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escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

http://maregina-arte.blogspot.com/

quinta-feira, 2 de março de 2023

mostra "Marília Kranz: relevos e pinturas” - Galatea - SP

 

Galatea abre "Marília Kranz: relevos e pinturas", uma retrospectiva da artista plástica carioca

Com espólio representado pela galeria desde o fim do ano passado (2022), Marília Kranz é contemplada em mostra individual com uma seleção de 30 obras, entre esculturas e pinturas

Informações à imprensa
Fevereiro de 2023

                                                                            

Marília Kranz. Transforma n-I, 1969. Tinta acrílica e madeira sobre eucatex. Créditos: Ding Musa 

Marília Kranz. Lembranças, 2002. Assinada, datada, titulada e localizada no verso. Óleo sobre linho. Créditos: Rafael Salim


A partir do dia 09 de marçoquinta-feira, às 18h, a Galatea expõe um panorama retrospectivo da obra de Marília Kranz (1937-2017). Nascida no Rio de Janeiro, Marília foi pintora, desenhista e escultora, e passou a ter seu espólio oficialmente representado pela galeria paulista a partir do ano passado. A mostra "Marília Kranz: relevos e pinturas” apresentará cerca de 30 obras, entre esculturas e pinturas, que cobrem a trajetória percorrida pela artista desde os anos 60, fase inicial de sua produção, até os anos 2000. Quem assina o projeto expográfico da mostra é Marieta Ferber, designer e diretora de arte.

A escolha do nome de Marília Kranz surgiu através de uma pesquisa de Conrado Mesquita, um dos sócios da galeria, que estabeleceu contato com as filhas da artista. Então responsáveis pelo espólio da artista, ficaram muito entusiasmadas com esse projeto de resgate de sua obra no contexto atual da arte no Brasil e com a expansão do seu alcance para além do mercado do Rio de Janeiro, onde a artista sempre foi apreciada.

Pioneira na luta pelo feminismo, Marília Kranz dedicou-se, nos primeiros anos de sua carreira, ao desenho e ao estudo da pintura. Em dado momento, começou a explorar o campo da abstração geométrica, produzindo em relevos como gesso, papelão e madeira, e que integraram a sua primeira exposição individual, em 1968, na Galeria Oca, no Rio de Janeiro. Em 1969, ao retornar de viagens que fez à Europa e aos Estados Unidos, passou a produzir os relevos a partir da técnica de moldagem a vácuo (vacuum forming), usando plástico, fibra de vidro, resina e esmaltes industriais; além de esculturas em acrílico cortado e polido, chamadas de Contraformas. 

A técnica foi inovadora, já que, à época, era pouco difundida no Brasil até mesmo no setor industrial. Além disso, o conteúdo dos trabalhos era carregado de forte caráter experimental. Segundo o crítico de arte Frederico Morais, a formas abstratas e geométricas exploradas nestas obras – e na produção de Marília Kranz como um todo – se aproximariam mais de artistas internacionais como Ben Nicholson (Inglaterra), Auguste Herbin (França) e Alberto Magnelli (Itália) do que das vertentes construtivistas de destaque no Brasil, como o Concretismo e o Neoconcretismo.

A partir de 1974, a artista retomou o trabalho com pinturas sobre tela, mas desta vez o foco era outro: imagens de paisagem carregadas de certa volúpia. A artista passou a trazer para o centro da tela elementos constituintes das suas paisagens preferidas no Rio de Janeiro. Comparada a artistas como Giorgio de Chirico e Tarsila do Amaral, os seus cenários e figuras geometrizadas e oníricas, beirando a abstração, evocam solenidade e erotismo. Os tons pastéis, por sua vez, tornaram-se a sua marca. “A cor cede diante da intensidade luminosa”, diz Frederico Morais. Ao observarmos as flores e as frutas que protagonizam com grande sensualidade várias de suas pinturas, pensamos também em Georgia O’Keeffe, considerada por Marilia Kranz sua “irmã de alma”.

Na exposição, será possível acompanhar a passagem, dentro do percurso da artista, de uma geometria abstrata e formalista dos relevos do fim da década de 1960 para a pintura de paisagem – figurativa, mas com intrusões da geometria – que começa a desenvolver em meados da década de 1970 e que explora até o fim de sua produção. Marilia passa de uma estética de certa forma “fria, formalista ou racional” para algo mais “quente, fluido, afetivo”, inspirada também por sua paixão pela paisagem do Rio de Janeiro e pela pauta da liberação sexual feminina. Nessa transição entra o erotismo das flores, por exemplo, que a conecta com a pintura de Georgia O’Keeffe, e as cores e paisagens que a aproximam tanto da Tarsila de Amaral Pau-Brasil/Antropofágica quanto das paisagens vazias e solenes dos metafísicos que influenciariam o surrealismo, como Di Chirico.

