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escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

http://maregina-arte.blogspot.com/

terça-feira, 12 de novembro de 2024

exposições Mira Schendel e Carlito Carvalhosa - Instituto Tomie Ohtake - SP

 


Novembro no Tomie

Neste mês, embarque numa viagem entre arte, cultura, memória e território em duas íconicas ilhas brasileiras no nosso novo podcast, A parte pelo todo — disponível agora no seu tocador de áudio favorito. Continuamos também a com 7ª edição do programa Experiências Negras, agora com o eixo Palavra. No fim do mês, lançaremos uma nova publicação, o Caderno-ensaio 2: Palavra, e rumaremos para a capital paraense na segunda fase do projeto Um rio não existe sozinho — Diálogos Belém. Além disso, você pode conferir gratuitamente as mostras dos artistas Carlito Carvalhosa e Mira Schendel.

A gente te conta mais detalhes aqui!

EXPOSIÇÕES

Mira Schendel — esperar que a letra se forme

ATÉ 2.FEV 2025 | ENTRADA GRATUITA

Com curadoria de Galciani Neves e Paulo Miyada, esta é uma exposição-ensaio acerca da presença do sinal gráfico, da letra, da palavra, do texto, da garatuja na obra de Mira Schendel.

A mostra compõe o ciclo palavra palavra palavra e contará ainda com o lançamento de publicação sobre o trabalho da artista no dia 30 de novembro.

Agradecemos ao patrocínio do Nubank, ao Ministério da Cultura, Lei de Incentivo à Cultura, Programa Nacional de Apoio à Cultura e Governo Federal – Brasil, União e Reconstrução.

🕗 Visite Mira Schendel — esperar que a letra se forme | ATÉ 2.FEV 2025
Terça a domingo | 11H—19H

Carlito Carvalhosa — A metade do dobro

ATÉ 2.FEV 2025 | ENTRADA GRATUITA

Essa mostra perpassa quase quarenta anos de carreira do artista paulistano Carlito Carvalhosa, reunindo muitos exemplos de sua constante experimentação com diferentes materialidades, navegando entre os limites da pintura, escultura e instalação. A curadoria é de Ana RomanLúcia StumpfLuis Pérez-Oramas e Paulo Miyada.

Agradecemos aos patrocinadores Livelo e Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, e BMA Advogados, ao Ministério da Cultura, via Lei de Incentivo à Cultura, Programa Nacional de Apoio à Cultura e Governo Federal – Brasil, União e Reconstrução.

🕗 Visite Carlito Carvalhosa — A metade do dobro | ATÉ 2.FEV 2025
Terça a domingo | 11H—19H

Instituto Tomie Ohtake · R. Coropé, 88 · Pinheiros · São Paulo, SP 05426010 · Brasil
Aberto de terça a domingo, das 11h às 19h 


Exposição FUSÃO - Gustavo Magalhães - CAIXA Cultural São Paulo

 

A CAIXA Cultural São Paulo apresenta, até 24 de novembro de 2024, a exposição FUSÃO, do artista paranaense Gustavo Magalhães. Com curadoria de Ayala Prazeres, a mostra, que já passou pelos espaços da CAIXA Cultural do Rio de Janeiro e do Recife, reúne obras produzidas desde 2018, utilizando materiais descartados, como madeiras, papeis e tecidos recolhidos pelo artista nas ruas ou doados por colegas. Os trabalhos destacam diferentes texturas e estruturas, explorando a função do suporte na pintura e a relação entre materialidade e criação artística. Algumas obras são expostas de forma suspensa na galeria, o que amplia a sensação impactante da visita. A entrada é gratuita.

Natural de Goioerê, no Paraná, e com 26 anos, o artista visual Gustavo Magalhães vem se dedicando à pintura desde 2013. Suas obras estabelecem um diálogo com a historiografia da arte e abordam temas como raça, identidade, materialidade e violência.


O artista utiliza como suporte materiais coletados das ruas, imagens de redes sociais, bancos de imagens, e produções audiovisuais. Na pintura, o "suporte" é o material sobre o qual a obra é criada.


Para Gustavo Magalhães, as especificidades dos materiais, com suas "imperfeições" como rachaduras, texturas disformes e memórias impressas nas superfícies, são fundamentais para a construção pictórica. O suporte torna-se um elemento essencial na construção do sentido das pinturas, atribuindo novos propósitos e interpretações aos elementos, além de reivindicar um novo tempo e uma nova forma de olhar. “Suporte e pintura se mesclam em um só corpo, construindo, a partir do encontro das duas e em um movimento não hierarquizado, a obra de arte”, afirma.

