JANAINA TORRES GALERIA ABRE A EXPOSIÇÃO COLETIVA ENTREPÁGINAS
Com trabalhos de 10 artistas com formação e repertórios distintos, a exposição surpreende pela discussão sugerida por meio das obras e pela força estética dos trabalhos apresentados
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São Paulo – A Janaina Torres Galeria apresenta a exposição coletiva Entrepáginas, uma coleção de trabalhos com grande força estética e proposta de discussão do cotidiano. “É uma síntese daquilo que está acontecendo na arte brasileira”, descreve a galerista Janaína Torres. A exposição é gratuita e pode ser visitada até o dia 11 de março.
A mostra reúne trabalhos de Daniel Jablonski, Daniel Nogueira de Lima, Gabriel Pitan Garcia, Jordi Burch, Kika Levy, Marcia Thompson, Marco Maria Zanin, Marcus André, Renata Basile e Sandra Mazzini. Todos os artistas fazem parte do corpo da galeria.
O visitante poderá conferir gravuras, pinturas, fotos, esculturas e instalações em uma instigante junção de trabalhos, em suportes diversos. “O propósito é permitir que os artistas mostram suas transições, suas novas propostas e perspectivas”, explica Janaina. “Os trabalhos mostram também o desenrolar de suas carreiras e processo artístico, o que é muito interessante de acompanhar”completa.
QUEM É QUEM NA EXPOSIÇÃO ENTREPÁGINAS
DANIEL JABLONSK – Nasceu no Rio de Janeiro em 1985. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Sua produção multifacetada, conjugando teoria e prática, investiga o lugar da biografia na formação de novas mitologias e discursos do cotidiano. Sua prática propõe, por meio de manifestações performáticas, que o espectador se coloque em um lugar comum entre artista e cidadão em atividades diárias, criando uma cartografia afetiva e carregada de memoria. Daniel Jablonski é artista visual, professor e pesquisador independente formado em Filosofia pela PUC-Rio. Tem mestrado em Filosofia Contemporânea pela Sorbonne (Paris) e História e Política do Museu e do Patrimônio pelo Institut National d’Histoire de l’Art (Paris) e Columbia University (NYC). Leciona no MASP – Museu de Arte de São Paulo e já participou de coletivas diversas no Brasil e no exterior.. Daniel Jablonski está atualmente com uma grande instalação na area externa do CCSP (Centro Cultural São Paulo), e a foto deste trabalho (“Pergunte aos seus vizinhos”, 2014), está na coletiva Entrepáginas.
DANIEL NOGUEIRA DE LIMA – Nasceu em São Paulo em 1978. Vive e trabalha em Botucatu, Brasil. Observador de sistemas urbanos, desenvolve sua pesquisa a partir da constante percepção das cidades e de suas características paisagísticas. Como se constroem, como se entrelaçam, e como são ativadas por quem as utiliza. A presença da eletricidade em suas obras é o elo entre a urbanização, força motriz da cidade, e de sua percepção. Suas instalações são retratos destas relações e perceptíveis relatos destes processos. Daniel Nogueira de Lima já realizou instalações site-specific na FUNARTE em Brasília, Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP). Daniel Nogueira de Lima participou da coletiva “Convocatótia do Mobiliário Brasileiro”, que se encerrou dia 29 de janeiro no MASP (Museu de Arte de São Paulo), com uma mesa que também está na exposição coletiva Entrepáginas. Outras duas obras do artista estão na exposição.
GABRIEL PITAN GARCIA – Nasceu em São Paulo em 1994. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Atento às pessoas ao seu redor, Gabriel Pitan Garcia se coloca como observador num ambiente urbano, onde cresceu e experimentou contrárias relações sociais. Sua visão orgânica de um cotidiano comum resulta em um trabalho aberto a associações dos mais distintos espectadores. Por meio do uso de elementos tridimensionais como roupas, plantas e arames, Pitan Garcia cria pinturas expandidas que se sobressaltam a tela e se tornam verdadeiros corpos pictóricos. Gabriel Pitan Garcia participa de sua 3a Anual de Artes da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado) até dia 12 de fevereiro. O artista possui duas obras em exposição na galeria até dia 11 de março.
JORDI BURCH – Nasceu em Barcelona em 1979. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Jordi Burch foi para Portugal ainda bebê, onde cresceu, estudou e iniciou sua prática artística. O deslocamento é uma constante em sua obra. Seja o deslocamento espacial entre cidades e países ou o deslocamento do olhar e dos sentidos do espectador. A cada novo projeto o artista busca um diálogo entre a memória e o instante presente, criando ressignificações em sua fotografia. Por meio de interpretações do espaço, da literatura, da arquitetura e do indivíduo, sua obra forma uma grande atmosfera que diz respeito à coletividade.