Marília Kranz foi selecionada pela Galatea como a primeira mulher de muitas que estão nos planos de representação da galeria. Tornou-se conhecida por sua ativa defesa em prol da libertação sexual e da liberdade política durante a ditadura militar no Brasil (1964 a 1985), além da luta pelas causas ambientais, atuando como uma das fundadoras do Partido Verde em 1986. Expôs em galerias e instituições nacionais e internacionais, recebendo prêmios em razão de suas pinturas e esculturas. Em 2007, foi homenageada na grande exposição retrospectiva "Marília Kranz: relevos e esculturas”, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio).

 

Sobre a Galatea

A Galatea é uma galeria que surge a partir das diferentes e complementares trajetórias e vivências de seus sócios-fundadores: Antonia Bergamin esteve à frente por quase uma década como sócia-diretora de uma galeria de grande porte em São Paulo; Conrado Mesquita é marchand e colecionador, especializado em descobrir grandes obras em lugares improváveis; e Tomás Toledo é curador e contribuiu ativamente para a histórica renovação institucional do MASP, de onde saiu recentemente como curador-chefe.

Tendo a arte brasileira moderna e contemporânea como foco principal, a Galatea trabalha e comercializa tanto nomes já consagrados do cenário artístico nacional quanto novos talentos da arte contemporânea, além de promover o resgate de artistas históricos. Tal amplitude temporal reflete e articula os pilares conceituais do programa da galeria: ser um ponto de fomento e convergência entre culturas, temporalidades, estilos e gêneros distintos, gerando uma rica fricção entre o antigo e o novo, o canônico e o não-canônico, o erudito e o informal.

Além dessas conexões propostas, a galeria também aposta na relação entre artistas, colecionadores, instituições e galeristas. De um lado, o cuidado no processo de pesquisa, o respeito ao tempo criativo e o incentivo do desenvolvimento profissional do artista com acompanhamento curatorial. Do outro, a escuta e a transparência constante nas relações comerciais. Ao estreitar laços, com um olhar sensível ao que é importante para cada um, Galatea enaltece as relações que se criam em torno da arte — porque acredita que fazer isso também é enaltecer a arte em si.

Nesse sentido, partindo da ideia de relação é que surge o nome da galeria, tomado emprestado do mito grego de Pigmaleão e Galatea. Este mito narra a história do artista Pigmaleão, que ao esculpir em marfim Galatea, uma figura feminina, apaixona-se por sua própria obra e passa a adorá-la. A deusa Afrodite, comovida por tal devoção, transforma a estátua em uma mulher de carne e osso para que criador e criatura possam, enfim, viver uma relação verdadeira.

 

Serviço:

Local: Galatea

Endereço: Rua Oscar Freire, 379, loja 1 - Jardins, São Paulo – SP

Abertura: 09 de março, quinta-feira, às 18h

Período expositivo: 9 de março a 29 de maio de 2023

Funcionamento:  Segunda a sexta-feira, das 10h às 19h; sábados, das 11 às 15h

Mais informações: https://www.galatea.art/ 

Estacionamento: Estacionamento no local 

 

fonte:

A4&Holofote comunicação

Exposição “Chá, um viaduto. Algumas histórias.” - Museu da Cidade de São Paulo - Chácara Lane - SP

Flávio de Carvalho (Barra Mansa, RJ, 1899 - Valinhos, SP, 1973)

Projeto para o Viaduto do Chá, vista do Anhangabaú, 1934

Guache sobre papel

Reprodução

Acervo Biblioteca da Escola Politécnica da USP

Benedito Junqueira Duarte (Franca, SP, 1910 - São Paulo, SP, 1995)

Vale do Anhangabaú, 1938

Fotografia em preto e branco

Acervo Museu da Cidade de São Paulo

 

 

Exposição “Chá, um viaduto. Algumas histórias.” celebra os 130 anos de uma das mais relevantes travessias de São Paulo

Unidade do Museu da Cidade de São Paulo, Chácara Lane expõe cerca de 45 itens que trazem à tona a representatividade do viaduto para a expansão da cidade de São Paulo

São Paulo, dezembro de 2022 – Mais que um mero recurso de travessia, o Viaduto do Chá é um símbolo de modernidade para São Paulo. Essa é a defesa feita pela exposição Chá, um viaduto. Algumas histórias., que está em cartaz na Chácara Lane, unidade do Museu da Cidade de São Paulo, instituição vinculada à Secretaria de Secretaria Municipal de Cultura. A mostra é reflexo de extensa pesquisa da curadora e historiadora da arte Ana Paula Nascimento e celebra 130 anos deste marco do urbanismo. Chá, um viaduto exigiu uma seleção iconográfica a partir de croquis, fotografias, cartões-postais, coleta de depoimentos, vídeo, obras de arte e registros de instalações, e poderá ser conferida até 28 de junho de 2023.

