concursos, exposições, curiosidades... sobre arte
escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

http://maregina-arte.blogspot.com/

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Mostra "Da Terra que Somos" - Sonia Dias - Museu da República - Brasília - DF

 

Uníssono (acervo da artista)

Sonia Dias e a transformação da natureza na arte

Mostra "Da Terra que Somos" será aberta em novembro no Museu da República, em Brasília

Será no dia 21 de novembro, no Museu Nacional da República, a abertura da exposição “Da Terra que Somos” da artista Sonia Dias Souza, que convida a uma reflexão sobre a transformação da natureza, a relação do homem com ela e o seu lugar no Universo. Com curadoria e texto crítico de Agnaldo Farias, a mostra é um convite para que o público se engaje em uma discussão urgente sobre nossa sobrevivência e a preservação do planeta, especialmente em um momento em que as crises climáticas se intensificam gerando medo e insegurança.

Artista apaixonada pela essência da vida, Sonia desenvolveu um olhar crítico alimentado por leituras cruzadas entre ciências como a Física, a Biologia, com destaque à Botânica, e mitos cosmogônicos extraídos da História das Religiões e de visões do sagrado. A artista acredita que ao abordar questões fundamentais como criação, ciclos de vida e regeneração, insere o espectador em uma reflexão sobre a qualidade de sua relação com o todo.

A arquitetura intrincada de suas peças, aliada as suas materialidades enfáticas, abrange uma vasta gama de formas simbólicas e outras aparentadas com organismos biológicos. Sua investigação varre desde estruturas e aspectos fundamentais do nosso corpo, como o sangue, a fertilidade, a comunicação entre tudo o que existe, como as raízes das artes expandindo-se por debaixo de terra, atingindo proporções imensas e, mais ainda, dimensões macroscópicas como a terra, o cosmos - que os gregos entendem como ordem - e o vazio, essa substância intangível que parece rodear cada coisa que existe. Suas obras, frequentemente puxadas para o marrom vivo, sangrado, e para o azul profundo, semelhante ao azul do artista francês Yves Klein, com o qual ele pretendia juntar-se ao infinito do céu, exploram ciclos, interseções, atentam para a complexidade de tudo que existe.

“O sangue não tem cor” figura entre as obras apresentadas. Composta por pequenas esferas de feltro, semelhantes a hemácias cujo ciclo de crescimento é interrompido ela alerta para a expansão vertiginosa por descontrolada do antropoceno, ao mesmo tempo em que conduz a questões centrais na discussão contemporânea sobre identidade, alteridade, raça e etnia. “Vórtice”, por sua vez, utiliza círculos de terra para formar o triângulo invertido, forma feminina arquetípica, um útero a simbolizar fecundidade e transformação. “Magna” reúne mais de uma centena de seios de argila negra – símbolos da nutrição e da criação, conectados a ovos vermelhos – expressão plena e proliferante do início da vida.

Essas criações artísticas promovem um diálogo rico sobre as relações entre o natural e o artificial, o efêmero e o eterno, a unidade e o todo.

A exposição “Da Terra que Somos” promete ser uma experiência enriquecedora e transformadora, refletindo a profunda conexão entre arte, natureza e espiritualidade. Não perca a oportunidade de se envolver com essa poderosa mensagem no Museu Nacional da República.


Sobre Sonia Dias Souza

Desde jovem, Sonia se interessou pelo mistério da criação da vida em todos seus aspectos.  Inicialmente inclinada a seguir a carreira de arqueóloga, viu-se, por contingências da vida, tendo por optar por uma carreira mais próxima de sua realidade. Formada em Direito pela USP, exerceu o ofício por décadas.  Por volta de 2011, deu-se a virada na sua trajetória artística, quando começou estudar e explorar o universo da fotografia, sendo que em janeiro de 2015, após uma inspiradora viagem à Índia, decidiu-se debruçar completamente ao estudo da arte. Com uma formação diversificada, dedicou-se com a estudar em profundidade Filosofia da Imagem, Escultura e Fotografia, autonomamente e sob a supervisão de pensadores e artistas como Eder Chiodetto, Carlos Fajardo e Gal Oppido.

As muitas possibilidades de interpretação e a expansão de significados são marcas registradas da artista, que recusa a temporalidade linear e a adoção de uma perspectiva única em sua obra. Sua prática artística de natureza interdisciplinar, explora o mistério da existência e as conexões entre memórias individuais e coletivas, exigindo daquele que entra em contato com ela a vontade de decifrar signos enigmáticos. Sonia utiliza a fotografia, instalações, vídeos e outras mídias para tocar memórias ancestrais, ativar arquétipos no imaginário universal, oferecer ao público lugares de reflexão sobre a condição humana. “Meus trabalhos consistem em imagens que refletem preocupações atemporais. São temas universais que abrangem, os ciclos, a criação, a transformação e nossa finitude” destaca Sonia.

