|
|
|
|
|
|
|
|
GEMA, de Eduarda Freire e Clara Johannpeter, abre a mostra não-coletiva “Melaço”, individual do casal de artistas Artur Ferreira e Felipa Queiroz com obras em suportes variados como desenhos, pinturas, esculturas, escaneamentos fotográficos, além de várias outras mídias e suportes que compõe a pesquisa do casal e, de cada um, individualmente. A curadoria é de Eduarda Freire.
Melaço é pensada para atender demandas da GEMA quando idealizou a mostra: um casal com pesquisas distintas, que poderia expor em um mesmo momento; um olhar curatorial que viu uma relação simbiótica entre as pesquisas distintas quando posicionadas lado a lado e a celebração, no período, do Dia de Santo Antônio, padroeiro dos casais enamorados.
“As convergências são consequências naturais do conjunto das obras”, explica a curadora. O corpo humano é ponto comum entre os temas desenvolvidos por Artur Ferreira e Felipa Queiroz . De formas distintas, ambos acabam por explorar transmutações da figura masculina, seja pelo exagero nas proporções anatômicas do corpo, ou na retração de personagens do imaginário televisivo da virada do século.
O ponto de união de Melaço está nas funções que o nome sugere: mel, afeto, união, carinho, intimidade, o ser um em dois. Enquanto Felipa, andrógina, figura limítrofe em questão de gênero, cria pinturas sobre análise da figura masculina mais andrógina, com especial atenção à forma de montagem do suporte – proporciona dinamismo ao trabalho final. Artur demonstra intimidade maior com o desenho do humano que lhe possibilita o exagero em algumas proporções; liberdade possível pelo conhecimento anatômico. Seu trabalho se apresenta mais sóbrio, carvão sobre tela crua.
A disparidade dicotômica, ao invés de distanciá-los, aproxima. A noção inconsciente de pertencimento ao universo do casal, possibilita leituras curatoriais idílicas. Fotografias posicionadas próximas a esculturas, “ fazem com que o imaginário crie relação entre os dois: quando uma vela encontra um sabonete?”, exemplifica Eduarda Freire.
Melaço nos induz à uma leitura do conjunto que sugere a intimidade do casal.
SERVIÇO
Exposição: Melaço
Artistas: Artur Ferreira e Felipa Queiroz
Curadoria: Eduarda Freire
Abertura: 05 de junho, domingo, das 14h às 20h
Período: de 06 a 19 de junho de 2022
Local: GEMA
Endereço: Rua Venezuela 365 – Jardim América, SP
Horários: de quinta a segunda-feira - das 13 às 20h [ou com agendamento pelo DM @gemagemagemagema ou (21) 98282-0099]
Técnica: desenhos, pinturas, esculturas, escaneamentos fotográficos, mídias diversas
Dimensões: variadas
Preço: sob consulta
Michelle Rosset
A Extensão do Hiato
“Todo gesto artístico é uma operação criadora ocorrida num determinado tempo e espaço”. SB
A BELIZARIO Galeria abre a mostra “A Extensão do Hiato”, da artista plástica Michelle Rosset onde são exibidas séries de trabalhos inéditos criados durante o período da pandemia que abrangem suportes e técnicas diversas como colagens, fotografias e esculturas onde, “através da manipulação e dos movimentos destes materiais, observo as novas formas geométricas e trabalho nas possibilidades e arranjos possíveis entre elas”, explica a artista. O texto crítico é de Shannon Botelho e curadoria de Orlando Lemos.
Durante o período de afastamento social a que todos foram submetidos, a artista começou a observar, com mais atenção, os objetos de sua casa e as novas formas que surgiam no espaço quando tocadas pelos raios de sol; as sombras projetadas nos espaços se transmutam em contornos estéticos oferecendo novas formas artísticas que possibilitavam novos significados. Mente inquieta, a artista começa a questionar as distâncias e o próprio espaço ação que vem a servir como base para o título da mostra - “A Extensão do Hiato” - já que, aos olhos de Michelle Rosset, ‘extensão’ pode se referir à distância entre as pessoas enquanto ‘hiato’ sugere separação.
Isolada em seu processo de criação, a artista busca compreender fatores como o tempo, o lugar e as distâncias, criando pontes entre o local de confinamento, o lar feminino e o universo fragilizado; integrando o lar feminino ao mundo masculino através da utilização da trena de madeira, objeto característico do mundo masculino da construção civil. “Com um ponto de partida de apenas um objeto, procuro transformar através da dobra e do corte as múltiplas possibilidades de visualização”, diz a artista. O resultado da pesquisa gera obras com uma forte relação entre geometria e cor, onde a forma triangular dos reflexos da luz solar decompõe a luz branca em um espectro de cores.
Nas palavras de Shannon Botelho, “a cor, como estrutura e instância do tempo, tornou-se a própria coesão da poética formulada por Michelle. Mas como falar da pujança das cores e não situar a sua função estrutural nas formas geométricas? Pois, há algo despontando na pesquisa da artista, que é a noção construtiva da cor que formula engates e áreas de jogo, onde as experiências visuais tecem seu sentido não narrativo, mas puramente abstrato”.
Michelle Rosset faz com que o público busque por novas formas de comunicação onde o “falar” não seja necessariamente a principal. Através dos grafismos, a artista desconstrói as cifras de comunicação para redefinir um novo formato de fala!
“A Extensão do Hiato é, portanto, a face palpável de uma duração que se configura como resultado da experiência de Michelle Rosset, seu embate com a percepção do tempo – e do espaço – no ato criador”. Shannon Botelho
Para imagens e textos, clique AQUI
SERVIÇO
Exposição: “A Extensão do Hiato”
Artista: Michelle Rosset
Texto Crítico: Shannon Botellho
Curadoria: Orlando Lemos
Abertura: 11 de junho de 2022, sábado, das 14h às 18h
Período: de 13 de junho a 09 de julho de 2022
Local: BELIZÁRIO Galeria
Endereço: Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 491 – Pinheiros
Telefone: (11) 3816.2404
Horários: de segunda a sexta-feira, das 10h às 19hs; sábado das 11 às 15hs
Site: https://belizariogaleria.com.
Instagram: @belizariogaleria
Facebook: @BelizarioGaleria
E-mail: contato@belizariogaleria.com.
À primeira vista, o padre Júlio Lancellotti e o grafiteiro Enivo podem parecer figuras distantes. Não são. Enivo, profundo admirador do padre, passou a acompanhar sua atuação cada vez mais de perto para criar as telas que compõem a exposição “AFETO”, nova mostra do Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, sob curadoria de Simon Watson.
As 17 telas têm por tema as populações humildes que habitam nas calçadas, ocupações e abrigos de São Paulo. "Afeto é sobre ligações afetivas mas também sobre aquilo que nos afeta", explica o artista, citando ações beneficentes e o engajamento do padre no combate à aparofobia – hostilidade contra moradores de rua (e contra pessoas pobres de maneira geral) que se manifesta por meio de ações do poder público e privado. Algumas das telas reproduzem cenas de Lancelotti oferecendo água e comida, cuidando de crianças e conversando com os desabrigados; outras são retratos dos próprios moradores, numa narrativa que alterna desalento e esperança.
Para ambientação, Enivo foi convidado a desenhar cenas da cidade diretamente nas paredes do museu, numa espécie de afresco contemporâneo. Em cima desses desenhos em carvão, de grandes dimensões, serão penduradas as telas a óleo e spray. "A expografia que imaginamos se relaciona diretamente com seu método de trabalho nas ruas: quando ele vê uma parede nua, ele começa fazendo um esboço preparatório que depois ele sobrepõe tornando a imagem cada vez mais aparente", explica Simon Watson, "Ao contrário de seu trabalho nas ruas, aqui no museu o toque final é colocar telas prontas nas paredes do museu."