Ao todo foram reunidas mais de 45 peças pertencentes ao acervo do Museu da Cidade de São Paulo e de outras instituições de memória, dentre elas as bibliotecas da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e da Escola Politécnica (EP) da Universidade de São Paulo, além do Instituto Moreira Salles (IMS) e do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo. Entre as obras estão a reprodução de uma perspectiva de Flávio de Carvalho para o concurso de 1934, assim como as de Elisário Bahiana e Rino Levi, e registros do viaduto efetuados por grandes nomes da fotografia brasileira, como Marc Ferrez, Benedito Junqueira Duarte, Marcel Gautherot, Alice Brill e Juca Martins.

“O grande propósito é mostrar o viaduto muito além de um lugar de passagem”, almeja a curadora. “Sobretudo, interessa levar ao conhecimento e à reflexão o simbolismo, o caráter representativo dessa estrutura para a cidade de São Paulo”, explica. “A exposição recupera a cronologia e contextualiza a relevância do Viaduto do Chá, trazendo informações que vão desde a inauguração do primeiro viaduto, feita em metal, até as interferências artísticas levadas a cabo no espaço em dias atuais”, completa.

Benedito Junqueira Duarte (Franca, SP, 1910 - São Paulo, SP, 1995)

Viaduto do Chá, 1938

Fotografia em preto e branco

Acervo Museu da Cidade de São Paulo

Espectador e palco constantes

Tema de música e cenário de novela, o Viaduto do Chá é um dos grandes marcos da arquitetura paulista. A primeira estrutura, feita em treliça metálica, foi idealizada pelo litógrafo francês Jules Martin e oficialmente inaugurada em 6 de novembro de 1892 – sendo contemporânea à celebrada Torre Eiffel, construída em Paris em 1889 com o mesmo material.

Trata-se do primeiro viaduto construído na capital paulista, ligando a colina do Triângulo Histórico ao então “Centro Novo”. Seu nome faz referência ao Morro do Chá, localizado na encosta da atual Rua Xavier de Toledo e às plantações de chá que existiam naquele período no Vale do Anhangabaú. Sua instalação suscitou o embelezamento da região, sendo criado o Parque Anhangabaú, concluído no final da década de 1910, ao lado dos edifícios de fachadas europeias.

Com o aumento do trânsito, congestionamentos e forte urbanização do centro de São Paulo, a estrutura passou a dar sinais de fadiga. Para substituí-lo, a Prefeitura instituiu durante a década de 1930 um concurso para a construção de outro viaduto no mesmo local. Levou a proposta do arquiteto carioca Elisário Bahiana, responsável também por projetar, em uma das cabeceiras do Viaduto, o edifício que por muitos anos abrigou o Mappin. 

Em 18 de abril 1938 o novo viaduto foi inaugurado ao lado do antigo, construção esta em concreto armado, com quase o dobro da largura. No dia, a estrutura metálica começou a ser desmontada. “O Chá é testemunha e parte ativa da transformação da região do Vale do Anhangabaú de quintal a centro simbólico, convertido em principal cartão-postal da cidade ao menos até meado do século 20”, relata a curadora. “É nesta área que por um período ocorre a maior travessia de pedestres da urbe. Mas, além das aglomerações e do trânsito intenso, ele presenciou e presencia comemorações, espetáculos, práticas comerciais, manifestações artísticas, atos cívicos e ações solitárias”, conclui.

 

Marc Ferrez (Rio de Janeiro, RJ, 1843-1923)

São Paulo - Viaduto do Chá, 1892-1898

Ambrotipia

Acervo Museu da Cidade de São Paulo

 

Percurso

A mostra ocupa sete salas, distribuídas em dois andares da Chácara Lane. Na primeira galeria, o público se depara com fotografias realizadas ao longo da existência do viaduto, revelando uma São Paulo que se moderniza rapidamente ao longo do século 20. Nesse ambiente também estarão expostos cartões-postais que desvelam o magnetismo do viaduto.

Na sala seguinte, os visitantes poderão conhecer as reproduções, tanto parcial do projeto de Jules Martin, como de alguns dos projetos que participaram do concurso para elaboração da nova versão do Chá. Em um ambiente anexo, o visitante encontra também espaço destinado à leitura e pesquisa de títulos, materiais acadêmicos e catálogos relacionados ao Viaduto e aos artistas com trabalhos na exposição. Na sala ainda uma maquete tátil do viaduto.

