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escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

http://maregina-arte.blogspot.com/

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

exposição A Cidade Inventada - Ione Saldanha - MASP

 


Ione Saldanha: A cidade inventada

MASP – 10.12.2021-6.3.2022
Ione Saldanha é uma figura pioneira, porém sem o devido reconhecimento na história da arte brasileira do século 20. Embora trabalhasse de maneira intuitiva, o desenvolvimento de sua obra tão rigorosa quanto poética ao longo de quase seis décadas demonstra uma extraordinária coerência. Uma série ou grupo de trabalhos se desdobra e evolui rumo ao próximo – desde as pinturas figurativas iniciais dos anos 1940 até os trabalhos abstratos nos anos 1950 e as pinturas em suportes tridimensionais a partir do final dos anos 1960.
Nesse sentido, pode-se pensar na pintura num campo expandido ou ampliado como motivo condutor do trabalho: Saldanha pintava sobre tela, papel, longas ripas de madeira, bambus, bobinas e, por fim, sobre todos de madeira empilhados. A cor e o construtivismo faziam parte do seu idioma – por um lado, suas várias paletas de cores ao longo dos anos são tão singulares quanto arrebatadoras; por outro, a geometria e a verticalidade sempre foram referências muito fortes na construção de seus trabalhos. No centro da obra de Saldanha há uma preocupação com uma certa representação ou invenção da cidade e da arquitetura, fosse ela real ou imaginada, daí o título desta exposição: Ione Saldanha: a cidade inventada. Nesse contexto, a artista passou das paisagens urbanas iniciais a construções arquitetônicas progressivamente abstratas, representadas de maneira fluida, delicada e orgânica, sempre trazendo a marca da mão da artista visível na superfície das pinturas, seja ela bidimensional ou tridimensional. Os Bambus, seus trabalhos mais icônicos, complexos, e verdadeiramente inovadores, são esculturas eretas que evocam a cultura brasileira popular e vernacular. De caráter antropomórfico, fazem referência tanto à cidade e à floresta, quanto ao sujeito que as habita, adquirindo uma qualidade instalativa sobretudo quando expostos em conjuntos.

Ainda que seja possível identificar uma série de preocupações em comum em seu trabalho e no de alguns de seus hoje consagrados contemporâneos (como Hélio Oiticica, Lygia Clark e Lygia Pape), Ione Saldanha nunca se associou a qualquer grupo ou movimento, algo incomum nos círculos artísticos brasileiros de meados do século passado. Em vez disso, a artista desenvolveu uma trajetória bastante reservada que lhe permitiu focar em seu trabalho tanto excepcional quanto prolífico, explorando múltiplas relações, diálogos e cruzamentos: entre abstração e figuração, geometria e paisagem, hard edge e artesanal, representação e apresentação, pintura e escultura, arte e vida, tudo imbuído de singulares e sutis combinações de cores.

O título desta exposição é inspirado no de uma mostra individual da artista intitulada Cidade inventada , realizada na Galeria Relevo no Rio de Janeiro, em 1962.

CURADORIA Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP

exposição OSGEMEOS: Segredos - Museu Oscar Niemeyer - Curitiba

 


A exposição “OSGEMEOS: Segredos”, realizada pelo MON, alcança 100 mil visitantes

Inaugurada em setembro de 2021 pelo Museu Oscar Niemeyer (MON), a mostra “OSGEMEOS: Segredos” contabilizou até agora 100 mil ingressos vendidos e continua em cartaz até abril deste ano. É a maior exposição já realizada pelos artistas. Ingressos devem ser adquiridos on-line, com horários agendados. 

 

A mostra realizada em Curitiba é uma produção original da Pinacoteca de São Paulo em parceria com o MON, apresentada pela Copel e viabilizada pelo Governo do Estado do Paraná.

 

Estão reunidos mais de 850 itens, entre pinturas, instalações imersivas e sonoras, esculturas, intervenções site specific, desenhos e cadernos de anotações dos artistas. A exposição ocupa todos os espaços expositivos da Torre e do Olho do MON e os ingressos podem ser agendados pelo site do Museu.

 

OSGEMEOS

A dupla de artistas formada pelos irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo (São Paulo, 1974) construiu uma trajetória no mundo das artes sem nunca ter perdido de vista o desejo de manter-se acessível ao grande público.

 

Esse percurso inclui a participação em mostras nas principais instituições internacionais, como o Hamburger Bahnhof, em Berlim, em 2019, com um projeto concebido em parceria com o grupo berlinense de breakdance Flying Steps – um dos mais premiados mundialmente; a Vancouver Biennale, no Canadá (2014); o MOCA – Museum of Contemporary Art, em Los Angeles (2011); o MOT – Museum of Contemporary Art Tokyo, em Tóquio, no Japão (2008); a Tate Modern, em Londres, no Reino Unido (2008), onde os artistas pintaram a fachada, e a Trienale de Milão (2006), entre outros. Ao longo de sua carreira, os irmãos também receberam convites para criar para os principais espaços públicos de mais de 60 países, incluindo Suécia, Alemanha, Portugal, Austrália, Cuba, Estados Unidos – com destaque para os telões eletrônicos da Times Square, em Nova York (2015) –, entre outros.

