História da Arte Contemporânea: Transversalidades no Sesc Consolação, São Paulo
Idealizado por Daniela Bousso e Lucia Santaella, o programa aborda os temas “Arte contemporânea: o passado no presente” e “O contemporâneo nas artes: hibridismos e intersecções”.
O Sesc Consolação realiza durante os meses de setembro, outubro e novembro. Dividido em dois temas e em módulos independentes, o programa oferece um conjunto de cursos temáticos voltados para a compreensão da arte contemporânea, direcionados a estudantes e professores de artes, jornalistas culturais, profissionais da área de museus, cultura e comunicação e semiótica, arte educadores e interessados em arte contemporânea em geral.
Professores do Módulo II: Angélica de Moraes, Daniela Bousso, Lucia Santaella, Marcus Bastos, Nelson Brissac, Wilson Sukorski
Inscrições para o módulo II a partir do dia 1 de outubro de 2014
Sesc Consolação
Rua Dr. Vila Nova 245, Consolação, São Paulo
11-3234-3000
Inscrições na Central de Atendimento – 1º andar
Rua Dr. Vila Nova 245, Consolação, São Paulo
11-3234-3000
Inscrições na Central de Atendimento – 1º andar
Arte contemporânea: o passado no presente
Neste curso, a história da arte é traçada de modo transversal. Em lugar das tradicionais periodicidades lineares, em que artistas e obras aparecem em uma fileira temporal, a história e a arte serão pensadas de modo descontínuo, em espaços justapostos que unem o próximo e o distante, o contínuo e o descontínuo.
O objetivo é habilitar o estudante para a identificação dos procedimentos e recursos das linguagens da arte, de modo a estabelecer analogias não-lineares entre obras e artistas, desenvolvendo relações criativas de sincronia no tempo e no espaço que são fundamentais para o exercício da atividade crítica e curatorial no campo da arte contemporânea.
Neste curso, a história da arte é traçada de modo transversal. Em lugar das tradicionais periodicidades lineares, em que artistas e obras aparecem em uma fileira temporal, a história e a arte serão pensadas de modo descontínuo, em espaços justapostos que unem o próximo e o distante, o contínuo e o descontínuo.
O objetivo é habilitar o estudante para a identificação dos procedimentos e recursos das linguagens da arte, de modo a estabelecer analogias não-lineares entre obras e artistas, desenvolvendo relações criativas de sincronia no tempo e no espaço que são fundamentais para o exercício da atividade crítica e curatorial no campo da arte contemporânea.
Módulo II: As vanguardas artísticas e a crise da representação
De 11 a 25/10. Sábados, das 11h às 13h30.
De 11 a 25/10. Sábados, das 11h às 13h30.
Antes que as vanguardas artísticas pré e pós-primeira e segunda guerras mundiais tivessem crescentemente libertado a arte de padrões estéticos e ideológicos pré-estabelecidos, esse caminho já havia sido gradativamente aberto ao longo dos séculos por alguns artistas inventores que anteciparam a resoluta e sistemática crise da representação figurativa encetada pelo modernismo.
11/10
Inventores e ruptores do Renascimento ao Modernismo, com Angélica de Moraes
Alguns dos mais relevantes artistas, independentemente do período e lugar em que viveram ou do estilo em que costumam ser identificados, foram marcando os séculos, da Renascença ao Modernismo, com invenções e rupturas de padrão que fizeram avançar as linguagens da arte e anteciparam tendências futuras. Serão abordadas as obras de Leonardo da Vinci a J.M.W. Turner, passando por Bosch, Velásquez e Goya, entre outros mestres.
18/10
A decantação da representação, com Lucia Santaella
Apresentação dos movimentos, estilos, escolas que, conhecidos sob o nome de vanguardas históricas, desconstruíram e decantaram todos os princípios de representação sedimentados desde o Renascimento. As possibilidades de encontrar uma lógica interna para o agrupamento desses movimentos são bastante variadas. Serão abordadas as relações entre estas diferentes vanguardas - os representantes das vanguardas no Brasil estarão inseridos e serão discutidos nos pontos convenientes.