Em seguida, o visitante irá se deparar com fotografias que colocam, lado a lado, as duas versões do viaduto – a estrutura metálica, desmontada, e a atual, de concreto armado – e também terá acesso a um ambiente dedicado a exibir vídeo-depoimentos de três professores vinculados à USP: Fraya Frehse, Regina Meyer e Ricardo Marques de Azevedo.

No segundo andar, os visitantes terão acesso a registros e obras relacionadas às instalações artísticas. De Rubens Mano um nova apresentação de Detetor de ausências, reflexão a partir de apresentado em 1994 no contexto da exposição Arte cidadea cidade e seus fluxos.De Ana Teixeira, que efetua ações desde a década de 1990, os registros e objetos de Escuto histórias de amor Outra identidade. Ambos se valeram do Viaduto do Chá para discutir identidade, solidão e pertencimento. Em outra galeria são apresentadas fotografias que mostram cenas cotidianas no local: pedestres em passagem, multidões reunidas, trânsito movimentado...

Também neste andar estão presentes os trabalhos de Paulo von Poser, artista apaixonado pela cidade de São Paulo, em especial pelo centro histórico. Ele também coordenou, junto com Carla Caffé, um desenho coletivo do Viaduto do Chá especialmente realizado  para a exposição pelos estudantes da disciplina que ministra na Escola da Cidade. Para finalizar, uma linha do tempo dessa estrutura tão emblemática da capital paulista.

  

Atualizações constantes

De longa duração, Chá, um viaduto contará com ativações e novidades ao longo do período expositivo. Até o fim de janeiro, a mostra vai inaugurar uma sala com fotografias do viaduto realizadas por Cristiano Mascaro especialmente para a mostra.

No mesmo mês, será montada uma projeção imersiva a partir de uma filmagem realizada por drone ao redor do Viaduto e do Vale do Anhangabaú, de modo a fazer com que o visitante sinta que está sobrevoando a região. Além disso, será realizada uma pequena mostra itinerante no passeio do viaduto, em que serão distribuídos painéis com reproduções das fotografias feitas no local em diferentes momentos.

 

Sobre a curadora

Atualmente, Ana Paula Nascimento é docente do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (MP USP), curadora-adjunta de “Mundos do trabalho”, uma das exposições de longa duração do novo Museu do Ipiranga. Doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), atuou como pesquisadora colaboradora do Museu Paulista na coordenação interna do projeto "Hercule Florence: Patriarca da Iconografia Paulista” (2019-2021).

Além disso, realizou atividades em outras instituições culturais de São Paulo. Entre elas, atuou como curadora e pesquisadora da Pinacoteca de São Paulo, de 2003 e 2013, e coordenou o Setor de Documentação e Conservação do Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM SP).

A ideia para a exposição surgiu enquanto a curadora, doutora em arquitetura pela USP, realizava estágio pós doutoral na FAUUSP sobre a atuação do Escritório Técnico Samuel das Neves no estado de São Paulo. Em meio à pesquisa, realizada entre 2013 e 2018, ela encontrou uma proposta de remodelação do Viaduto do Chá datada de 1911, a partir de uso misto de materiais, unindo metal e concreto armado. “Pude perceber ali o quão central era aquela estrutura para o centro da capital. É, de fato, um lugar de travessia que serviu como ponta de lança para a modernização da cidade”, afirma.

 

Sobre o museu

A Chácara Lane, localizada no Centro da capital paulista, é uma das 13 unidades do Museu Cidade de São Paulo, que tem como sede o Solar da Marquesa dos Santos e inclui entre seus espaços de exibição a Casa Modernista e a Cripta Imperial. Identificado com a categoria de museu de cidade (ICOM/UNESCO), além de seus acervos institucionais, o Museu toma a cidade e seus territórios como acervo operacional, sob a ótica interdisciplinar com várias abordagens teóricas, como arquitetura, história, sociologia e arqueologia. 

 

SERVIÇO 

Exposição: Chá, um viaduto

Data: 10/12/2022 até 28/06/2023

Horário: de terça-feira a domingo, das 9h às 17h

Local: Chácara Lane – Rua da Consolação, 1024, Centro – São Paulo/SP

Gratuito

 

 

SOBRE O MCSP

Resumo sobre o Museu que pode ser extraído dessa página: https://www.museudacidade.prefeitura.sp.gov.br/sobre-mcsp/

 

fonte

Agência Galo

exposição Chico da Silva e o ateliê do Pirambu - Pina Luz - SP

 


terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

exposição Diálogos com cor e luz - MAM - SP

Lothar Charoux, Círculos V, 1971. Guache e acrílica sobre papel colado sobre madeira. Coleção MAM São Paulo. 