Sua primeira exposição individual, “Radical”, aconteceu em 2021 no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba (PR), com a curadoria de Agnaldo Farias. Título inspirado pelo contraste entre a essência da natureza humana e as manifestações do Universo. “Radical” também traduz a noção de raiz como metáfora do engajamento de qualquer ser vivo com sua própria evolução. De caráter imersivo, a mostra reunia fotografias e instalações, como “A semente que somos”, trabalho composto por cerca de 3 mil sementes de flores de lótus desidratadas, unidas por finos fios de arame e penduradas através de fios de pesca. As sementes foram escolhidas pela artista em razão do seu simbolismo, por estarem ligadas ao processo da vida e de sua superação.  “Esta não é uma simples exposição de obras de arte. Sonia Dias Souza preparou um ambiente único, um espaço projetado para tocar num ponto essencial: nós e o mundo somos uma coisa só”, explicou, então, o curador Agnaldo Farias.



Serviço

Da Terra que Somos” - Sonia Dias de Souza
Local: Museu Nacional da República
Setor Cultural Sul, Lote 2, Brasília-DF
Abertura: 21 de novembro às 19h00

Período expositivo: De 21 de novembro a 17 de fevereiro de 2025
Horários de visitação: Terça a domingo - 9h às 18h30
Entrada gratuita - https://www.instagram.com/museunacionaldarepublica/

https://www.ayocultural.com.br | https://www.instagram.com/ayocultural/

fonte
a4&holofote comunicação

exposição "a vida como ela não é" - Erika Malzoni - MACC - Campinas - SP

 

    a vida como ela não é

    A exposição "a vida como ela não é" reúne um conjunto de obras da artista plástica paulista Erika Malzoni que, pela primeira vez, expõe no MACC.

    Erika trabalha com objetos e resíduos industriais, geralmente descartáveis, transformando-os em objetos escultóricos e instalações provocativas ao olhar e demais sentidos e que, ao mesmo tempo, nos faz refletir sobre a transitoriedade da matéria e a necessidade de se cuidar de nossa biosfera.

    Em especial, nesta exposição, está o fato da artista focar na questão dos objetos cotidianos que rondam ou fazem parte do ambiente doméstico, local quase sempre imposto socialmente como um campo de atuação exclusivo das mulheres.

    E assim, locais, objetos e atividades domésticas, através do potencial criativo sem precedentes da artista, são ressignificados, fazendo com que você – nosso convidado – adquira novos olhares, sentimentos e experiências.

    Museu de Arte Contemporânea de Campinas – MACC

    Rua Benjamin Constant, 1633 – térreo – Centro – Campinas


    Coquetel de abertura: dia 19 de novembro de 2024 às 18h

    Visitação: de 21 de novembro de 2024 a 25 de janeiro de 2025.

    Acesso gratuito

    Horário de visitação: de 3ª a 6ª das 9h às 17h

    Sábados: das 11às 15 h

    Agendamento de escolas e grupos através do e-mail cultura.macc@campinas.sp.gov.br ou do telefone (19) 2515-7095

mostra Abdias Nascimento – O Quilombismo: Documentos de uma Militância Pan-Africanista - Sesc Franca - SP

 

Abdias Nascimento, Quarteto Ritual n. 5. Acrílico sobre tela, 152 x 102 cm. Búfalo, EUA, 1971_Coleção particular Pedro Buarque de Hollanda

Exposição com cerca de 70 pinturas de Abdias Nascimento será aberta em Franca, cidade natal do intelectual e ativista pan-africanista, quando são comemorados os 110 anos de seu nascimento 


A mostra Abdias Nascimento – O Quilombismo: Documentos de uma Militância Pan-Africanista integra a grade de atividades que compõem a inauguração da maior unidade do Sesc no interior paulista e ocorre, a partir de 28 de novembro, por meio de uma parceria inédita com o Instituto Inhotim e o Ipeafro 

Em 28 de novembro será aberta a exposição Abdias Nascimento – O Quilombismo: Documentos de uma Militância Pan-Africanista, mostra que apresentará ao público de Franca a faceta de artista visual do também poeta, escritor, dramaturgo, político e ativista pan-africanista Abdias Nascimento (1914 – 2011), marcando presença em sua cidade natal no ano em que são comemorados os 110 anos de seu nascimento. A exposição é um dos destaques da grade de atividades que compõem a programação da inauguração, neste município da região nordeste de São Paulo, da maior unidade do Sesc no interior paulista – o Sesc Franca tem mais de 35 mil metros quadrados de área construída e capacidade para receber diariamente 2,5 mil visitantes. 

 

Celebrado no circuito internacional das artes e dos intelectuais que construíram reflexões singulares sobre o Brasil, Abdias Nascimento tem obras que integram coleções de renomadas instituições, como o Tate da Grã Bretanha, o Los Angeles County Museum of Art (LACMA) e o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA). Pelo conjunto da obra, Abdias Nascimento foi oficialmente indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Em 2024, teve seu nome inscrito no livro de Heróis e Heroínas da Pátria.

Realizada em parceria inédita entre o Sesc (São Paulo), o Instituto Inhotim (Minas Gerais) e o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros, Ipeafro (Rio de Janeiro), a exposição é uma itinerância que partiu do Inhotim, onde integrou um programa sobre Abdias entre 2021 e 2024. Para o Sesc, a mostra traz cerca de 70 pinturas e tem curadoria de Douglas de Freitas, Deri Andrade e Lucas Menezes, pelo Inhotim, e de Elisa Larkin Nascimento e Julio Menezes Silva, curadores pelo Ipeafro.

 

“A realização desta exposição reflete um profundo desejo de homenagear a cidade e seus cidadãos ao celebrar a trajetória de um de seus filhos - o francano Abdias Nascimento, reconhecido como o mais completo homem de cultura afro-brasileiro do século XX”, destaca Luiz Deoclecio Massaro Galina, diretor do Sesc São Paulo. “Essa mostra, apresentada em parceria com o Instituto Inhotim e o Ipeafro, destaca a relevância da obra de Abdias como artista multifacetado, instauradora de novas maneiras de compreender e interagir com o mundo, desta forma, o Sesc reforça seu compromisso, e de seu programa de exposições, em estabelecer diálogos reconhecer e fortalecer os múltiplos saberes que constituem o tecido artístico cultural do Brasil", completa o diretor.

 

Programa Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra

 

Parte do conjunto de pinturas que ocupará o espaço expositivo do Sesc Franca foi primeiramente apresentado, entre novembro de 2023 e abril de 2024, ao público do Instituto Inhotim, como etapa conclusiva do Programa Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra. Na ocasião, o último dos quatro atos fez referência as principais criações de Abdias Nascimento, entre elas o Teatro Experimental do Negro, fundado por Abdias Nascimento em 1944. 

 

No primeiro ato, Abdias Nascimento, Tunga e o Museu de Arte Negra (2021), a curadoria retratou o diálogo entre as obras dos contemporâneos artistas Abdias e Tunga, e o acervo do Museu de Arte Negra, fundado por Abdias em 1950); no segundo ato, Dramas para negros e prólogo para brancos (2022), Inhotim e Ipeafro abarcaram a trajetória do Teatro Experimental do Negro e a concepção inicial da coleção do Museu de Arte Negra de 1941 até 1968; no terceiro ato, Sortilégio (2023), foi abordado o período de exílio do artista, entre 1968 e 1981, evidenciando a difusão da arte negra brasileira no exterior; já no quarto e último ato, O Quilombismo: Documentos de uma Militância Pan-Africanista (2023), a curadoria traçou um panorama da vida de Abdias, tendo como eixo Xangô, orixá da justiça e presença forte no pensamento, no discurso e nas pinturas do artista.

 

A investigação curatorial em torno do legado de Abdias, por meio das ações do Programa Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra, culminou na exposição em destaque no Sesc Franca, permitindo um amplo debate não só de seu legado artístico, político e intelectual, como, também, inspirando reflexões, sob o prisma racial, para o próprio Inhotim e para o campo das instituições culturais brasileiras. Muito além de um programa artístico, o projeto desenvolvido na parceria entre Inhotim e Ipeafro transformou-se em um programa ético, do qual agora é signatário também o Sesc São Paulo, por meio de sua nova unidade.


“Abdias é um intelectual e militante na luta antirracista único e extremante significante. Sua luta se dava em várias frentes, como reflexão dos problemas que ele via no mundo. Toda a produção do Abdias é um posicionamento antirracista, seja na poesia, no teatro, na política ou na pintura, que é o foco da exposição no Sesc de Franca. Abdias de volta a Franca depois de 110 anos, através da sua pintura, é um gesto simbólico muito importante, para além da possibilidade de os habitantes da cidade conhecerem a produção pictórica do artista e de sua história”, comemora Douglas de Freitas, curador do Instituto Inhotim. 

 

A exposição, cujo título faz referência a O Quilombismo: Documentos de uma Militância Pan-Africanista, livro publicado em 1980 pela Editora Vozes, apresenta a trajetória de Abdias como pintor sob o olhar do Quilombismo, que ele nomeou como uma "alternativa política afro-brasileira", retomando o quilombo em seu significado original de "união fraternal e livre" e propondo novas práticas políticas para um modelo de vida em sociedade. Na produção pictórica de Abdias, amplamente representada na mostra, o artista trabalhou os conceitos de "teogonia afro-brasileira" e "símbolos rituais contemporâneos", que investigam, afirmam e valorizam como forma de ativismo antirracista o conhecimento trazido pelas tradições africanas, sua “concepção de vida e filosofia do universo”.

 

“Abdias vivia e pintava a tradição ancestral africana como expressão da dinâmica de vida da população negra. Alvo da violência do Estado e da exclusão e invisibilidade criada pela sociedade ocidental, os povos africanos sempre construíram suas vidas em liberdade. Tecnologia, conhecimento e civilização são fenômenos pouco identificados com os povos africanos, apenas porque seus feitos foram apagados do registro histórico distorcido pelo eurocentrismo. A pintura de Abdias traz todas essas dimensões: o enfrentamento, a luta, a riqueza dessas construções e suas linguagens, a complexidade da herança civilizatória africana e sua espiritualidade e, sobretudo, a dignidade humana tantas vezes negada a esses povos, a quem o mundo tanto deve”, conclui Elisa Larkin Nascimento, curadora e presidente do Ipeafro.


Exílio e produção pictórica 

Um dos mais relevantes intelectuais e pensadores da cultura brasileira do século 20, Abdias Nascimento também foi deputado federal (1983-1986), senador (1991-1992 e 1997-1999) e secretário de Direitos Humanos e Cidadania do governo no Estado do Rio de Janeiro (1999), além de professor emérito da Universidade do Estado de Nova York, durante o período em que esteve exilado nos Estados Unidos, entre 1968 e 1981, momento de intensa produção pictórica, quando realizou exposições em importantes instituições do país. 