25/10
A irrupção de múltiplas tendências artísticas, com Daniela Bousso
Cessado o processo de decantação da luz, das cores e das formas, e nada mais restando dos alicerces visuais renascentistas, o momento do pós-guerra abriu caminho para uma irrupção de tendências artísticas que variam livremente, sem um telos e sem permitir qualquer tipo de agrupamento – como a arte concreta e neo-concreta, optical art, cinetismo e o novo realismo; os happenings e a body art, como testemunhas de que quem manda na arte é ela mesma; a pop art, ironia e desdém, à explosão da cultura de massas; a simplicidade do minimalismo e o privilégio da ideia na arte conceitual.
11/10
Inventores e ruptores do Renascimento ao Modernismo, com Angélica de Moraes
Alguns dos mais relevantes artistas, independentemente do período e lugar em que viveram ou do estilo em que costumam ser identificados, foram marcando os séculos, da Renascença ao Modernismo, com invenções e rupturas de padrão que fizeram avançar as linguagens da arte e anteciparam tendências futuras. Serão abordadas as obras de Leonardo da Vinci a J.M.W. Turner, passando por Bosch, Velásquez e Goya, entre outros mestres.
18/10
A decantação da representação, com Lucia Santaella
Apresentação dos movimentos, estilos, escolas que, conhecidos sob o nome de vanguardas históricas, desconstruíram e decantaram todos os princípios de representação sedimentados desde o Renascimento. As possibilidades de encontrar uma lógica interna para o agrupamento desses movimentos são bastante variadas. Serão abordadas as relações entre estas diferentes vanguardas - os representantes das vanguardas no Brasil estarão inseridos e serão discutidos nos pontos convenientes.
25/10
A irrupção de múltiplas tendências artísticas, com Daniela Bousso
Cessado o processo de decantação da luz, das cores e das formas, e nada mais restando dos alicerces visuais renascentistas, o momento do pós-guerra abriu caminho para uma irrupção de tendências artísticas que variam livremente, sem um telos e sem permitir qualquer tipo de agrupamento – como a arte concreta e neo-concreta, optical art, cinetismo e o novo realismo; os happenings e a body art, como testemunhas de que quem manda na arte é ela mesma; a pop art, ironia e desdém, à explosão da cultura de massas; a simplicidade do minimalismo e o privilégio da ideia na arte conceitual.
O contemporâneo nas artes: hibridismos e intersecções
Após ter passado pelo estágio pré-fotográfico (da pintura, desenho, gravura e escultura) a partir do final do século XIX a arte foi ficando cada vez mais emaranhada em uma rede de forças dinâmicas, tanto pré-tecnológicas quanto tecnológicas, artesanais e virtuais, locais e globais, massivas e pós-massivas, corporais e informacionais, presenciais e digitais. Essa condição corresponde ao que Rosalind Krauss chamou de arte pós-midiática, no sentido de que não há suportes ou mídias privilegiadas para as artes - mas também não há nenhuma importância sobre que meio é usado. Nesse contexto, este curso visa discutir o contemporâneo nas artes à luz da evolução dos dispositivos e interfaces, da hibridação das linguagens e suportes, das intersecções entre meios e do sistema da arte (instituições e mercado).
Após ter passado pelo estágio pré-fotográfico (da pintura, desenho, gravura e escultura) a partir do final do século XIX a arte foi ficando cada vez mais emaranhada em uma rede de forças dinâmicas, tanto pré-tecnológicas quanto tecnológicas, artesanais e virtuais, locais e globais, massivas e pós-massivas, corporais e informacionais, presenciais e digitais. Essa condição corresponde ao que Rosalind Krauss chamou de arte pós-midiática, no sentido de que não há suportes ou mídias privilegiadas para as artes - mas também não há nenhuma importância sobre que meio é usado. Nesse contexto, este curso visa discutir o contemporâneo nas artes à luz da evolução dos dispositivos e interfaces, da hibridação das linguagens e suportes, das intersecções entre meios e do sistema da arte (instituições e mercado).
