Exposição Caipirismo reúne obras dos pintores José Antônio da Silva e Jocelino Soares no Sesc Bom Retiro | ||||||||||
Por meio de um panorama vívido de paisagens, retratos, temas religiosos e alegóricos, mostra reúne obras que representam universos culturais e sociais do interior paulista. Público poderá visitar gratuitamente mediante agendamento prévio feito na página da unidade na internet. No Sesc a retomada de atividades presenciais segue protocolo de órgãos de saúde pública para evitar o contágio e disseminação da Covid-19. Imagens - Drive Google O retrato de um centro urbano que floresceu na região hoje conhecida como "sertão", espaço no qual surge o sertanejo e se manifesta o caipirismo, é o fio condutor da exposição Caipirismo - José Antônio da Silva e Jocelino Soares, com curadoria de Odécio Visintin Rossafa Garcia e Romildo Sant'Anna, em cartaz de outubro de 2020 a janeiro de 2021 no Sesc Bom Retiro. Inicialmente prevista para acontecer entre os meses de março e julho deste ano, a mostra, que teve sua abertura adiada devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, agora pode ser visitada gratuitamente pelo público de terça a sexta, das 15h às 21h, e aos sábados, das 10h às 14h, mediante agendamento prévio pelo site sescsp.org.br/bomretiro. As visitas à exposição Caipirismo - José Antônio da Silva e Jocelino Soares têm duração máxima de 45 minutos e o uso de máscara facial é obrigatório para todas as pessoas, durante toda a visita. Caipirismo faz referência a uma maneira de viver que foi aos poucos se agregando às transformações trazidas pelo crescimento e avanço das cidades, levando ao sertão novos conhecimentos e costumes. Todavia, as transformações tecnológicas e culturais não apagaram a memória afetiva, familiar e artística cultivada pela tradição destas regiões. Com o êxodo rural, milhares de famílias migraram do campo para as cidades levando consigo lembranças, danças, poemas, culinária e histórias que são transmitidas de geração em geração. O público poderá ver de perto cerca de 25 obras de José Antônio da Silva, pinturas criadas de 1952 a 1990, e 22 trabalhos de Jocelino Soares, telas produzidas de 2010 a 2020, artistas que por um considerável período de tempo dividiram o mesmo espaço geográfico no interior do estado, a cidade de São José do Rio Preto. São conjuntos que estabelecem um diálogo a partir de temas como o mundo rural, desmatamentos, chuvas, florais, colheitas, o mundo das águas, árvores de ypê e aspectos do trabalho no campo. São abordados, também, os encontros com as tradições folclóricas, festas, religiosidades e o sentimento de saudade da vida no campo. Segundo Odécio Visintin Rossafa Garcia, a mostra foi pensada para sensibilizar o público e incentivá-lo a conhecer a ideia de caipirismo tão presente nas obras de Silva e Soares. “Pintado em suas belas cores, carregadas de saudades e lembranças da terra que, cada vez mais, se entranha no imaginário das pessoas por meio das danças e cantos em versos e prosas”, pontua o curador. José Antônio da Silva nasceu e cresceu no meio agropastoril e é considerado um pintor de arte naïf de grande relevância no Brasil. Suas obras, conforme define Romildo Sant’Anna, também curador da exposição, são “esperançosas, idílicas, desmesuradas, prenhes de doidices, impulsos quiméricos e persecutórios, contemplativos e boquiabertos, um tanto delas lancinantes; outro tanto, de fulgurantes impulsos inventivos nascidos de espírito interrogante, talentoso e arrebatador”. Também estão presentes obras políticas de autoria de Silva, nas quais discute certos aspectos do mundo da arte, além de destacar as diferenças entre campo e a modernidade urbana a partir do olhar cultural caipira. As telas de Jocelino Soares, por sua vez, retratam o campo, as roças, as festas e colheitas das famílias caipiras, além de seu cotidiano de trabalho árduo. Vale ressaltar a relação estabelecida entre as próprias obras e a vivência e origem do artista no trabalho rural, além da presença, sempre renovada, da memória e admiração pela cultura popular. O historiador Lelé Arantes descreve Jocelino como “um artista do povo simples da roça; é um mago que empresta vida aos anônimos personagens das histórias dos homens e das mulheres do campo”. Além das pinturas produzidas por José Antônio da Silva e Jocelino Soares, a exposição traz livros de autoria dos artistas. São romances ambientados no mundo rural, que resgatam características do universo caipira do interior do estado de São Paulo.