 

A experiência do exílio também marcou a inserção de Abdias em uma rede de intelectuais negros que lutavam pela criação de espaços acadêmicos para estudos afro-americanos, participando de eventos ao redor dos Estados Unidos e comunicando aspectos próprios da realidade brasileira. Após atuar nas Universidades de Yale e Wesleyan, Abdias recebeu, em 1971, um convite de Francisco Pabón e Alfredo Matilla para atuar como professor de Culturas Negras nas Américas no Centro de Estudos Porto-Riquenhos do Departamento de Estudos Americanos, no campus de Buffalo da Universidade do Estado de Nova York. Os anos de atuação como professor foram também de considerável produção pictórica: ao menos 65 pinturas foram realizadas na cidade, a maioria até 1975. 

 

Durante os anos em Buffalo, Abdias conheceu Elisa Larkin, que se tornou sua principal tradutora e intérprete, bem como sua parceira de vida por 38 anos, acompanhando-o em seu retorno ao Brasil e até o fim de sua vida. Juntos, eles fundam em 1981 o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro), que também assina este projeto com o Instituto Inhotim e Sesc.

 

SERVIÇO

Abdias Nascimento – O Quilombismo: Documentos de uma Militância Pan-Africanista

De 28 de novembro de 2024 a 29 de junho de 2025

Horário de funcionamento:

Até 01/12: de quinta a domingo, 10h às 18h30 

A partir de 03/12: de terça a sexta, das 9h30 às 21h30; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30

Local: Espaço Expositivo. 

Livre. Grátis.

Acessibilidade: Audioguia, Audiodescrição, Recursos Táteis, Braile e Tradução em Libras

 

Sesc Franca 

Endereço: Av. Doutor Ismael Alonso Y Alonso, 3071. Jardim Piratininga II, Franca – SP

Exposição “Macalé: Formas e Fatos” - Museu Casa de Portinari - Brodowski - SP

 

Museu Casa de Portinari celebra Consciência Negra com atividades especiais; confira programação

Exposição “Macalé: Formas e Fatos” acontece até 1º de dezembro no Galpão das Artes


Imagem: Instrumentos da atividade “Não Deixe o Samba Morrer”. Henrique Daniel/Museu Casa de Portinari


O Museu Casa de Portinari, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, em Brodowski (SP), preparou uma série de atividades para todos os públicos em celebração ao Mês da Consciência Negra. No sábado (16) e no domingo (17), o projeto “Família no Museu” convida crianças e adultos para brincadeiras, jogos e leituras mediadas. No projeto “Saberes e Fazeres”, na terça (19), o Núcleo Educativo do Museu ensina a criar um vaso autoirrigável de garrafa PET.


A programação inclui também uma apresentação de dança contemporânea e um painel instagramável sobre o samba, além da exposição “Macalé: Formas e Fatos” no Galpão das Artes. Confira a programação completa abaixo.


Família no Museu: Atividades Intergeracionais


O Núcleo Educativo do Museu Casa de Portinari convida famílias para visitarem a instituição nos dias 16 e 17 e participarem de atividades como brincadeiras, jogos e leituras mediadas. As atividades acontecem no gramado, que também poderá ser usado para realização de piqueniques.


A ação “Família no Museu” acontece no terceiro fim de semana do mês, nos jardins da Casa de Portinari, e valoriza a iniciativa dos pais em levarem seus filhos para conhecer museus e outras instituições culturais. O projeto incentiva os visitantes a mergulharem no lado familiar do artista, que retratou a cidade de Brodowski em muitas de suas obras.


Ao final da atividade, os participantes recebem o certificado de “Família Legal” e podem fazer uma foto e compartilhar nas redes sociais.


Datas: 16 e 17 de novembro (sábado e domingo)

Horário: das 10h às 16h

Gratuito


Saberes e Fazeres: vaso autoirrigável


O projeto “Saberes e Fazeres” pretende comunicar conhecimentos específicos, usos e costumes da Família Portinari, relacionados a um tempo (século XX), um lugar (interior do Estado de São Paulo) e sua origem (italiana). Nesta edição do projeto, o Núcleo Educativo ensina os visitantes a fazerem um vaso autoirrigável de garrafa PET para o plantio de ervas aromáticas e culinárias, capazes de enriquecer os sabores das refeições, evocando o cultivo de plantas medicinais e hortaliças que Dona Domingas, mãe de Portinari, mantinha nos jardins da casa.


Data: 19 de novembro (terça-feira)

Horário: às 10h

Gratuito


Não Deixe o Samba Morrer!


O samba é um gênero musical típico do Brasil, que se consolidou nas comunidades afro-brasileiras do Rio de Janeiro no século XX. Surgiu como uma dança de roda marcada pelo batuque e transformou-se em um dos gêneros mais populares do país.


Neste ano, por meio de Lei Federal, os modos de produção dos instrumentos musicais de samba e as práticas a eles associadas passam a ser reconhecidos como manifestações da cultura nacional.


Valorizando o samba como cultura de raiz afro-brasileira e sua conexão com o artista Candido Portinari, o Núcleo Educativo do Museu disponibilizará, na esplanada, alguns instrumentos musicais típicos do gênero - todos confeccionados com materiais recicláveis. O público poderá conferir o agogô, a cuíca, o pandeiro, o chocalho e outros instrumentos.


Data: 19 a 24 de novembro (terça-feira a domingo)

Horário: das 10h às 17h

Gratuito


Coreografia de dança contemporânea


No Dia da Consciência Negra, o Museu Casa de Portinari recebe os participantes do projeto “Ciência e Arte”, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) – Campus Sertãozinho, que apresenta coreografias de dança contemporânea criadas de forma colaborativa pelo grupo ao longo de diversas aulas do projeto de extensão.


O projeto é coordenado pela professora Riama Coelho Gouveia que oferece aulas de dança de diversos gêneros abertas para toda a comunidade do município de Sertãozinho e região, integrando temas científicos e sociais sob uma perspectiva artística. 


Data: 20 de novembro (quarta-feira)

Horário: às 15h30

Gratuito


Painel instagramável “Os Sambistas”


Em homenagem às personalidades que marcaram a história do samba, o Museu apresenta um painel instagramável com a história, memória e contribuições de diversos sambistas negros, primordiais para a construção da cultura e identidade brasileiras.


Data: 19 a 24 de novembro (terça-feira a domingo)

Horário: das 10h às 17h

Gratuito


Exposição “Macalé: Formas e Fatos”


Em celebração ao "Ano Macalé", que marca os 50 anos de carreira do artista plástico Jaime Domingos Cruz, conhecido como Macalé, o Museu Casa de Portinari apresenta a exposição "Macalé: Formas e Fatos". A mostra revela um novo e instigante capítulo na carreira do artista de Ribeirão Preto, apresentando obras inéditas que exploram a abstração com profundidade e sensibilidade.


Datas: até 1º de dezembro

Horário: das 9h às 17h (terça-feira a domingo)

Local: Galpão das Artes (rua João Brisotti, 128, Centro, Brodowski/SP)

Gratuito


Atividades virtuais nas redes sociais do Museu Casa de Portinari


Clique no Museu

Data: 17 de novembro, às 10h


Acervo em Segundos

Data: 22 de novembro, às 10h


Instagram: @museucadeportinari

Facebook: /museucasadeportinari


Confira todas as informações sobre a programação do Museu Casa de Portinari no site da instituição.


Museu Casa de Portinari


Inaugurado em 14 de março de 1970, em Brodowski, o Museu Casa de Portinari, instituição do Governo do Estado de São Paulo administrada pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo em parceria com a ACAM Portinari - Organização Social de Cultura, tem como edificação a antiga residência de Candido Portinari e representa a forte ligação do pintor com sua terra natal, origens e laços familiares.


É o local onde ele realizou suas primeiras experiências com pinturas murais e se aprofundou na técnica ao passar dos anos. Entre os ambientes que mais se destacam, estão o ateliê, com os objetos de trabalho do artista, e a “Capela da Nonna”, que Portinari pintou para sua avó.


Funcionamento: de terça-feira a domingo, das 9h às 18h; às quartas-feiras, o horário é estendido até às 20h.


Entrada: gratuita


Endereço: Praça Candido Portinari, nº 298 – Centro, em Brodowski (SP)

Informações: (16) 3664-4284


YouTube: /casadeportinari

Instagram: @museucadeportinari

Facebook: /museucasadeportinari


ACAM Portinari – Organização Social de Cultura

Assessoria de Imprensa

Fabiano Cruz

(16) 98257-0231

imprensa@acamportinari.org


Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas

Assessoria de Imprensa (11) 3339-8062 / (11) 3339-8585

imprensaculturasp@sp.gov.br

Exposição ‘Afogada’ - Emília Santos - Pinacoteca Diógenes Duarte Paes - Jundiaí - SP

 Emília Santos

Afogada: Exposição inspirada em cenas marinhas reúne gerações e promove identificações e reflexões

Mostra gratuita da artista visual Emília Santos pode ser vista até dia 24/11

Um encontro de gerações e um misto de identificações e reflexões. Assim está sendo a Exposição ‘Afogada’, da artista visual Emília Santos, que pode ser vista até dia 24/11 na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, em Jundiaí. A mostra reúne pinturas inspiradas em cenas marinhas e é contemplada pelo edital da Lei Paulo Gustavo (LPG 21/2023), realização da Prefeitura de Jundiaí e do Governo Federal. 

Mestre em Multimeios pela UNICAMP e graduada em Licenciatura em Artes Visuais, Pintura, Gravura e Escultura pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Emília Santos apresenta ao público de Jundiaí e Região, desde o dia 28/09/2024, as pinturas que exploram a representação do mar. Por meio de um QR Code, as obras têm recursos de acessibilidade, como a audiodescrição, e podem ser acompanhadas por uma playlist especial. 

Entre as ações propostas pelo projeto, estão visitas guiadas e rodas de conversas com a artista para debater sobre os processos criativos. O Cursinho Popular Nise da Silveira, de Campo Limpo Paulista, voltado para todos os tipos de mulheridade, participou no sábado (09/11) do evento especial. "São nesses momentos que tenho oportunidade de pensar a recepção dos trabalhos e ter essa troca com as pessoas", declara Emília Santos. O próximo evento está previsto para o dia 22/11.

A professora de Física do Cursinho, Bárbara Bussi, de 32 anos, se encantou com os efeitos de luz representados nas telas. “Me impressionei com a forma como ela retrata a luz, os raios, essa impressão de movimentos, de tridimensionalidade. Realmente eu fiquei imersa na exposição e admiro a forma como ela toca as pessoas, principalmente daquelas que gostam de água e de mar”, afirma.

Já a Júlia Rodrigues, 16 anos, estudante do cursinho que deseja cursar Biomedicina, apontou que a tela denominada Serpeio lhe passou a sensação de estar nas piscinas naturais, como as de Maceió. “A imagem remete a uma água bem cristalina, com corais no fundo, me passa calma. Também me impressionei com o fato de as pinturas retratarem momentos diferentes do mar, sendo do amanhecer até anoitecer, algo muito especial”.  

Identificação

Muitos visitantes comentam sobre a identificação que as telas proporcionam, seja a lembrança de um lugar ou sensações e sentimentos. A psicóloga Adriane Batista Miqueleto já conhecia a obra de Emília, esteve no lançamento de Afogada e agora participou da visitação. “As telas remetem muita paz e o sentimento de imersão, dessa força do mar, da natureza, de como as ondas mexem e remexem o que está imerso. Essa exposição fala diretamente com meu coração”, afirma.

A estudante do sexto ano, Julia Florêncio, de 11 anos, também se conectou com a abordagem das telas. “Eu amo as ondas do mar. Achei a exposição muito bonita com  pinturas que usam técnicas bem delicadas”, comentou.  

.Reflexões nas telas

A exposição ‘Afogada’ aborda, de forma simbólica, angústias geradas pelos acontecimentos das catástrofes climáticas, do desgoverno sobre políticas ambientais, a fim de refletir sobre as bruscas mudanças na paisagem provocadas pelo desequilíbrio ambiental, catástrofes climáticas, deslizamentos, enchentes e alagamentos, que transformam o cotidiano do olhar, construindo uma imagem modificada da paisagem presente. 

A artista visual provoca o público a refletir sobre as mudanças drásticas que afetam as paisagens e a necessidade urgente de assumirmos nossa responsabilidade em relação ao meio ambiente. “É uma expressão de cenas marinhas que evocam a sensação de submersão. Em minhas criações eu exploro a relação entre o figurativo e o abstrato, com um foco especial em representar movimentos aquáticos e reflexos. Meu trabalho artístico é voltado para reflexões sobre torções entre materiais e gêneros da pintura”, explica Emília que mora em Jundiaí e é professora.

Sem retratar lugares específicos, a artista opta por trazer a sensação de estar ilhada, afogada, em isolamento para tratar sobre o assunto. A série busca promover reflexões sobre a sensação de submersão, sinônimo de vencida, alagada, escondida, esquecida, inundada e perdida, escondimento e esquecimento diante de uma crise tão profunda. Em suas pinturas, a artista explora a gestualidade, a cor e a pincelada para retratar o movimento da água e as diferentes sensações que esse movimento pode promover, abordando desde uma instabilidade gerada pelo mal-estar das ondas até uma sensação de calmaria e conforto. As pinturas possuem dimensões variadas e uma paleta de cores que propõe diferentes momentos de um dia, do amanhecer até o anoitecer. Utilizando tintas à base de água, a ideia é produzir efeitos em que a pincelada seja visível, destacando o gesto da construção da cena. 

A artista incorpora a dualidade presente na simbologia da água, compreendida como signo de origem da vida, transformação, abundância e bem como rituais de transformação e morte. Diante da tragédia climática e social que assola as cidades, a artista busca transmitir sua visão crítica e sensível à problemática ambiental por meio de sua arte, utilizando a cidade como palco dessa reflexão.

Perfil de Emília Santos

Emília Santos, artista visual com Mestrado em Multimeios pela Unicamp e Graduação em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Sua obra é caracterizada pela exploração da interseção entre materiais e gêneros na pintura. Em 2022, realizou a exposição “Diálogos Insurgentes”, na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, em Jundiaí. Ganhou o edital dos Cadernos Pagu, promovido pelo Grupo de Estudos de Gênero e Sexualidade da Unicamp, com sua obra destacada como capa da edição nº 67. Além de seu trabalho como pintora, possui experiência como ilustradora em projetos editoriais, incluindo uma colaboração com Iara Rennó no livro sensorial “Afrodisíaca”. Selecionada pelo edital Aldir Blanc em 2021, sua obra “Paisagem Imaginária” integrou o acervo da Prefeitura de Jundiaí. Atualmente, Emília explora a relação entre o figurativo e o abstrato em suas criações, com um foco especial em representar movimentos aquáticos e reflexos. 

Ficha Técnica da Exposição Afogada:

Curadoria e apresentação: Emília Santos
Montagem e som: Lula Fidalgo
Texto de abertura: Anita Limulja e Nadine Paixão 
Assessoria de Imprensa: Ellen B. Fernandes - EBF Comunicação
Fotografia e vídeo: Tatiane Silvestroni

Serviço:
Exposição ‘Afogada’ de Emília Santos
Visitação:
 Até dia 24/11

Horário: Das 10h às 17h, de terça a domingo
Local: Pinacoteca Diógenes Duarte Paes 
Endereço: Rua Barão de Jundiaí, 109 – Centro - Jundiaí 
Entrada gratuita
Informações:
 Instagram @emiliasemidia 

terça-feira, 12 de novembro de 2024

exposições Mira Schendel e Carlito Carvalhosa - Instituto Tomie Ohtake - SP

 


Novembro no Tomie

Neste mês, embarque numa viagem entre arte, cultura, memória e território em duas íconicas ilhas brasileiras no nosso novo podcast, A parte pelo todo — disponível agora no seu tocador de áudio favorito. Continuamos também a com 7ª edição do programa Experiências Negras, agora com o eixo Palavra. No fim do mês, lançaremos uma nova publicação, o Caderno-ensaio 2: Palavra, e rumaremos para a capital paraense na segunda fase do projeto Um rio não existe sozinho — Diálogos Belém. Além disso, você pode conferir gratuitamente as mostras dos artistas Carlito Carvalhosa e Mira Schendel.

A gente te conta mais detalhes aqui!

EXPOSIÇÕES

Mira Schendel — esperar que a letra se forme

ATÉ 2.FEV 2025 | ENTRADA GRATUITA

Com curadoria de Galciani Neves e Paulo Miyada, esta é uma exposição-ensaio acerca da presença do sinal gráfico, da letra, da palavra, do texto, da garatuja na obra de Mira Schendel.

A mostra compõe o ciclo palavra palavra palavra e contará ainda com o lançamento de publicação sobre o trabalho da artista no dia 30 de novembro.

Agradecemos ao patrocínio do Nubank, ao Ministério da Cultura, Lei de Incentivo à Cultura, Programa Nacional de Apoio à Cultura e Governo Federal – Brasil, União e Reconstrução.

🕗 Visite Mira Schendel — esperar que a letra se forme | ATÉ 2.FEV 2025
Terça a domingo | 11H—19H

Carlito Carvalhosa — A metade do dobro

ATÉ 2.FEV 2025 | ENTRADA GRATUITA

Essa mostra perpassa quase quarenta anos de carreira do artista paulistano Carlito Carvalhosa, reunindo muitos exemplos de sua constante experimentação com diferentes materialidades, navegando entre os limites da pintura, escultura e instalação. A curadoria é de Ana RomanLúcia StumpfLuis Pérez-Oramas e Paulo Miyada.

Agradecemos aos patrocinadores Livelo e Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, e BMA Advogados, ao Ministério da Cultura, via Lei de Incentivo à Cultura, Programa Nacional de Apoio à Cultura e Governo Federal – Brasil, União e Reconstrução.

🕗 Visite Carlito Carvalhosa — A metade do dobro | ATÉ 2.FEV 2025
Terça a domingo | 11H—19H

Instituto Tomie Ohtake · R. Coropé, 88 · Pinheiros · São Paulo, SP 05426010 · Brasil
Aberto de terça a domingo, das 11h às 19h 


Exposição FUSÃO - Gustavo Magalhães - CAIXA Cultural São Paulo

 

A CAIXA Cultural São Paulo apresenta, até 24 de novembro de 2024, a exposição FUSÃO, do artista paranaense Gustavo Magalhães. Com curadoria de Ayala Prazeres, a mostra, que já passou pelos espaços da CAIXA Cultural do Rio de Janeiro e do Recife, reúne obras produzidas desde 2018, utilizando materiais descartados, como madeiras, papeis e tecidos recolhidos pelo artista nas ruas ou doados por colegas. Os trabalhos destacam diferentes texturas e estruturas, explorando a função do suporte na pintura e a relação entre materialidade e criação artística. Algumas obras são expostas de forma suspensa na galeria, o que amplia a sensação impactante da visita. A entrada é gratuita.

Natural de Goioerê, no Paraná, e com 26 anos, o artista visual Gustavo Magalhães vem se dedicando à pintura desde 2013. Suas obras estabelecem um diálogo com a historiografia da arte e abordam temas como raça, identidade, materialidade e violência.


O artista utiliza como suporte materiais coletados das ruas, imagens de redes sociais, bancos de imagens, e produções audiovisuais. Na pintura, o "suporte" é o material sobre o qual a obra é criada.


Para Gustavo Magalhães, as especificidades dos materiais, com suas "imperfeições" como rachaduras, texturas disformes e memórias impressas nas superfícies, são fundamentais para a construção pictórica. O suporte torna-se um elemento essencial na construção do sentido das pinturas, atribuindo novos propósitos e interpretações aos elementos, além de reivindicar um novo tempo e uma nova forma de olhar. “Suporte e pintura se mesclam em um só corpo, construindo, a partir do encontro das duas e em um movimento não hierarquizado, a obra de arte”, afirma.

