EXPOSIÇÃO DO ACERVO MASP
DEUSES E MADONAS - A ARTE DO SAGRADO
DEUSES E MADONAS - A ARTE DO SAGRADO
Período:
15 de outubro de 2010 a 16 de janeiro de 2011
15 de outubro de 2010 a 16 de janeiro de 2011
Concebida pelo curador Teixeira Coelho a partir de 40 obras-primas do acervo do museu, a maioria do século 14 ao 19, Deuses e Madonas – A Arte do Sagrado traz ainda El Greco (Anunciação, de 1600); Delacroix (As quatro estações, c.1856); Botticelli (Virgem com o Menino e São João Batista Criança, c.1490); Tintoretto (Ecce Homo ou Pilatos Apresenta Cristo à Multidão, c.1546); Rafael (A Ressurreição de Cristo, 1499-1502), entre outras.
Na versão de Eder Santos, O Julgamento de Páris poderá ser visualizada em dois monitores LED tridimensionais e sete projetores. Em sua leitura contemporânea, ele quer despertar no público a sensação de ver além da obra, além do que se pode ver a olho nu. O artista, que vive em Belo Horizonte há 49 anos, tem obras em museus como o MoMA, de Nova York e o Centro Georges Pompidou, de Paris. Sua instalação sobre a obra de Rocca é o primeiro trabalho feito sob encomenda para o MASP e será realizada mediante registro e remodelação digital da obra, conferindo movimento ao espaço original de representação. Neste espaço movem-se personagens, voam anjos e o observador embarca em uma dupla experiência: abrir os olhos para ver e fechar os olhos para adentrar.
Deuses e Madonas – A Arte do Sagrado, por Teixeira Coelho
A representação de deuses e madonas nesta exposição alicerça-se sobre a ideia do sagrado, uma categoria da relação entre o ser humano, a vida e o mundo, que pertence ao campo do indizível, daquilo que foge ao racional. Em sentido comum, o sagrado expressa um atributo moral traduzido pela ideia do bom e do bem. Mas esse é uma visão racional do sagrado, como sugere Rudolf Oto, que cunhou o termo numinoso para referir-se ao sagrado descontado seu aspecto moral e, portanto, seu lado racional. Numinoso é, assim, aquilo que não pode ser traduzido em conceitos, algo de amplo alcance indo muito além do que é “apenas” moral (os deuses gregos não tinham sempre um comportamento moral, e mesmo no monoteísmo cristão há interpretações divergentes sobre a natureza boa ou má das entidades divinas).
O numinoso não se traduz em palavras – mas pode manifestar-se em imagens, como na arte. Hegel anotou que a arte “dá vida ao que é meramente sensorial, atribuindo-lhe uma forma que exprime a alma, o sentimento, o espírito”. Mas a arte anima também, e torna visível, aquilo que é, mais que sensorial, intuitivo e nocional, como o numinoso.
A coleção do MASP reúne obras cujo tema é o numinoso tanto na versão grega clássica como na manifestação cristã que se dão ao redor da ideia dos deuses e das madonas, dois grandes personagens da história da arte ocidental. São dois sistemas de valores distintos, expressos nos pincéis de grandes mestres da arte ocidental. É deles e de sua arte, não do sagrado em si, que trata esta exposição. Durante largo tempo o sagrado foi um tema privilegiado da arte e era o sagrado que interessava, não a arte que o exprimia (e que nem arte, no sentido contemporâneo, era). Hoje, no museu, com obras do século XIV ao XXI, a situação se inverte e o assunto central é a arte e seus códigos de representação da realidade e do imaginário.
Serviço Educativo
Como nas mostras compostas por obras do acervo e nas exposições temporárias realizadas pelo MASP, a exposição Deuses e Madonas – A Arte do Sagrado terá um programa educativo elaborado especialmente para atender aos visitantes, professores e alunos de escolas das redes pública e privada. As visitas orientadas são realizadas por uma equipe de profissionais especializados. Informações: 3251 5644, ramal 2112.
Informações Gerais
Período: De 15 de outubro de 2010 a 16 de janeiro de 2011
Local:
2º andar do MASP, Galeria Georges Wildenstein
Curadoria:
Teixeira Coelho e Denis Molino
Patrocínio:
Samsung, Hospital São Luiz, Lei Federal de Incentivo à Cultura
Produção e Montagem:
Equipe MASP
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