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Na grande sala da galeria, com pé direito de mais de
seis metros, serão apresentadas quatro grandes esculturas em mármore e
cerca de 20 pinturas.
Esta série de trabalhos potencializa a abordagem da cor
na perspectiva de Sokol, que utiliza materiais industriais, buscando
revelar tons, que, mesmo advindos das cores do mundo, despontam como
novidades e certa estranheza, a partir da manipulação da artista.
Assim, as pinturas, intituladas Quadros, são incomuns
por não utilizar nenhum tipo de tinta. A artista esticou e sobrepôs
lâminas de PVC coloridos, opacos e translúcidos, entre outros matérias
sintéticos, sobre chassis de madeira, criando diversas matizes que
mudam conforme a incidência da luz. Segundo Naves, “Estela cria
passagens tonais sutilíssimas, próximas de soluções de grandes pintores
modernos, como Morandi ou Volpi. Em outros trabalhos, a sobreposição
das películas produz um resultado ambíguo, superfícies furta-cores que
praticamente impedem que identifiquemos o que vai pelo plano dos
quadros. E há ainda os quadros em que as diferenciações de cor se
mostram mais acentuadamente – lembrando as telas de Eduardo Sued da
década de 1980 –, o que dá às cores uma alegria difícil de encontrar nas
mercadorias de uma loja qualquer”.
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