Jac Leirner
métrica mínima
Abertura 28.11.2015, 12h - 15h
Exposição 28.11.2015 | 22.01.2016
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Temos o prazer de apresentar métrica mínima, exposição de Jac Leirner no Galpão Fortes Vilaça. A artista paulistana exibe um inédito corpo de trabalho, criado com jogos de sudoku que ela resolveu e colecionou ao longo de meses. Todas as obras se desenvolvem a partir da decisão de dar corpo a processos abstratos como lógica, raciocínio e, em especial, a passagem do tempo.
Na série métrica mínima, exposta pela primeira vez na Bienal de Sharjah deste ano, a artista emprega estratégias recorrentes da sua produção como acúmulo e reordenação, além de alternâncias entre alta e baixa cultura. O pensamento matemático inerente ao passatempo é traduzido através do rigor formal de Leirner, que apresenta os jogos sobre telas de linho em diferentes formatos, quase sempre longos e horizontais. As obras se assemelham a réguas, denotando seu interesse por medir o tempo – ou, mais especificamente, o tempo dedicado na resolução dos jogos. Pequenas variações na altura das telas acompanham o formato dos sudokus e ao mesmo tempo estabelecem uma situação de ritmo para os trabalhos.
As demais obras da exposição refletem o empenho da artista em esgotar as possibilidades plásticas do novo material, utilizando bordas, restos e impressões resultantes da prática do sudoku. Em Números, por exemplo, Leirner faz monotipias com o uso de papel carbono, decalcando a resolução dos jogos para outras superfícies. Diferente dos trabalhos sobre linho, aqui os dígitos estão livres das grades quadradas e espalham-se aleatoriamente pelo papel, gerando áreas de concentração.
Em outro desdobramento, a artista cria colagens com tiras coloridas de jornal extraídas da seção de quadrinhos dos periódicos. O processo decorre do ato de recortar o sudoku, resultando em formas abstratas e jogos de palavras alinhados à tradição da poesia visual. É o caso de Ilustração para um poema, repleta de cortes retangulares, e também de Free Style, com cortes irregulares. Nível Fácil, Nível Médio e Nível Difícil seguem a mesma lógica construtiva e sintetizam a dificuldade dos jogos através de soluções formais.
Cada gesto da ação principal de completar e recortar o sudoku ganha contornos meditativos, como se a ação rápida e semi-inconsciente do cotidiano recebesse uma atenção redobrada, uma concentração máxima. As ações do estúdio se tornam transparentes nas obras finalizadas: acertar ou errar, escrever ou rabiscar, recortar e reorganizar definem tanto estes trabalhos como o material de que são feitos.
Jac Leirner nasceu em São Paulo em 1961, onde ainda vive e trabalha. Entre suas exposições individuais recentes, destacam-se:Funciones de una variable, Museo Tamayo (Cidade do México, 2014); Pesos y Medidas, CAAM (Las Palmas de Gran Canaria, Espanha, 2014), Hardware Seda – Hardware Silk, Yale School of Art (New Haven, EUA, 2012); Jac Leirner, Estação Pinacoteca (São Paulo, 2011). Seu extenso currículo de exposições inclui ainda participações em: Bienal de Sharjah (2015), Bienal de Istambul (2011), Bienal de Veneza (1997 e 1990), Documenta de Kassel (1992), Bienal de São Paulo (1989 e 1983). Sua obra está presente em diversas coleções importantes ao redor do mundo, como: Tate Modern (Londres), MoMA (Nova York), Guggenheim (Nova York), MOCA (Los Angeles), Carnegie Museum of Art (Pittsburgh, EUA), MAM (São Paulo), entre outras.
Na série métrica mínima, exposta pela primeira vez na Bienal de Sharjah deste ano, a artista emprega estratégias recorrentes da sua produção como acúmulo e reordenação, além de alternâncias entre alta e baixa cultura. O pensamento matemático inerente ao passatempo é traduzido através do rigor formal de Leirner, que apresenta os jogos sobre telas de linho em diferentes formatos, quase sempre longos e horizontais. As obras se assemelham a réguas, denotando seu interesse por medir o tempo – ou, mais especificamente, o tempo dedicado na resolução dos jogos. Pequenas variações na altura das telas acompanham o formato dos sudokus e ao mesmo tempo estabelecem uma situação de ritmo para os trabalhos.
As demais obras da exposição refletem o empenho da artista em esgotar as possibilidades plásticas do novo material, utilizando bordas, restos e impressões resultantes da prática do sudoku. Em Números, por exemplo, Leirner faz monotipias com o uso de papel carbono, decalcando a resolução dos jogos para outras superfícies. Diferente dos trabalhos sobre linho, aqui os dígitos estão livres das grades quadradas e espalham-se aleatoriamente pelo papel, gerando áreas de concentração.
Em outro desdobramento, a artista cria colagens com tiras coloridas de jornal extraídas da seção de quadrinhos dos periódicos. O processo decorre do ato de recortar o sudoku, resultando em formas abstratas e jogos de palavras alinhados à tradição da poesia visual. É o caso de Ilustração para um poema, repleta de cortes retangulares, e também de Free Style, com cortes irregulares. Nível Fácil, Nível Médio e Nível Difícil seguem a mesma lógica construtiva e sintetizam a dificuldade dos jogos através de soluções formais.
Cada gesto da ação principal de completar e recortar o sudoku ganha contornos meditativos, como se a ação rápida e semi-inconsciente do cotidiano recebesse uma atenção redobrada, uma concentração máxima. As ações do estúdio se tornam transparentes nas obras finalizadas: acertar ou errar, escrever ou rabiscar, recortar e reorganizar definem tanto estes trabalhos como o material de que são feitos.
Jac Leirner nasceu em São Paulo em 1961, onde ainda vive e trabalha. Entre suas exposições individuais recentes, destacam-se:Funciones de una variable, Museo Tamayo (Cidade do México, 2014); Pesos y Medidas, CAAM (Las Palmas de Gran Canaria, Espanha, 2014), Hardware Seda – Hardware Silk, Yale School of Art (New Haven, EUA, 2012); Jac Leirner, Estação Pinacoteca (São Paulo, 2011). Seu extenso currículo de exposições inclui ainda participações em: Bienal de Sharjah (2015), Bienal de Istambul (2011), Bienal de Veneza (1997 e 1990), Documenta de Kassel (1992), Bienal de São Paulo (1989 e 1983). Sua obra está presente em diversas coleções importantes ao redor do mundo, como: Tate Modern (Londres), MoMA (Nova York), Guggenheim (Nova York), MOCA (Los Angeles), Carnegie Museum of Art (Pittsburgh, EUA), MAM (São Paulo), entre outras.
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