Prêmio Museu de Arte Moderna de São Paulo - Panorama 1971.


Museu de Arte Moderna de São Paulo estreia em 2 de março, na Sala Paulo Figueiredo, a exposição Diálogos com cor e luz. Com curadoria de Cauê Alves e Fábio Magalhães, a mostra traz um recorte da arte abstrata na coleção do MAM, com foco nas relações entre cor e luz na pintura brasileira da segunda metade do século 20.

O corpo da exposição é formado por pinturas dos artistas Abraham Palatnik, Alfredo Volpi, Almir Mavignier, Amelia Toledo, Arthur Luiz Piza, Cássio MichalanyHermelindo FiaminghiLothar Charoux, Luiz Aquila Lygia ClarkManabu Mabe, Marco Giannotti, Maria Leontina, Maurício Nogueira Lima, Mira SchendelPaulo Pasta, Rubem Valentim, Sérgio Sister, Takashi Fukushima, Thomaz Ianelli, Tomie Ohtake, Wega Nery Yolanda Mohalyi.

“A exposição trata da sensibilidade cromática, dos campos de vibração de luz e da temporalidade, assim como da construção de espaços e atmosferas a partir da cor”, explica Cauê Alves, curador-chefe do MAM. Agrupamos no espaço várias gerações de artistas, sem privilegiar tendências nem estabelecer ordem cronológica. Misturamos tempos e linguagens, para incentivar nosso olhar à percepção de semelhanças e diferenças entre as várias poéticas visuais nos diversos tratamentos da luz e da cor”, completa Fábio Magalhães, membro do conselho do MAM São Paulo.

A expografia realizada pelo arquiteto Haron Cohen dividiu a Sala Paulo Figueiredo com painéis radiais, em referência ao disco de cores, um experimento óptico de Isaac Newton (1643-1727) publicado em 1707 em seu livro Opticks. Na publicação, o matemático e físico  inglês demonstra, por meio de um disco de sete cores (vermelho, violeta, azul índigo, azul ciano, verde, amarelo e laranja), sua teoria de que a luz branca do Sol é formada pelos matizes do arco-íris.

A curadoria busca trazer ao público a cor e a luz  como expressões autônomas, como valores em si mesmas, e não como algo que busca representar ou estabelecer relações de similitude com o mundo real – o azul do céu, por exemplo.

“Na pintura abstrata, há múltiplas abordagens de cor e luz como linguagem pictórica: de harmonia, ruptura, contraste, continuidade, complementaridade, variação tonal e vibração, entre tantas outras formas de expressão. A luz estabelece as tonalidades e atua nas relações cromáticas e na construção do espaço”, explica Magalhães.

Abraham Palatnik, em seu Aparelho Cinecromático (1969/86), apresenta cores-luzes em movimentos construídos a partir de máquinas e lâmpadas, enquanto outros artistas mais próximos da tradição construtiva e da op art, como Hermelindo Fiaminghi, Lothar Charoux e Maurício Nogueira Lima, se valem de formas geométricas e cores mais estáveis para estruturar suas composições. Com certa recorrência, Charoux explora fundos escuros e sombras de onde surgem raios luminosos. Seja de modo mais gráfico, como nos cartazes de Almir Mavignier, seja na simbologia de matriz africana de Rubem Valentim, a cor estrutura a composição. 

Mira Schendel utiliza elementos gráficos em sua composição, mas, como explica Alves em seu texto curatorial, não renuncia ao ecoline nem à luz da folha de ouro para tratar de questões metafísicas. Já a tela Branco (1995), de Amélia Toledo, traz uma luz que emana do encontro da tinta com a textura da tela. Arthur Luiz Piza obtém a luz em suas gravuras por meio de incisões geométricas em placas de metal; algumas se assemelham a mosaicos e transbordam para o espaço tridimensional. Alfredo Volpi, o mestre da cor, principalmente com seus mastros e quadriculados, insinua movimentos e veladuras sobre a tela, fazendo com que quadrados ou retângulos se deformem. O verde luminoso de Composição (1953), de Lygia Clark – do momento inicial de sua trajetória, quando ela se dedicou à pintura –, contrasta com as linhas e as formas claras e escuras que flutuam na tela.

