A Pinacoteca do Estado de São Paulo, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, apresenta a exposição O mais parecido possível – o retrato, com cerca de 40 fotografias realizadas entre 1970 e 2011 por Adenor Gondim, Arnaldo Pappalardo, Camila Buctcher, Claudia Guimarães, Cristiano Mascaro, Fernando Lemos, Fifi Tong, Eduardo Simões, Eduardo Vilares, Fernando Lemos, Klaus Mitteldorf, Loren McIntyre e Ricardo Alcaide.
Segundo Diógenes Moura, curador de fotografia da Pinacoteca, a exposição trata não apenas das formas “existenciais” contidas (ou deflagradas) em um retrato, como, também, em sua localização cenográfica, atmosfera, e individualidade; seus planos e enquadramentos, suas séries e relações entre ensaio e documento, fotografia e literatura e o propósito para o qual cada uma dessas imagens foi pensada e produzida. Dessa forma teremos o encontro entre o homem brasileiro e o seu mundo interior protegido e desprotegido (dor e prazer), o sentimento de esperança e, ao mesmo tempo, de abandono diante da realidade da sua vida cotidiana nas fotografias de Luiz Braga, Cristiano Mascaro, Arnaldo Pappalardo e Fifi Tong; a poética cruel do corpo usado como mercadoria nas imagens feitas por Loren McTyre; o silêncio avassalador do homem velho interpretado por Eduardo Villares; a droga injetada no corpo, na alma e nos olhos dos hommeless londrinos que Ricardo Alcaide levou para o estúdio e transformou em retratos quase religiosos. A exposição O Mais Parecido Possível é, portanto, um retrato dentro do outro. Faz parte da pesquisa que estamos desenvolvendo desde 2009 sobre a presença dessa “técnica” no acervo da Pinacoteca do Estado e suas relações com acervos particulares e de fotógrafos brasileiros.
Sobre os fotógrafos
Adenor Gondim (Rui Barbosa, BA, 1950) Começou a trabalhar como fotógrafo com o pai, em Rui Barbosa, interior da Bahia, tirando retratos 3x4. Foi para Salvador onde se formou em biologia. Desde a década de 80 fotografa aspectos da cultura, religiosidade e cotidiano da Bahia. Em 1992 iniciou sua pesquisa sobre a Irmandade da Boa Morte, que dura até hoje. Em 1993 organizou em Salvador o 1º. Seminário da Religiosidade Popular da Bahia. É freelance na área de fotojornalismo e colabora para as Revistas Palavra, República e Sabor.
Arnaldo Pappalardo (São Paulo, SP, 1954) dedica-se à fotografia desde 1976. No mesmo período realiza estudos de desenho e pintura com Carlos Farjado, e expressão artística no Instituto de Arte e Decoração - Iade, em São Paulo. A partir da década de 1980, trabalha com fotografia publicitária e, paralelamente, desenvolve obra autoral. Recebe, entre outros, o Prêmio Destaque de Fotografia do Clube de Criação de São Paulo, em 1987, e o Prêmio Nacional de Fotografia da Funarte, em 1996.
Camila Butcher (São Paulo, SP, 1951) Estudou na Faculdade de Comunicação Visual da Fundação Armando Álvares Penteado. Em 1976 cursou como ouvinte,Teoria da Imagem em Movimento na Universidade do Canadá, em Montreal. A partir de então desenvolveu seu trabalho fotográfico como free lancer em várias revistas brasileiras, como Exame, Vogue e Manchete. Por sete anos (1977/1984), foi fotógrafa exclusiva de eventos da TV Globo de São Paulo. Em 1989, direcionou seu trabalho para o registro de famílias, festas e celebrações. Em 1998, recebeu o Prêmio Fotógrafa Modelo da Revista Fhox e em 2009 participou da exposição "Vive les mariés", no Centro Cultural Francês no Cambodja.
Cristiano Mascaro (Catanduva, SP, 1944) Formado em arquitetura, obteve o título de Mestre (1986) e Doutor (1994) pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, onde dirigiu o Laboratório de Recursos Audiovisuais entre 1974 e 1988. Trabalhou como repórter fotográfico na revista Veja de 1968 a 1972. Foi professor de fotojornalismo da Enfoco Escola de Fotografia (1972 a 1975) e de comunicação visual na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos (1976 a 1986). Recebeu o prêmio Eugène Atget, Musée de l’Art Moderne de la Ville de Paris (1985), a Bolsa Vitae de Artes/Fotografia (1989) e o prêmio de melhor exposição de fotografia da Associação Paulista de Críticos de Arte (1996). Desenvolve trabalho de expressão pessoal, fotografando as cidades e sua arquitetura.