KIKA LEVY – Nasceu em São Paulo em 1963. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Formada em Desenho Industrial pela FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado e Pós-graduada em Artes Plásticas pela FASM (Faculdade Santa Marcelina). Em seu trabalho, Kika Levy explora com delicadeza e precisão sua busca inesgotável pela aproximação com a essência da sua fonte de inspiração. Seja pela geometria exata de cubos e icosaedros ou pela natureza indomável de plantas e nuvens, transita entre o racional e o intuitivo, o exato e o impreciso.
MARCIA THOMPSON – Nasceu no Rio de Janeiro em 1968. Vive e trabalha em Londres, Inglaterra. Marcia Thompson desenvolve seu trabalho entre o minimalismo e a pintura expandida. Sua obra é produzida a partir de acúmulos de enormes quantidades de tinta, transformando sua pintura em obras tridimensionais, que reagem ao espaço e a temperatura. Sua experimentação com materialidades e suportes formam infinitas possibilidades de expressão e forma. Formada em história pela PUC-Rio, e em artes pela EAV (Escola de Artes Visuais do Parque Lage – RJ), já esteve em exposições no Brasil e no exterior. Em 2015 foi laureada com o prêmio “Visual Arts Awards, da embaixada brasileira em Londres. Marcia Thompson está também na coletiva The Role of Image, que acontece na galeria Terra-Arte em Buckinghamshire (Reino Unido), até dia 30 de março. A artista está com dois trabalhos na coletiva Entrepáginas.
MARCO MARIA ZANIN – Nasceu em Pádua, Itália, em 1983. Vive e trabalha entre Pádua, Itália e São Paulo. Sua primeira formação foi em Literatura e Filosofia, e depois em Relações Institucionais, com mestrado em Psicologia. Paralelo a sua formação acadêmica, desenvolveu sua carreira artística e viajou por diferentes partes do mundo, colocando em prática o deslocamento, algo tão essencial para a análise crítica de contextos sociais. Seu instrumento de escolha é a fotografia, que frequentemente é usada através da combinação de diferentes técnicas, transcendendo as fronteiras de outras disciplinas artísticas.
MARCUS ANDRÉ – Nasceu no Rio de Janeiro, em 1961. Vive e trabalha entre Búzios e Rio de Janeiro. Formado em design pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em pintura e desenho pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), Marcus André tem como uma de suas características essenciais os formatos retangulares e a organização de camadas horizontais e verticais, que vem da sua extensa prática como gravurista. Sob a orientação do impressor Jean-Paul Russell, foi impressor-colorista na Ruppert J. Smith Pinting Company e participou de edições de artistas como Andy Warhol, Kenny Scharf e Larry Rivers em Nova York.
RENATA BASILE – Nasceu em Casa Branca, em 1962. Vive e trabalha em São Paulo. Formada em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), Renata Basile usa a linha como elemento fundamental para a construção de tramas delicadas. Dentro de uma rígida estrutura formal, seu trabalho exprime uma sensação inversa, de fluidez e continuidade. Ao criar gravuras em tecido a artista expande seu campo de atuação e traz ainda mais sutileza para o seu trabalho, saindo da prática bidimensional característica da técnica.
SANDRA MAZZINI – Nasceu em São Paulo em 1990. Vive e trabalha em São Paulo. Formada em Artes Visuais, é residente no ateliê 509, onde desenvolve sua pesquisa. A pintura de Sandra Mazzini propõe uma alteração do real a partir das novas perspectivas que se apresentam pelas camadas visuais vibrantes criadas em suas obras. As possibilidades poéticas de seu trabalho se apresentam na combinação da precisão com a leveza exercidas no seu fazer artístico. A artista traz o espectador para dentro de seu processo e propõe uma realidade alterada por meio da estrutura, da escala, do recorte e da gradação das cores. Sandra Mazzini vai participar de uma coletiva na Fundação Marcos Amaro (SP) em março, ainda sem data de abertura. Esta convocação partiu da residência que a artista fez na Fundação Marcos Amaro (Itu) em 2016. Está com duas obras na coletiva Entrepáginas e terá uma individual na galeria em outubro.
Entrepáginas | até 11 de março de 2017
seg – sex de 10h às 19h | sábado de 11h às 15h
Rua Joaquim Antunes 177 | 11 – Pinheiros
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