Módulo II: A arte e suas hibridações
De 15 a 29/10. Quartas-feiras, das 19h às 21h30.
De 15 a 29/10. Quartas-feiras, das 19h às 21h30.
A multiplicidade e diversidade das artes no panorama contemporâneo resultam, entre outras coisas, das misturas e hibridismos entre gêneros, suportes, técnicas, tecnologias, mídias e linguagens que foram acentuando-se a partir do final do século XIX e que introduziram a fotografia, o cinema, o vídeo, a arquitetura, o design e suas variadas misturas no panteão das artes. Disso resulta a quase impossibilidade de categorização ou apontamento de tendências da arte contemporânea. Este módulo é voltado ao estudo de algumas das hibridações mais fundamentais que conduziram as artes ao seu estado atual.
15/10
Áudio Arte, com Wilson Sukorski
Compreender o desenvolvimento técnico e estético das artes sonoras demanda estabelecer relações entre contextos sócio-históricos, ferramentas, tecnologias e obras realizadas nos territórios da música e de outras formas de artes que se apropriaram do som. Esta aula procura estabelecer tais conexões na modernidade e pós-modernidade, partindo do impacto do fonógrafo, passando pelas pesquisas e experimentos sonoros das vanguardas nas artes visuais e na música, pela invenção de instrumentos eletrônicos e técnicas de gravação, até as novas interfaces de criação, edição e manipulação de sons através das quais emergem as sonoridades contemporâneas.
22/10
Arte e Arquitetura/Arte e Design, com Nelson Brissac
Esta aula discute as relações de similaridade, complementaridade, sobreposição, oposição, conflito e distinção entre arte e arquitetura, arte e indústria, arte e design. A arquitetura e o urbanismo contemporâneos, na sua relação com a arte, serão pensados como uma nova trama de valores, espaços complexos instaurados pela justaposição dos dispositivos; intervalos e desmaterialização como mecanismos da expansão urbana. As expansões no conceito de design serão tratadas até o limite do design thinking.
29/10
Mobilidade e a arte das mídias locativas, com Marcus Bastos
Graças aos dispositivos móveis equipados com GPS, emergiu uma nova estética sob o nome de mídias locativas. Estas são tecnologias baseadas em lugares – tecnologia wireless, de vigilância, de rastreamento e de posicionamento que permitem que a informação ligue-se a espaços geográficos. Os projetos estéticos em mídias locativas encontram sua coesão no resgate da experiência pessoal de contar histórias, na recuperação da memória coletiva cujo registro se inscreve na contracorrente das histórias oficiais, na disponibilização cada vez mais abrangente para usos críticos ou singelos de dispositivos marcados pela insígnia do poder.
15/10
Áudio Arte, com Wilson Sukorski
Compreender o desenvolvimento técnico e estético das artes sonoras demanda estabelecer relações entre contextos sócio-históricos, ferramentas, tecnologias e obras realizadas nos territórios da música e de outras formas de artes que se apropriaram do som. Esta aula procura estabelecer tais conexões na modernidade e pós-modernidade, partindo do impacto do fonógrafo, passando pelas pesquisas e experimentos sonoros das vanguardas nas artes visuais e na música, pela invenção de instrumentos eletrônicos e técnicas de gravação, até as novas interfaces de criação, edição e manipulação de sons através das quais emergem as sonoridades contemporâneas.
22/10
Arte e Arquitetura/Arte e Design, com Nelson Brissac
Esta aula discute as relações de similaridade, complementaridade, sobreposição, oposição, conflito e distinção entre arte e arquitetura, arte e indústria, arte e design. A arquitetura e o urbanismo contemporâneos, na sua relação com a arte, serão pensados como uma nova trama de valores, espaços complexos instaurados pela justaposição dos dispositivos; intervalos e desmaterialização como mecanismos da expansão urbana. As expansões no conceito de design serão tratadas até o limite do design thinking.