 

Em um mundo saturado por imagens, no qual o consumo diário pode banalizar o poder semântico contido nelas, o artista nos convida a refletir sobre como a lógica de consumo e descarte afeta nossa percepção e desvaloriza qualidades sensíveis e abstratas. Rafael Rodrigues, idealizador do projeto, observa que o processo de criação de Gustavo Magalhães reflete uma relação estreita entre arte e cotidiano. Ele destaca que, apesar das crises que essa relação frequentemente enfrenta, ela é mediada por uma sensibilidade que abre espaço para novas possibilidades. Para ele, o uso de materiais descartados nas pinturas não apenas remete à história da arte, mas também aborda as condições de trabalho de um artista contemporâneo racializado no Brasil atual.


Ayala Prazeres, curadora da mostra, acrescenta que a materialidade e as construções de Gustavo Magalhães constituem uma ecologia visual, na qual a matéria tem tanta importância quanto a pintura em si. Ela descreve a interação entre imagens e matéria presentes nas obras do artista como um processo simbiótico, um movimento de transformação e convivência mútua, em que as partes se fundem para gerar novas possibilidades e transições de um estado para outro.


Na data de abertura da exposição, marcada para o dia 24 de setembro às 15h, o artista realizará uma visita guiada ao lado da curadora Ayala Prazeres, dialogando com o público sobre o processo criativo que resultou nas impressionantes obras pintadas a óleo. A visita será espontânea e não requer inscrições, sendo limitada à capacidade do espaço. Visitas guiadas e oficinas também poderão ser agendadas para grupos ou instituições, por intermédio do Programa Educativo da CAIXA Cultural São Paulo: www.caixacultural.gov.br. Com patrocínio da CAIXA e do Governo Federal, o público terá a oportunidade de conferir a exposição gratuitamente, até o dia 24 de novembro.


SOBRE O ARTISTA:

 

Gustavo Magalhães (1998-), é Artista Visual natural de Goioerê/PR e produz no campo da Pintura desde 2013. É formado em Licenciatura em Artes Visuais pela FAP/UNESPAR e atualmente é mestrando do PPGAV/UNESPAR.


A partir da apropriação e descontextualização de imagens e coleta de suportes oriundos de fontes precárias, elabora trabalhos que dialogam com a historiografia da arte e questões próprias da linguagem da pintura, perpassando por assuntos como raça, identidade, materialidade e violência.


Em 2018, começa a desenvolver a série “violência” (2018-2023), com obras expostas no CUBIC4 (Circuito Universitário da Bienal Internacional de Curitiba), em 2019. Em 2022 a obra “sem título” da série “violência” passa a integrar o acervo museológico do Museu de Arte do Rio. Em 2023 acontece sua primeira exposição individual, “ATELIÊ ABERTO”, no apartamento em que o artista residia e trabalhava, transformando-o em um espaço expositivo efêmero. Mais tarde, no mesmo ano, realizou sua segunda individual, “O Irretratável”, com curadoria de Rafael Rodrigues, na Soma Galeria. Em 2024, sua terceira exposição solo “FUSÃO”, com curadoria de Ayala Prazeres, é selecionada no Programa de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural RJ. Entre exposições recentes, destacam-se: Objeto Sujeito (2023), com curadoria de Pollyana Quintella, Felipe Vilas Bôas e Richard Romanini no Museu Paranaense, onde sua obra “Jogada Ensaiada” comissionada para a exposição passa a integrar o acervo da instituição; “Antes e Agora, Longe e Aqui Dentro” (2024), com curadoria de Galciani Neves no Museu Oscar Niemeyer.



SOBRE A CAIXA CULTURAL SÃO PAULO:  

 

Inaugurada em 1989, a CAIXA Cultural São Paulo está localizada na Praça da Sé, no Edifício Sé, erguido em 1939 para ser a sede da Caixa Econômica Federal de São Paulo. Trata-se de um prédio histórico no estilo Art Déco, tombado, no qual funcionam, além da CAIXA Cultural, algumas áreas administrativas da CAIXA e a Agência Sé. No térreo do edifício situa-se a galeria D. Pedro II, com exposições temporárias, além do Grande Salão, onde são realizados espetáculos de dança, teatro, shows, debates, leituras dramáticas e palestras. No primeiro andar está a galeria Neuter Michelon e no segundo piso a Galeria Humberto Betetto, que também abrigam mostras de curta duração.