Eduardo Simões (São Paulo, SP, 1956) Fotojornalista, iniciou a carreira profissional em 1976. Foi fotógrafo da agência F4 de 1979 a 1982. Trabalhou para a revista Isto É, atuando inicialmente como repórter fotográfico (1982-1986) e depois como editor assistente de fotografia (1986-1987). Foi editor de fotografia da revista Goodyear de 1988 a 1992, ano em que passou a atuar como fotógrafo autônomo. Em 1997 assumiu a editoria de fotografia das revistas Bravo e República. Em paralelo, desenvolve ensaios fotográficos, como os trabalhos sobre a obra de escritores brasileiros publicados nos Cadernos de Literatura Brasileira, do Instituto Moreira Salles. Recebeu o prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos (1980); o Prêmio Abril de Jornalismo categoria Ensaio Fotográfico (1995); e a Bolsa Vitae de Artes/Fotografia (1998).
Eduardo Villares Eduardo (São Paulo, SP, 1957) Fez cursos de artes gráficas, desenho e pintura. Em 1991, termina seus estudos de fotografia na escola “Imagem e Ação”, onde realiza sua primeira exposição individual em 1992. De 1993 a 1997, estuda fotografia com Carlos Moreira. Esse contato leva-o a interessar-se por fotografia de rua.
Fifi Tong (Fifi Tong – Passo Fundo, RS , 10 janeiro 1962) Formada no Art Center College of Design, CA, atua como fotógrafa há 25 anos, no mercado de publicidade, moda e retratos. Publicou o livro ORIGEM- Retratos de Família no Brasil, em 2009, com exposição no Memorial do Imigrante, SP. Em 2010 a mesma exposição abriu o Festival de La Luz, em Buenos Aires. Mantém estúdio próprio em São Paulo.
Klaus Mitteldorf (São Paulo, SP, 1953) Formado em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Brás Cubas, de Mogi das Cruzes (1978), fotografa desde 1975. Atuou inicialmente em fotojornalismo e a partir de 1982 especializou-se em moda e publicidade, fotografando para diversas revistas nacionais e internacionais. Dirige filmes comerciais e curtas-metragens. Foi premiado no Nikon Photo Contest International em 1980, 1982 e 1986; recebeu o Prêmio Fundação Conrado Wessel de Fotografia em 2002.
Ricardo Alcaide (Caracas, Venezuela, 1967( Vive e trabalha em Londres, Reino Unido, e São Paulo, Brasil. Sua obra de Alcaide está alimentada pela grande metrópole. Fotografias, pinturas, objetos e desenhos mostram essa experiência da cidade e como o homem nela habita: ausência, absurdo, impossibilidades vitais são transmitidas através da análise das presenças e das construções arquitetônicas, até chegar a formulações geométricas abstratas.
Segundo Diógenes Moura, curador de fotografia da Pinacoteca, a exposição trata não apenas das formas “existenciais” contidas (ou deflagradas) em um retrato, como, também, em sua localização cenográfica, atmosfera, e individualidade; seus planos e enquadramentos, suas séries e relações entre ensaio e documento, fotografia e literatura e o propósito para o qual cada uma dessas imagens foi pensada e produzida. Dessa forma teremos o encontro entre o homem brasileiro e o seu mundo interior protegido e desprotegido (dor e prazer), o sentimento de esperança e, ao mesmo tempo, de abandono diante da realidade da sua vida cotidiana nas fotografias de Luiz Braga, Cristiano Mascaro, Arnaldo Pappalardo e Fifi Tong; a poética cruel do corpo usado como mercadoria nas imagens feitas por Loren McTyre; o silêncio avassalador do homem velho interpretado por Eduardo Villares; a droga injetada no corpo, na alma e nos olhos dos hommeless londrinos que Ricardo Alcaide levou para o estúdio e transformou em retratos quase religiosos. A exposição O Mais Parecido Possível é, portanto, um retrato dentro do outro. Faz parte da pesquisa que estamos desenvolvendo desde 2009 sobre a presença dessa “técnica” no acervo da Pinacoteca do Estado e suas relações com acervos particulares e de fotógrafos brasileiros.
Sobre os fotógrafos
Adenor Gondim (Rui Barbosa, BA, 1950) Começou a trabalhar como fotógrafo com o pai, em Rui Barbosa, interior da Bahia, tirando retratos 3x4. Foi para Salvador onde se formou em biologia. Desde a década de 80 fotografa aspectos da cultura, religiosidade e cotidiano da Bahia. Em 1992 iniciou sua pesquisa sobre a Irmandade da Boa Morte, que dura até hoje. Em 1993 organizou em Salvador o 1º. Seminário da Religiosidade Popular da Bahia. É freelance na área de fotojornalismo e colabora para as Revistas Palavra, República e Sabor.