29/10
Mobilidade e a arte das mídias locativas, com Marcus Bastos
Graças aos dispositivos móveis equipados com GPS, emergiu uma nova estética sob o nome de mídias locativas. Estas são tecnologias baseadas em lugares – tecnologia wireless, de vigilância, de rastreamento e de posicionamento que permitem que a informação ligue-se a espaços geográficos. Os projetos estéticos em mídias locativas encontram sua coesão no resgate da experiência pessoal de contar histórias, na recuperação da memória coletiva cujo registro se inscreve na contracorrente das histórias oficiais, na disponibilização cada vez mais abrangente para usos críticos ou singelos de dispositivos marcados pela insígnia do poder.
PROFESSORES
Angélica de Moraes - crítica de artes visuais, jornalista cultural e curadora, integrou a equipe do curso de História da Arte do Museu da Imagem e do Som (MIS-SP). Autora do livro “Alex Flemming” (CosacNaify, 2012) e uma das autoras do livro “O Valor da Obra de Arte” (Metalivros, 2014).
Marcus Bastos - artista, curador e pesquisador nas áreas de convergência entre audiovisual, design e novas mídias. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, é autor do e-book Cultura da Reciclagem (Galeria NOEMA, 2007) e um dos editores de Apropriações do (In)comum: espaço público e privado em tempos de mobilidade (Instituto Sergio Motta, 2009).
Nelson Brissac – possui graduação em Sociologia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1976), mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1980) e doutorado em Filosofia pela Universidade de Paris I Sorbonne (1984). Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: imagens, arte e cidade.
Wilson Sukorski - compositor, músico eletrônico, performer multimídia, criador/produtor de conteúdos musicais para rádio/vídeo/cinema, designer e construtor de instrumentos musicais inusitados e pesquisador em áudio digital.
COORDENADORAS
Daniela Bousso - crítica de artes visuais, curadora, pensadora e mestre em artes visuais pela ECA-USP e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC. Foi diretora do Paço das Artes de 1997 a 2011 também a responsável pela renovação do MIS-SP, que dirigiu em simultaneidade com o Paço das Artes, de 2007 a junho de 2011. Foi responsável pela concepção e formatação do Premio Sergio Motta de Arte e Tecnologia, bem como pela curadoria das suas sete primeiras edições. Coordenou e realizou a curadoria da primeira edição do projeto Rumos Visuais junto ao Itaú Cultural. Atualmente é sócia diretora da Musas Produções Culturais LTDA e leciona no curso “Estéticas Tecnológicas” no TIDD (Tecnologias da Inteligência do Design Digital) da PUC-SP. Entre as suas principais curadorias, estão: 24 Bienal de SP, 50 anos da Bienal de SP, 12 brasileiros no ZKM-Centro de Mídia arte, Alemanha, 2006, entre outros. Prêmios APCA "Curadora revelação", 1992 e "melhor programação do ano", APCA, 2004, projeto "Ocupação", Paço das Artes SP.
Lucia Santaella é pesquisadora 1A do CNPq, professora titular na pós-graduação em Comunicação e Semiótica e na pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUCSP), além de Doutora em Teoria Literária pela PUCSP e Livre-docente em Ciências da Comunicação pela USP. Publicou 41 livros, entre os quais: Matrizes da linguagem e pensamento - Sonora, visual, verbal (Iluminuras/Fapesp, Prêmio Jabuti 2002), Mapa do jogo - A diversidade cultural dos games (org., Ed. Cengage Learning, Prêmio Jabuti 2009), e A ecologia pluralista da comunicação (Paulus, prêmio Jabuti 2011). Além dos livros, publicou cerca de 300 artigos no Brasil e no exterior. Recebeu ainda os prêmios Sergio Motta em Arte e Tecnologia (2005) e Luis Beltrão, maturidade acadêmica (2010).
Fonte: Canal Contemporâneo
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