Identidades e Diferenças, neste trabalho, Cildo Oliveira representa o ambíguo entre a identidade social e a pessoal
Iconografias, em papéis manufaturados, mostram atributos específicos do indivíduo e características que assinalam o sentimento de pertencimento
A Galeria Arte Aplicada receberá, sob curadoria de Sabina de Libman, no próximo dia 10 de junho, a exposição Identidades e Diferenças, do artista visual e curador do Prêmio Brasil Fotografia, Cildo Oliveira.
A exposição trará 16 obras, de duas séries, e uma instalação, cuja proposta é trabalhar as questões ligadas ao meio ambiente e à sustentabilidade.
Com trabalho desenvolvido em papel manufaturado, Cildo Oliveira mostra a representação de si e o sentimento pessoal, analisando-as sob sua perspectiva de identidade social e pessoal, como atributos específicos do indivíduo e características que assinalam a pertença a grupos ou categorias.
São as Narrativas Míticas que buscam um caminho integrado entre os dois conceitos – identidades e diferenças - determinando uma só vertente na criação de suas alegorias e estórias e narrativas, plasmadas em mapografias imaginárias, apropriadas de documentos e registros da presença holandesa em Recife, sua cidade natal.
Em As Peles do Rio, Cildo toma a iconografia indígena brasileira “como referência para a criação de signagens, nas quais o mote é o rio e seus habitadores, sua fauna, sua flora e seus mitos”, explica.
Paulatinamente, amplia o seu universo de conhecimento, fugindo da especialização e do direcionamento exclusivo de um único objetivo, colocando-se na busca da interatividade cultural e na postura crítica da relação entre arte e sociedade. Radah Abramo disse que “trata-se de uma questão de método e de crença no potencial de transformação do homem”.
A curadora, Sabina de Libman, afirma que: “Cildo Oliveira desenvolve seu trabalho na busca histórica arqueológica de suas raízes indígenas e pernambucanas. Cria seu próprio suporte: papel manufaturado. A partir da iconografia indígena e de documentos históricos da época da invasão holandesa, elabora uma narrativa simbólica, na qual escreve, em imagens, sua história reinventada.”
Sobre o artista: Dedica-se duplamente a um programa de ação da memória. De um lado, promove atividades culturais ligadas ao registro e exposição. Sua atuação tem também caráter eminentemente coletivo, realizando inúmeras mostras-intervenção, procurando alterar a fisionomia do meio-ambiente, oferecendo novos materiais de reflexão e de provocação.
Seu trabalho tem oscilado entre o objeto tridimensional, e as formas planas. O constante na atividade do artista é a multiplicação do modo de fazer e de expor, criando peças de aparência de obra múltipla, ainda que um exame acurado revele a individualidade de cada uma.
Cildo Oliveira nasceu em Pernambuco, mas fixou o seu atelier em São Paulo, onde desenvolve a principal parte de suas atividades.
Serviço:
Abertura: 10 de junho de 107, das 10h00 às 16h00 –
Galeria Arte Aplicada – Rua Haddock Lobo, 1406 – (11) 3062-5228
fonte: Viviane Nunes
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