 

SOBRE O MON

O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura do Paraná. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com mais de 9 mil peças, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, sendo 17 mil metros quadrados de área para exposições, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina. Os principais patrocinadores da instituição, empresas que acreditam no papel transformador da arte e da cultura, são: Copel, Sanepar, Grupo Volvo América Latina, Vivo, Grupo Focus e Moinho Anaconda.

 

Serviço

“OSGEMEOS: Segredos”

Produção original da Pinacoteca de São Paulo

Até 3 de abril de 2022

Museu Oscar Niemeyer (MON)

Ingressos à venda no site: www.museuoscarniemeyer.org.br

Para visitar as demais exposições, os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria física ou on-line.

 

Museu Oscar Niemeyer

Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico

CEP 80530.230 - Curitiba | PR

+55 41 3350-4400


exposição coletiva Máscaras: fetiches e fantasmagorias - Paço das Artes

 


Paço das Artes recebe exposição coletiva Máscaras: fetiches e fantasmagorias

 

Gratuita, a visitação é de terça a sábado das 11h às 19h, domingos e feriados das 12h às 18h;

O espaço segue os protocolos das autoridades sanitárias de controle à pandemia;


A mostra coletiva Máscaras: fetiches e fantasmagorias”, presente no Paço das Artes - instituição que pertence à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, exibe trabalhos de quinze artistas contemporâneos e conta com a curadoria de Mirtes Marins de Oliveira. A exposição reúne pinturas, esculturas e instalações que estimulam a reflexão em torno de representações de corpos e objetos, personagens da história da arte, costumes e práticas da sociedade.

 

A exposição reúne obras dos artistas André Azevedo, Denilson Baniwa, Panmela Castro, Gustavo von Ha, Adão Iturrusgarai, Niobe Xandó, Leonilson, Giuseppe Capogrossi, Luisa Paraguai, Letícia Parente, Gretta Sarfaty, Antony Gormley, Martha Araújo, Efigênia Rolim, Gustavo Torrezan.

 

Organizada a partir de eixos que se entrecruzam e se sobrepõem, as obras dialogam com símbolos e têm por objetivo desorganizar, desconstruir e questionar as representações e a finalidade de objetos do cotidiano. A mostra também apresenta os conceitos das máscaras, fetiches, fantasmagorias ao longo da história.

 

Por dentro da exposição

 

Entre os destaques está o curta-metragem autobiográfico “Penumbra” de Panmela Castro.   A artista visual, ativista, grafiteira e performer registrou neste trabalho noites de solidão em seu ateliê durante a quarentena de 2020, apresentando o desdobramento de um grave problema social: o racismo.

 

Na performance “Pajé Onça” o artista visual e comunicador do Movimento Indígena Amazônico, Denilson Baniwa, revela a conexão do nosso universo com outros mundos (dos animais, das plantas e do invisível), guiado pelo pajé Maliri, membro mais forte e com maior conhecimento do povo Baniwa.

 

A pintora, artista multimídia com foco em fotografia e performance, Gretta Sarfaty apresenta a série de fotografias “Auto-Fotos I, II e III”. A artista busca questionar a representação do corpo como um lugar de transformação e passagem, além de abordar questões de certos regimes visuais.

 

Cartunista, humorista, escritor e artista visual, Adão Iturrusgarai, integra a exposição com a série Fetiche (Carros). As pinturas exibem veículos e máquinas, emblemas de força, rapidez e empoderamento, que se fundem aos corpos e as características humanas.

 

Também merece destaque a instalação “Cast Iron” na qual Antony Gormley representa um triplo fascínio e ponto de inflexão sobre os corpos na história da arte ocidental, a conexão com meditações filosóficas sobre futuros planetários e o de sua inserção em circuito mundial. O mesmo se dá com o artista Leonilson, cuja obra afetiva e existencial, marcada pela tragédia geracional do HIV, materializa o desejo de transcendência do tempo mundano por meio de símbolos extraídos da iconografia católica.

 

Já o artista, pesquisador, educador, Gustavo Torrezan exibe a escultura “Bandeirante”. O trabalho associa dois momentos da história: as recentes manifestações patrióticas ocorridas desde o segundo mandato da primeira presidenta eleita, cujos manifestantes fazem uso da camiseta amarela da equipe de futebol, com o bandeirantismo, quando colonizadores faziam uso de cavalos para assolar os povos originários.

 

 

SERVIÇO

Exposição Máscaras: fetiches e fantasmagorias” de Mirtes Marins de Oliveira

Até 13/03/22

Terça a sábado das 11h às 19h, domingos e feriados das 12h às 18h

Rua Albuquerque Lins, 1331 - Higienópolis, São Paulo/SP

Grátis

 

Paço das Artes

www.pacodasartes.org.br | www.mapa.pacodasartes.org.br

 

fonte:

Agência Galo | contato@agenciagalo.com