Origens da pesquisa
Seguidor do Padre Júlio Lancelotti nas redes sociais, Enivo viu-se cada vez mais comovido com sua denúncia diária das condições precárias da vida na rua e motivado por sua postura e engajamento. Primeiro, se aproximou dos fotógrafos que o acompanham - Daniel Kfouri, Lukas Juhler e Victor Angelo - e, aos poucos, passou a acompanhar algumas ações na paróquia de São Miguel Arcanjo, no bairro da Mooca. Para o artista, o padre Lancellotti atua como um elo entre a rua e a instituição, seja ela a igreja ou o museu. "Ele está o tempo confrontando um monte de gente, de órgãos, denunciando situações, sendo ameaçado. É o papel do grafiteiro também", compara Enivo.
Outro paralelo importante é feito pelo curador ao comparar as obras contemporâneas e multicoloridas do artista com algumas peças coleção permanente do museu, em especial com alguns oratórios dos séculos XVIII e XIX "Peças como o Oratório de Santa Isabel, feito por Benedito Amro de Oliveira (1848-1923) claramente trazem a mão de pintores e artistas populares, pinturas à mão livre de um mundo de árvores e flores, morros e casas", sugere Simon Watson, que não hesita em recuperar o espírito inventivo presente nas duas produções.
Projeto LUZ Contemporânea
LUZ Contemporânea é um programa de exposições de arte contemporânea que se desdobra em eventos e ações culturais diversas, públicas e privadas. Desenvolvido pelo curador Simon Watson, o projeto, atualmente, encontra-se baseado no Museu de Arte Sacra de São Paulo. Nesse espaço, LUZ Contemporânea apresenta exposições temáticas de artistas convidados, de modo a estabelecer diálogos conceituais e materiais com obras do acervo histórico da instituição. Embora fortemente focada no cenário artístico brasileiro atual, LUZ Contemporânea está comprometida com uma variedade de práticas, cultivando parcerias com artistas performáticos e organizações que produzem eventos de arte.
Exposição: “Afeto”
Artista: ENIVO
Curadoria: Simon Watson
Abertura: 18 de junho – sábado – das 11h às 14h
Período: de 19 de junho a 07 de agosto de 2022
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo || MAS/SP
Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo (ao lado da estação Tiradentes do Metrô)
Francesca Leone presenta a Venezia, fino al 27 novembre, l’Evento Collaterale “Take your time”, percorso installativo inedito promosso e organizzato da Nomas Foundation, in occasione della 59. Esposizione Internazionale d’Arte.
Il progetto espositivo, a cura di Danilo Eccher, prende vita a partire dalle riflessioni intorno alle restrizioni imposte dalla pandemia e alla sospensione del tempo collettivo e individuale che ha caratterizzato il tempo pandemico, interrogandosi sul rapporto tra umano, tempo e materia. L’artista scompone, forgia, plasma, scolpisce, dipinge la materia marginalizzata, gettata, scartata fino a restituirle una vita poetica.
Il pubblico è invitato a muoversi all’interno di un percorso installativo modulato in spazi fluidi, separati ma connessi fra loro, per entrare in una condizione sospesa tra esperienza personale e pubblica, tra immaginario intimo e universale, tra dimensione terrena e cosmica. Qui il tempo assume un valore di riflessività estetica necessario alla ridefinizione del sé e del senso delle proprie azioni in rapporto con il mondo. La serie di installazioni immersive genera un vero viaggio nel tempo, dove ogni opera si pone come strumento di riflessione sul tema del consumo del tempo come uno degli effetti deteriori di Antropocene e invita a esplorare un nuovo rapporto con la materia, non più estrattivo ma restitutivo.
Il viaggio d’arte di Francesca Leone continua con la partecipazione, assieme a MAGAZZINO, alla sezione UNLIMITED di Art Basel 2022 con l’opera Si può illuminare un cielo melmoso e nero?. L’installazione, in mostra dal 16 al 19 giugno 2022 a Basilea, esplora il tema del disorientamento e della mancanza di punti di riferimento. I fogli di metallo riciclato che la compongono, trattati con stratificazione di colore e posizionati sul soffitto dello spazio, rievocano l’immagine di un cielo denso e scuro, che il visitatore è invitato ad ammirare in tutta la sua eleganza dal basso.
Crediti: Ph. Ugo Carmeni
|