SOBRE O LIVRO | |
Assunto: | antropologia |
Coleção: | perspectivas |
formato: | 16x23 cm |
páginas: | 456 |
acabamento: | brochura |
edição: | 1ª 2011 |
peso: | 736 g |
ISBN: | 9788527309066 |
A Editoria Perspectiva e a Fapesp convidam para o lançamento de
Oniska – Poética do Xamanismo na Amazônia,
de Pedro de Niemeyer Cesarino
Dia 30 de maio, segunda-feira, das 19h às 22hs
Bar Balcão
Rua Doutor Melo Alves, 150,
Jardim Paulista, São Paulo
Tel: 11 3063.6091
www.editoraperspectiva.com.br
de Pedro de Niemeyer Cesarino
Dia 30 de maio, segunda-feira, das 19h às 22hs
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Oniska Poética do Xamanismo na Amazônia Pedro de Niemeyer Cesarino |
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Este livro é um estudo etnográfico sobre os marubo do alto rio Ituí (Vale do Javari, Amazonas). Oniska: Poética do Xamanismo na Amazônia, de Pedro de Niemeyer Cesarino, ora publicado na coleção Perspectivas, examina cantos e depoimentos de xamãs que se dedicam, por meio da linguagem poética, a dilemas tais como a morte e os ciclos vitais, a constituição do mundo e da pessoa, as relações entre visível e invisível. Em suas diversas manifestações – como, por exemplo, a narração de mitos, o acompanhamento dos mortos em seu destino póstumo, o trabalho da cura e das relações com espíritos –, é notável a construção de uma poética da distância, dos deslocamentos e da nostalgia. São essas algumas das marcas de um mundo no qual o que se concebe como humano se estende para vastas e insuspeitas formas de relação, mediadas pelas ações e palavras dos xamãs. Ao articular traduções com detalhadas descrições de rituais, análises de iconografias e reflexões teóricas, Pedro Cesarino desenvolve uma investigação original sobre a maneira como linguagem e pensamento se associam em uma cosmologia indígena amazônica. Oniska é uma contribuição importante e oportuna aos ainda raros estudos fronteiriços entre antropologia e literatura, em especial no que se refere às complexidades das artes verbais associadas ao xamanismo. As traduções aqui reunidas, como o “Canto do Caminho-Morte” e a narrativa mítica “Raptada pelo Raio”, são passos fundamentais para a compreensão da enorme riqueza dos regimes criativos e intelectuais da floresta e estão intimamente ligadas a uma concepção propriamente tradutiva da escrita etnográfica, que se desenvolve no entrecruzamento dos nossos pressupostos de pensamento com os do xamanismo marubo. Oniska não é, portanto, uma representação ou substituição da palavra indígena pela do estrangeiro, mas sim fruto de um encontro intelectual, de uma interlocução estabelecida entre sujeitos marcados por distintas trajetórias de vida e de pensamento: os marubo e um antropólogo que com eles conviveu durante certo tempo. |
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