MUSEU DA ENERGIA DE SÃO PAULO
Exposição “Onde os arquivos despertam” revela
curiosidades e bastidores de um acervo histórico
Mostra apresenta seleção do vasto acervo da Fundação Energia e Saneamento, instituição que preserva mais de 260 mil documentos iconográficos a respeito da história da energia no Estado; entrada é gratuita
No dia 14 de agosto (terça-feira), o Museu da Energia de São Paulo, mantido pela Fundação Energia e Saneamento, inaugura a sua nova exposição temporária, “Onde os arquivos despertam”. A mostra apresenta uma pequena fração do vasto acervo da Fundação Energia e Saneamento, composto por mais de 260 mil materiais iconográficos, 1.600 metros lineares de documentos textuais, entre outros, e que apresentam a história da energia, da industrialização e da urbanização na cidade e no Estado de São Paulo. Além de reunir fotografias, mapas e outros documentos curiosos, a exposição revela os bastidores do dia a dia em um acervo histórico, convidando o público a conhecer o ambiente de trabalho de um arquivo, seus profissionais e as práticas de tratamento e cuidado com os documentos.
Dentre os itens de acervo expostos, destacam-se desenhos arquitetônicos do Solar da Marquesa, último exemplar remanescente da arquitetura residencial urbana setecentista na Capital, e que, no início do século 20, pertenceu à The San Paulo Gas Company, empresa inglesa responsável pela implantação da iluminação pública a gás em São Paulo a partir de 1872; a exposição ainda apresenta fichas de funcionários da antiga companhia Light, que introduziu os bondes elétricos na cidade a partir de 1900 - os documentos registram a crescente presença de imigrantes na Capital neste período; e fotografias e documentos pessoais do engenheiro Catullo Branco, pioneironos estudos sobre energia eólica no país, nos anos 1930, deputado federal nos anos 1940 e responsável pelo projeto da Hidrovia Tietê-Paraná, umas das mais importantes do país. A mostra temporária permanece no museu até 13 de outubro.
A Fundação Energia e Saneamento salvaguarda, por meio de seu Núcleo de Documentação e Pesquisa (NDP), uma rica diversidade de documentos, como mapas, fotografias, arquivos textuais e audiovisuais e objetos museológicos, e que foram produzidos desde o final do século XIX e doados à instituição pelas empresas do setor de energia. Tais documentos permitem a compreensão das mudanças ocorridas na economia e na sociedade brasileiras ao longo do século XX, em parte pela influência da eletrificação no país e sua relação com os processos de urbanização e industrialização. A equipe do NDP, em conjunto com o Setor Educativo do museu, foi a responsável pela curadoria da exposição.
CICLO DE PALESTRAS “ARQUIVOS, MUSEUS E BIBLIOTECAS”
Integrando a programação da exposição, haverá a realização de um ciclo de palestras com o tema “Arquivos, Museus e Bibliotecas”. A primeira roda de conversa acontece no dia 25 de agosto. Às 11 horas, Marcia Pazin, Doutora e Mestre em História Social pela USP e docente do curso de Arquivologia da UNESP (Campus Marília), realiza uma palestra sobre memória institucional a partir da sua experiência no acervo da Fundação Energia e Saneamento. No mesmo dia, às 15 horas, Marilúcia Bottallo, museóloga especializada em Gestão de Informações e em Gestão institucional e diretora técnica do Instituto de Arte Contemporânea (IAC), compartilha sua vivência na área de documentação, conservação e extroversão de arquivos no setor das artes.
A exposição “Onde os arquivos despertam” conta com o apoio do Instituto de Arte Contemporânea – IAC e da Casa do Restaurador. O ciclo de palestras tem a colaboração das instituições IAC, Fundação Bunge, Museu da Imigração, Biblioteca Parque Villa-Lobos, Memorial da Resistência e Museu da Obra Salesiana.
OFICINA “DOCUMENTO DE FAMÍLIA”
Outra atividade paralela à exposição é a oficina "Documento de Família". Gratuita, a ação será realizada no dia 1º de setembro (sábado), às 10 horas, e oferecerá orientações da área de arquivística e conservação para o público que deseja saber como preservar, da forma mais adequada, fotos e documentos antigos de família. As vagas são limitadas e é necessário inscrever-se pelo e-mailsaopaulo@museudaenergia.org.br.
Ministrada pela profissional arquivista Maria Fernanda Mendes e Freitas, coordenadora de documentação da Fundação Energia e Saneamento, a oficina abordará a importância de se ter um acervo pessoal organizado e como tratar as documentações geradas ao longo da vida, sejam elas fotográficas ou textuais. O workshop ainda dará dicas para quem tem o hábito de acumular documentos físicos e digitais (o que guardar e o que descartar?), ensinando a melhor forma de acondicionamento e os tipos de materiais mais adequados (pastas, envelopes etc), além de orientações sobre o que fazer com documentos já danificados.
SOBRE A FUNDAÇÃO ENERGIA E SANEAMENTO
Criada em 1998, a Fundação Energia e Saneamento pesquisa, preserva e divulga o patrimônio histórico e cultural dos setores de energia e de saneamento ambiental. Atuando em várias regiões do Estado de São Paulo por meio da Rede Museu da Energia (São Paulo, Itu e Salesópolis) e do Núcleo de Documentação e Pesquisa, realiza ações culturais e educativas que reforçam conceitos de cidadania e incentivam o uso responsável de recursos naturais, trabalhando nos eixos de história, ciência, tecnologia e meio ambiente.
EMPRESAS MANTENEDORAS DA FUNDAÇÃO ENERGIA E SANEAMENTO
Cesp, Sabesp e Emae
PATROCINADOR DO MUSEU DA ENERGIA DE SÃO PAULO
CTG Brasil
SOBRE A CTG BRASIL
Criada em 2013, a CTG Brasil é uma subsidiária 100% controlada pela China Three Gorges Corporation. Com investimentos em 17 usinas hidrelétricas e 11 parques eólicos, o portfólio da CTG Brasil hoje tem uma capacidade total instalada de 8,27 GW. Segunda maior geradora privada de energia do país, a CTG Brasil conta com a dedicação de seus talentos locais e está comprometida em contribuir com matriz energética brasileira, pautada pela responsabilidade social e respeito ao meio ambiente.