O Museu da CAIXA, com sua exposição de cunho permanente, localiza-se no 6º andar do edifício, contando com instalações originais, mobiliários e equipamentos preservados desde a década de 1930. A visitação, que também pode ser monitorada, individualmente ou em grupo, permite uma verdadeira imersão no tempo e uma reflexão sobre o papel fundamental da instituição no desenvolvimento do país. Neste mesmo andar estão localizadas a Sala de Oficinas e o Auditório. A CAIXA Cultural São Paulo é de fácil acesso ao público, pois o Edifício Sé está a 100m da Estação Sé do Metrô.


SERVIÇO:


Exposição FUSÃO

Local: CAIXA Cultural São Paulo - Praça da Sé, 111 - Centro Histórico de São

Paulo, São Paulo – SP

Visitação: De 24 de setembro a 24 de novembro de 2024

Horário: de terça a domingo, das 9h às 18h

Ingressos: entrada gratuita

Informações: (11) 3321-4400

www.caixacultural.gov.br e @caixaculturalsp

Patrocínio: CAIXA e Governo Federal

Realização: Rafael Rodrigues

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

exposição: “Raízes do Sentir – Ecos, Reflexos e Conexões” - Micha - SP

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Micha

 

Galeria Alma da Rua I apresenta "Raízes do Sentir – Ecos, Reflexos e Conexões" da artista Micha, sob curadoria de Tito Bertolucci e Lara Pap. A artista, com uma trajetória marcada pela investigação profunda das emoções humanas e do universo feminino reúne obras recentes em uma série de esculturas, pinturas, instalações e objetos, revelando a constante busca pela transformação do ser por meio da arte. Em sua sexta exposição individual, Micha explora o coração humano ampliado para além de sua função biológica, tratá-lo como um portal para uma percepção sensível e subjetiva. A abertura acontece em 16 de novembro de 2024.

A mostra se organiza como uma exploração das múltiplas camadas emocionais e quânticas que constituem o ser humano. O coração emerge como símbolo central, representando um espaço de conexão e transmutação. Para Micha, ele é um elemento de estudo que dialoga com questões da neurociência, anatomia e estudos quânticos, uma abordagem que a artista desenvolve com rigor e que reflete em cada obra apresentada. A essência do feminino permeia toda a exposição, revelando aspectos de afeto, intuição e vulnerabilidade, elementos intrínsecos ao processo criativo da artista.

Com a exibição de obras inéditas e outras que já circularam em bienais e instituições culturais, Micha convida o espectador a se aproximar de uma linguagem visual que vai além da tinta e do papel. Trabalhando com materiais variados como couro, metal, cerâmica portuguesa, gesso, madeira e prata, a artista experimenta texturas e superfícies que complementam o conteúdo simbólico de sua pesquisa. Em uma abordagem que une o sagrado feminino e elementos decoloniais, suas criações assumem uma identidade única e coesa, impulsionando reflexões sobre o interior do ser e suas conexões invisíveis.

Galeria Alma da Rua I, que Micha frequenta desde sua fundação, é o espaço onde a artista revisita sua jornada e percebe as transformações que atravessam sua prática. Em cada exposição, Micha enxerga uma nova fase de sua evolução pessoal e artística, resultado de uma trajetória marcada pela experimentação e estudo constante. Com influências que remontam à infância, quando folheava livros de anatomia e biologia de sua mãe bióloga, Micha é uma artista multidisciplinar e autodidata, cujas obras expressam uma mescla de elementos simbólicos e sensoriais, abordando temas como dualidade, feminismo, neurociência e psiquê humana.

Ao longo de sua carreira, Micha tem se destacado por uma prática que une a arte visual à pesquisa científica, colaborando com o Instituto Heart Match (EUA) e desenvolvendo projetos urbanos, culturais e sociais. Com participação em mostras no Brasil e no exterior, sua obra reflete uma identidade artística marcada pelo estudo contínuo e pela experimentação, integrando temas existenciais e sociais de maneira crítica e poética.

 

Exposição: “Raízes do Sentir – Ecos, Reflexos e Conexões”

Artista: Micha

Curadoria: Tito Bertolucci e Lara Pap

Abertura: 16 de novembro – sábado – às 14 hs

Período: de 16 de novembro a 18 de dezembro de 2024.

Local: Galeria Alma da Rua I

Endereço: Rua. Gonçalo Afonso, 96 – Vila Madalena, São Paulo

Tel.: (11) 96196-4727
Horário: Segunda a domingo, das 10 às 18h