e o novo mundo.

Concentração a partir das 15h, :
- oficinas de cartazes;
 - rodas de rimas & poesias do apocalipse (com Transarau);
- apresentação da dupla Norma e Cistema (com Magô Tonhon e Gabriel Lodi) e
- Performance: "O que você quer atirar da borda da Terra Plana?", com a drag queen @divinakaskaria.
Às 16h30, começa oo Cortejo Rumo ao Novo Mundo com
- Ritual de Lavagem na Avenida Paulista;
- Desfiles das corpas livre;
- Sambada na cara das inimigas;
- Coreografias do Apocalipse dissidente com: chuca ácida, furacão sapatão, terremoto preto, tsunami trans, gordas sísmicas, tornado bixa, explosão bi&pan, incêndio positHIV e buraco na camada d'OZOMI.

Na sequência:
- Culto Travesti, com as artistas Alice Vilas Boas & VENI, que vão decretar o fim deste mundo para o início do novo.
- Arrastão Dionisíaco Rumo ao Novo Mundo.
- Túnel das "7 pregas do apocalipse" (portal para o novo mundo)
-Baile do Novo Mundo, no Largo do Arouche (com os coletivos Animalia e Marsha!)
+ hasteamento de bandeiras
+ projeções com Sladka Jerônimo Jerônimo,
+ performances e intervenções.

A programação completa pode ser vista no evento do Facebook. O Ato acontece através da colaboração coletiva e é possível  ajudar o evento monetariamente através do site de doações com recompensas. 


+ Revolta da Lampada

A RDL (Revolta da Lâmpada) é um coletivo interseccional e a(r)tivista, que junta diferentes grupos minoritários na luta pelo corpo livre desde novembro de 2014. Criamos espaços que somam a livre expressão artística com uma ação política focada em populações marginalizadas, onde se busca o direito ao corpo livre ao mesmo tempo em que se vive e celebra esse corpo. O coletivo teve sua inspiração de criação por conta de um dos casos mais emblemáticos de homofobia registrados em 2010.

Acreditamos que:
1) os corpos mais vulneráveis são os primeiros a sofrer com o avanço do conservadorismo - são eles os primeiros a serem apontados como "inimigos" para camuflar os processos de implosão da democracia;
2) os grupos minorizados são os corpos mais vulneráveis;
3) as minorias, somadas, são a esmagadora maioria;
4) não existe cura para o que não é doença;
5) a censura às artes, ao livre discurso, ao debate, ao aprendizado e a qualquer corpo fora do padrão estabelecido é um grave retrocesso democrático e deve ser combatida;
6) a cidade é das pessoas e para as pessoas.
7) política também se faz com arte e celebração

#corpolivre
#fervotambéméluta
#ofervodofimdomundo