TRANSFERÊNCIA INTERNA
Exposição Coletiva
Artistas participantes:
Cláudio Boczon, Hugo Mendes, Renato Torres, Rudinei Nicola e Valdir
Francisco
Abertura- 10 de maio- 19h
Visitação- 10 a 27 de maio- seg a sex- 14h às 21h
Local:
Galeria Adalice Araújo, na Universidade Tuiuti do Paraná
Rua Sydnei A Rangel Santos, 238, sala 107 bloco b,
Bairro Santo Inácio, Curitiba – PR, f. Fone 41 3331 7700
TRANSFERÊNCIA INTERNA
A exposição “Transferência Interna” é composta por obras de 5 artistas que em seus trabalhos estabelecem um diálogo entre arquitetura e gravura. Na produção de cada artista encontram-se singularidades dessa relação, que acabam por ultrapassar as questões técnicas da gravura de Arte.
Claudio Boczon apresenta obras que estabelecem relações com a arquitetura em dois momentos: Durante o processo de impressão e no momento de apresentação no local expositivo. As impressões são realizadas a partir de placas de ardósia utilizadas para revestimento de pisos e calçadas. Essas impressões apresentam possibilidades de moldar o espaço físico em que as gravuras serão expostas, destacando cantos, detalhes e elementos que normalmente se anulam para dar lugar à obra de Arte.
Hugo Mendes altera o espaço expositivo, e para tanto, traz a gravura como agente transformador. Para a exposição em questão, propõe a inserção de imagens do verso de cartas de baralho no teto da galeria, substituindo as placas de isopor que revestem o forro do espaço. A escolha pelas imagens de cartas de baralho remete à história da gravura, mais especificamente às primeiras utilizações da gravura no ocidente.
Renato Torres apresenta trabalhos resultantes de reflexões sobre cor na gravura, e sobre a utilização de matrizes provenientes de mobiliários e de equipamentos abandonados, os quais possuem gravações próprias de sua utilização. Essa utilização agrega uma discussão de materialidade, e de história gravada pelo tempo. As imagens gravadas são construídas no coletivo, e retrabalhadas por meio de interferências de cor e de intervalos de espaços vazios.
Nos trabalhos de Rudinei Nicola o ponto de partida é a xilogravura, porém de uma maneira pouco convencional. A matriz é a própria casa do artista. As gravuras foram produzidas a partir de imagens entalhadas em paredes, móveis e assoalho. No embate com a matéria o corpo se adaptou a imagem, seja ela em pé ou deitada. Até alcançar a madeira foi necessário “descascar”, entrar em contato com as camadas de tinta, verniz ou cera que cobrem a casa e se transformam em pele, ora deixando marcas, ora escondendo-as. O tamanho das imagens estabelece uma relação de soma, de junção de pequenos fragmentos que potencializam significados.
Valdir Francisco parte da observação de espaços urbanos para construir suas imagens. Após buscar detalhes, o artista seleciona elementos como: lambrequins, adornos de ferro e recentemente com os cobogós, que passam a ser retrabalhados por meio da gravura. A imagem gravada na mente é transferida para uma matriz, que através de sulcos ou outros meios transformam-se em novas imagens que serão impressas em papel, tecido de seda ou argila. Retirados de seu contexto original e observados como objetos de design passam a configurar na argila, no MDF e na linóleogravura novas imagens, propondo sensações que remetem ao passado dos moradores locais.
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