De 24 de maio a 23 de outubro de 2022
De terça a domingo, das 11h às 20h. Entrada franca.
Tomie: A Dança da Água
Exposição na sala especial da artista antecipa uma grande mostra que acontecerá em novembro quando o espaço completa 20 anos.
A exposição Tomie: a dança da água, que acontece a partir do dia 24 de maio, na sala especial dedicada à artista, antecede a grande exposição Tomie Dançante que será inaugurada em novembro, quando completam-se 20 anos de funcionamento do Instituto Tomie Ohtake, um espaço de arte e cultura independente e sem fins lucrativos que já faz parte do imaginário brasileiro.
Atuando como prólogo da efeméride, a mostra Tomie: a dança da água expõe obras em que Tomie Ohtake passa a adotar a tinta acrílica em suas pinturas. Ao evidenciar que tudo está em movimento, a fluidez da água utilizada como solvente serve de introito a essa série de estudos que abordam a relação entre a artista, o corpo, o gesto e o espaço, dentre outras relações que se anunciam nesta mostra como uma de suas primeiras danças.
Segundo os curadores Paulo Miyada e Priscyla Gomes, esta exposição é um testemunho desse momento de descoberta da dança de Tomie Ohtake com a água. O pincel se move em certo ritmo, repetindo volutas, remelexos e expansões; a água empresta seu próprio saber e dinamismo ao atribuir transparência e dilui o caráter pastoso da tinta; as coisas se somam e se transformam: há uma pausa, o respiro da tinta, seguido de uma nova rodada, outra expansão ou uma contração, e então mais um gesto talvez com outra tonalidade da cor (ou outra diluição da tinta). “De seus experimentos derivam trabalhos que, por vezes, nos apresentam diferentes estágios de submersão: são formas cujos contornos testam os limites do que pode ou não ser miscível à água. Outras parecem aludir à refração que distorce a visão do que está sob uma superfície. No conjunto de obras, diferentes matizes azulados – dos mais brilhantes aos melancólicos tons crepusculares – encontram-se com experimentos sem cromatismo, nos quais está em cena a mistura de pretos e brancos”, completam os curadores.
Para transformar a comemoração de 20 anos do Instituto (novembro), em um potente reencontro com o público, está sendo desenvolvida uma programação que traz o melhor do legado que inspira a existência do Instituto – a obra de Tomie Ohtake –, junto a novas criações de bailarinos e coreógrafos contemporâneos. O programa Tomie Ohtake: Dançante será uma exposição, mas mais do que isso. Os curadores Paulo Miyada e Priscyla Gomes mergulharam nos mais de 60 anos de carreira e um século de vida de Tomie para selecionar obras que exemplificam seu entendimento das relações entre corpo, espaço e movimento.
Essa seleção de obras serviu de base para o convite a coreógrafos de estilos, origens e gerações diferentes que desenvolverão apresentações, peças e performances que dialoguem com o corpo, o espaço e o movimento na obra de Tomie Ohtake. Dentre os nomes que participam dessa parceria estão Alysson Amaral, Cassi Abranches (Balé da Cidade), Davi Pontes, Eduardo Fukushima, Emilie Sugai e Rodrigo Pederneiras (Grupo Corpo).
A partir de junho de 2022, ensaios abertos com esses coreógrafos acontecem na casa-ateliê de Tomie Ohtake, projeto construído por Ruy Ohtake, onde ela viveu e trabalhou por décadas, que permanece preservado como um belíssimo exemplar arquitetônico, repleto de memória e ainda pouco conhecido pelo grande público.
A exposição de novembro ocupará a principal sala de exposições do Instituto Tomie Ohtake com pinturas, esculturas e gravuras da artista em diálogo com um intenso programa de apresentações dos coreógrafos convidados, as quais se distribuirão entre o espaço expositivo e o Grande Hall do Instituto, permitindo públicos de escala e perfil variados.
APRESENTADO POR
IDEALIZAÇÃO E COORDENAÇÃO
APOIO DE MÍDIA
REALIZAÇÃO
Pronac 203086
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