Veja a história do presépio, de acordo com o próprio museu:
“Francisco Matarazzo Sobrinho, o “Ciccilo”, adquiriu o Presépio Napolitano na Itália, em 1949. O conjunto de 1.600 peças, confeccionadas em Nápoles no século XVIII, remontavam uma vila napolitana setecentista. Entre obras de artesãos anônimos, peças de artistas eruditos, conhecidos como figurinai, como Francesco Cappiello, Francesco Ingaldi, Giuseppe Gallo, Lorenzo Mosca, Matteo Bottigliero, Nicolla Somma, demonstram alto nível técnico.
No Brasil, Ciccilo desejava montar o presépio segundo a cenografia original. Entregou a empreitada a Lourdes Duarte Milliet, esposa do artista Sergio Milliet e irmã do estudioso Paulo Duarte. Para a reconfecção das vestimentas, Gabriella Pascolato, proprietária da Tecelagem Santa Constancia, forneceu os tecidos. As figuras foram recompostas pelo artesão Gregório Tinell; a cenografia, por Tullio Costa, com colaboração de Ítalo Bianchi.
Assim, em 4 de outubro de 1950, o Presépio Napolitano foi aberto para visitação pública na Galeria Prestes Maia, permanecendo em exposição por onze meses. Depois, foi recolhido e passou cinco anos guardado na Metalúrgica Matarazzo. Em 1956, o conjunto transferido para o antigo Pavilhão do Folclore, no Parque do Ibirapuera, onde permaneceu em exposição até 1985. Porém, as condições ambientais e técnicas do local colocavam este importante acervo em risco, razão que motivou sua transferência para o Mosteiro da Luz, que abriga o Museu de Arte Sacra de São Paulo.
Em 1998, o Museu resgatou o projeto do presépio. Paralelamente, o Museu reformou a antiga residência do capelão do Mosteiro da Luz para abrigar o conjunto. O artista Silvio Galvão foi chamado para desenvolver a cenografia, seguindo a concepção criada em 1950 por Tullio Costa. Em 1999, o Presépio Napolitano voltou a ser aberto à exposição pública, em condições que garantiam – e ainda hoje garantem – sua correta instalação, manutenção e preservação.”
Fonte: Blog Estadão – Edson Veiga
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