Sobre os artistas: José Antônio da Silva (Sales de Oliveira, 1909 - São Paulo, 1996). Pintor, desenhista, escritor, escultor, repentista. Trabalhador rural, de pouca formação escolar, é autodidata. Em 1931, muda-se para São José do Rio Preto, São Paulo. Participa da exposição de inauguração da Casa de Cultura da cidade, em 1946, quando suas pinturas chamam atenção dos críticos Lourival Gomes Machado (1917-1967), Paulo Mendes de Almeida (1905-1986) e do filósofo João Cruz e Costa. Dois anos depois, realiza mostra individual na Galeria Domus, em São Paulo. Nessa ocasião Pietro Maria Bardi, então diretor do MASP, adquire seus quadros e deposita parte deles no acervo do museu. O MAM/SP também edita seu primeiro livro, Romance de Minha Vida, em 1949. Na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, recebe prêmio aquisição do Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York. Em 1966, Silva cria o Museu Municipal de Arte Contemporânea de São José do Rio Preto e grava dois LPs, ambos chamados Registro do Folclore Mais Autêntico do Brasil, com composições de sua autoria. No mesmo ano, ganha Sala Especial na 33ª Bienal de Veneza. Publica ainda os livros Maria Clara, 1970, com prefácio do crítico literário Antônio Candido (1918); Alice, 1972; Sou Pintor, Sou Poeta, 1982; e Fazenda da Boa Esperança, 1987. Transfere-se de São José do Rio Preto para São Paulo, em 1973. Em 1980, é fundado o Museu de Arte Primitivista José Antônio da Silva (MAP), em São José do Rio Preto, com obras do artista e peças do antigo Museu Municipal de Arte Contemporânea. Jocelino Soares (Neves Paulista, 1955). Participou em 1974 do 15º Salão de Arte Juvenil na Casa de Cultura S. J. Rio Preto - SP, da qual viria a ser diretor, em 2001. É artista plástico pós-graduado em Arte Educação, tendo participado de diversas mostras coletivas e individuais e salões de arte nas cidades de S. J. do Rio Preto, Limeira, Presidente Prudente, Barretos, Marília, São Carlos, Araçatuba, Penápolis, entre outras. Em 2003 é criado o Instituto Cultural “Jocelino Soares”, em S. J. do Rio Preto e lançado o livro “O criador de sacis”, seguido de uma série de publicações sobre sua trajetória artística. Suas publicações “Brincando com arte” e “Contando a arte de Jocelino Soares” são adotadas, em 2005, por 86 escolas da rede municipal de ensino de S. J. do Rio Preto. Em 2011, quando já atua como curador de museus do município de S. J. do Rio Preto e detém cadeira da Academia Rio-pretense de Letras e Cultura, publica o livro “Sentimento Caipira”. O livro é uma coletânea de artigos publicados no Jornal Diário da Região – contando causos e curiosidades da vida do homem da roça.
Orientações de segurança para visitantes O Sesc São Paulo retoma, de maneira gradual e somente por agendamento prévio online, a visitação gratuita e presencial a exposições em suas unidades na capital, na Grande São Paulo, no interior e litoral. Para tanto, foram estabelecidos protocolos de atendimento em acordo com as recomendações de segurança do governo estadual e da prefeitura municipal. Para diminuição do risco de contágio e propagação do novo coronavírus, conforme as orientações do poder público, foram estabelecidos rígidos processos de higienização dos ambientes e adotados suportes com álcool em gel nas entradas e saídas dos espaços. A capacidade de atendimento das exposições foi reduzida para até 6 pessoas para cada 100 m², com uma distância mínima de 2 metros entre os visitantes e sinalizações com orientações de segurança foram distribuídas pelo local. A entrada na unidade será permitida apenas após confirmação do agendamento feito no portal do Sesc São Paulo. A utilização de máscara cobrindo boca e nariz durante toda a visita, assim como a medição de temperatura dos visitantes na entrada da unidade serão obrigatórias. Não será permitida a entrada de acompanhantes sem agendamento. Seguindo os protocolos das autoridades sanitárias, os fraldários das unidades seguem fechados nesse momento e, portanto, indisponíveis aos visitantes. Serviço: Estacionamento: Alameda Cleveland, 529 Valores Estacionamento: com apresentação de Credencial Plena - R$ 5,50 até uma hora; R$ 2,00 adicional por hora. Não credenciados - R$ 12,00 até uma hora; R$ 3,00 adicional por hora. Para mais informações, acesse o portal: sescsp.org.br/
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fonte: Site: sescsp.org.br/bomretiro |
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escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)
http://maregina-arte.blogspot.com/
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terça-feira, 27 de outubro de 2020
exposição Caipirismo - Sesc Bom Retiro - SP
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