concursos, exposições, curiosidades... sobre arte
escolhidos por MARIA PINTO
(Maria Regina Pinto Pereira)

http://maregina-arte.blogspot.com/

quinta-feira, 27 de junho de 2013

PAUL MCCARTHY APRESENTA RELEITURA POLÊMICA DA BRANCA DE NEVE NO PARK AVENUE ARMORY

PAUL MCCARTHY APRESENTA RELEITURA POLÊMICA DA BRANCA DE NEVE NO PARK AVENUE ARMORY


Instalação do Park Avenue

Em cinco anos, desde que se tornou um salão de exposições de arte contemporânea, o Park Avenue Armory ajudou a realizar inúmeros projetos gigantescos e difíceis. Nada comparado, até agora, com a proposta de Paul McCarthy, considerado um dos mais provocativos e influentes representantes da arte internacional da atualidade.

Inspirando-se no conto de fadas alemão do século XIX e em sua exploração contínua dos mitos e ícones americanos, McCarthy apresenta sua versão da Branca de Neve. "WS" é uma instalação monumental que entrelaça uma floresta encantada e uma casa à projeções de vídeo, onde os visitantes mergulham em um mundo de fantasia e depravação.

O projeto ambicioso ocupa 55 mil metros quadrados e a visitação é proibida para menores de 17 anos. Já na entrada se ouve uma cacofonia de sons sinistros: grunhidos, suspiros e ecos arrepiantes. Nas paredes, cenas abundantes de nudez, anões dementes e quadros psicossexuais grotescos, onde o próprio artista interpreta o personagem "Walt Paul" - uma paródia e caricatura do mestre da Disney.

Ocupando o coração da floresta encantada está a recriação da casa da infância de McCarthy, cujo interior está repleto de coisas sujas, roupas rasgadas, além de uma figura feminina em tamanho natural, nua e esparramada no chão, com a boca suja de um líquido marrom.

Assim como em trabalhos anteriores, o artista aborda os temas obscuros e profundamente humanos, como o corpo, a repressão social e o consumismo, o sexo, a morte, os sonhos e os delírios. Comparado ao mundo de McCarthy, a arte contemporânea pode parecer puritana e um tanto higiênica. E mesmo para aqueles já familiarizados com as obras do artista, "WS" é a prova de que o trabalho de McCarthy ainda pode deixá-los um pouco abalados.

Com informações do The New York Times, ArtInfo e ArtDaily
fonte: Touch of Class

Nenhum comentário: