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escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

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quarta-feira, 22 de maio de 2024

EXPOSIÇÕES Hendu Porã’rã, escutar com o corpo Nhe'ẽ ry – onde os espíritos se banham Mymba’i – pedindo licença aos espíritos - Museu das Culturas Indígenas - SP

Hendu Porã’rã é apresenta a cosmologia do povo Guarani, um dos habitantes da Mata Atlântica.

Foto: acervo MCI


Exposições no Museu das Culturas Indígenas evidenciam a importância do bioma para o planeta

Público pode sentir a atmosfera da Mata Atlântica de terça a domingo, das 9h às 18h, e às quintas, das 9h às 20h. Ingressos podem ser adquiridos no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/

São Paulo, maio de 2024 – As exposições em cartaz no Museu das Culturas Indígenas (MCI) convidam o público a conhecer e sentir a atmosfera da Mata Atlântica. São três instalações que apresentam o bioma a partir de elementos que estimulam os sentidos e sugerem uma vivência sensorial. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

A Mata Atlântica é o lar de 72% dos brasileiros, segundo dados reunidos pela Fundação SOS Mata Atlântica. O povo Guarani é uma das populações indígenas que mais estão presente no bioma e o seu modo de viver e sua cultura são apresentadas na exposição Hendu Porã’rã, escutar com o corpo.

O percurso da mostra convida o público a conhecer cantos, rezas e rituais milenares realizados nas comunidades e evidencia as perspectivas do povo Guarani sobre os alimentos, a dança, a luta, os sonhos, a compreensão do tempo e o sentido filosófico da língua nativa.

Hendu Porã’rã perpassa pelo sentir com o corpo e o escutar pelo diálogo, um chamado para quem deseja ouvir e caminhar dentro do território para conhecer os caminhos dos Guarani. “Essa experiência pretende mostrar ao público nossa forma de estar no mundo”, afirma Sandra Benites, que integra a curadoria da exposição ao lado de Márcio Vera Mirim, Sônia Ara Mirim e Tamikuã Txihi. 

Conhecer para respeitar

A conscientização da proteção da Mata Atlântica e restauração das florestas são medidas fundamentais para preservação das espécies. São ações contínuas que trazem bons resultados, como a redução de 27% do desmatamento do bioma registrada pela Fundação SOS Mata Atlântica. É por meio da educação e do conhecer que a exposição Nhe'ẽ ry - onde os espíritos se banham mostra a importância do bioma para o planeta.

"Caverna dos Sonhos" convida o público a vivenciar o amanhecer e o anoitecer dentro da Mata.

Foto: acervo MCI

Sons, imagens, vegetação e vídeos transmitem para o público a atmosfera da Mata Atlântica. Há também dados fornecidos pela Fundação SOS Mata Atlântica sobre os povos que habitam o território, a flora e fauna, a legislação de proteção e outras informações relevantes a respeito do bioma e ações de preservação.

A expressão “Nhe'ẽ ry”, usada pelo povo Guarani para denominar a Mata Atlântica, também pode ser traduzida como “lugar onde os espíritos se banham”. Sonia Ara Mirim, curadora da exposição ao lado de Cris Takuá, Carlos Papá e Sandra Benites, explica: “cada elemento da mata tem seu espírito e seu modo de vida, então quando nós, indígenas, falamos dos ‘espíritos da mata’, estamos considerando toda a vida nela presente: floresta, animais, rios e nascentes. Onde há vida, há espíritos”.  

Impacto humano sobre as espécies

Segundo dados do Ibama, dos 633 animais ameaçados de extinção no Brasil, 383 vivem na Mata Atlântica. O impacto humano sobre a existência das espécies é tema da exposição Mymba’i – pedindo licença aos espíritos. A partir de intervenção artística, concebida e conduzida por Tamikuã Txihi Pataxó, cinco artistas indígenas mesclam a destruição do bioma e os animais que mais sofrem com o desmatamento em diversas colagens que compõem o percurso da exposição.  

O impacto humano nas espécies que vivem na Mata Atlântica. Foto: acervo MCI

Mymba’i é um convite para reflexão sobre os impactos das ações humanas na natureza: “usamos o fazer artístico como ato político coletivo, para contribuir na conscientização, educação, preservação e luta pela vida da Mata Atlântica (e demais biomas), bem como recuperação e fortalecimento de nossas memórias ancestrais”, afirma Tamikuã Txihi Pataxó. 

 

EXPOSIÇÕES

Hendu Porã’rã, escutar com o corpo

Nhe'ẽ ry – onde os espíritos se banham

Mymba’i – pedindo licença aos espíritos

Endereço: Museu das Culturas Indígenas - Rua Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca – São Paulo/SP      

Funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 18h, às quintas até às 20h

Ingressos disponíveis no site: www.museudasculturasindigenas.org.br           

 

Sobre o MCI    

Localizado na capital paulista, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari – Organização Social de Cultura, em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Aty Mirim.   

 

Museu das Culturas Indígenas  

Telefone: (11) 3873-1541     

E-mail: contato@museudasculturasindigenas.org.br          

Site: www.museudasculturasindigenas.org.br           

Redes sociais   

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Ifonte: 

AGÊNCIA GALO 

terça-feira, 21 de maio de 2024

Zipper OPEN - SP

 

 
Rua Estados Unidos 1494
São Paulo SP Brasil 01427-001
+ 55 11 4306 4306

exposições "O burro cansou" - Gerben Mulder e "Xepa"-Nati Canto - A NONADA ZN - RJ


Gerben Mulder_O burro cansou NONADA ZN (1).jpg
Gerben Mulder

NONADA ZN: "O burro cansou" e "Xepa"

 

NONADA ZN, espaço de difusão cultural sito na Zona Norte do Rio de Janeiro, no bairro da Penha, abre duas mostras individuais simultâneas: “O burro cansou de Gerben Mulder, sob curadoria de Luiz Zerbini e Paulo Azeco e “Xepa”, da artista Nati Canto onde Luisa Seipp assina a curadoria. Duas mostras independentes de suprema consistência, a exposição de Gerben Mulderem parceria com a Fortes D’Aloia & Gabriel, é uma retrospectiva que reúne pinturas, desenhos e esculturas dos últimos 20 anos da produção do artista e a mostra de Nati Canto, em sua primeira individual na galeria, exibe 12 esculturas performando uma ode ao absurdo. O vernissage é dia 25 de maio, sábado, das 13 às 17hs, na Rua Conde de Agrolongo, 677, Penha, RJ.


·         O burro cansou” – Gerben Muller

Temos o orgulho de apresentar O burro cansou, uma retrospectiva de Gerben Mulder na NONADA ZN com curadoria de Luiz Zerbini e Paulo Azeco, em parceria com a Fortes D’Aloia & Gabriel. A mostra reúne pinturas, desenhos e esculturas dos últimos 20 anos da produção do artista.

Mulder, que vive e trabalha em Amsterdã, apresenta pela primeira vez uma visão panorâmica de sua obra no Rio de Janeiro. O artista explora flores, figuras humanas e animais como pontos de partida para suas pinturas oníricas repletas de energia erótica. Em cenas fragmentárias ou naturezas-mortas, a ambientação taciturna de seus quadros responde à observação do público com ecos de alucinação. Vacilando entre rostos de adultos e corpos infantis, seus personagens em permanente transformação trilham uma linha tênue entre inocência e perversidade.

Em pinturas como The blind leading the blind (2017), uma cena alegórica se desenrola num colorido híbrido sem cores puras, tratada com ironia e um senso de humor sardônico. As telas de Mulder parecem construídas a partir do acúmulo maníaco de camadas, rabiscos e turbilhões de tinta, com o aspecto figurativo quase dissolvido sob os véus de informação pictórica, como em Reclining nude (2017). As criaturas do artista tomam forma num espaço pictórico indefinido ou ainda em definição. Em desenhos como Tears of an angel (2019), um anjo hermafrodita aparece desarraigado mas aspirante ao céu, entre a carnalidade ameaçadora e a travessura. Em outros, como Monkey seduction (2015) e Divided pleasures (2022), a dimensão erótica de sua poética toma centralidade, e na indeterminação das figuras existe um aceno à dimensão corrosiva e volátil do desejo.

A mostra na NONADA ZN ocorre em paralelo à exposição dialógica Gerben Mulder & Iberê Camargo, na Carpintaria, com curadoria de Luiz Zerbini, Paulo Azeco e Tiago Mesquita. 

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Nati Canto


·         Xepa” – Nati Canto

"Xepa", a primeira exposição individual da artista Nati Canto na NONADA, sob curadoria de Luisa Seipp, é uma ode ao absurdo. O início do projeto se dá com a série "Bituca" (2024), que mergulha no universo das pontas de cigarros descartadas nas ruas, bem como nos restos de frutas e legumes nos chãos de feiras, onde uma beleza decadente se mescla à vida urbana pulsante. A artista desafia as percepções convencionais ao criar obras que encapsulam a contradição do mundo contemporâneo.

Com 10 obras inéditas, desenvolvidas especialmente para a exposição, Nati Canto faz uso de ingredientes culinários considerados nobres, como urucum, barbatimão, cacau preto, spirulina verde e tucupi, transformando-os em gelatinas em sua cozinha-ateliê para compor suas obras. No entanto, essa nobreza é contrastada com a própria gelatina, um subproduto desperdiçado da agropecuária nacional. Em diálogo com a arte brasileira, sua produção extrapola as técnicas tradicionais do campo artístico, trazendo procedimentos gastronômicos para o universo da arte contemporânea. Sua pesquisa se concentra na investigação do prazer, da memória e dos sentidos, suscitados tanto pelo ato de comer quanto pelas questões sobre permanência postas pela materialidade de suas obras.

"Xepa" convida o público a explorar um espaço para incertezas e ambiguidades, aberto a interpretações diversas.

Trabalhando atualmente com materiais da culinária, Nati Canto utiliza gelatinas, tapiocas, pães de massa morta e pigmentos naturais para criar objetos que se posicionam entre a pintura, a escultura e a instalação. Em diálogo com a arte brasileira, sua produção extrapola as técnicas tradicionais do campo artístico trazendo ao universo da arte contemporânea procedimentos gastronômicos. Sua pesquisa se volta à investigação do prazer, da memória, dos sentidos, suscitados tanto pelo ato de comer, pelo processo de assimilação da comida pelo corpo e sua evacuação, quanto pelas questões sobre permanência postas pela materialidade de suas obras. Nesse sentido, seus trabalhos procuram refletir a respeito da simbologia da alimentação, do processo digestivo no corpo e sobre os ciclos de vida e de morte.

 

SERVIÇO

Exposição: “O burro cansou

Artista: Gerben Mulder

Curadoria: Luiz Zerbini e Paulo Azeco

Exposição: “Xepa

Artista: Nati Canto

Curadoria: Luisa Seipp

Abertura: 25 de maio – sábado – das 13h às 17h

Período: de 25 de Maio a 10 de Agosto de 2024

Local: NONADA ZN @nonada_nada

Endereço: Rua Conde de Agrolongo, 677, Penha, RJ

Dias e Horários de funcionamento: quinta e sexta, das 12h às 17h || sábado, das 11h às 15h


fonte: Balady

Exposição "O Filiarcado" - Wesley Duke Lee - Ricardo Camargo Galeria - SP


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Wesley Duke Lee e o 1o prêmio da 8a Bienal de Tóquio: a máscara do teatro Nô (1965)

 A Era do Filho na Arte de Wesley Duke Lee

Exposição "O Filiarcado" na Ricardo Camargo Galeria apresenta série inédita e combina técnicas inovadoras e referências históricas

 

Ricardo Camargo Galeria tem o prazer de anunciar a exposição "O Filiarcado" do renomado artista Wesley Duke Lee. Nesta série, composta por oito pinturas de grandes dimensões (257 x 227 cm), o artista utiliza bastões de pastel a óleo sobre uma base de argamassa que remete às paredes de pedra das cavernas, criando uma textura sólida e enrugada que dá vida às suas figuras. As obras exploram a temática dos jogos infantis ancestrais, retratando crianças que nadam, correm, pulam sela e fogueira, atiram dardos e jogam cartas ou bolinhas de gude.

Wesley Duke Lee começou a dar forma à série "O Filiarcado" após comemorar 40 anos de vida artística com uma grande retrospectiva no Museu de Arte de São Paulo (MASP) em 1992. O conceito do 'filiarcado', a era do filho, surgiu de conversas com a poetisa Dora Ferreira da Silva, esposa do filósofo Vicente Ferreira da Silva, amigos de Wesley Duke Lee. Inspirado pelos desenhos renascentistas de Andrea Mantegna e pelas gravuras barrocas de Jacques Stella, Wesley Duke Lee utilizou computação gráfica para recriar essas imagens em uma perspectiva renascentista, organizando-as no formato do losango, uma figura que ele associava ao equilíbrio instável entre os triângulos masculino e feminino.

Os quadros de "O Filiarcado" foram agrupados cromaticamente pelo artista em fases que remetem às transmutações alquímicas: Albedo, com tons claros e brancos dourados sobre fundo ocre; Rubedo, com vermelhos dourados; e Nigredo, com magentas dourados e enegrecidos. As figuras infantis, os objetos e os cenários são dispostos de maneira a criar uma trama delicada dentro dos losangos, remetendo aos jogos e à paisagem da infância do artista.

Wesley Duke Lee, nascido em São Paulo em 1931, é uma figura central na arte contemporânea brasileira. Formado pela Parsons School of Design e pela New York School for Social Research, nos Estados Unidos, ele retornou ao Brasil na década de 1960, onde desenvolveu uma carreira marcada pela experimentação e pela integração de diversas formas artísticas. Participou do movimento "Ruptura" e foi um dos fundadores do grupo "Rex", que revolucionou a cena artística paulistana. Sua obra é conhecida pela fusão de elementos clássicos e modernos, e pela profunda reflexão sobre a condição humana e suas expressões culturais.

A exposição "O Filiarcado" oferece ao público uma oportunidade única de apreciar o trabalho de Wesley Duke Lee em sua plena maturidade artística. A combinação de técnicas inovadoras e referências históricas cria uma experiência visual e conceitual rica, reafirmando a relevância do artista no cenário contemporâneo.

Link para Imagens e catálogo - WESLEY DUKE LEE

 

Exposição: “O Filiarcado

Artista: Wesley Duke Lee

Organização: Ricardo Camargo

Vernissage: 27 de maio, segunda-feira, das 19 às 22hs.

Período:28 de Maio a 28 de Junho de 2024

Local: Ricardo Camargo Galeria

Endereço: Rua Frei Galvão 121 J. Paulistano São Paulo

Tels (55 11) 3031 3879 / 3819 0277

Horários:2a a 6a feira das 10 às 19 h; Sábado das 10 às 14 h

Número de obras: 8

Técnica: pastel a óleo e argamassa s/tela, base de vidro e aço

Dimensões: 257 x 227 cm.

 

Midias:

Site: www.rcamargoarte.com.br

E-mail: rcamargoarte@terra.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/ricardocamargogaleria

fonte: Balady