 Ainda segundo o curador, Maria Leontina e Tomie Ohtake também se aproximam de modo sensorial da geometria, e a cor é um dos fundamentos de suas pinturas. Leontina se vale de planos de cor e movimentos para imprimir uma dimensão temporal a seu trabalho. Já Ohtake, em especial na grande tela de 1989, usa contornos irregulares para dar forma a um círculo iluminado que pulsa de um fundo azul profundo, indicando um movimento de expansão de um possível corpo celeste. Manabu Mabe, Takashi Fukushima, Luiz Aquila e Thomaz Ianelli se aproximam do informe, de um universo da caligrafia, numa abstração ora mais espontânea, ora mais controlada. Os movimentos e gestos evidentes em seus trabalhos guardam a cor e a luz como alicerces que sustentam o conjunto. Wega Nery e Yolanda Mohalyi se aproximam de uma abstração expressionista, lírica e gestual, mesmo que possa existir uma dimensão projetual em suas telas, com manchas mais retangulares.

Cássio Michalany, em vez de pintar formas, faz com que o chassi de sua pintura indique o formato da tela. Com poucos elementos, uma única cor homogênea assume o protagonismo de seu trabalho. Sérgio Sister chama atenção para o plano, e sua pintura explora texturas, brilhos e luminosidades que guiam o olhar do observador. Paulo Pasta trabalha as relações entre tons, cores e luzes a partir de formas recorrentes em sua obra, uma espécie de colunas. Por meio de composições equilibradas, é como se o tempo fosse momentaneamente suspenso até que a espessura das cores e das luzes seja efetivamente percebida. As pinturas de Marco Giannotti, um estudioso da cor, ficam entre a figuração e a abstração e exploram imagens de janelas, grades e estruturas das quais emanam luzes que parecem vir do interior da tela.

“Em uma  época em que os discursos e as narrativas estão entranhados no interior da produção artística, em que inclusive as cores parecem ser dominadas por sentidos objetivos que a determinam tanto política quanto simbolicamente, reafirmar sua autonomia pode parecer algo retrógrado. Entretanto, os diálogos com a cor e a luz, assim como com os vínculos da cor com o espaço, a estrutura e o tempo, podem ampliar as possibilidades de compreensão da arte além do aqui e agora e recolocar a ambiguidade e a abertura de sentidos da arte”, reflete Cauê Alves.

Magalhães relembra ainda que,  no século passado, o MAM São Paulo desempenhou um papel significativo na introdução e na difusão das tendências abstracionistas no Brasil. “Dois exemplos merecem ser citados: a mostra inaugural do museu, Do Figurativismo ao Abstracionismo, realizada em março de 1949 por Léon Degand (1907-1958) – que contrariou o próprio título ao reunir apenas obras abstratas, entre elas cinco telas de W. Kandinsky –, e a exposição Ruptura, em dezembro de 1952, que deu início ao movimento concretista na arte brasileira, com a publicação de seu manifesto”, ele conta.

Na ocasião da abertura (02/03), o MAM lança o catálogo bilíngue da exposição, com textos em português e inglês, e a reprodução integral de imagens das 73 obras. A publicação reúne textos assinados por Elizabeth Machado, presidente do MAM, Cauê Alves, curador-chefe do museu, e Fábio Magalhães, conselheiro do museu e curador da exposição. Além das imagens e textos, o catálogo também apresenta a reprodução de um desenho do arquiteto Haron Cohen, referente ao projeto expográfico que desenvolveu para a exposição.

Diálogos com cor e luz integra uma programação de comemorações do MAM, com os 75 anos do museu e os 30 anos de seu Jardim de Esculturas. 

 

Sobre o MAM São Paulo

Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas. 

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx e Haruyoshi Ono para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.

 

Serviço

Diálogos com cor e luz [coletiva com  Abraham Palatnik, Alfredo Volpi, Almir Mavignier, Amelia Toledo, Arthur Luiz Piza, Cássio Michalany,  Hermelindo Fiaminghi, Lothar Charoux, Luiz Aquila,  Lygia Clark, Manabu Mabe, Marco Giannotti, Maria Leontina, Maurício Nogueira Lima, Mira Schendel, Paulo Pasta, Rubem Valentim, Sérgio Sister, Takashi Fukushima, Thomaz Ianelli, Tomie Ohtake, Wega Nery e Yolanda Mohalyi]

Abertura: 2 de março, quinta-feira, às 19h

Período expositivo: 2 de março a 28 de maio de 2023

Curadoria: Cauê Alves e Fábio Magalhães

Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo, Sala Paulo Figueiredo

Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portões 1 e 3)

Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30) 

Ingressos: R$25,00 inteira e R$12,50 meia-entrada. Aos domingos, a entrada é gratuita e o visitante pode contribuir com o valor que quiser.

