Grupo de estudos e acompanhamento de projetos em fotografia com ênfase na produção de fotolivro. Datas e Horários Quartas-feiras, das 19h às 22h (2ª e 4ª semanas do mês) | ||
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concursos, exposições, curiosidades... sobre arte
escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)
http://maregina-arte.blogspot.com/
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terça-feira, 16 de abril de 2019
Grupo de Estudos: narrativas visuais e o fotolivro
Diálogos em Papel
Pinta-me a curva destes céus… Agora,
Ereta, ao fundo, a cordilheira apruma:
Pinta as nuvens de fogo de uma em uma,
E alto, entre as nuvens, o raiar da aurora.
Solta, ondulando, os véus de espessa bruma,
E o vale pinta, e, pelo vale em fora,
A correnteza túrubida e sonora
Do Paraíba, em torvelins de espuma.
(BILAC, 2007, P.43)
Ereta, ao fundo, a cordilheira apruma:
Pinta as nuvens de fogo de uma em uma,
E alto, entre as nuvens, o raiar da aurora.
Solta, ondulando, os véus de espessa bruma,
E o vale pinta, e, pelo vale em fora,
A correnteza túrubida e sonora
Do Paraíba, em torvelins de espuma.
(BILAC, 2007, P.43)
Corre o lápis ou o pincel no despovoado espaço, em busca de formas e de cores, averiguando os mundos que habitam o criativo espírito do artista.
Desprendem-se de sua consciêcia, esses mundos, saltam aleatórios e aflitos
pelos campos da obra, que emerge e que irrompe. Ávida por florescer em
significado e em cores, a obra desponta, ora por sinuosas linhas, ora por retas;
seu feitio vai tomando corpo e ela se torna ela própria, com personalidade e
com o entalhe que a mão do artista cunhou.
Mas os encantos da Arte precedem a obra; tem inicio no espaço da criação, onde a mão de quem faz irá repousar seu pensamento, seu mundo e suas cores. Possivelmente esse caminho foi percorrido pelos artistas da Mostra Diálogos em Papel, sob curadoria da artista plástica Rita Caruzzo. A exposição tem o apoio da empresa de papéis Moinho Brasil e o texto de abertura é de Enock Sacramento. O projeto conta com uma instalação de obras de 32 artistas, cada qual com sua linguagem própria e sua forma de trabalhar com a
Arte. Todas as obras foram elaboradas em papéis da empresa, confeccionados
especial e artesanalmente, a pedido de cada artista, com texturas e gramaturas
diferenciadas, para que a criatividade fluísse sobre a superfície adequada a
cada linguagem e técnica.
A empresa Moinho Brasil se localiza no interior do Estado de São Paulo, na cidade de Assis e foi fundada em 1985 por Renata Telles e por Antônio Eduardo Bosquê (in memoriam) com o propósito de reciclar resíduos agrícolas obtendo as mais diversas fibras para a confecção de papéis artesanais. O trabalho sempre se fundamentou em pesquisas e na sustentabilidade unindo o universo agrícola ao urbano nas etapas de recuperação de áreas rurais; na agricultura integrada; na extração de fibra para papéis; e na confecção de papéis. A empresa desenvolveu uma metodologia para a produção de papéis em escala, área em que é pioneira no país. A parceria com a Izumi Comércio de Papéis Artesanais reforçou a proposta de sustentabilidade.
A exposição tem abertura marcada para o dia 13 de abril, de 2019, às 15 horas, na Beto Damasceno Galeria de Arte, Shopping Golden Square, São Bernardo do Campo, onde ficará até o dia 30 de abril.