Arnaldo Pappalardo (São Paulo, SP, 1954) dedica-se à fotografia desde 1976. No mesmo período realiza estudos de desenho e pintura com Carlos Farjado, e expressão artística no Instituto de Arte e Decoração - Iade, em São Paulo. A partir da década de 1980, trabalha com fotografia publicitária e, paralelamente, desenvolve obra autoral. Recebe, entre outros, o Prêmio Destaque de Fotografia do Clube de Criação de São Paulo, em 1987, e o Prêmio Nacional de Fotografia da Funarte, em 1996.
Camila Butcher (São Paulo, SP, 1951) Estudou na Faculdade de Comunicação Visual da Fundação Armando Álvares Penteado. Em 1976 cursou como ouvinte,Teoria da Imagem em Movimento na Universidade do Canadá, em Montreal. A partir de então desenvolveu seu trabalho fotográfico como free lancer em várias revistas brasileiras, como Exame, Vogue e Manchete. Por sete anos (1977/1984), foi fotógrafa exclusiva de eventos da TV Globo de São Paulo. Em 1989, direcionou seu trabalho para o registro de famílias, festas e celebrações. Em 1998, recebeu o Prêmio Fotógrafa Modelo da Revista Fhox e em 2009 participou da exposição "Vive les mariés", no Centro Cultural Francês no Cambodja.
Cristiano Mascaro (Catanduva, SP, 1944) Formado em arquitetura, obteve o título de Mestre (1986) e Doutor (1994) pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, onde dirigiu o Laboratório de Recursos Audiovisuais entre 1974 e 1988. Trabalhou como repórter fotográfico na revista Veja de 1968 a 1972. Foi professor de fotojornalismo da Enfoco Escola de Fotografia (1972 a 1975) e de comunicação visual na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos (1976 a 1986). Recebeu o prêmio Eugène Atget, Musée de l’Art Moderne de la Ville de Paris (1985), a Bolsa Vitae de Artes/Fotografia (1989) e o prêmio de melhor exposição de fotografia da Associação Paulista de Críticos de Arte (1996). Desenvolve trabalho de expressão pessoal, fotografando as cidades e sua arquitetura.
Eduardo Simões (São Paulo, SP, 1956) Fotojornalista, iniciou a carreira profissional em 1976. Foi fotógrafo da agência F4 de 1979 a 1982. Trabalhou para a revista Isto É, atuando inicialmente como repórter fotográfico (1982-1986) e depois como editor assistente de fotografia (1986-1987). Foi editor de fotografia da revista Goodyear de 1988 a 1992, ano em que passou a atuar como fotógrafo autônomo. Em 1997 assumiu a editoria de fotografia das revistas Bravo e República. Em paralelo, desenvolve ensaios fotográficos, como os trabalhos sobre a obra de escritores brasileiros publicados nos Cadernos de Literatura Brasileira, do Instituto Moreira Salles. Recebeu o prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos (1980); o Prêmio Abril de Jornalismo categoria Ensaio Fotográfico (1995); e a Bolsa Vitae de Artes/Fotografia (1998).
Eduardo Villares Eduardo (São Paulo, SP, 1957) Fez cursos de artes gráficas, desenho e pintura. Em 1991, termina seus estudos de fotografia na escola “Imagem e Ação”, onde realiza sua primeira exposição individual em 1992. De 1993 a 1997, estuda fotografia com Carlos Moreira. Esse contato leva-o a interessar-se por fotografia de rua.
Fifi Tong (Fifi Tong – Passo Fundo, RS , 10 janeiro 1962) Formada no Art Center College of Design, CA, atua como fotógrafa há 25 anos, no mercado de publicidade, moda e retratos. Publicou o livro ORIGEM- Retratos de Família no Brasil, em 2009, com exposição no Memorial do Imigrante, SP. Em 2010 a mesma exposição abriu o Festival de La Luz, em Buenos Aires. Mantém estúdio próprio em São Paulo.
Klaus Mitteldorf (São Paulo, SP, 1953) Formado em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Brás Cubas, de Mogi das Cruzes (1978), fotografa desde 1975. Atuou inicialmente em fotojornalismo e a partir de 1982 especializou-se em moda e publicidade, fotografando para diversas revistas nacionais e internacionais. Dirige filmes comerciais e curtas-metragens. Foi premiado no Nikon Photo Contest International em 1980, 1982 e 1986; recebeu o Prêmio Fundação Conrado Wessel de Fotografia em 2002.
Ricardo Alcaide (Caracas, Venezuela, 1967( Vive e trabalha em Londres, Reino Unido, e São Paulo, Brasil. Sua obra de Alcaide está alimentada pela grande metrópole. Fotografias, pinturas, objetos e desenhos mostram essa experiência da cidade e como o homem nela habita: ausência, absurdo, impossibilidades vitais são transmitidas através da análise das presenças e das construções arquitetônicas, até chegar a formulações geométricas abstratas.
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