*Meia-entrada para estudantes, com identificação; jovens de baixa renda e idosos (+60). Gratuidade para crianças menores de 10 anos; pessoas com deficiência e acompanhante; professores e diretores da rede pública estadual e municipal de São Paulo, com identificação; sócios e alunos do MAM; funcionários das empresas parceiras e museus; membros do ICOM, AICA e ABCA, com identificação; funcionários da SPTuris e funcionários da Secretaria Municipal de Cultura.

Telefone: (11) 5085-1300

Acesso para pessoas com deficiência

Restaurante/café

Ar-condicionado

 

www.mam.org.br/

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fonte:

a4&holofote comunicação

exposição Não vejo a hora - Leonora de Barros - Gomide&Co - SP



Previsão.
Foto: Fernando Laszlo

"Não vejo a hora", individual de Lenora de Barros, inaugura nova sede da Gomide&Co, galeria que passa a integrar o corredor cultural da Avenida Paulista, com um espaço de 600 metros quadrados no térreo do Edifício Rosa, inteiramente reformado pelos premiados arquitetos da Acayaba + Rosenberg. 

 

Ao mesmo tempo em que inaugura o espaço expositivo, a expansão da Gomide&Co se faz também com a chegada de Fabio Frayha, ex-diretor do MASP, administrador especializado no universo das artes visuais, que passa a atuar como sócio da galeria ao lado do sócio fundador Thiago Gomide. Crítica de arte, curadora e pesquisadora com mais de 15 anos de trajetória na arte contemporânea, Luisa Duarte se une ao time como diretora artística.  

 

Sobre a exposição

 

“Não vejo a hora” reúne doze trabalhos, em sua maioria inéditos, que têm como denominador comum uma elaboração sobre o tempo. Desde fotografias, vídeo, instalação sonora até uma mesa de ping-pong transfigurada, a artista joga e nos convida a jogar também com as relações entre linguagem, temporalidade e corpo.

 

Ultrapassando os limites expositivos da galeria, quem chega à exposição já é recebido no lado de fora pela obra “Não vejo a hora” (2023), que enuncia e anuncia o título da mostra através de um letreiro em movimento. Ao se apropriar de uma expressão usada no discurso coloquial brasileiro como uma espécie de ready-made, Lenora provoca a noção de tempo e como nos relacionamos com ele. A linguagem em sua dimensão visual também é explorada em outros trabalhos, como em “ORA ERA” (2008), no qual a artista faz o uso de palavras e cores, jogando com seus significados e usos.

 

Ao abordar questões temporais e linguísticas, Lenora se desfaz da utilidade de aparelhos para medir o tempo. Entre as obras expostas, quatro têm ponteiros de relógios em sua composição. Na vídeo-performance “Que horas são?” (2023), projetada no teto da galeria, uma chuva de ponteiros precipita sobre uma peneira enquanto escutamos, ao fundo, as respostas de Hélio Oiticica em diálogo com Haroldo de Campos. Em “Nebulosas” (2009/2023) , trabalho que traz uma série de três fotografias, nuvens de ponteiros se tornam espécie de poeiras cósmicas gravitando no breu. Já em “Previsão” (2023), vemos um par de fotografias, no qual linhas das palmas de duas mãos formam uma cartografia sobre a qual pousam os ponteiros. O título remete tanto à ideia de previsibilidade própria aos relógios, quanto à crença de que o nosso destino estaria previsto na parte interior das mãos. Visitando o plano tridimensional, em “Camadinhas” (2023), finíssimas lâminas de vidro sobrepostas guardam ponteiros ao lado de minúsculos pedaços de papel que trazem escritas palavras no diminutivo.

 

Nesse cuidado minucioso com a dimensão temporal, o corpo, elemento central de toda a produção da artista, também se faz presente. No políptico fotográfico “O Ventre.” (2023), Lenora sobrepõe essas duas dimensões, temporal e corporal, ao manipular argila sobre o fragmento de corpo onde é gestado o começo da nossa contagem de tempo na Terra - o ventre. Dando continuidade a uma longa série a qual a artista desenvolve desde 1990 em torno do ping-pong como receptáculo poético, “Mesa para Ping-Poems (da série Não vejo a hora)” (2023) e quatro kits para jogos de ping-pong “imaginários” nos chamam para nos relacionarmos com nós mesmos e com o tempo de forma não convencional. Entre as demais obras expostas, a instalação sonora “Quanto tempo o tempo tem” (2023) traz a relação entre Lenora e sua mãe, Electra Delduque de Barros, a partir de uma gravação feita entre as duas.

 

Assim, os trabalhos reunidos em “Não vejo a hora” visitam um território candente da atualidade, aquele da nossa tortuosa relação com o tempo. Lenora de Barros sabe que diante das formas convencionais de medir o tempo, o tempo sempre tira mais de nós do que nós dele. Para pregar uma peça no tempo, a artista trata de subverter tais convenções e para isso coloca em cena o seu repertório poético que faz uso das estratégias do verbivocovisual com vias a nos endereçar, aliando rigor e humor, outras formas de nos relacionarmos com o tempo, tempo que constitui o tecido das nossas vidas.

 

Sobre a artista

 

Nascida em 1953, em São Paulo, Lenora de Barros formou-se em Linguística e suas primeiras obras podem ser colocadas no campo da “poesia visual”. Em 1983, publicou o livro Onde Se Vê, conjunto de poemas construídos como sequências fotográficas de atos performáticos. Suas exposições coletivas e individuais mais importantes incluem a participação na 59a Bienal de Veneza – The Milk of Dreams (Veneza, 2022), RETROMEMÓRIA, no MAM-SP – Museu de Arte Moderna de São Paulo (2022), Tools for Utopia: Selected works from the Daros Latinamerica Collection, no Kunstmuseum Bern (Berna, 2020), ISSOÉOSSODISSO, na Oficina Cultural Oswald de Andrade (São Paulo, 2016), 4a Bienal de Arte Contemporânea de Thessaloníki (Grécia, 2013), 11a Bienal de Lyon (França, 2011), além da participação na 17a, 24a e 30a edições da Bienal Internacional de São Paulo (1983, 1998 e 2012). Sua obra faz parte de importantes coleções no Brasil e em diversos países, entre elas a do Hammer Museum (CA, EUA), MACBA – Museo de Arte Contemporáneo de Barcelona (Espanha), Daros Latinamerica Collection (Suíça), Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (Espanha), MAM-SP e Pinacoteca do Estado de São Paulo.

 

Sobre a galeria

 

Fundada em 2013 em São Paulo, a Gomide&Co conquistou uma posição de destaque nacional e internacional, com participação nas mais prestigiadas feiras de arte, atuação concomitante nos mercados primários e secundário e uma programação conceituada de exposições rigorosamente construídas. "Atuamos como uma das principais fontes para que colecionadores particulares, museus e instituições ampliem suas coleções de arte brasileira", define Thiago Gomide, que iniciou sua carreira com uma pequena galeria de mobiliário moderno brasileiro em sua cidade natal, Belo Horizonte, atuou ao lado de Bernardo Paz na criação do Inhotim  e dirigiu o departamento de arte contemporânea e fotografia da Bolsa de Arte. Em 2013, criou a Galeria Bergamin & Gomide, na rua Oscar Freire, que a partir de 2021 ocupou também uma casa modernista projetada pelo arquiteto e artista Flavio de Carvalho.  

 

Entre as exposições realizadas pela galeria destacam-se “E você nem imagina que Epaminondas sou eu” (2014), com obras de Amadeo Luciano Lorenzato e curadoria de Rivane Neuenschwander e Alexandre da Cunha; “Atributos do Silêncio” (2015) com curadoria de Felipe Scovino, “BEUYS” (2016) a primeira exposição individual do artista alemão em uma galeria brasileira; “Fabio Mauri (Senza Arte)” (2017), “Mira Schendel: Sarrafos e Pretos e Brancos” (2018), “Estratégias Conceituais” (2018); curadoria de Ricardo Sardenberg; “Antoni Tàpies” (2019); “Bruce Conner: Breakaway” (2019); Bruno Munari: Always a New Thing” (2020) e “Nosso Norte é o Sul” (2021).

 

A inauguração da nova sede na Avenida Paulista marca uma etapa de crescimento e  profissionalização, com a expertise administrativa de Fabio Frayha – que, à frente da gestão executiva do MASP, atuou no processo de consolidação das recentes transformações institucionais implantadas no Museu, ao lado de Heitor Martins e Adriano Pedrosa – e de Luisa Duarte, curadora, crítica de arte e pesquisadora com um olhar atento, ao mesmo tempo rigoroso e inventivo, para o diálogo entre produções de diferentes períodos e linguagens artísticas, que dará o tom da programação.

 

Serviço 

Não vejo a hora, de Leonora de Barros

Local: Avenida Paulista, 2644. São Paulo - SP. 

Abertura: 08 de março, às às 18h

Período expositivo: 08 de março a 13 de maio

Horários de visitação: segunda - sexta 10h às 19h, sábado de 11 às 17h.

Entrada gratuita. 

http://gomide.co/
https://www.instagram.com/gomide.co/ 



fonte:
a4&holofote comunicação