 

Em um mundo saturado por imagens, no qual o consumo diário pode banalizar o poder semântico contido nelas, o artista nos convida a refletir sobre como a lógica de consumo e descarte afeta nossa percepção e desvaloriza qualidades sensíveis e abstratas. Rafael Rodrigues, idealizador do projeto, observa que o processo de criação de Gustavo Magalhães reflete uma relação estreita entre arte e cotidiano. Ele destaca que, apesar das crises que essa relação frequentemente enfrenta, ela é mediada por uma sensibilidade que abre espaço para novas possibilidades. Para ele, o uso de materiais descartados nas pinturas não apenas remete à história da arte, mas também aborda as condições de trabalho de um artista contemporâneo racializado no Brasil atual.


Ayala Prazeres, curadora da mostra, acrescenta que a materialidade e as construções de Gustavo Magalhães constituem uma ecologia visual, na qual a matéria tem tanta importância quanto a pintura em si. Ela descreve a interação entre imagens e matéria presentes nas obras do artista como um processo simbiótico, um movimento de transformação e convivência mútua, em que as partes se fundem para gerar novas possibilidades e transições de um estado para outro.


Na data de abertura da exposição, marcada para o dia 24 de setembro às 15h, o artista realizará uma visita guiada ao lado da curadora Ayala Prazeres, dialogando com o público sobre o processo criativo que resultou nas impressionantes obras pintadas a óleo. A visita será espontânea e não requer inscrições, sendo limitada à capacidade do espaço. Visitas guiadas e oficinas também poderão ser agendadas para grupos ou instituições, por intermédio do Programa Educativo da CAIXA Cultural São Paulo: www.caixacultural.gov.br. Com patrocínio da CAIXA e do Governo Federal, o público terá a oportunidade de conferir a exposição gratuitamente, até o dia 24 de novembro.


SOBRE O ARTISTA:

 

Gustavo Magalhães (1998-), é Artista Visual natural de Goioerê/PR e produz no campo da Pintura desde 2013. É formado em Licenciatura em Artes Visuais pela FAP/UNESPAR e atualmente é mestrando do PPGAV/UNESPAR.


A partir da apropriação e descontextualização de imagens e coleta de suportes oriundos de fontes precárias, elabora trabalhos que dialogam com a historiografia da arte e questões próprias da linguagem da pintura, perpassando por assuntos como raça, identidade, materialidade e violência.


Em 2018, começa a desenvolver a série “violência” (2018-2023), com obras expostas no CUBIC4 (Circuito Universitário da Bienal Internacional de Curitiba), em 2019. Em 2022 a obra “sem título” da série “violência” passa a integrar o acervo museológico do Museu de Arte do Rio. Em 2023 acontece sua primeira exposição individual, “ATELIÊ ABERTO”, no apartamento em que o artista residia e trabalhava, transformando-o em um espaço expositivo efêmero. Mais tarde, no mesmo ano, realizou sua segunda individual, “O Irretratável”, com curadoria de Rafael Rodrigues, na Soma Galeria. Em 2024, sua terceira exposição solo “FUSÃO”, com curadoria de Ayala Prazeres, é selecionada no Programa de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural RJ. Entre exposições recentes, destacam-se: Objeto Sujeito (2023), com curadoria de Pollyana Quintella, Felipe Vilas Bôas e Richard Romanini no Museu Paranaense, onde sua obra “Jogada Ensaiada” comissionada para a exposição passa a integrar o acervo da instituição; “Antes e Agora, Longe e Aqui Dentro” (2024), com curadoria de Galciani Neves no Museu Oscar Niemeyer.



SOBRE A CAIXA CULTURAL SÃO PAULO:  

 

Inaugurada em 1989, a CAIXA Cultural São Paulo está localizada na Praça da Sé, no Edifício Sé, erguido em 1939 para ser a sede da Caixa Econômica Federal de São Paulo. Trata-se de um prédio histórico no estilo Art Déco, tombado, no qual funcionam, além da CAIXA Cultural, algumas áreas administrativas da CAIXA e a Agência Sé. No térreo do edifício situa-se a galeria D. Pedro II, com exposições temporárias, além do Grande Salão, onde são realizados espetáculos de dança, teatro, shows, debates, leituras dramáticas e palestras. No primeiro andar está a galeria Neuter Michelon e no segundo piso a Galeria Humberto Betetto, que também abrigam mostras de curta duração.


O Museu da CAIXA, com sua exposição de cunho permanente, localiza-se no 6º andar do edifício, contando com instalações originais, mobiliários e equipamentos preservados desde a década de 1930. A visitação, que também pode ser monitorada, individualmente ou em grupo, permite uma verdadeira imersão no tempo e uma reflexão sobre o papel fundamental da instituição no desenvolvimento do país. Neste mesmo andar estão localizadas a Sala de Oficinas e o Auditório. A CAIXA Cultural São Paulo é de fácil acesso ao público, pois o Edifício Sé está a 100m da Estação Sé do Metrô.


SERVIÇO:


Exposição FUSÃO

Local: CAIXA Cultural São Paulo - Praça da Sé, 111 - Centro Histórico de São

Paulo, São Paulo – SP

Visitação: De 24 de setembro a 24 de novembro de 2024

Horário: de terça a domingo, das 9h às 18h

Ingressos: entrada gratuita

Informações: (11) 3321-4400

www.caixacultural.gov.br e @caixaculturalsp

Patrocínio: CAIXA e Governo Federal

Realização: Rafael Rodrigues