Entre as mãos que executaram as obras estão as dos artistas Ana Bittar, Alexandre Augusto, Betto Damasceno, Daniella Guarda, Dircea Mountfort,
Fátima Lourenço, Iolanda Cimino, Isa Godoy, Jorge Luis Mendez, Júlia Matos/Gustavo Conti, Juliane Mai, Junco Matsuoka, Kazuhe Shizuru, Luiz Carlos Officina, Mlu Montesino, Marcela Amaro, Marilda Passos, Omar Jee, Patrícia Amato, Paulo Sayeg, Rafael Murió, Rogério Carnaval, Rosane Viegas, Rosângela Vig, Sandra Lozano, Sérgio Biro, Silvana Ran, Soso Botture, Suzana Meyer, Titina Corso, Vera Ranzini e Vilma Kano. A abertura contará com apresentação musical e de dobradura.
Sempre presente no cotidiano, “o papel é um material tão importante na vida moderna, que a gente até esquece que ele não existiu sempre” (ROCHA, 1992, p.4). Sua história remonta o Egito Antigo, quando o papel foi inventado, a partir do papiro, uma planta da região. O material servia de suporte para a escrita e foi utilizado largamente nos países do Mediterrâneo, por milhares de anos. Em outros lugares, devido ao clima, surgia o pergaminho, feito a partir da raspagem e polimento da pele de animais. Entre os gregos e os romanos, da Antiguidade, eram comuns as tábuas de madeira cobertas com gesso ou cera.
Na China antiga, a invenção do pincel de pelos levou à escrita em seda, mas como a seda era muito dispendiosa, houve a necessidade de se criar as primeiras folhas de papel, a partir de fibra vegetal de cascas de árvores. Depois de oitocentos anos mantida em segredo, a fabricação do papel pelos chineses
ultrapassou fronteiras e chegou à Europa e a países árabes. O papel como
conhecemos hoje passou a ser utillizado em larga escala com a invenção da
imprensa.
E o papel passa por essa modernidade afobada, em seu ocupado dia a dia; é tão necessário em tantas fases da vida, dos primeiros desenhos e letrinhas da infância; aos mais importantes documentos e registros da fase adulta.
Aqui, o papel é artesanal, feito especialmente para cada artista. É matéria prima para a produção de obras, em suas diversificadas técnicas. O papel deixa então de ser uma simples folha, adquire o encanto, que tem princípio no toque das mãos do artista a lhe sentir a textura, a densidade, as saliências. O papel passa então a percorrer outros caminhos, destina-se a trafegar pela mente inventiva que por ele se debruça. Eis que a Arte desponta, floresce e encanta.
Desprendem-se de sua consciêcia, esses mundos, saltam aleatórios e aflitos
pelos campos da obra, que emerge e que irrompe. Ávida por florescer em
significado e em cores, a obra desponta, ora por sinuosas linhas, ora por retas;
seu feitio vai tomando corpo e ela se torna ela própria, com personalidade e
com o entalhe que a mão do artista cunhou.
Mas os encantos da Arte precedem a obra; tem inicio no espaço da criação, onde a mão de quem faz irá repousar seu pensamento, seu mundo e suas cores. Possivelmente esse caminho foi percorrido pelos artistas da Mostra Diálogos em Papel, sob curadoria da artista plástica Rita Caruzzo. A exposição tem o apoio da empresa de papéis Moinho Brasil e o texto de abertura é de Enock Sacramento. O projeto conta com uma instalação de obras de 32 artistas, cada qual com sua linguagem própria e sua forma de trabalhar com a
Arte. Todas as obras foram elaboradas em papéis da empresa, confeccionados
especial e artesanalmente, a pedido de cada artista, com texturas e gramaturas
diferenciadas, para que a criatividade fluísse sobre a superfície adequada a
cada linguagem e técnica.
A empresa Moinho Brasil se localiza no interior do Estado de São Paulo, na cidade de Assis e foi fundada em 1985 por Renata Telles e por Antônio Eduardo Bosquê (in memoriam) com o propósito de reciclar resíduos agrícolas obtendo as mais diversas fibras para a confecção de papéis artesanais. O trabalho sempre se fundamentou em pesquisas e na sustentabilidade unindo o universo agrícola ao urbano nas etapas de recuperação de áreas rurais; na agricultura integrada; na extração de fibra para papéis; e na confecção de papéis. A empresa desenvolveu uma metodologia para a produção de papéis em escala, área em que é pioneira no país. A parceria com a Izumi Comércio de Papéis Artesanais reforçou a proposta de sustentabilidade.
A exposição tem abertura marcada para o dia 13 de abril, de 2019, às 15 horas, na Beto Damasceno Galeria de Arte, Shopping Golden Square, São Bernardo do Campo, onde ficará até o dia 30 de abril.
Entre as mãos que executaram as obras estão as dos artistas Ana Bittar, Alexandre Augusto, Betto Damasceno, Daniella Guarda, Dircea Mountfort,
Fátima Lourenço, Iolanda Cimino, Isa Godoy, Jorge Luis Mendez, Júlia Matos/Gustavo Conti, Juliane Mai, Junco Matsuoka, Kazuhe Shizuru, Luiz Carlos Officina, Mlu Montesino, Marcela Amaro, Marilda Passos, Omar Jee, Patrícia Amato, Paulo Sayeg, Rafael Murió, Rogério Carnaval, Rosane Viegas, Rosângela Vig, Sandra Lozano, Sérgio Biro, Silvana Ran, Soso Botture, Suzana Meyer, Titina Corso, Vera Ranzini e Vilma Kano. A abertura contará com apresentação musical e de dobradura.
Sempre presente no cotidiano, “o papel é um material tão importante na vida moderna, que a gente até esquece que ele não existiu sempre” (ROCHA, 1992, p.4). Sua história remonta o Egito Antigo, quando o papel foi inventado, a partir do papiro, uma planta da região. O material servia de suporte para a escrita e foi utilizado largamente nos países do Mediterrâneo, por milhares de anos. Em outros lugares, devido ao clima, surgia o pergaminho, feito a partir da raspagem e polimento da pele de animais. Entre os gregos e os romanos, da Antiguidade, eram comuns as tábuas de madeira cobertas com gesso ou cera.
Na China antiga, a invenção do pincel de pelos levou à escrita em seda, mas como a seda era muito dispendiosa, houve a necessidade de se criar as primeiras folhas de papel, a partir de fibra vegetal de cascas de árvores. Depois de oitocentos anos mantida em segredo, a fabricação do papel pelos chineses
ultrapassou fronteiras e chegou à Europa e a países árabes. O papel como
conhecemos hoje passou a ser utillizado em larga escala com a invenção da
imprensa.
E o papel passa por essa modernidade afobada, em seu ocupado dia a dia; é tão necessário em tantas fases da vida, dos primeiros desenhos e letrinhas da infância; aos mais importantes documentos e registros da fase adulta.
Aqui, o papel é artesanal, feito especialmente para cada artista. É matéria prima para a produção de obras, em suas diversificadas técnicas. O papel deixa então de ser uma simples folha, adquire o encanto, que tem princípio no toque das mãos do artista a lhe sentir a textura, a densidade, as saliências. O papel passa então a percorrer outros caminhos, destina-se a trafegar pela mente inventiva que por ele se debruça. Eis que a Arte desponta, floresce e encanta.
Sê apenas uma presença silenciosa.
Todas
Todas
Sê apenas uma presença silenciosa.
Todas as coisas esperam a luz,
Sem dizerem que a esperam.
Sem saberem que existe.
Todas as coisas esperarão por ti,
Sem te falarem,
Sem lhe falares.
(MEIRELES, 1982, p.XXIII).I/
Todas as coisas esperam a luz,
Sem dizerem que a esperam.
Sem saberem que existe.
Todas as coisas esperarão por ti,
Sem te falarem,
Sem lhe falares.
(MEIRELES, 1982, p.XXIII).I/
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